Amputação Traumática Flashcards
1
Q
Epidemiologia
Tomada de Decisão
Legislação
Recomendações
Cuidados na amputação
A
Epidemiologia
- 80% MMII (DM e Insuficiencia vascular periférica > 80%)
- Pós Traumática (5 a 15%); outras Neoplasia e Infecção
* Diferenças no politrauma – choque no contexto inicial
Tomada de Decisão
- Preservar x Amputar
- MESS
- M (Trauma partes moles e óssea, energia, 1 a 4)
- I (Isquemia dos Membros, 1 a 3 (dobro se > 6h)
- C (Choque, 0 a 2)
- I (Idade, 0 a 2; 30-50 anos)
- >6 amputa
- < ou igual a 6 preserva
Outros Índices (sensibilidade indica bem amputação, especificidade indica bem preservação, todos boa especificidade e pouca sensibilidade)
- Scalea (bom para MESS intermediário)
- Indicadores Fortes
- Lesões sistêmicas críticas
- Choque
- TCE Grave
- Lesão Arterial Irreparável
- Isquemia arterial > 6h, Contaminação Grave,
- Perda Tecidual Circunferencial
- Necrose Muscular Extensa
- Indicadores Moderados
- Idade > 50 anos, Politrauma, Lesão Partes Moles Moderada, Perda óssea segmentar, Lesão Completa Nervo (n. tibial não é de indicação absoluta), Lesão Grave Ipsilateral Pé, Longo tempo para reconstrução).
Legislação
- Todo procedimento profissional necessita de autorização prévia (art. 15 código civil); Entretanto em situações de iminente perigo de vida (somente se o paciente estiver correndo grave risco de vida)
Recomendações:
- Assinatura de outro médico (plástico, vascular, ortopedista)
- Boa documentação escrita (justificar risco de vida)
- Documentação fotográfica.
Decisão Amputação – cuidados:
- Controle do Choque
- Ressuscitação Hemostática -> 1 CH: 1 PFC: 1 Plaquetas
- Leve -> Ringer Lactato (usar na grave piora Tríade Terrível – hipotermia, acidose e distúrbio de coagulação)
- Controle do Sangramento (Hemorragia)
- Curativo Compressivo
- Garrote (evitar que seja muito fino 2-3 cm de largura, mais distal possível ao provável nível de amputação), deixar o mínimo possível, retirar assim que a hemorragia estiver controlada, preferencialmente antes de 2 horas
- Alguns autores recomendam tirar um pouco garrote repondo as perdas e recolocar se passar de 2 horas.
- Controle da Contaminação
- Mesmos cuidados da Exposta (antibiótico, antitetânica, retirar contaminantes grosseiros, não manipular o ferimento, cobrir Ferimento, alinhar membro, imobilizar, documentar)
- Controle da Dor
- Quanto maior o controle inicial, menor o risco de dor crônica
2
Q
Tratamento Cirúrgico Inicial (cuidados cirúrgicos).
Fechamento definitivo:
Coto de amputação ideal:
A
Tratamento Cirúrgico Inicial (cuidados cirúrgicos):
- Preparo do Membro (similar a exposta, exceto pela tricotomia não realizar):
- Isolar ferida, lavar o resto do membro
- Lava e Desbrida com SF 0,9% (retirar todo tecido necrótico – pele e SC, músculo que não contrai, tendões até o nível muscular (morre), ossos sem cobertura de partes moles).
- Deixar o coto o mais longo possível.
- Nível Ósseo (coto mais longo possível que as partes moles cubram, no contexto traumático)
- Artéria (ponto transfixante com nó duplo fio de nylon, abaixo do joelho um e acima do joelho dois transfixantes, risco de o pulso expulsar o fio)
- Veia (2 nós sem transfixar, pode ser feito com algodão).
- Nervo (todo nervo seccionado forma neuroma, tracionar 1 a 1,5 cm (evitar lesão do nervo por tração) e cortar com lâmina nova (forma neuroma menor), nervo retrai para dentro das partes moles)
- Nível Ósseo vs. Nível de Partes Moles (Mesmo Nível na Emergência, um pouco mais curto, risco de encurtar muito musculatura ao subir o nível ósseo demasiadamente).
- Desbridamento Muscular (4 “C” – Contratilidade, Çangramento, Consistência, Coloração)
- Zona de impacto (Quando Parar)
- Nunca fazer amputação em guilhotina, preservar flaps - coto longo -> mais força
- Não aumentar o descolamento e espaço morto (não descolar tudo novamente nas revisões)
- Deixar aberto o coto (nunca fechar primário)
- Aproximar músculos para manter tensão
- Pele sem tensão (ancorar para não retrair, sem tensão)
- Invaginar pele se necessário para não encurtar, técnica de boca de peixe
- Curativo à vácuo, isola do meio estéril e aspira a secreção
- Revisar em 36-48 horas (second look, tempo de musculatura da zona de impacto ser definida).
Fechamento Definitivo
- Quando? – Na revisão em que o coto estiver limpo e sem tecido desvitalizado, sem espaço morto; sempre entrar com intenção de tentar fechar.
Coto de amputação ideal:
- Indolor
- Comprimento e forma ideal
- Recoberto com músculo viável
- Ponta estável
- Sem espículas ósseas
- Incisão e cicatriz não aderidas
- Força muscular adequada
- Sem neuroma superficial
- Sem deformidades
3
Q
Níveis ideiais:
- Transtibial:
A
- Retirar Chanfro Anterior ¼ da largura iniciar
- Miodese (Prender músculo no osso)
- Mioplastia (Prender músculo nas partes moles)
- Obrigatório miodese do gastrocnêmio
- Formato ideal cônico
4
Q
Níveis ideias para amputação transtibial:
A
5
Q
Desarticulação do joelho:
A
- Suturar Tendão Patelar nos Cruzados para manter tendão do quadríceps.
- Suturar restos do gastrocnêmio em partes moles do intercôndilo.
- Não remover a patela
- Não remover cartilagem articular
- Suturar o tendão patelar no LCP
- Fechar fascia e subcutâneo
- Fechar pele
6
Q
Amputação transfemoral:
A
- Tendência do Coto Abduzir, miodese dos adutores (empurrar o fêmur e colocar dentro do fêmur ou passar até lateral dando tensão)
- Deixar o coto mais longo possível para discreta melhora função
- Chanfro Anterolateral porque o fêmur flete e abduz
- Não fazer chanfro na supracondilar pois o adutores ainda estão inseridos no osso. Na supracondilar retirar patela.