Fratura por Stress Flashcards

1
Q

Introdução

Sinais e sintomas

Fatores de risco

A

Introdução:

  • Atletismo há incidência de 10-31%
  • Ocorre mais em mulheres, jovens e atletas
  • Stress é a deformidade óssea e estiramento de uma área.
  • Esforço repetitivo não deixa o osso se remodelar criando apenas estimulo reabsortivo que enfraquece o osso, aumentando porose e diminuindo a massa óssea

Sinais e sintomas:

  • Sintomas geralmente acontecem após mudança no treino ou técnica
  • A dor pode ocorrer a qualquer momento, antes, durante e após o treino
  • Em mulheres a idade da menarca, e irregularidades menstruais devem ser observadas
  • Percussão do osso geralmente produz dor, sendo que mobilidade articular não produz

Fatores de risco:

  • Os fatores predominantes são aumento na freqüência e intensidade de treino
  • Não ha diferença na densidade óssea entre os pacientes que tem fratura por estresse e aqueles que não tem, por isso não pode ser usada como screening
  • Osso menor
  • Discrepância de MMII
  • Hormônios sexuais femininos: Mulheres com distúrbio menstrual tem de 2-4 x mais chance de desenvolver fratura, sendo que as amenorreicas tem maior risco de múltiplas fraturas
  • Ciclo de treino irregular
  • Tríade da Mulher Atleta:
    • Distúrbio alimentar
    • Osteopenia
    • Amenorréia
  • Pico de incidência entre a adolescência tardia e no adulto jovem.
  • Idade parece ser importante na determinação do local da fratura
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Q

Estudos por imagem

Escala cintilografica e RNM

Classificação de Kaeding Miller

A

Rx:

  • Achados no RX raramente aparecem antes de 2-3 semanas
  • Formação de osso novo periostal é o achado clássico mas só aparece com 3 meses de fx
  • Os falso negativos no estagio I são quase 100% enquanto no estagio III se torna 24%
  • Achados:
    • Reação periostal, esclerose linear obliqua ou horizontal, calo endosteal, e fratura.
    • O processo começa com a cortical cinza, que demonstra ação osteoclastica aumentada, com a evolução há sinais de hiperostose e depois nos estágios tardios linha radioluscente com extensão para cortical, enquanto fraturas em osso esponjoso quando nesse estagio demonstram lucencia perpendicular ao trabeculado
  • RX simples são mais positivos em fraturas de MTT e fíbula

Cintilografia:

  • Quando suspeita-se de múltiplos focos e RX é inconclusivo, cintilografia óssea em 3 fase é o exame de escolha.
  • Exame com quase 100% de sensibilidade e especificidade não tão boa
  • Tecnécio é o mais comum e barato
  • A área de formação de osso novo é a área de hipercaptacao
  • É feita em 3 fases, sendo 2 precoces e 1 tardia (imediata, 5 minutos e 3-4 horas)
  • Fratura por stress é positivo nas 3 fases mas a periostite apenas na 3ª
  • Na fase aguda as 3 fases são +, com a evolução as fases precoces se tornam normais
  • Captação aumentada pode durar até um ano por isso não é um bom exame para acompanhar a resolução
  • Existe uma classificação cintilografica relacionada a prognostico, geralmente tipo 1 e 2 resolvem rápida e completamente

RNM:

  • Tem sensibilidade semelhante e especificidade maior que a cintilografia - exame com maior sensibilidade e especificidade para fraturas por stress
  • As lesões teciduais são melhor vistas em T2 com supressão e STIR
  • Alterações começam periostais e depois evoluem para medula
  • Grau 4 é visto a linha de fratura com hiposinal em todas as seqüências
  • Cada vez mais indicada apesar da cintilografia e o RX fazerem a maioria dos DX

TC:

  • o Detalha a anatomia óssea e ajuda no tratamento como para o navicular
  • Caracterizam bem a fratura e seu traço

Escala cintilográfica e RNM

  • Grau 1:
    • Cintiliografia com área pequena, mal definida com captação média
    • RNM edema periostal médio e moderado em T2 com supressão de gordura, e medula normal em T1 e T2.
  • Grau 2:
    • Cintilografia área melhor definida e com captação moderadamente maior
    • RNM com edema periostal e medular em T2 com supressão.
  • Grau 3:
    • Grande e fusiforme aumento de captação cortico medular
    • RNM com edema periostal em T2 e edema medular em T1 e T2
  • Grau 4:
    • Cintilografia: grande área de captação intensa transcortical
    • RNM edema periostal em T2 com supressão grave ou moderado, edema medular em T1 e T2 e linha de fratura visível

Classificação de Kaeding Miller: (Rx, Tc, ou RNM)

  • Tipo 1: Sem dor sem linha de fratura (RNM+)
  • Tipo 2: Com dor sem linha de fratura (RNM com edema ósseo)
  • Tipo 3: Com dor e com fratura sem desvio
  • Tipo 4: Com dor e com fratura com desvio
  • Tipo 5: Não união.
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Q

Tratamento:

A

Tratamento:

  • O principio é descanso modificado que permita que o remodelamento ósseo se equilibre
  • O fator causal deve ser eliminado para quebrar o ciclo de reabsorção
  • Para indivíduos não atletas pode ser feito repouso para atletas pode ser usado mudança de atividade e treinamento (como programas de corrida leve)
  • Cada sitio tem seu tratamento especifico porem mudança de atividade e descanso funciona para todos
  • Podem ser necessários braces e imobilização
  • A segunda fase de reabilitação começa quando a dor esta mínima ou nenhuma, sendo que para MMII isto significa 2 semanas sem dor, o treino começa com reabilitação aeróbica sempre
  • Pode haver necessidade de tratamento cirúrgico
  • Colo do Fêmur:
  • Seu DX previne conseqüências catastróficas
  • Pacientes jovens apresentam fraturas do lado de compressão (inferiores/mediais)
  • Pacientes mais velhos são mais propensos a fraturas do lado de tensão, as quais são mais propensas a falhar ou desviar com atividade continua
  • Pacientes apresentam dor na virilha com piora a rotação
  • Pacientes no estagio 1 e 2 sem quebra da cortical são tratados com protocolo de descanso modificado com período sem carga
  • Cirúrgico: grau III no lado de tensão (idoso) e grau IV
  • Diáfise Femoral:
  • Em atletas a maioria aparece no córtex medial ou posteromedial
  • São lesões estáveis, no sitio de compressão e bem tratadas com protocolo de repouso, só exceção faz HIM.
  • Paciente apresenta dor anterior na coxa que pode ser reproduzida com stress vigoroso
  • Tíbia:
  • Fratura por stress mais comum do MMII (Questão que mais cai deste tema)
  • Tem diferencial com outras síndromes de overuse
    • Sd do stress medial na tíbia: (canelite)
      • Dor em borda medial que melhora apos o aquecimento, e piora pela manhã
      • Não acompanha dor óssea
      • Inflamação a tendino-aponeurose que da origem ao solear e tibial anterior
    • Síndrome compartimental crônica
  • Na fratura de tíbia a dor é óssea piora com exercício, a dor normalmente é progressiva pode se tornar dolorosa até ao repouso.
  • Maioria posteromedial (face de compressão) e nos 1/3 proximal e distal, e transversa.
  • Geralmente repouso resolve a doença com retorno as atividade em 3 meses
  • 1/3 média anterior:
    • É mais raro porem ocorre (tensão)
    • São ligadas a exercícios de pulo, mais comum em basquete e dancarinas
    • Podem evoluir com pseudoartrose frequentemente
    • Dreaded Black line sign – sinal de fratura anterior sobre a reação periosteal
    • Alguns tratam inicialmente com HIM, porém pode ser tratada com repouso com ou sem tala
    • Alguns casos resolvem somente em 3 meses
  • Maléolo Medial:
  • Mais comum em participantes de atividades de corrida e pulo
  • Linha típica vertical com origem no platô na borda medial do talus
  • Para grau 1 e 2 brace pneumático ou gesso, com volta em 6-8 semanas (1 a 2 meses)
  • Para graus 3-4 o mesmo tratamento mas é esperado retorno em 4-5 meses
  • Parafuso canulado pode ser feitos em casos com desvio, não união e atletas de elite que desejam retorno precoce
  • Navicular:
  • Dor vaga no arco medial acompanhada de dor dorsal no navicular
  • Mais comum em corredores de meia distância, futebol, basquete, ballet
  • Ocorre geralmente no sentido sagital no 1/3 central avascular na articulação proximal dorsal estendendo para a fascia plantar.
  • RNM e TC demonstram bem a fratura
  • Pacientes com DX precoce e 6 semanas de repouso sem carga tem alta taxa de união
  • Casos sem melhora ou desvio são tratados cirurgicamente sendo canulado compressivo de escolha podendo ser usado enxerto.
  • Retorno é baseado na ausência de dor a palpação do navicular
  • Metatarsos:
  • Comum em corredores de distancia e ballet
  • Colo do 2° MTT É O MAIS COMUM, porem pode acontecer em todos!!!!
  • Dor no ante pé exacerbada por correr ou dançar é o sinal mais comum
  • Fratura da base Plantar do 2° MTT:
    • Comum em dançarinas que fazem posição de ponta
    • Responde bem a descanso e modificando atividade
  • Fratura da base do 5o MTT:
    • Comum em jogadores de basquete
    • Alta taxa de recorrência
    • Área problemática é o 1,5 cm da diáfise proximal
    • Gesso por 6-8 semanas sem carga geralmente traz a cura
    • Tratamento fechado e carga parecem influenciar recorrência
    • Alguns recomenda RC+FI para retorno precoce
    • Parafuso de compressão e enxerto resultam em retorno em 3 meses

- Outros Locais:

  • Patela responde bem a 4 semanas de imobilização em extensão
  • Fíbula ocorre em corredores 1-2 inches acima da articulação
  • Colo do talus é raro, processo lateral é encontrado também

- MMSS:

  • Nadando e arremessando por stress porem não acontece por carga
  • Devem ser desconfiadas em atletas com uso do MMSS. São bem tratadas com repouso e modificação

- Úmero:

  • Pode acontecer no basquete, baseball, levantadores de peso e etc
  • Fatores de risco é > 30 anos, dor no braço antes, e sem exercício regular
  • No cotovelo a retirada do 1/3 proximal do olecrano pode ser vantajoso para retorno precoce
  • Fraturas do 1/3 médio do olecrano podem ocorrer e são tratadas com repouso o Fratura da ulna pode ocorrer porem todas voltam ao normal com repouso por 4-6 semanas
  • Fraturas do radio distal são comuns em ginastas jovens sendo menos comuns nos mais velhos, com repouso modificado levando a cura, atletas que não dão carga ao radio podem continuar no esporte sem problemas
  • Carga repetida podem levar a fratura dos MTC principalmente 2° e 5°, fratura do 2° pode acontecer em tenistas
  • Pelve:
  • Fraturas dos ramos púbicos não é incomum em corredoras de distancia com fatores de risco
  • Ficar em uma perna reproduz a dor na parte anterior da virilha
  • RX e cintilografia geralmente dão o DX
  • 8-12 semanas de treinamento modificado podem levar a retorno ao esporte
  • Fraturas de sacro podem ocorrer em mulheres corredoras e homens
  • Dor lombar é um sintoma comum
  • Scpet Scan é o exame de escolha porem RNM tem se tornado o melhor exame.
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