Fratura diafisária de femur Flashcards
Fratura da diáfise do fêmur
Epidemiologia
Sexo
Distribuição
Expostas - porcentagem e local
Traços de fratura em ordem de frequencia
Mortalidade nas fraturas bilaterais
Bimodal (jovens alta energia, idosos baixa energia)
70% homens
Expostas 16% + Lateral e anterolateral do fragmento proximal (desvio tipico)
Oblíqua 50% > Transversa29% > Cominuta 15% > Espiral 6%
25% de mortalidade nas bilaterais
Fratura da diáfise do fêmur
Mecanismo
Direto ou Indireto
78% Automobilismo
4% Atropelamento
2% PAF
Torção: idosos - espiral
Flexão + axial - Transversa ou cunha = mais comum
Axial isolado demanda altíssima energia
Fratura da diáfise do fêmur
Lesões associadas
Fratura do colo ipsilateral - 3-10% (Basocervical)
Fratura da patela, tibia, acetábulo, pelve
Lesão nervosa: Ciático
Lesão ligamentar do joelho (parcial): LCA 50% > LCP 5%
Lesão meniscal: Lateral 28% > Medial 12%
Fratura da diáfise do fêmur
Exame de imagem
Rx em 2 incidências ortogonais entre si
Fratura da diáfise do fêmur
Classificação
AO 32
Winquist-Hansen
Fratura da diáfise do fêmur
Classificação AO
Diáfise 32
A Simples
B Cunha
C Segmentar
A Simples
A1 Espiral
A2 Oblíqua
A3 Transversa
B Cunha
B2 Intacta
B3 Multifragmentada
C Segmentar
B2 Intacta
B3 Multifragmentada

Fratura da diáfise do fêmur
Classificação Winquist-Hansen
Classifica grau de cominuição
0- Sem cominuição
1 - 25% de cominuição (contato 75%)
2 - 50% de cominuição (contato 50%)
3 - acima de 75% de cominuição (contato 25%)
4 - Segmentar ou defeito

Fratura da diáfise do fêmur
Tratamento
Conservador: Paciente proibitivo
Cirúrgico:
Placa + parafusos
Intramedular (haste anterógrada ou retrógrada)
Fratura da diáfise do fêmur
Tratamento - Placa - Indicações
Indicações são as mesmas contraindicações de haste:
Canal medular excessivamente estreito
Fraturas com extensão metafisária
Lesão vascular que necessite reparo (mesmo acesso)
Fratura de diáfise + colo ipsilateral
Imaturidade esquelética
Fratura da diáfise do fêmur
Tratamento - Haste anterógrada - Riscos
Piriforme: Nervo glúteo superior, arteria cincunflexa femoral medial, tendões dos rotadores externos
Trocantérica: Tendões dos glúteo médio e rotadores.
Fratura da diáfise do fêmur
Tratamento - Haste anterógrada - indicações
Fraturas isoladas da diáfise, cominutivas, expostas
Fratura da diáfise do fêmur
Tratamento - Haste anterógrada - contraindicações
Canal estreito
Fise aberta
Consolidação viciosa prévia
Politrauma (relativa)
Fratura do colo ou acetábulo ipsilateral associado (relativa)
Fratura da diáfise do fêmur
Tratamento - Haste retrógrada - indicações
Politrauma
Fratura bilateral do fêmur
Obesidade mórbida
Metafisárias distais
Gravidez
Fratura do colo femoral ou acetabular
Patela ipsilateral (um acesso só)
Tibia ipsilateral (um acesso só)
Amputação ao nivel do joelho ipsilateral
Fratura da diáfise do fêmur
Tratamento - Haste retrógrada - contraindicações
Fratura Subtrocantérica
Rigidez do joelho
Patela baixa
Fratura da diáfise do fêmur
Tratamento - Hastes - complicações
Consolidação viciosa - Rotacional >15º, RE pior que RI, Encurtamento <2,5cm, Angular <5º (antecurvato melhor tolerado)
Dor no quadril (10-40% na haste anterógrada)
Lesão do piriforme e obturador interno
Dor no joelho (36% na haste retrógrada)
Rigidez de joelho - Flexão passiva, extensão ativa (geralmente melhora apos 6 a 12 semanas)
Ossificação heterotópica (assintomatica)
Refratura 6 semanas após retirada
Fratura da diáfise do fêmur
Quadro clínico tipico + hemorragia
Dor, encurtamento, edema
Sangramento de 1200ml em média
Fratura da diáfise do fêmur
Anatomia
Ângulos:
Vascularização:
Eixo anatômico: 3º
Eixo mecânico: 9º
Valgo: 6º
Artéria nutricia na entra na metade proximal, posteriormente na linha áspera.
Fluxo centrífugo: Vasos medulares => periosteais
Fraturas desviadas = Ruptura das artérias medulares. Fluxo passa a ser centrípeto. Das periosteais para as medulares.
Fratura da diáfise do fêmur
Sinal radiológico da iminência de fratura por fragilidade
Dreaded Black Line
Linhas transversais na area de tensão (lateral no fêmur, anterior na tíbia) associado a espessamento cortical

Fratura da diáfise do fêmur
Biomecânica
Área de tensão e compressão
Haste intramedular e placa
Area de tensão: Cortical lateral
Area de compressão: Cortical medial
Placa deve ser lateral. Principio de banda de tensão.
Haste intramedular - Eixo mecanico mais próximo ao eixo mecânico do osso
Fratura da diáfise do fêmur
Controle de danos
Tração - Cutânea ou esquelética
Órtese
Fixador Externo
Fratura da diáfise do fêmur
Controle de danos - Tração
15% do peso corporal
- Cutânea
Necrose de pele - Esquelética
Femur distal: de medial para lateral - Evita distração do joelho, risco de artrite séptica
Tíbia proximal: de lateral para medial ao nível da TAT, contraindicada se lesão ligamentar do joelho
Fratura da diáfise do fêmur
Controle de danos - Órtese
Neutraliza desvios angulares
Possibilita mobilização
Pode ser usado como tratamento definitivo em pacientes críticos
Fratura da diáfise do fêmur
Controle de danos - fixador externo
Minimamente invasivo
Não invade foco, não lesa vascularização
Fratura da diáfise do fêmur
Placa - via de acesso e técnica
Via de Acesso:
Incisão lateral longitudinal subvasto
Contraindicada Anterolateral subvasto = aderência entre músculos
Tamanho da placa: 4.5mm de 10 orificios mínimo
Corticais: 8 a 10 corticais em cada fragmento
Placa ponte: fraturas cominutivas - tutor interno extramedular
Fratura da diáfise do fêmur
Haste anterógrada - via de acesso e técnica
Haste de inserção na Fossa piriforme
Parede medial do trocanter maior, pouco posterior no colo do femur. (se muito anterior aumenta estresse na fossa risco de fratura do colo femoral e alinhamento valgo)
Haste de inserção Trocantérica
Topo do trocanter maior. Área Calva
Angulação de 4 a 6º (varia de acordo com o fabricante)

Fratura da diáfise do fêmur
Haste retrógrada - via de acesso e técnica
Acesso
Ponto de entrada
Tamanho da haste
Fixação proximal
Dispensa uso de mesa de tração
Acesso Transpatelar
ADM de no mínimo 34-52º em flexão necessária
Ponto de entrada = Em linha com canal medular
- AP: Sulco intercondilar - 6-12mm anterior a origem do LCP no côndilo medial
- Perfil: Topo da linha de blumensaat
Tamanho da haste: Desde acima da articulação do joelho até acima do trocanter maior
Se fratura proximal distancia entre parafuso de bloqueio e fratura deve ser maior que 5cm
