Flutter Atrial e Fibrilação Atrial Flashcards
Quais os critérios de ECG para definir o flutter atrial?
Taquicardia, ausência de onda P, presença das ondas F e QRS estreito.
Qual a frequência atrial média no flutter atrial típico e a FC?
A frequência atrial média fica em torno de 300 bpm, enquanto que a FC fica em torno de 150 bpm, isso pois a maior parte dos flutters atriais típicos apresentam condução 2:1, ou seja, a cada 2 batimentos atriais, há 1 batimento ventricular. Pode haver outras formas, como 3:1 ou 4:1.
Qual o QC do flutter atrial?
Há a presença de ondas F.
Qual a morfologia das ondas F?
São ondas com aspecto “serrilhado” ou em “dente de serra”, sem formação de linha de base isoelétrica entre as ondas.
Imagem ondas F - serra.
.
Em quais derivações o flutter atrial é melhor visto?
As inferiores: DII, DIII e aVF. Pode-se visualizar, também, em V1 -> nas outras derivações o flutter não é visualizado.
Qual a morfologia típica dos QRS no flutter típico?
Estreitos, típicos de ritmo sinusal e com intervalos RR regulares.
Quais os critérios de ECG para flutter atrial?
Frequência atrial alta com onda F (~300 bpm), frequência cardíaca em torno de 150 bpm (quando condução 2:1), Intervalo RR regular e QRS estreito (exceto se houver bloqueio de ramo associado).
Pode haver flutter atrial típico com intervalo RR irregular? Comente sobre.
Sim, isso ocorre quando a condução do estímulo pelo nó AV é variável, como em drogas que inibem o nó AV ou doenças prévias do nó AV.
Quais os DDx para taquicardia IRREGULAR com QRS estreito?
Taquicardia atrial multifocal, FA e flutter atrial típico de condução variável.
Qual medida pode ser tomada em casos de o complexo QRS coincidir com a onda F, ocultando-a?
Nesses casos, pode-se usar medidas que diminuam a condução AV (aumento do período refratário do nó AV), como manobra vagal e adenosina, promovendo separação do QRS da onda F.
Imagem uso de adenosina/manobra vagal.
.
Qual a relação do flutter atípico com a FA?
Esse tipo de flutter é considerado limítrofe com a FA, sendo que muitas vezes é difícil diferenciar essas 2 entidades e, na grande maioria dos casos, são tratados de forma semelhante.
Como deve ser feita a abordagem inicial do paciente com flutter (na Emergência)?
Avaliação da necessidade de cardioversão (imediata ou não), redução da FC e terapia antitrombótica.
Qual a conduta no flutter atrial instável e estável?
Em qualquer sinais de instabilidade clínica (angina, hipotensão sintomática, edema agudo de pulmão, rebaixamento do nível de consciência).
Um choque com apenas 50J já é capaz de reverter o flutter.
Como deve ser feito o controle da FC em pacientes com flutter e estáveis clinicamente?
Redução da FC com beta-bloqueadores ou BCC ou digoxina (em ICC). Muitas vezes o retorno ao ritmo sinusal acaba sendo espontâneo. Se não ocorrer, pode-se fazer a cardioversão elétrica ou química (ibutilida).
Qual a importância do uso da amiodarona no flutter atrial?
Visa reprimir o surgimento de extrassístoles que podem deflagrar o flutter, mas não possui utilidade na ablação do circuito -> não trata o flutter alí na hora.
Explique a terapia antitrombótica no flutter atrial.
Quanto mais tempo em flutter o paciente tiver passado, maior o risco de formação de trombo e, consequentemente, quando voltar o ritmo sinusal, de embolização dele. Portanto, devemos fazer anticoagulação no paciente com flutter, variando a duração dela conforme a duração em que o paciente ficou com o flutter (corte é 48h).
Qual a frequência atrial na FA e como isso se manisfesta nos ventrículos?
A frequência nos átrios fica em torno de 400-600 bpm, porém, graças ao nó AV, não há passagem da maioria dos batimentos )o nó AV “filtra” a passagem do estímulo elétrico). Na FA, o paciente pode apresentar taquicardia importante (até 250 bpm) até bradicardia importante.
Por que os ciclos cardíacos são irregulares na FA?
Pois a capacidade de filtro do nó AV não é constante, fazendo com que a chegada desses estímulos ao nó AV modifique continuamente sua capacidade de condução de acordo com a refratariedade de suas células.
Quais as manifestações eletrocardiográficas da FA?
Ausência de onda P (ondas f - linha de base completamente irregular com ondas de pequena amplitude e com frequência maior que 400 bpm), intervalos RR irregulares
Como diferenciar FA de flutter atrial?
A FA apresenta uma linha de base irregular, podendo, em alguns casos, tornar-se isoelétrica, o que não ocorre no flutter. Aqui, temos as ondas F ocorrendo de forma regular e constante com amplitude definida.