ACLS Flashcards
Qual a sequência do BLS?
Checar responsividade - chamar ajuda + carrinho de parada - verificar respiração e checar pulso central simultaneamente (10s) - iniciar RCP.
O que fazer se, durante a avaliação inicial do paciente irresponsivo, houver pulso porém sem respiração?
Realizar 1 incursão respiratória a cada 6 segundos, checar pulso a cada 2 minutos para verificar PCR e, se possibilidade de intoxicação por opioide, aplicar naloxone.
Qual a sequência do ACLS para ritmo chocável?
Iniciar RCP + monitorização até chegar o desfibrilador - identificação de TV ou FV - choque - RCP + 2 minutos e AVP - checar ritmo - choque - RCP + adrenalina + considerar IOT e capnografia - checar ritmo - choque - RCP + amiodarona ou lidocaína + causas reversíveis - choque - RCP + adrenalina - …
Qual a sequência do ACLS para ritmo não chocável?
RCP + monitorização até chegar o desfibrilador - checar ritmo (assistolia ou AESP) - RCP + adrenalina + AVP + considerar IOT - checar - RCP + considerar causas reversíveis - checar - RCP + adrenalina - …
O que é uma RCP de qualidade?
100-120 bpm, 5-6 cm de compressão e permitir retorno, minimizar interrupções, evitar ventilação excessiva, troca de massageador a cada 2 minutos.
Qual a relação entre compreesão e ventilação no paciente não IOT?
30:2.
Qual a energia do desfibrilador na PCR?
Monofásico: 360 J.
Bifásico: 120-200 J.
Qual a dose de adrenalina, amiodarona e lidocaína?
Adrenalina: 1 mg a cada 3-5 minutos.
Amiodarona: 300 mg (1a dose em bolus), 150 mg (2a dose).
Lidocaína: 1-1.5 mg/kg (1a dose), 0,5 - 0,75 mg/kg (2a dose).
Qual a frequência de respirações após IOT?
1 a cada 6 segundos.
Quais as causas reversíveis de PCR?
5 Hs: hipovolemia, hipotermia, hipo/hipercalemia, hipóxia e H+ (acidose).
5 Ts: tensão (pneumotórax), tamponamento (cardíaco), tóxicos, TEP e trombo cardíaco (IAM).
Como deve ser a comunicação durante uma RCP?
O líder da equipe deve estabelecer as tarefas solicitando pelo nome da pessoa a tarefa, sendo então confirmado pela pessoa (comunicação em alça fechada).
IOT é necessária durante a RCP?
Não, geralmente podendo ser adiada até retorno da circulação espontânea.
Quanto do AMBU deve ser pressionado para promover a ventilação adequada do paciente?
600 mL (geralmente a bolsa comporta 1-1,5L, não sendo necessária a compressão completa da bolsa).
Qual a FiO2 durante a RCP?
100%, podendo ser ajustada para manter SaO2 > 94% após retorno da circulação espontânea (RCE).
Por que a IOT não deve ser preferência na RCP?
Pois, em comparação com o AMBU ou VA supraglótica, não alterou a mortalidade ou o desfecho neurológico.
Qual o objetivo da adrenalina na RCP?
Aumentar o tônus vascular, a PAD e, consequentemente, a perfusão coronariana.
Qual o papel da atropina? Qual a dose?
Não possui papel na PCR, mas sim na bradiarritmia sintomática (dose de 1 mg, podendo ser repetira a cada 3-5 minutos até um total de 3 mg).
Qual o papel do sulfato de magnésio? Qual a dose?
Não possui papel na PCR, mas sim na TV polimórfica de torsades de pointes (2-4 mg EV bolus seguido de infusão contínua).
Como reverter a assistolia e AESP?
Através da RCP + resolução de causas reversíveis.
Quais possíveis causa de PCR por acidose?
Sepse, choque, insuficiência renal, diarreia, DM, overdose.
Quais possíveis causa de PCR por anemia?
HDA/HBD, trauma.
Quais possíveis causa de PCR por tamponamento cardíaco?
Pós-cirurgia cardíaca, pós-IAM, pericardite, trauma.
Quais possíveis causa de PCR por hiperK?
Overdose, insuficiência renal, hemólise, rabdomiólise, SLT.
Quais possíveis causa de PCR por hipok?
Abuso de álcool, DM, diuréticos, perdas GI profundas.
Quais possíveis causa de PCR por hipotermia?
Intoxicação alcoólica, queimaduras, afogamento, idoses, doenças endócrinas, trauma.
Quais possíveis causa de PCR por hipovolemia?
Trauma, diarreia, vômitos, queimaduras, sepse, perdas GI.
Quais possíveis causa de PCR por hipóxia?
Obstrução da VA, hipoventilação, doença pulmonar.
Qual dado pode auxiliar a identificar uma RCP de qualidade?
A capnografia (< 10 está de baixa qualidade) e a PAM (PAD > 20 garante perfusão coronariana).
Quando a bradicardia geralmente se torna sintomática?
Quando BPM < 40.
Quando intervir na bradicardia?
Apenas quando for sintomática.
Quais os sintomas da bradicardia?
Hipotensão, tontura, lipotímia, síncope, alteração do NC, sinais de choque ou isquemia coronariana e sinais de EAP.
Qual uma causa comum de bradicardia sintomática? Como conduzir?
Hipóxia - monitorizar SaO2 pelo oxímetro se houver uma perfusão adequada. Se não houver perfusão, procurar sinais de insuficiência respiratória. Caso o paciente já esteja em IOT, pode ser por mal posicionamento do TOT.
Qual o algorítmo da bradicardia?
Identificar e tratar causas subjacentes (manter VA patente, O2 suplementar s/n, monitorização com cardioscopia, SaO2 e PA, AVP, ECG 12 derivações e considerar hipóxia ou causas toxicológicas) - se persistir bradicardia sintomática - atropina 1 mg, podendo repetir a cada 3-5 minutos até a dose de 3 mg - se não for efetivo - marcapasso transcutâneo e/ou dopamina e/ou epinefrina - considerar marcapasso transvenoso.
Como realizar a abordagem inicial da bradicardia?
Monitorizar, infusão de atropina e considerar já infundir um cronotrópico caso: isquemia cardíaca, induzido por medicação (excesso de BB, BCC e digitálicos) ou BAV de alto grau com origem supranodal (QRS estreito).
Quando a atropina pode ser evitada na bradicardia?
Quando a bradicardia ocorre por BAV abaixo do feixe de His (QRS alargado), como no BAVT e no Mobitz II. Nesses casos, pode-se considerar a atropina, mas mover para o marcapasso e cronotrópicos rapidamente.
Qual a dose da atropina na bradicardia?
1 mg EV podendo ser repetida a cada 3-5 minutos até um máximo de 3 mg.
Quando chamar um especialista na bradicardia?
Quando necessitar de marcapasso (exceto se por causas reversíveis como hiperK ou excesso de drogas bradicardizantes).
Quando iniciar um cronotrópico na bradicardia sintomática?
Nos pacientes que persistem sintomáticos apesar da infusão de atropina e o marcapasso não está prontamente disponível ou não resolveu os sintomas adequadamente.
Quais cronotrópicos podem ser usados na bradicardia? Qual a dose?
Dopamina: 5-20 mcg/kg/min
Epinefrina (1a linha se hipotensão): 0,025-0,125 mcg/kg/min (2-10 mcg/min).
Um ou o outro, não os dois juntos.
Quando a taquicardia é sintomática?
Geralmente quando BPM > 150, exceto em casos em que já existe disfunção ventricular subjacente.
Qual o algorítmo da taquicardia sintomática?
Identificar se o paciente apresenta pulso e tratar causas subjacentes (ABC, AVP, ECG):
1) Persistente causando: hipotensão, RNC, choque, dor torácica isquêmica ou ICA - cardioversão sincronizada (sedação e, se QRS estreito, considerar adenosina) - refratariedade - considerar causas subjacentes, aumentar a energia do choque e adicionar um antiarrítmico. Especialista.
2) Persistente sem as causas acima:
2.a: QRS estreito: adenosina se regular e monomórfico. Considerar antiarrítmico e especialista.
2.b: QRS alargado: manobras vagais e adenosina (se regular), BB ou BCC, especialista.
Como realizar o atendimento da taquicardia?
Primeiramente definir se está estável ou instável. Se instável, choque (exceto na taqui sinusal). Se estável, ECG para definir a origem.
Qual uma causa comum de taquicardia com instabilidade hemodinâmica?
Hipoxemia - procurar sinais de insuficiência respiratória.
Qual a conduta em caso de taqui sinusal sintomática?
Buscar causas subjacentes (choque, anemia, hipovolemia, etc).
Qual a conduta em caso de taqui supra sintomática e estável?
Manobras vagais (Valsalva, massagem do seio carotídeo, Valsalva + posição supina e levantamento passivo das pernas). Caso refratário, adenosina (6 mg em bolus seguido de flush de 20 ml de salina e elevação do membro). Caso a 1a dose não converta o ritmo em 1-2 minutos, pode-se administrar uma 2a e até mesmo 3a dose de 12 mg.
***Caso CVC, dipiridamol, carbamazepina ou tx cardíaco: 3 mg.
O que deve ser falado e feito para o paciente antes de administrar adenosina?
Sobre os efeitos colaterais de disforia, dor torácica, flushing e dispneia, reforçando a transitoriedade deles. Manter ECG contínuo.
Qual a conduta caso a conversão falhe após adenosina e o paciente mantenha-se estável na taqui supra?
Controlar FC com BCC ou BB (metoprolol).
Qual a conduta na taquicardia com QRS estreito sintomática e irregular?
Instável: cardioversão elétrica.
Estável: inicialmente controlar a FC com BCC ou BB.
*Principal causa: FA.
Qual a dose dos BCC e BB na taquicardia sintomática com paciente estável?
Diltiazem: 10-20 mg por 2 minutos e repetir 20-25 mg após 15 minutos.
Verapamil: 2,5-5 mg por 2 minutos seguido de 5-10 mg a cada 15-30 minutos.
Metoprolol: 5 mg a cada 2-5 minutos totalizando 3 doses. Após, 200 mg VO 12/12h.
Quais possíveis consequências do uso dos BCC e BB na taquicardia sintomática?
Promover ou piorar hipotensão. Portanto, esses pacientes devem permanecer monitorizados. Pacientes idosos pode-se usar doses menores inicialmente.
Qual droga pode ser usada na FA com hipotensão?
Amiodarona 150 mg EV por 10 minutos seguido de 1 mg/min por 6 horas e, então, 0,5 mg/min, porém pode reverter o ritmo para sinusal.
Quando a FA pode ser cardiovertida no paciente estável?
Caso início < 48h ou paciente em uso de anticoagulação (warfarin com INR adequado ou DOAC).
Qual o tratamento da taquicardia regular com QRS alargado?
Antiarrítmicos ou cardioversão elétrica sincronizada programada.
Qual a conduta na taquicardia de QRS alargado e irregular?
Caso monomórfica: cardioversão elétrica sincronizada. Caso refratário ou recorrente, amiodarona (150 mg EV por 10 minutos, repetindo conforme necessário até a dose mágina de 2.2g/24h).
Caso polimórfica: desfibrilação + corrigir distúrbios hidroeletrolíticos subjacentes (hipoK, hipoMg). Caso QT prolongado, sulfato de magnésio (2-4 g EV bolus seguido de infusão de manutenção).
*Proscrito: BB, BCC, digoxina e adenosina.
Quais medicações podem ser usadas via endotraqueal e quando devem ser usadas?
Apenas quando AVP ou IO não puder ser obtido. Lidocaína, naloxone, adrenalina, atropina e vasopressina. As doses são 2x a dose EV e devem ser diluídas em 10 mL de salina.
Quando parar a RCP?
Quando tempo de parada >= 30 minutos sem retorno de ritmo perfusional, PCR não testemunhada com ritmo inicial de assistolia.
Quais os ritmos da bradicardia?
Bradi sinusal, BAV 1° grau (alargamento no PR > 200/5 quadradinhos), BAV 2° grau (M1 e M2) e BAV 3° grau (BAVT).
Quais bradiarritmias não irão responder à atropina?
BAV M2 e BAVT, sendo preferível marca passo transcutâneo ou beta-adrenérgicos.
Qual a voltagem do MPTC?
2 mA acima da dose na qual observou-se captura consistente (alteração no ECG).
Qual a conduta caso o choque cause FV?
Desfibrilar novamente imediatamente.