Fatos, atos e negócios jurídicos até prescrição e decadência - Parte II Flashcards
(79 cards)
São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de quê?
De erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
art; 138 do CC.
Quando o erro é substancial?
- interessa à natureza do negócio;
- interessa ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
- concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade,
- quando for um erro de direito, não implicar em recusa da lei e for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
art. 139 do CC.
Entre as hipóteses de erro substancial, está o que concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade. Qual a condição para que este erro seja considerado substancial?
desde que a dentidade ou à qualidade essencial da pessoa tenha influído na declaração de vontade de modo relevante;
art. 139 do CC.
O erro de direito, quando substancial - isto é, não implicar em recusa da lei e for o motivo único ou principal do negócio jurídico - é uma exceção a qual princípio?
exceção ao princípio da obrigatoriedade da lei
O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando?
Quando expresso como razão determinante.
art. 140 do CC.
A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável em quais casos?
nos mesmos casos em que o é a declaração direta.
art. 141 do CC.
O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando?
quando se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada pelo contexto e pelas circunstâncias.
art. 142 do CC.
O erro de cálculo apenas autoriza a quê?
a retificação da declaração de vontade.
art. 143 do CC.
O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para quê?
para executá-la em conformidade da vontade real do manifestante.
art. 144 do CC.
Em que situação os negócios jurídicos são anuláveis por dolo?
quando o dolo for a sua causa.
art. 145 do CC.
O dolo acidental só obriga à satisfação de quê?
das perdas e danos
art. 146 do CC
O dolo é acidental quando?
a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
art. 146 do CC
Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui o quê?
omissão dolosa,
art. 147 do CC
provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.
Quando pode ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro?
se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento
art. 148 do CC.
Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por quê?
por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
art. 148 do CC.
dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até qual importância?
a importância do proveito que teve
dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá de que modo?
solidariamente com ele por perdas e danos.
art. 149 do CC.
Se ambas as partes procederem com dolo, o que ocorre?
nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.
art. 150 do CC.
A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente o quê?
fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
art. 151 do CC.
Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o quê? (6)
- sexo;
- a idade;
- a condição;
- a saúde;
- o temperamento do paciente;
- todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade da coação
art. 152 do CC.
a ameaça do exercício normal de um direito e simples temor reverencial são formas de coação?
Não.
art. 153 do CC.
Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se?
Se da coação tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite.
art. 154 do CC.
Nesse caso a parte responde solidariamente com o terceiro por perdas e danos.
Se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento, o que ocorre com o neg[ócio jurídico?
Subsistirá
art. 155 do CC.
mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
Configura-se o estado de perigo quando alguém…? (3)
- assume obrigação excessivamente onerosa;
- premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família;
- de grave dano conhecido pela outra parte
art. 156 do CC
Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.