Fatores de Risco p/ doença cardiovascular Flashcards
Para estimar a gravidade da doença cardiovascular (DCV), foram criados os chamados escores de risco e algoritmos baseados em análises de regressão de estudos populacionais, por meio dos quais a identificação do risco global é aprimorada substancialmente. Entre os algoritmos existentes:
- o Escore de Risco de Framingham (ERF)
- o Escore de Risco de Reynolds (ERR)
- o Escore de Risco Global (ERG)
- e o Risco pelo Tempo de Vida (RTV)
Explique cada um dos Escores.
OBS: A combinação desses diversos escores permite uma melhor estimativa de risco.
♦ ESCORE DE RISCO DE FRAMINGHAM
O ERF estima a probabilidade de ocorrer infarto do miocárdio ou morte por doença coronária no período de 10 anos em indivíduos sem diagnóstico prévio de aterosclerose clínica. O ERF, portanto, identifica adequadamente indivíduos de alto e baixo riscos.
♦ ESCORE DE RISCO DE REYNOLDS
O ERR é uma adaptação do ERF em que se inclui a proteína C-reativa (PCR) e o antecedente familiar de doença coronária prematura para estima a probabilidade de infarto do miocárdio, AVC, morte e revascularização em 10 anos.
♦ ESCORE DE RISCO DE GLOBAL
O ERG estima o risco de infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico (AVE), insuficiência vascular periférica e insuficiência cardíaca em 10 anos.
♦ RISCO PELO TEMPO DE VIDA
Já o RTV, avalia a probabilidade de um indivíduo, a partir de 45 anos, apresentar um evento isquêmico.
O cálculo do RTV considera que o indivíduo pertença exclusivamente a uma das seguintes categorias:
a) aqueles sem fatores de risco, ou com todos os fatores de risco ótimos aos 45 anos;
b) os que possuam um ou mais fatores de risco não ótimos;
c) aqueles com um ou mais fatores de risco elevados;
d) os com um dos principais fatores de risco;
e) aqueles com dois ou mais dos principais fatores de risco
DISLIPIDEMIA
como fator de Risco Cardiovascular…
↓↑
♦ DISLIPIDEMIA
- ↑ Risco quando:
- ↑ Colesterol total, ↑ LDL-c, ↓ HDL-c
- ↓ Risco quando:
- ↑ HDL-c
OBS MASTER!!
Mesmo para aqueles com colesterol total < 200 mg/dL, o risco de lAM foi maior com o HDL-c baixo.
Sobre o HDL-c
O HDL-c é uma lipoproteína que realiza transporte reverso do colesterol e confere um caráter protetor contra DAC. É, também, antioxidante e pró-fibrinolitico, além de participar do metabolismo dos triglicerídeos.
► COMO CALCULAR O LDL-c
Quando é necessário determinar o perfil lipidico, a fração LDL-c é avaliada utilizando-se a fórmula de Friedewald21:
LDL-c = CT - HDL - (triglicerídeos/5)
Essa fórmula é válida para concentrações plasmáticas de triglicérides < 400 mg/dL, pois, acima desses valores, observam-se interferências com os niveis plasmáticos de LDL-c, em que os valores de LDL-c são subestimados.
► ETIOLOGIAS P/ DISLIPIDEMIA
Muitas vezes, as dislipidemias se originam de uma associação de distúrbios genéticos a fittores ambientais, como dieta inadequada, excesso de peso e obesidade. Em outros casos, têm origem genética bem determinada, como na hipercolesterolemia fitmiliar. As dislipidemias também podem ser secundárias a doenças como diabete melito, hipotireoidismo, síndrome nefrótica e Cushing, ou a medicamentos como diuréticos, betabloqueadores e inibidores de protease.
Valores de referência p/ o perfil lipídico segundo a V diretriz brasileira de dislipidemias e prevenção da aterosclerose. [ver imagem]
Quais são as fases de estratificação de Risco Cardiovascular?
A 5a Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose recomenda três etapas para a estratificação do risco:
- Determinação da presença de doença ateroscleró tica significativa ou de seus equivalentes;
- Utilização dos escores de predição do risco; e
- Reclassificação do risco predito pela presença de fatores agravantes do risco.
♦ FASE I: PRESENÇA DE DOENÇA ATEROSCLERÓTICA OU DE SEUS EQUIVALENTES
► O mais claro identificador de risco é a manifestação prévia da própria doença. Dessa forma, o primeiro passo na estratificação do risco é a identificação de manifestações clínicas da doença aterosclerótica ou de seus equivalentes
# O QUE SÃO EQUIVALENTES?
- Diabetes 1 ou 2
- Doença Renal Crônica
- Ateroscleróse subclínica diagnosticada por métodos complementares.
► ATENÇÃO!!!!
O paciente que se enquadrar em uma dessas categorias não requer outras etapas para estratificação de risco, sendo considerado automaticamente de ALTO RISCO.
♦ FASE II: APLICAR ESCORE DE RISCO
► Aplicar o Escore de Risco Global, na avaliação incial, naqueles pctes que não foram enquadrados nas condições de alto risco apresentadas na Tabela III.
OBS MASTER
Os pacientes classificados BAIXO RISCO e que apresentem histórico familiar de doença cardiovascular prematura serão reclassificados para risco intermediário.
Para ser “prematura” o evento cardiovascular deve ter ocorrido antes dos:
- 55 anos no Homem
- 65 anos na Mulher
♦ FASE III: FATORES AGRAVANTES
► Nos indivíduos de risco intermediário devem-se utilizar os fatores agravantes (Tabela VIII), que, quando presentes (pelo menos um desses fatores), reclassificam o indivíduo para a condição de alto risco.
Quais são os valores que definem a classificação do risco no Escore de Risco Global de doença cardiovascular?
► Baixo Risco
< 5%
► Risco Intermediário
5% ≤ Homens ≤ 20%
5% ≤ Mulheres ≤ 10%
► Alto Risco
Homens > 20%
Mulheres > 10%
Critérios para síndrome metabólica?
O que sirgnifica uma nota de 13% na estratificação do risco cardiovascular usando o Escore de Risco Global?
Podemos dizer então que esse pcte apresenta a probabilidade de 13% de apresentar um evento cardiovascular nos próximos 10 anos. No entanto, observa-se que grande parte dos indivíduos que são considerados de baixo risco em 10 anos é, na verdade, de alto risco ao longo do tempo de vida. Por isso é recomendado que se aplique um escore a curto prazo e outro a longo prazo: Escore de Risco Global + Escore de Risco pelo Tempo de Vida. A estimativa do risco de doença cardiovascular pelo tempo de vida permite estratificar de forma mais abrangente a carga de doença cardiovascular na ção geral, no momento e no futuro, pois leva em conta o risco de doença cardiovascular enquanto o indivíduo envelhece.
♦♦ OBS MASTER ♦♦
► Pcte > 45 anos de idade.
A 5a Diretriz recomenda o uso do ER pelo Tempo de Vida em indivíduos de baixo risco e de risco intermediário a partir dos 45 anos.
Após a estratificação de risco cardiovascular, quais são as metas terapêuticas?
Com base na estratificação de risco global proposta, a 5a Diretriz recomenda, para os indivíduos classificados em RISCO ALTO, INTERMEDIÀRIO ou BAIXO, metas terapêuticas, primárias e secundárias.
- Primária: direcionada para o LDL-C;
- Secundária: para o colesterol não-HDL.
[Olhar tabela no final]
♦♦ OBS MASTER ♦♦
Não são propostas metas para o HDL-C, embora se reconheça seu valor como fator de risco CV.
► E OS TRIGLICERÍDEOS?
Com relação ao TG, a Diretriz considera que pacientes com valores > 500 mg/dl devem receber terapia apropriada para redução do risco de pancreatite, e aqueles com valores entre 150 e 499 mg/dl recebam terapia individualizada, com base no risco CV e condições associadas.