Farmacocinética II Flashcards

1
Q

Cite alguns fatore que interferem na passagem ou na captação do fármaco por qualquer tecido, após alcança a circulação sistêmica:

A

Propriedades físico-químicas,
tamanho molecular, solubilidade e
tamanho do tecido e fluxo sanguíneo
tecidual.

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2
Q

Quais tipos de fármacos consegue se distribuir por toda nossa água corporal total?

A

Fármacos de pequenas moléculas e hidrossolúveis. Ex: etanol.

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3
Q

Quais tipos de fármacos tendem a se distribuírem na água extracelular?

A

Moléculas maiores e hidrossolúveis como o manitol

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4
Q

Quais tipos de fármacos tendem a terem uma distribuição limitada ao plasma sanguíneo?

A

Moléculas latamente ligadas às proteínas plasmáticas, moléculas muito grandes, moléculas altamente carregadas. Ex: heparina

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5
Q

Quais tipos de fármacos tendem a terem uma distribuição voltada para a gordura?

A

Medicamentos muito lipossolúveis. Ex: diazepam

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6
Q

Quais tipos de fármacos tendem a terem uma distribuição voltada para ossos e dentes?

A

Certos íons. Ex: fluoreto e estrôncio.

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7
Q

Regras da farmacocinética:

1) O que é a cinética de primeira ordem?

A

1) Quando a velocidade com que a droga sai de um compartimento do organismo é proporcional a sua concentração.
obs: vários processos fiosiológicos do nosso organismo segue essa cinética. Ex: absorção, distribuição, clearance renal e biotransformação.

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8
Q

Regras da farmacocinética:

1) O que é a cinética de ordem zero?

A

1) Quando a velocidade de transferência da droga não depende da concentração.
A velocidade de transferência do compartimento 1 para o compartimento 2 é constante, em relação ao tempo (a velocidade é limitada no tempo).

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9
Q

Em geral, a maioria dos fármacos segue qual tipo de cinética?

A

Em geral, a maioria do fármacos seguem uma CINÉTICA DE PRIMEIRA ORDEM, na qual
uma fração constante do Fármaco presente no organismo é eliminada por unidade de tempo.
SISTEMA NÃO SATURÁVEL, diferentemente da cinética de ordem zero.!

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10
Q

O metabolismo hepático e a secreção tubular são fenômenos importantes para eliminação por qual tipo de cinética?

A

Cinética de primeira ordem.

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11
Q

Características do sistema de eliminação do fármaco na cinética de ordem zero:

A

Sistema de eliminação do fármaco é saturável ( depende de enzimas metabólicas e/ou transportadores), não linear e dependente da dose ou da concentração do
fármaco.
Uma quantidade constante do fármaco será eliminada por unidade de tempo (velocidade
de metabolismo permanece constante com o tempo, mesmo em alta concentração do fármaco).

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12
Q

Quando ocorre administrações sucessivas de um fármaco, em qual dos tipos de cinética é mais provável que ocorra um acúmulo dele?

A

Fármacos que possuem cinética de ordem zero

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13
Q

Exemplos de substâncias que possuem cinética de ordem zero:

A
  • Etanol
  • AS - ácido salicilico
  • Aferina
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14
Q

Na cinética de ordem zero (Cinética de Michaelis- Menten), qual a diferença quando há concentrações mais elevadas e menos elevadas dos fármacos?

A
  • Concentrações mais elevadas: existe um processo de ordem zero, ou seja, ocorre uma saturação na velocidade do metabolismo desses fármacos)
  • Concentrações menos elevadas: existe um processo de primeira ordem, na qual a velocidade de saída da droga de um compartimento para o outro eleva-se de acordo com a concentração.
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15
Q

Quais os primeiros tecidos que, normalmente, apresenta as maiores concentrações do fármaco?

A

Tecidos altamente vascularizados:

- Coração, cérebro, fígado e rim.

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16
Q

Diferenças entre o compartimento muscular e os compartimentos altamente vascularizados (coração, cérebro, fígado e rins) para a distribuição do fármaco:

A
  • A massa do compartimento muscular é muito mais que a massa dos compartimentos altamente vascularizados. Assim, o compartimento muscular possui uma maior capacidade de receber esse fármaco.
  • Os músculos são menos adequadamente profundidos que os compartimentos altamente vascularizado. Assim, observa-se que apenas após algum tempo, o fármaco é redistribuído dos compartimentos altamente vascularizados para a músculo.
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17
Q

Quais tecidos podem servir como estoque de medicamento?

A
  • Músculo (pico de concentração mais posterior ao dos tecidos altamente vascularizados).
  • Tecido adiposo (pico de concentração mais tardio ainda), pois possui vascularização muito pequena.
    obs: por possuírem essa função, eles mantém a concentração do fármaco no sangue por um tempo maior.
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18
Q

Os fármacos deixam os tecidos, geralmente, em qual ordem?

A

1) Tecidos altamente vascularizados
2) Músculo
3) Tecido adiposo

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19
Q

Se a biotransformação do fármaco no fígado eliminação ou nos rins for extremamente pequena, o que ocorre com o impacto do retorno do medicamento do músculo e do tecido adiposo ao sangue?

A

Impacto maior, pois a redução das concentrações plasmáticas será bem mais lenta.

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20
Q

Se a biotransformação do fármaco no fígado ou eliminação nos rins for extremamente rápida, o que ocorre com o impacto do retorno do medicamento do músculo e do tecido adiposo ao sangue?

A

Mesmo o medicamento que sai do músculo e do tecido adiposo não se acumulará no sangue, pois, assim que ele entra na circulação sanguínea, ele é biotransformado no fígado ou eliminado pelos rins.

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21
Q

Do que depende a distribuição do fármaco do sangue para o interstício e do interstício para a célula?

A

Depende de fatores como:

  • Permeabilidade através das barreiras teciduais;
  • Ligação dentro dos compartimentos;
  • Grau de ionização relacionado ao pka do fármaco e ao pH do líquido
  • Partição óleo: água (grau de lipossolubilidade)
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22
Q

O que é o volume de distribuição aparente (Vd)?

A

Esse volume se refere ao volume de líquido que seria necessário para conter
todo o Fármaco presente no corpo.
É um conceito aparente que dá informação sobre como o fármaco é distribuído no corpo.

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23
Q

Qual é o maior determinante da distribuição de um fármaco?

A

é A RELATIVA FORÇA DE LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS
AOS COMPONENTES TECIDUAIS COMPARADO COM AS PROTEÍNAS
PLASMÁTICAS

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24
Q

SE o Vd é aparente, um valor não real, qual a importância da sua determinação?

A

Ele é o parâmetro que identifica a extensão da distribuição de um fármaco.
Assim, ele nos dá informação sobre qual é o compartimento em que esse fármaco irá distribuir.
Se esse fármaco distribuir para os tecidos, podemos concluir que ele levará um tempo maior para retornar ao sangue e ser biotransformado pelo fígado ou excretado pelos rins. Isso pode interferir com a duração de ação desse medicamento.

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25
Q

Como calcular o Vd de um fármaco?

A

Vd = quanto do fármaco que foi administrado (mg)/ concentração do medicamento no sangue (mg/l)

26
Q

Diga o Vd em cada situação e o que pode significar:

  • A quantidade administrada do medicamento será padrão e de 20mg:
    1) Concentração do medicamento no sangue de 5mg/l:
    2) Concentração do medicamento no sangue de 2 mg/l
    3) Concentração do medicamento no sangue de 1 mg/l
    4) Concentração do medicamento no sangue de 0,5 mg/l
A

1) Vd: 4L - aproximadamente o nosso volume plasmático ou intravascular: indica que o medicamento não atingiu os tecidos.
2) Vd: 10L - o fármaco conseguiu sair do espaço intravascular para atingir o líquido intersticial.
3) Vd: 20L - o fármaco está intravascular, intersticial e intracelular, de forma, aproximadamente, equilibrada.
4) Vd: 40L - esse fármaco está muito distribuído para o espaço intracelular pegando um grupo de células que tendem a pegar medicamentos mais lipossolúveis.

27
Q

1) O que significa quando o fármaco tem baixo volume de distribuição?
2) E quando ele tem alto volume de distribuição?

A

1) Que o fármaco está mais distribuído no espaço intravascular e/ou no interstício, mais hidrossolúveis.
2) Que o fármaco está mais distribuído no espaço intravascular e, portanto, é mais lipossolúvel.

28
Q

O que acontece com um fármaco que é captado em grandes quantidades pelos músculos e gordura?

A
  • O fármaco será em grande parte removido
    pela circulação no estado de equilíbrio.
  • Estes tecidos precisam estar saturados para que os
    níveis plasmáticos aumentem a ponto de afetar o
    orgão-alvo
  • Farmácos de igual potência: aquele com maior
    distribuição necessitará de dose inicial maior para
    estabelecer uma concentração plasmática terapêutica
29
Q

Qual a relação das proteínas plasmáticas com a distribuição do fármaco.

A

Fármacos que não se ligam as proteínas plasmáticas de forma intensa sofre, rapidamente, difusão para os tecidos - alto índice de ligação aos tecidos e alta taxa de eliminação.
Fármacos que se ligam as proteínas plasmáticas de forma intensa, necessitam de concentrações mais elevadas para chegarem aos tecidos e terem sua ação efetivada.

30
Q

Modelos farmacocinéticos:
1)
2)

A
1) Corpo é imaginado como um só
compartimento, onde a droga penetra e
onde é eliminada
2) Corpo formado por 2 compartimentos:
um central – representado pelo sangue
e o periférico - tecidos
31
Q

Volume de distribuição no modelo de compartimento único:

A

A equação de Vd, considera o corpo como um compartimento único. E a depuração do Fármaco
nesse modelo segue uma cinética de primeira ordem (exponencial).
É o modelo aplicado na maioria das situações clínicas, quando a concentração plasmática cai exponencialmente após a administração do fármaco.

32
Q

Volume de distribuição no modelo de compartimentos múltiplos:

A

A cinética aqui é biexponencial. Assemelha-se mais a situação real. Este acréscimo de
compartimento só afeta a evolução temporal prevista da ação da substância e não o
estado de equilíbrio dinâmico.
Fármacos com este perfil apresentam alto Vd e baixo Kel (constante de taxa de eliminação)

33
Q

Como ocorre a eliminação de fármacos que apresentam cinética de ordem zero/cinética?

A

O tempo de desaparecimento do
fármaco do plasma não segue os padrões exponenciais, mas lineares.
Nestes casos, o fármaco é removido a uma taxa constante, que é independente da
concentração plasmática devido a seu metabolismo por enzimas depender de um
substrato limitado.

34
Q

1) O que é o tempo de meia vida de um fármaco?
2) Qual o cálculo desse tempo de meia vida?
2) Qual a relação de desse tempo de meia vida com o Vd?
3) Para que se utiliza o tempo de meia vida de um fármaco?

A

1) É o tempo necessário para que as concentrações plasmáticas ou a quantidade do Fármaco
presente no organismo sejam reduzidas a 50%.
2) O tempo de meia vida é diretamente proporcional ao Vd e a constante de eliminação e inversamente proporcional ao Clearence renal.
t1/2: Constante de eliminação x Vd/ clearence renal
3) É utilizada para tomar decisões relativas
à posologia dos Fármacos

35
Q

1) Em qual tipo de cinética o tempo de meia vida é constante e pode ser utilizado como parâmetro?
2) Em qual tipo de cinética o tempo de meia vida não é constante, mas varia segundo a concentração do fármaco?

A

1) Cinética de primeira ordem

2) Cinética de ordem zero

36
Q

1) O que é a concentração no estado de equilíbrio?

2) Como ela é calculada?

A

1) É a concentração do fármaco após a ação de todos os parâmetros farmacocinéticos. É quando a taxa de eliminação do fármaco é igual a taxa de biodisponibilidade dele, ou seja, quando a concentração do fármaco encontra-se constante do sangue.
2) Ela é diretamente proporcional a biodisponibilidade do fármaco e da dose administrada.
Ela é inversamente proporcional ao intervalo de dosagem e a depuração do fármaco.
Cestado de equilíbrio = biodisponibilida x dose/ intervalo de dosagem x depuração

37
Q

Qual a atenção que deve-se ter, na administração de medicamentos, com paciente com falência hepática ou renal?

A

Esses pacientes terão os mecanismos de depuração comprometidos e, dessa forma, manterão concentrações mais elevadas dos medicamentos por mais tempo, sendo necessário aumentar os intervalos de dosagem do medicamento, por exemplo, ou reduzir a dose (ajustes posológicos).

38
Q

1) O tempo de meia vida é um bom indicador para o que?

2) Na prática, a concentração em estado de equilíbrio corresponde a quantas meias vidas do fármaco?

A

1) É um bom indicador do tempo necessário para chegar à concentração do Fármaco no
estado de equilíbrio (C) após um esquema posológico ter sido iniciado ou modificado.
2) De quatro a cinco meias vidas.

39
Q

Como podem ser as dosagens de administração dos fármacos?

A

Doses repetidas, injeções únicas ou infusão constante.
Quando a infusão é constante, tem-se menos oscilações nas concentrações plasmáticas do medicamento.
Quando tem-se a mesma a mesma taxa de administração, por exemplo, duas vezes ao dia, as oscilações nas concentrações plasmáticas são um pouco maiores. Quanto maior o tempo de administração do fármaco, maior essas oscilações.

40
Q

1) Para que a dose de ataque é utilizada?

2) Como se calcula a dose de ataque?

A

1) Ela é utilizada, inicialmente, quando deseja-se obter doses terapêuticas do medicamento mais rapidamente.
2) É necessário conhecer a concentração desejada do fármaco na corrente sanguínea e também o Vd do fármaco.
Dose de ataque = concentração desejada na corrente sanguínea x Vd

41
Q

Do que depende a dose de manutenção do fármaco?

A

Da depuração e da concentração do fármaco no estado de equilíbrio.
Repor o que está sendo retirado do organismo pela depuração do fármaco.

42
Q

Faixas de concentrações do fármaco do ponto de vista clínico:

A

1) Terapêutica: objetivo é manter o fámaco na janela terapêutica
2) Subterapêutica: inicialmente, o medicamento costuma atingir essa faixa, até chegar na dose terapêutica (4 a 5 meias vidas).
3) Tóxica

43
Q

Fatores relacionados ao volume de distribuição que interferem na meia vida de um fármaco:

A
  • Envelhecimento: diminuição da massa muscular, diminuição da distribuição do fármaco, menor meia vida do medicamento.
  • Obesidade: aumento da massa adiposa, aumento da distribuição do fármaco, aumento da meia vida do fármaco
44
Q

Fatores relacionados a depuração que interferem na meia vida de um fármaco:

A
  • Indução do citocromo P450: aumento do metabolismo, diminuição da meia vida
  • Inibição do citocromo P450: diminuição do metabolismo, aumento da meia vida
  • Insuficiência cardíaca: redução da perfusão hepática e renal, redução da depuração, aumento da meia vida.
  • Insuficiência hepática e renal: redução da depuração, meia vida aumenta.
45
Q

1) Qual o principal órgão de biotransformação do corpo?

2) Quais as reações bioquímicas que ocorrem no fígado nos mecanismos de biotranformação?

A

1) O fígado é o principal órgão de biotransformação de
medicamentos, embora alguns fármacos sejam
biotransformados no plasma, intestino (como o
salbutamol que é biotransformado no intestino) ou outro órgão.
2) Reação de faser I e de fase II (ou metabolismo I e metabolismo II).

46
Q

As reações de fase I e II, na biotransformação do fígado, ocorrem em sequência ou de forma independente?

A

Freqüentemente, elas ocorrem em seqüência, mas,

não invariavelmente, elas podem ocorrer de forma independente (uma sem a presença da outra).

47
Q

Para quais tipos de drogas a biotranformação do fígado é menos importante?

A

A biotransformação realizada pelo fígado é menos
importante para as drogas polares (ionizadas),
tendo em vista que estas atravessam mais
lentamente a membrana plasmática do hepatócito
do que as não polares.

48
Q

Os fármacos polares apresentam, normalmente, uma excreção renal ou hepática?

A

Renal

49
Q

Quais tipos de biotranformações podem ocorrer com os fármacos na biotransformação hepátiCa?

A

• Um fármaco ativo pode ser convertido em
fármaco inativo .
• Um fármaco ativo pode ser convertido em um
metabólito ativo ou tóxico
• Um pró-fármaco inativo pode ser convertido em
fármaco ativo .
• Um fármaco não-excretável, pois é extremamente lipossolúvel, pode ser convertido
em metabólito passível de excreção (por
exemplo, aumentando a depuração renal ou
biliar).

50
Q

Como são excretadas as drogas polares (hidrossolúveis) e as apolares (lopossolúveis)?

A
As drogas polares são excretadas
em maior proporção pela urina, de forma
inalterada. Enquanto os fármacos
lipossolúveis (ou lipofílicos ou não
polares) não são excretados de modo
eficiente pelo rim, pois, a maioria é
reabsorvida pelos túbulos renais voltando
à circulação sistêmica.
51
Q

Reações de fase I - biotransformação pelo fígado:

1) Quais são essas reações?
2) O que ocorre, com mais frequência, com os produtos dessas reações?
3) Quais outros efeitos essas reações podem ter nos fármacos?

A

1) As reações de fase I consistem principalmente em
oxidação, redução ou hidrólise.
2) Os produtos, com frequência, são mais reativos quimicamente.
3) Essas reações químicas podem resultar na inativação de um fármaco.
Após as reações da Fase I, alguns medicamentos
também podem se tornar mais tóxicos ou carcinogênicos do que o fármaco original.

52
Q

Reações de fase I - biotransformação pelo fígado:
1) Muitas enzimas hepáticas
participam da biotransformação das drogas da fase I, cite um exemplo:
2) Se o metabólito formado nessa reação não for facilmente excretado, o que ocorre com ele?

A

1) Citocromo P-450 (oxidases de função
mista) .
2) Ele sofrerá uma reação de fase II, fazendo uma conjugação para tornar esse fármaco hidrossolúvel e possibilitar a sua excreção (principalmente pela bile).

53
Q

O que é o sistema do citocromo P450?

A

É um grupo de isoenzimas contendo ferro que ativa o oxigênio molecular em uma forma capaz de interagir com substratos orgânicos (no caso, os fármacos), e, assim, catalizar uma quantidade diversificada de reações oxidativas envolvidas na biotransformação do medicamento que sofre redução e oxidação durante o seu ciclo catalítico.

54
Q

Exemplos de biotranformação pelo fígado de fase I:

A

1) Reações de oxidação dependentes do citocromo P450.
2) Reações de oxidação independentes do citocromo P450.
3) Reduções
4) Hidrólises

55
Q

Existem vários subtipos de citocromo P450. Quais são as isoformas mais prevalentes dessa enzima:

A

CYP3A4/5 E CYP2D6: 75% do metabolismo

CYP3A4 e CYP3A5: 50% metabolsimo

56
Q

O que pode ocorrer quando uma pessoa tem deficiência de alguma isoforma do citocromo 450?

A

Pode ocorrer, por exemplo, de um pró-fármaco dependente dessa isoforma, não se tornar um fármaco e, assim, não ter sua ação terapêutica no organismo.

57
Q

Reação de fase II - biotranformação do fígado:

1) Qual a principal reação de fase II?
2) Quais outras reações podem ocorrer?

A

1) Glucoronidação
2) Acetilação, conjugação com a glucadiona, conjugação com a glicina, sulfatação e metilação.
obs: os fármacos conjugados se tornam hidrossolúveis e podem ser excretados, principalmente, por meio do sistema biliar;

58
Q

1) O que ocorre nas reações de conjungação - biotransformação do fígado fase II?
2) Qual o grupo mais comum que é conjugado aos fármacos?
3) Qual a única exceção de conjugação (não aumenta a hidrofilicidade dos fármacos).

A

1) Um fármaco, ou os metabólitos desse fármaco, são conjugados a um componente endógeno. Essa conjugação, torna a substância mais hidrofílica e, consequentemente, aumenta a excreção desse fármaco.
2) O ácido glicorônico
obs: também temos conjugações com acetato, glicina, sulfato, glutationa e grupos metila.
3) A metilação.

59
Q

Quais são os efeitos de indutores e inibidores da P450 quando é administrado um fármaco que, quando metabolizado pela P450, se torna inativo?

A

Se eu tomar um fármaco, cujo metabólito da P450 será inativo, e, concomitantemente, utilizar um indutor dessa enzima, eu terei maior biotransformação e, desse modo, o efeito do fármaco será reduzido.
Caso seja administrado um inibidor da P450, a biotransformação do fármaco será reduzida e há, portanto, um risco de intoxicação.

60
Q

Quais são os efeitos de indutores e inibidores da P450 quando é administrado um fármaco que, quando metabolizado pela P450, se torna ativo?

A

Se eu uso um indutor, a atividade do substrato será aumentada.
Se eu uso um inibidor, há uma menor formação do metabólito ativo.

61
Q

Qual a atuação do Fenobarbital (Gardenal)?

A

Fenobarbital (Gardenal) é um potente indutor
(estimulador) das enzimas do citocromo P-450
hepático, levando à redução das concentrações
plasmáticas e aumento da eliminação de vários
medicamentos, como do cloranfenicol e das
estatinas, conseqüentemente, pode reduzir os
efeitos terapêuticos destes fármacos.

62
Q

Porque o Acetominofeno (paracetamol) pode levar a toxicidade?

A

Habitualmete esse medicamento sofre uma reação de fase II, por meio de uma conjugação com um glucoronídeo ou com o sulfato. Essa conjugação, normalmente, é suficiente para a eliminação do fármaco.
Uma pequena parte desse medicamento sofre metabolismo de fase I, por meio do citocromo P450. Esse metabolismo produz um metabólito reativo que pode se acumular e gerar lesão hepática.
Há um outro sistema que pode reduzir a formação desse metabólito hiperreativo, a conjugação com a glutationa. Quando a glutationa conjuga com esse metabólito hiperreativo, ela forma um metabólito que não causa toxicidade hepática.
No entanto, se o paciente está tomando, junto do paracetamol, um fármado que induz a ação da P450, pode ocorrer aumento da formação desse metabólito hiperreativo, predispondo a lesões hepáticas, hepatotoxidade, e insuficiêcia hepática.