Farmacocinética Flashcards
Compreende a absorção, distribuição, metabolização e excreção (ADME).
Estuda-se por gráficos concentração/tempo.
Farmacocinética
Relação entre a concentração do fármaco no local de ação e a resposta observada.
Estuda-se por gráficos dose/efeito.
Farmacodinamia
Substâncias estranhas ao organismo.
Xenobióticos
Fármaco passa a favor do gradiente de concentração entre os espaços intercelulares
Absorção limitada pelo fluxo de sangue
Transporte paracelular
Condições moleculares para transporte passivo
- Lipossolúveis
- Baixo peso molecular
- Baixo grau de ionização (sem carga)
- Forma livre
- Pequenas dimensões
- Gradiente eletroquímico
- Área da membrana exposta
Forma livre do fármaco
Forma terapeuticamente ativa
Doses em que devo administrar um medicamento e intervalos
Posologia
OD (Posologia)
Once Daily
OD=QD
Bid (Posologia)
2x/dia
Tid (Posologia)
3x/dia
Po (Via de administração)
Per oz - via oral
Iv (via de administração)
Endovenosa
IV=EV
Low metabolizers
Indivíduos com pobre metabolismo dos fármacos, apresentam concentrações de fármacos muito altas que proporcionam reações adversas.
Ultra-rapid metabolizers
Metabolizam o fármaco tão depressa que não chega a ter efeito.
Pode ter reações adversas por metabolitos tóxicos
Estado de concentração constante do fármaco.
A variação da farmacocinética é 0.
O que entra é igual ao que sai do organismo.
Estado estacionário
Administração em dose única
Bolus
Azóis
Antifúngicos que inibem o citocromo p450:
Comprometem PKs de outros medicamentos
Sumo de toranja (mecanismo de interação medicamentosa)
Inibe o Cyp3A4 gastroentérico
Diminui o efeito de primeira passagem
Aumenta a biodisponibilidade fortemente
Sumo de frutos vermelhos (mecanismo de interação medicamentosa)
Torna o pH mais ácido
Variações de absorção
Saída da janela terapêutica
Toxicidade ou falência terapêutica
ADME
Absorção - até chegar à circ. sistémica
Distribuição - a todos os tecidos do organismo
Metabolismo
Eliminação
Barreira que o fármaco encontra e que diminui a sua possível concentração sistémica.
Efeito de primeira passagem.
Não é exclusiva à forma per oz!
Tetraciclinas causam malformação óssea.
Grande afinidade para proteínas tecidulares! Muitos pacientes que tomam tetraciclinas desenvolvem deformações nos dentes!
Fatores que fazem variar a farmacocinética (proteções contra xenobióticos)
Circulação portal - efeito de primeira pasagem
pH gástrico
Atividade enzimática - Cyps
Membranas - fármacos lipossolúveis, pequenos, s/carga
Transportadores
Glicoproteína P (PGP)
MDR1 - gene
ABCB1 - nome farmacológico
Transportador de efluxo particularmente importante no SNC
Costuma estar sobreexpresso nas células neoplásicas
ABC
ATP-Binding Cassete
Transportadores de efluxo
SLC
Solute Carrier
Transportadores de efluxo e influxo.
Alvos da Farmacocinética
Enzimas de metabolismo
Transportadores de fármacos (ABC e SLC)
Recetores nucleares
Passagem do fármaco no espaço entre duas células.
Transporte Paracelular
Ocorre nos capilares na passagem do sangue para os tecidos.
Difusão facilitada
Através de transportadores (ABC e SLC…)
A difusão passiva a favor do gradiente de concentração através da membrana depende de…
Tamanho da membrana
Lipossolubilidade e carga molecular
Peso molecular
Acumulação de eletrólitos num compartimento.
Ion Trapping
Transportador responsávl pelo transporte de ácido úrico no rim
Transportador OAT
A partir daqui, a absorção é compensada pela distribuição
Cmáx.
Valor máximo de concentração no plasma
Tempo que demora ao fármaco para entrar em circulação.
Tempo de latência
É maior se for per oz.
Corresponde a biodisponibilidade
AUC - Area Under the Curve
Declive da reta tal que x=[tlag;tmax]
corresponde à velocidade de absorção.
Tmax
Corresponde a Cmax
Cvale
Concentração imediatamente antes da próxima toma
Deve ser sempre superior à Ceficazmin
Porque é que nem todos os fármacos podem ser administrados per oz?
Destruídos no estômago
Efeito de primeira passagem
Quantidade e velocidade com que um fármaco é absorvido, posto em circulação e disponibilizado ao local de ação
Biodisponibilidade, avaliada pela AUC
AUCoral/AUCiv
Parâmetro testado nos genéricos.
Farmacocinética
Rácio AUC - 0.8 a 1.2
Rácio Cmáx pode ser aumentado desde que não implique mais efeitos adversos
Rácio Tmáx só é preciso quando é clinicamente relevante ter um inicio de ação rápido.
Forma farmacêutica líquida
Substancia ativa em dispersão uniforme
Solvente Aquoso ou não aquoso
Homogéneo
Soluções
Forma farmacêutica líquida
Partículas sólidas, não dissolvidas em meio líquido
Precipita em repouso
Suspensão
É um “depósito de longa duração” e libertação prolongada
Amocixilina
Suspensão
É preciso agitar antes de administrar para uniformizar dose
Forma farmacêutica líquida
Mistura de líquidos não miscíveis
Usadas na alimentação paretérica
Emulsão
Forma farmacêutica líquida
Solução ou suspensão concentrada de açúcar
Xarope
Uso pediátrico
Forma farmacêutica líquida
Princípio ativo em veículo hidro-alcoólico
Elixir
Forma farmacêutica líquida
Maior viscosidade leva a maior tempo de contato
Gotas nasais
Forma farmacêutica líquida
Solução aquosa estéril para uso oftálmico
Isotónicos, pH neutro
Colírios
Semivida
Tempo de Cmáx passar para metade
Estado estacionário - após 5 semividas
Formas gasosas
Formação de aerossol
Dose fixa
Precisa de sincronização ativação e inalação
Inaladores Pressurizados de Dose Controlada (MDI)
As câmaras expansoras podem sincronizar a ativação e inalação.
Formas gasosas
Formação de aerossol dependente do esforço inspiratório
Não precisa de sincronização
Inaladores de Pó Seco (DPI)
Formas gasosas Forma aerossol Não precisa sincronização Situações de dispneia Esforço inspiratório mínimo Bom posicionamento da máscara
Nebulizadores
Formas sólidas
Pó medicamentoso preparado por compressão
Ação prolongada, retardada ou contínua
Comprimidos
Só podem ser partidos quando têm um risco
Forma sólida
Invólucro gelatinoso oval
Duras ou moles
Pode ter ação prolongada
Cápsulas
As moles nunca devem ser quebradas
Forma sólida
Revestido a cera ou açúcar
Coloridos
Sem sabor desagradável
Drageias
Útil nos idosos ou polimedicados
Forma sólida
Discos com fármaco aromatizado
Dissolvidos na cavidade oral
Pastilhas
Formas sólidas para administração anal ou vaginal
Dissolvida e absorvida à temperatura corporal
Supositórios e óvulos
Adesivos com fármaco impregnado
Absorvido lentamente pela pele
Aplicado em pele fina
Transdérmicos
Semi-sólido
Fase lipofílica e fase aquosa
Cremes
Semi-sólido
Excipiente monofásico com substâncias sólidas ou líquidas dispersas
Preparações semi-sólidas em base gorda
Pomadas
Semi-sólido
Muito pó disperso no excipiente
Pastas
Semi-sólido
Partíclas sólidas finas de um fármaco
Pós
Vias de administração
fármaco em contacto directo no local onde a acção se exerce
Administração tópica
anestesia local; descongestionante intra-nasal, colírio para conjuntivite
Vias parentéricas
Absorção fora do trato gastro-intestinal
Forma de adminisração de fármacos biológicos e de difícil absorção
Via parentérica
Vias mais conveniente e confortável para o doente.
Usado no tratamento crónico.
Via entérica
Via de rápida absorção Pouco tóxica Efeito tópico mas eficaz Pouco efeito de primeira passagem Possibilidade de efeitos sistémicos Não é vantajosa em doentes inconscientes
Via Inalatória
Via mais segura Mais cómoda Mais económica Permite automedicação Grande adesão à terapêutica Grande efeito de primeira passagem Pode irritar a mucosa variação de grau de absorção nterações com alimentos Tempo de latência grande
Via oral
Precisa de maior dose!
Via muito rápida Permite administração de grandes volumos Controlo eficaz de dose Só para soluções Risco de embolia, infeções e irritação
Via endovenosa
Via de absorção rápida de substâncias lipossolúveis
Não sofre efeito de primeira passagem
Pode irritar a mucosa da cavidade oral
Via sublingual
Via vantajosa para doentes que não conseguem deglutir Pouco efeito de primeira passagem Entérica Absorção irregular ou incompleta Irritação da mucosa
Via Retal
Via de absorção muito lenta
Duração de ação prolongada
Cómoda
Menor controlo de dose
Via trandérmica
Depende das caraterísticas da pele
Via de absorção rápida para soluções e lenta para comprimidos e suspensões
Pode dar dor e necrose
Aplicação de calor e massagem aumenta a absorção
Via subcutânea Parede abdominal anterior Região deltoideia Face externa da coxa Antebraços Nádega superoexterna
Via de absorção rápida
Provoca dor
Não suporta grandes volumos
Pode dar inflamação, embolia, infeções
Intramuscular - pode lesar o tecido muscular
Via para substâncias que devem atuar no SNC mas que não atravessam a BHE
Via intratecal ou intra-raquídia - nos ventrículos cerebrais ou no espaço subaracnoide.
Volume de distribuição inferior a 5 ou 4 L.
Fármaco confinado ao espaço vascular
Locais onde o fármaco não chega nas concentrações ideais.
Santuários
Proteína plasmática à qual se ligam os ácidos fracos
Albumina
Proteínas plasmáticas às quais se ligam as bases fracas
Alfa1-glicoproteína ácida
Lipoproteínas
Globulinas
Tiopental
Indutor de anestesia
Duração de ação curta
Longa semi-vida (muito lipofílico)
Substâncias lipossolúveis são transformadas em hidrossolúveis.
Biotransformação
Facilita a eliminação
Reações de oxidação, redução e hidrólise que ocorrem no retículo endoplasmático
Reações de Fase I
citocromo p450
Reações de conjugação que ocorrem no citosol
Reações de Fase II
transferases
Fármacos administrados na forma inativa que são ativados pelo fígado
Pró-fármacos
Saída do fármaco do interior das células
Excreção
Saída do fármaco do organismo
Eliminação
Volume do plasma do qual é removido o fármaco por unidade de tempo.
Clearance
Avalia metabolismo e eliminação
Quando maior o tempo de semivida, (maior/menor) a clearance.
Quanto maior o tempo de semi-vida, menor a clearance.