exame físico pulmão Flashcards
Respiração de Biot
fase de apneia seguida de movimentos
inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto a sua amplitude e frequência. É caracterizada por verdadeira irregularidade respiratória; ritmo, frequência e amplitude estão alterados. Frequente em casos de
meningite e, quase sempre, indica grave comprometimento cerebral.
Respiração de Kussmaul
Verso: Respirações profundas, rápidas e regulares. Associada a acidose metabólica (ex: cetoacidose diabética).
Respiração de Cheyne-Stokes
Ciclo regular de respirações com aumento progressivo da profundidade, seguido de diminuição até apneia, e depois o ciclo se repete. Associada a insuficiência cardíaca, lesões do SNC, altas altitudes.
Respiração Dispneia Suspirosa
Respirações profundas e suspirosas intercaladas com a respiração normal. Frequentemente associada a ansiedade, estresse, síndrome do pânico.
ruídos respiratórios normais são interrompidos
por suspiros isolados ou agrupados
Ritmo de Cantani (Respiração Periódica de Cantani)
Caracteriza-se pelo aumento da amplitude dos
movimentos respiratórios, de modo regular, secundariamente à presença de acidose metabólica, encontrada, por exemplo, na cetoacidose
diabética ou insufi ciência renal. À medida que a acidose metabólica agrava-se, raramente pode haver o surgimento do ritmo de Kussmaul.
Tórax em tonel/barril: descrição e doença associada?
Aumento do diâmetro ântero-posterior, costelas e diafragma horizontalizados, fossas supra e infraclaviculares apagadas/abauladas, ângulo de Charpy > 90º. Tórax em inspiração permanente. Associado a DPOC (enfisema pulmonar crônico difuso).
Tórax chato/tísico/paralítico: descrição e causas?
Diminuição do diâmetro ântero-posterior, aumento do diâmetro vertical, costelas oblíquas, fossas supra e infraclaviculares marcadas, espaços intercostais retraídos. Tórax em expiração permanente. Congênito ou adquirido (ex: tuberculose extensa).
Tórax em quilha (pectus carinatum): descrição e causa?
Esterno proeminente, sulco vertebral bilateral, defeito na união costocondral, rosário raquítico. Congênito ou devido ao raquitismo na infância.
Tórax infundibuliforme (pectus excavatum): descrição e causa?
Depressão da metade inferior do esterno até o apêndice xifoide. Congênito (mais comum) ou raquitismo.
Defina os termos: cifose, lordose e escoliose.
Cifose: Exagero da convexidade posterior da coluna dorsal.
Lordose: Convexidade anterior da coluna dorsal.
Escoliose: Desvio lateral da coluna dorsal.
Tórax piriforme/em sino: descrição e causas
Porção inferior alargada como um sino. Associado a hepatoesplenomegalias e ascite volumosa.
Tipos de Ruídos Respiratórios Normais e suas características?
Traqueal/Brônquica: Agudo e alto (abaixo da cartilagem tireóide)
Broncovesicular: Agudo e alto (regiões supra/infraclavicular e supraescapular)
Vesicular/Murmúrio Vesicular: Grave e suave (demais regiões)
O que fazer ao perceber um ruído adventício?
Pedir para o paciente tossir e verificar se o ruído permanece.
Tipos de Estertores Secos?
Roncos: Estenose de grandes brônquios (intensos, audíveis à distância, com frêmitos, contínuos).
Sibilos: Estenose de pequenos brônquios (intensos, agudos, contínuos).
Cornagem/Estridor Laríngeo: Respiração ruidosa.
Tipos de Estertores Úmidos?
Crepitantes (finos): Alveolares, inspiratórios (roçar de cabelos).
Subcrepitantes (grossos): Médios e pequenos brônquios, insp/exp, mudam com a tosse (bolhas).
Características do Atrito Pleural?
Inflamação/neoplasia pleural. Irregular, grosseiro, não muda com a tosse, lembra ranger de couro cru. Ventilatório-dependente.
O que é um Sopro?
Ruído intenso, ins/exp (exp>insp, expiração mais aguda), em áreas de MV normal. Ocorre por meios de propagação mais adequados (condensação e cavidade).
Tipos de Sopros?
Brônquico, tubário, pleurítico (melhor na ausculta direta), cavernoso e anfórico.
O que são Estertores?
Sons descontínuos, curtos e explosivos, associados a desordens cardiopulmonares. Audíveis na inspiração ou expiração.
Características dos Estertores Finos (Crepitantes)?
Final da inspiração, alta frequência (agudos), curta duração. Não se modificam com a tosse. (Ex: roçar de cabelos, velcro).
Onde os estertores finos são mais ouvidos e por quê?
Zonas pulmonares inferiores, devido à influência da gravidade.
O que causa os estertores finos?
Abertura súbita de pequenas vias aéreas previamente fechadas durante a inspiração.
Estertores finos ocorrem apenas em indivíduos com patologias?
Não, podem ocorrer em pessoas saudáveis durante inspiração profunda a partir do volume residual.
Características dos Estertores Grossos (Subcrepitantes)?
Baixa frequência, longa duração, modificam-se com a tosse. Audíveis no início da inspiração e durante a expiração.
O que causa os estertores grossos?
Abertura e fechamento de vias aéreas com secreção viscosa e espessa, ou afrouxamento da estrutura brônquica.
Classificação atual dos estertores (e termos não recomendados)?
Recomendado: Finos (alta frequência, curta duração) e Grossos (baixa frequência, longa duração).
Não recomendado: Secos/Úmidos, Crepitantes/Subcrepitantes.
Quais são os sons contínuos anormais?
Roncos, Sibilos e Estridor.
Características dos Roncos?
Sons graves, causados por estreitamento brônquico (espasmo, edema, secreção). Predominam na expiração.
Características dos Sibilos?
Sons agudos (assobios), causados por vibrações das paredes bronquiolares. Inspiração e expiração.
O que é Estridor?
Som causado por semiobstrução da laringe ou traqueia.
O que é Atrito Pleural?
Ruído irregular e descontínuo, tipo “ranger de couro”, causado pelo atrito das pleuras inflamadas (pleurite seca). Mais comum nas regiões axilares inferiores.
O que acontece com o atrito pleural no derrame pleural?
Desaparece.