Epilepsia Flashcards
Duas principais causas de perda de consciência episódica
Síncope
Convulsões
Convulsões
Distúrbios com sinais e sintomas neurológicos temporários resultantes da atividade elétrica neuronal anormal, paroxística e hipersíncrona no córtex
Distúrbios com sinais e sintomas neurológicos temporários resultantes da atividade elétrica neuronal anormal, paroxística e hipersíncrona no córtex
Convulsões
Síncope
Perda de consciência por redução do fluxo sanguíneo cerebral em ambos os hemisférios
Epilepsia
Condição caracterizada por predisposição duradoura para gerar crises epiléticas. (crises espontâneas repetidas)
Quando é que posso dizer que uma pessoa tem epilepsia?
2 crises não provocadas num intervalo superior a 24 horas.
OU
1 crise + EEG com predisposição à convulsão
Probabilidade de uma primeira crise se repetir
50%
Quando é que um doente deixa de ter epilepsia
Não tem crise há 10 anos, sem medicamentos anticonvulsivos há 5 anos.
Quanto à origem, as convulsões podem ser…
Focais/Parcial
Generalizadas
Focal a bilateral
Convulsão focal
Inicia-se numa determinada área específica de um dos hemisférios. (=simples)
Convulsão generalizada
Envolve ambos os hemisférios no seu início.
Convulsão focal a bilateral
Começa num local específico e espalha-se a ambos os lados.
Convulsão simples
Mantém a consciência
Convulsão com manutenção da consciência
Focal/simples
Convulsão em que há alteração da consciência, mesmo que permaneça uma ideia vaga.
Comprometimento focal da consciência
Convulsão com comprometimento focal da consciência
Convulsão em que há alteração da consciência, mesmo que permaneça uma ideia vaga.
Convulsão que afeta muito a consciência
Generalizada
Tipos de convulsões focais
Motoras
Não motoras
Convulsão focal motora cursa com…
Espasmos
Sacudimentos
Contrações gerais
Automatismos
Convulsão focal não motora cursa com…
Alterações da sensibilidade
Alterações das emoções
Alterações do pensamento
Alterações das experiências
Convulsões generalizadas motoras mais frequentes
Tónico-clónicas
Convulsões generalizadas não motoras são essencialmente…
Convulsões de ausência
As crises tónico-clónicas e de ausência são…
Generalizadas
Grand mal
Crises tónico-clónicas
Petit mal
Crises de ausência
Crises focais complexas geralmente afetam que território cerebral?
Lobo temporal
Clínica de uma crise focal da área motora
Movimentos tónico-clónicos
Espasmos
Como é que uma crise focal pode dar uma clínica tónico-clónica?
Se afetar a área motora
A crise focal occipital cursa com…
Flashes, escotomas e blurring
Uma crise que cursa com flashes, escotomas e blurring, provavelmente afeta…
O lobo occipital
Crise focal da área somato-sensitiva
Tingling contra-lateral
Crise que cursa com tingling provavelmente afeta…
Área somato-sensitiva contralateral
Clínica da crise focal da área auditiva temporal
O doente ouve sons
Crises focais complexas têm origem frequentemente…
No lobo temporal ou frontal medial
Convulsões que tipicamente têm aura
Crises focais complexas
Automatismos típicos das crises focais complexas
Orobucofaríngeos
Manuais
A crise focal complexa dura…
1 a 3 minutos
Crises que tipicamente implicam perda de controlo de esfíncteres
Crise secundariamente generalizadas (focal a bilateral)
Crises generalizadas que não cursam com perda de consciência
Crises mioclónicas - frações de segundo
Fases da convulsão tónico-clónica
Fase tónica
Fase clónica
Recuperação
Status epiléticus
Convulsão que continua durante 5 a 30 minutos
OU
Tão recorrente que não dá para recuperar da anterior
Convulsão que continua durante 5 a 30 minutos
Status epiléticus
Crises tão frequentes que o doente não consegue recuperar
Status epiléticus
Qual é o perigo de status epilépticus?
Hiperpirexia e dano cerebral permanente
As crises de ausência são típicas de…
Infância (raramente persistem)
Duração típica da ausência
5-10 segundos
Mecanismo identificado como trigger de crise de ausência
Hiperventilação (hipocápnia dá vasoconstrição)
Doente em crise, parado, muito rígido
Crise tónica
Crise tónica
Doente parado, muito rígido
Por que motivo a cianose pode ser um sinal durante a crise?
Por tonicidade dos músculos respiratórios
Crise clónica
Só há contração rítmica
Causa mais frequente de crises mioclónicas
Epilepsia mioclónica juvenil
Perda do tónus postural, com drop attack.
Crise atónica
Crise atónica
Perda do tónus postural, com drop attack.
Causa frequente de crises atónicas
Síndrome de Lennox-Gastaut
As epilepsias com aura epigástrica costumam ter foco…
Temporal
GEFS - Generalized Epilepsy with Febrile Seizures
Epilepsias hereditárias por canalopatia de sódio
Síndrome de Dravet
Doença das crianças com crises parciais variadas, muitas vezes febris (GEFS tipo 2)
Epilepsia associada a mutações de canais de cloro
Epilepsia juvenil mioclónica
Epilepsia juvenil de ausência
Epilepsia de crises ao acordar
Convulsões associadas a canalopatias de potássio
Convulsões neonatais benignas
Convulsões neonatais benignas familiares
Famílias inteiras que convulsivam nos primeiros 2-3 dias de vida e nunca mais têm crises
Principal causa de crise secundária
AVC
Três grandes causas de crises secundárias
AVC
Alterações sistémicas
Trauma cerebral
Natrémia que dá convulsões
Hiponatrémia < 115 mEq/L
Calcémia que dá convulsões
Hipocalcémia < 6 mg/dL
Magnesémia que dá convulsões
Hipomagnesémia < 0,8 mEq/L
Fosfatémia que dá convulsões
Hipofosfatémia < 1 mg/dL
Iões cujo desequilíbrio dá convulsões
Natrémia
Calcémia
Magnesémia
Fosfatémia
Distúrbios endócrinos associados a convulsões
Hipoparatiroidismo
Hipertiroidismo
Distúrbios metabólicos associados a convulsões
Hiper e hipoglicémia
Urémia
Analgésicos epileptogénicos
Fentanil
Tramadol
Classe de antibióticos epileptogénica
Beta lactâmicos
Antineoplásicos epileptogénicos
Metotrexato
Vincristina
Antipsicótico associado a crises epilépticas
Haloperidol
Anestésico epileptogénico
Ketamina
Lidocaína
Bupivacaína
Idade típica de onset da crise não provocada idiopática
5-25 anos
Crise não provocada criptogénica
Quando se suspeita de uma lesão estrutural ainda não identificada. MUITO FOCAIS.
Epilepsia de início sensitivo-motor de predomínio perioral ao acordar e adormecer
Epilepsia Rolândica Beningna da Infância
Epilepsia Rolândica Beningna da Infância
Epilepsia de início sensitivo-motor de predomínio perioral ao acordar e adormecer
A epilepsia de ausência infantil responde bem a…
Valproato
EEG ictal da epilepsia de ausência infantil
Bilateral regular com ondas SW (spike and wave) 3Hz simétricas. (EEG interictal normal)
Os doentes com epilepsia mioclónica juvenil têm…
Mioclonus acordados (100%)
Crises tónico-clónicas generalizadas (90%)
Ausências típicas (30%)
A epilepsia mioclónica juvenil afeta pessoas em que idades?
12-20 anos
Crises de espasmos + regressão do desenvolvimento psicomotor + alterações do EEG
Síndrome de West
Epilepsia refratária bem tratada cirurgicamente
Esclerose mesial temporal
Esclerose mesial temporal
Epilepsia refratária bem tratada cirurgicamente
Pico da epilepsia
Crianças e idosos.
Diagnóstico diferencial de epilepsia
AIT Amnésia global transiente Enxaueca Narcolepsia Síncope Hipotensão ortostática Arritmia Síndrome do seio carotídeo
Sonolência pós-ictal sugere…
Epilepsia
Duração do colapso por hipoglicémia
Até repor a glicémia
Quando é que desconfio de crise psicogénica?
Não surgem no sono.
Não são estereotipadas.
Só surgem com o doente acompanhado.
Tumores muito epileptogénicos
Cavernomas
Como tratar a crise epiléptica?
1ª Linha - BZD ev
2ª Linha - Antiepilépticos
3ª Linha - Anestésicos gerais
Primeira linha no tratamento da crise epiléptica
BZD
Dose de Diazepam na crise epiléptica
0,2 mg/kg até 16-20 mg
Dose de Lorazepam durante crise epiléptica
0,1 mg/Kg até 8 mg
Ritmo de administração de diazepam na crise epiléptica
5 mg/min
Ritmo de administração de lorazepam na crise
2 mg/min
Vantagem do Diazepam vs Lorazepam na crise
Diazepam é mais rápido
Vantagem do Lorazepam vs Diazepam na crise
Lorazepam tem menos recorrência
Quando é que se usam os antiepilépticos orais?
Para tratamento crónico, prevenção de crises
Antiepilépticos mais usados
Lamotrigina
Levotiracetam
Valproato
Topiramato
Efeitos adversos importantes do valproato
Dá aumento do apetite
Teratogénico
Interfere com a pílula.
O valproato não deve ser prescrito a…
Obesos
Mulheres em idade fértil.
Grande vantagem da lamotrigina
Não é teratogénica
RAM perigosa associada a lamotrigina.
Stevens-Johnson
Efeitos adversos associados ao Topiramato
Nefrolitíase
Glaucoma
RAM do Levotiracetam
Não tem RAM significativas
Antiepiléptico que não devo dar a pessoas obesas e mulheres em idade fértil
Valproato
Antiepiléptico que causa nefrolitíase e glaucoma
Topiramato
Tratamento do status epilepticus
Diazepam OU Lorazempam Não resolve: Fenitoína OU Valproato Não resolve: Fenobarbital Não resolve: Pentobarbital OU Tiopental OU Propofol
Epilepsia refratária
Não controlada com 2 antiepilépticos
Proporção de epilepsias que são refratárias
30%
Antiepilépticos úteis nas epilepsias de canalopatias de sódio
Carbamazepina e fenitoína (agravam as outras epilepsias!)