Ectoscopia e Exame Físico Flashcards

1
Q

Quais são as primeiras ações básicas que o pediatra deve fazer antes do exame físico?

A

1) Higienizar as mãos antes e depois da consulta na frente dos pais/paciente.

2) Ficar sempre à direita do paciente.

3) Aproximar o pai ou responsável durante a consulta e orientá-los sobre as condutas a serem tomadas após a consulta (maior adesão ao tratamento).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

A primeira etapa do exame físico em si é denominada ectoscopia e é iniciado logo após a lavagem das mãos e os primeiros contatos com o paciente e o responsável para deixá-los à vontade.

Defina ectoscopia.

A

A ectoscopia é a coleta de informação médica através da observação exterior, a fim de avaliar o estado geral do paciente.

Iremos definir cada um dos componentes da ectoscopia nos próximos cards.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Dentro da ectoscopia, defina o que é o estado geral do paciente.

A

Bom estado geral (BEG) ou estado geral regular ou estado geral comprometido. Isso é observado pela postura e feições do paciente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Dentro da ectoscopia, defina o que é orientação e atitude do paciente

A

Para crianças mais velhas: bem orientada no espaço tempo (sabe onde ela está, que dia é hoje, etc).

Para crianças mais novas (bebês): ativo ou reativo (reagindo ao almbiente onde ela está inserida).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Dentro da ectoscopia, defina como avaliar a hidratação do paciente.

A

Sinais de desidratação
Observar:
* Condição irritada, intranquila ou hipotônica (a famosa “moleza”).
* Olhos: fundos.
* Lágrimas: ausentes
* Boca e língua: secas
* Sede: sedento, bebendo rapidamente (desitratado); bebe mal ou não é capaz de beber (muito desidratado)

Examinar:

  • Sinal de prega cutânea: desaparece rapidamente (hidratado), desaparece lentamente (desidratado) ou desaparece após mais de 2 segundos (muito desidratado)
  • FC elevada
  • Pressão baixa
  • Enchimento capilar: normal (até 3s), prejudicado (3 a 5s) ou muito prejudicado (mais de 5s).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Dentro da ectoscopia, defina como avaliar a nutrição do paciente.

A

O paciente pode estar nutrido ou desnutrido. Observar aspectos físicos do paciente.

Classificações da desnutrição:
Kwashiorkor: desnutrição secundária à perda de proteína, principalmente.
Paciente pode apresentar: descamação da pele, retenção de líquidos (geralmente no abdome), edema generalizado, hepatomegalia e irritabilidade.

Marasmo: falta global de nutrientes, não apenas proteicos. Paciente tem os ossos bem evidentes, fisionomia envelhecida e cabelos quebradiços.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Dentro da ectoscopia, defina como são avaliadas as fáceis do paciente.

A

Fáceis atípicas: não são típicas de nenhuma doença (face normal)
Fáceis típicas: típicas de alguma doença (ex: Síndrome de Down)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Dentro da ectoscopia, defina como avaliar a coloração do paciente.

A

É classificada por quatro cruzes (++++) levando em consideração a coloração da face, da conjuntiva e das palmas das mãos.

Icterícia: coloração amarelada da pele e dos olhos pelo excesso de bilirrubina no sangue. É mais comum em recém nascidos pelo fato de o fígado ainda não estar tão apto para a degradação da substância (tratamento com banho de luz).

Cianose: é a coloração azul-arrocheada da pele, mucosa e leitos ungueais. Ocorre devido ao aumento da hemoglobina não oxidada (sem oxigênio), ou seja, devido ao estado de baixa oxigenação do paciente.

Estados diferentes de saturação também podem levar à cianose:

  • Polissitemia: muita hemoglobina no sangue, levando à presença de hemoglobinas dessoxigenadas mesmo que o paciente esteja com uma boa oxigenação.
  • Anemia: poucas hemoglobinas, ou seja, mesmo que o paciente esteja dessaturando, ele pode demorar a adquirir a coloração azulada, pois o pouco oxigênio disponível já é suficiente para oxidar as poucas hemoglobinas em seu sangue.

Acrocianose: mãos e pés arrocheados comuns no recém-nascidos. Logo a criança volta à coloração normal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

A icterícia do recém-nascido pode ser classificada de acordo com as Zonas de Kramer. Defina-as.

A

Ao longo que a concentração de bilirrubina no sangue do recém-nascido aumenta, sua coloração segue uma progressão crânio-caudal, o que permite classificá-la de acordo com a zona afetada.

Zona I: cabeça e pescoço
Zona II: tronco até o umbigo
Zona III: hipogástrio até as coxas
Zona IV: joelhos até tornozelos + cotovelos até o punho
Zona V: mãos e pés

Obs: Isso é usado apenas para a avaliação de recém-nascidos. Crianças mais velhas têm sua icterícia classificada em cruzes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Dentro da ectoscopia, defina como avaliar os sinais vitais.

A

Febre: elevação da temperatura corporal em resposta a um estímulo.

Não há consenso sobre a definição exata de febre em crianças.

Medicar a febre, porém, vai muito além dos valores, e sim do desconforto do paciente, pois a febre pode ser benéfica ao tratamento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Dentro da ectoscopia, defina como avaliar os linfonodos.

A

Verificar localização , tamanho, consistência, mobilidade e sinais inflamatórios associados.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Dentro da ectoscopia, avalia-se o tórax e os pulmões do paciente. O primeiro passo é a inspeção. Defina-a.

A

Inspeção:

  • Observar a forma e a expansabilidade do tórax. É nesse exame que encontramos irregularidades anatômicas no tórax.
  • Ritmo e padrão respiratório: respiração do lactente é nasal, irregular e predominantemente diafragmática (abdominal).

3 primeiros anos de vida: padrão abdominal
3 a 7 anos: padrão toracoabdominal
A partir dos 7 anos: torácico

  • Esforço respiratório: batimento de alertas nasais, tiragens intercostais, tiragem subdiafragmática, retração da fúrcula. Todos esses sinais indiciam que a musculatura acessória ao tórax está ajudando na entrada de ar, já que os pulmões estão encontrando dificuldade.

IMPORTANTE!
A frequência respiratória limite varia de acordo com a idade da criança. Grave esses valores:
Recém-nascido até 2 meses: até 60irpm
2 meses a 1 ano: até 50irpm
1 ano a 4 anos: até 40irpm
Idade escolar: 18 a 30 irpm
Adolescente: 12 a 16irpm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Dentro da ectoscopia, avalia-se o tórax e os pulmões do paciente. O segundo passo é a palpação. Defina-a.

A

Verifica-se:
Expanssibilidade: colocam-se as duas mão sobre o hemitórax direito e esquerdo do paciente para verificar se a expansibilidade é simétrica.

Frémito toracovocal: vibração produzida pela voz na parede torácica. Avalia-se se a vibração é simétrica dos dois lados.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Dentro da ectoscopia, avalia-se o tórax e os pulmões do paciente. O terceiro passo é a percussão. Defina-a.

A

Uma das suas mãos deve se apoiar no tórax e outra deve funcionar como um martelo que baterá no tórax provocando um som:

  • timpânico
  • maciço
  • submaciço
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Dentro da ectoscopia, avalia-se o tórax e os pulmões do paciente. O quarto passo é a ausculta. Defina-a.

A

Técnica para ausculta
O esteto é colocado em pelo menos 3 pontos diferentes na região posterior, em pelo menos 2 pontos na região lateral e em pelo menos 3 pontos na região anterior. É importante localizar esses mesmos pontos no lado oposto do corpo para comparar os sons.

Sons pulmonares: são formados pela turbulência do ar nas vias aéreas.

  • O som na região da traqueia e dos brônquios (região cervical e external) é mais intenso e sorposo.
  • O som da região vesicular (mais periférica, vias aéreas mais distais) é mais suave (baixa frequência) e de duração maior na inspiração.
  • O som broncolaveolar é um som intermediário entre o vesicular e o bronquial.

Redução dos sons pulmonares
* Causas fisiológicas: obesidade
* Causas patológicas: broncoespasmo (redução difusa), atelectasia e derrame (redução localizada)

  • Som ou sopro bronquial em outros lugares do tórax pode significar consolidação do espaço aéreo. Isso significa que é importante ressaltar que sons respiratórios são considerados normais quando estão localizados em seus locais habituais com suas intensidades habituais!
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais são os 7 sons anormais ou adventícios possíveis de serem ouvidos na ausculta?

A

Sibilos: sons musicais, agudos, contínuos, produzidos por oscilações nas paredes das vias aéreas inferiores estreitadas. É similar ao som de um gatinho miando. Ex: asma.

Roncos: vibrações nas paredes brônquicas de menor frequências (baixa tonalidade). Ocorre por um estreitamento pela presença de secreção. Ex: prença de muco.

Obs: roncos de transmissão são roncos que não são relativos à uma doença, pois tratam-se apenas de uma transmissão do som de um nariz entupido ecoando nas vias aéreas inferiores. É importante notar essa diferença para avaliar se a criança está roncando ou não.

Crepitações: sons não musicais decorrentes da movimentação de ar através de secreções ou da abertura súbita das vias aéreas. Ex: edemas, líquidos e secreções nas vias aéreas inferiores.

Podem ser:
• Finas: similar ao friccionar de cabelos. Abertura das vias aéreas de menor calibre. É mais comum ao final da inspiração. Ex: pneumonia.

• Grosseiras: mais comum em doenças respiratórias crônicas e indicam presença de secreção nas grandes vias aéreas.

Estridos: é decorrente de estreitamento de vias aéreas extratorácicas (ex: laringe). Intenso e agudo, podendo ser audível sem estetoscópio. Mais comum na inspiração. Ex: laringite, edema de glote.

Atrito pleural: acometimento da pleura, causando vibração e barulho pela fricção entre os folhetos pleurais.

Broncofonia: aumento da intensidade da transmissão do som.
Pectorilórquia: aumento da nitidez do som.
Essas duas últimas ocorrem em doenças que homogeinizam o meio respiratório, como a pneumonia.

17
Q

Dentro da ectoscopia, avalia-se o aparelho circulatório do paciente. O primeiro passo é a inspeção. Defina-a.

A

Inspeção:

  • Dispneia
  • Cianose
  • Edema
  • Baqueteamento digital (extremidades)
  • Pulsação
  • Ingurgitação venosa
18
Q

Dentro do exame físico, avalia-se o aparelho circulatórios do paciente. O segundo passo é avaliar o ictus cordis. Defina-o.

A

O ictus cordis também é conhecido como impulso apical ou choque da ponta. Ele traduz o contato da porção anterior do ventrículo esquerdo com a parede torácica. Ele está relacionado ao fato de que o coração juvenil é mais horizontalizado, lateralizando ao longo do avançar da idade da criança.

Localização do ictus:

  • até 3 meses: entre 3° e 4° EICE para fora da linha hemiclavicular E
  • 3 meses: 4° EICE (para fora da linha hemiclavicular E)
  • 9 meses: 5° EICE (para fora da linha hemiclavicular E)
  • 7 anos: 5° EICE (na linha hemiclavicular E)
19
Q

Dentro do exame físico, avalia-se o aparelho circulatório do paciente. O terceiro passo é realizar a palpação. Defina-o.

A

Palpação: avaliar pulso radial, femoral e dorsal do pé (ritmo, intensidade e sincronismos). Observar a presençade frêmitos.

Frequências cardíacas: o limite vai diminuindo ao longo da idade.
Prematuro: 110 - 170bpm
0-12 meses: 110 - 160bpm
1-3 anos: 80 - 150bpm
3-6 anos: 70 - 120bpm
6-12 anos: 60 - 110bpm
> 12 anos: 60 -100bpm

20
Q

Dentro da ectoscopia, avalia-se o aparelho circulatório do paciente. O quarto passo é realizar a ausculta dos batimentos cardíacos. Explique-a.

A

Ausculta ocorre nos focos:
• Aórtico: lado direito na região mais alto do externo.
• Pulmonar: lado esquerdo na região mais alta do externo.
• Foco aórtico acessório: região external média esquerda.
• Foco tricúspide: região external inferior esquerda.
• Foco mitral: entre o 3° e o 4° espaço intercostal.

Sons:
Primeira bulha cardíaca (B1): som do fechamento da valva mitral e tricúspide = sístole (“tum!”)

Segunda bulha cardipíaca (B2): som do fechamento das valvas aórtica e pulmonal = diástole (“tá!”)

21
Q

O que apresença do som de bulhas B3 e B4 indicam?

A

Costumam estar associados a patologias.

B3: ouvido na diástole. Costuma estar associada à insuficiência cardíaca.

B4: ouvido no fim da diástole ou pré-sístole. Sua gênese não está completamente esclarecida, mas acredita-se que seja originado pela brusca desaceleração do fluxo sanguíneo na contração atrial em encontro com o sangue no interior do ventrículo, no final da diástole.

22
Q

O que é um sopro cardíaco?

A

São sons que, à priori, não deveriam estar na ausculta cardíaca. Porém, existem sopros inocentes, ou seja, que não estão associados a defeitos cardíacos.

Como considerar um sopro como inocente?
• Criança assintomática
• Sopro sempre sistólico
• Duração curta
• Suave (sem frêmito)
• Muda de intensidade com a posição (mais intenso em posição supina)
• Grau de intensidade sempre 1 ou 2 no máximo

Sopros têm intensidade variando de 1 a 6, sendo que de 4 para cima sempre tem frêmito, ou seja, o sopro inocente nunca tem frêmito.

Quais as características de sopros patológicos?
• Sopro holossistólico (dura por toda a sístole)
• Sopro distólico
• Intensidade igual a 3 a 6 cruzes.

23
Q

Dentro da ectoscopia, avalia-se o aparelho circulatório do paciente. O quinto passo é avaliar a pressão arterial da criança. Explique-a.

A

Diferente da PA de um adulto, que tem como referência o valor de 120×80mmHg, a PA infantil varia de acordo com sexo, idade e altura.

Existem tabelas com percentis de PA de acordo com percentis dessas características.

24
Q

Como aferir a PA em crianças?

A

É necessário escolher o manguito com tamanho adequado.
Manguito pequenos: a pressão é supervalorizada.
Manguitos grandes: a pressão é subvalorizada.

Como escolher o manguito ideal?
Comprimento = 80% a 100% de X = 0.8X ou 1,0X
Largura = 0,4X

X = circunferência traçada no ponto médio da distância entre o acrômio e o olécrano da criança

Na dúvida entre dois manguitos, escolha sempre o maior, pois é sempre melhor subvalorizar a PA do que supervalorizá-la.

A técnica para aferir PA da criança é igual a do adulto.

Obs: a PA deve ser aferida anualmente a partir dos 3 anos de idade. Antes disso, não há necessidade, a não ser que a criança seja cardiopata, nefropata ou tenha risco de desenvolvimento de pressão alta.

25
Como interpretar os resultados da PA infantil?
Utilizam-se os **percentis** (p) tabelados: • **p < 90** = normotenso • **90 < p < 95** = pré-hipertenso • **p > 95** = hipertenso Ex: Menina de 6 anos com percentil de altura equivalente a 50% teve sua pressão sistólica igual a 110mmHg. Usando a tabela, encontra-se a linha referente ao sexo feminino, idade de 6 anos e percentil de altura de 50% para encontrar os perfentis de referência para essa criança. p90 = 108 p95 = 111 Portanto: Normotensa < 108 Pré-hipertensa entre 108 e 111 Hipertensa > 111 Como a PA da menina é de 110, ela está pré-hipertensa.
26
Dentro da ectoscopia, avalia-se o sistema abdominal do abdome. Quais as divisões da parede anterior do abdome?
1- Hipocôndrio direito 2- Epigástrio 3- Hipocôndrio esquerdo 4- Flanco direito 5- Mesogástrio ou umbilical 6- Flanco esquerdo 7- Fossa ilíaca direito 8- Hipogástrio 9- Fossa ilíaca esquerda
27
Como é a divisão a parede posterior do abdome?
• Região lombar direita • Região lombar esquerda Dores nessas regiões estão associadas a doenças renais. **Sinal de Giordano:** sinal de punho percussão, ou seja, ao bater o punho na região lombar D ou E, a manifestação de uma dor muito importante pode significar comprometimnto renal, como pielonefrite.
28
Como ocorre a **inspeção** e a **ausculta** do abdome infantil?
**Inspeção:** forma, distensão, cicatriz umbilical, diástase de retos abdominais, peristaltismo, veias visíveis/ circulação colateral. **Ausculta:** deve ser feita antes da *palpação* e da *percussão*, pois essas ações podem alterar a ausculta. Ela é feita para ouvir **peristaltismo** (sua presença indica que a criança está normal; sua ausência indica obstrução intestinal). Presença de **sopros abdominais** estão associados a aneurisma de aorta e não são muito frequentes em crianças.
29
Como é feita a **palpação** e a **percussão** do abdome infantil?
Trata-se de uma das partes mais importantes do exame físico, pois dá importantes indícios do abdome da criança. É interessante distrair a criança durante a palpação conversando com ela para que ela não seja induzida a dizer que está sentindo dor local. É necessário fazer os dois tipos de palpação: **Palpação superficial:** sensibilidade, *sinal de Blumberg* (sinal de descompressão súbita) para avaliar apendicite, tensão. **Palpação profunda:** oliva pilórica, fígado, baço, intestino, lojas renais, bexiga, hérnias. Obs: **Fígado palpável em crianças** é normal em crianças com até 2 anos de vida. Quanto à percussão: **Percussão:** verificar delimitação de vísceras e massa, timpanismo (gases), *sinal de piparote* (acúmulo de líquidos) e macicez móvel (também para acúmulo dd líquidos).
30
Como é avaliada a **genitália** e o **ânus** da criança?
**REGIÃO GENITAL e PERINEAL** * Inspeção para avaliar o quão avançada está a **puberdade** da criança. * Analisar a compatibilidade das **caractéristicas sexuais** com o sexo. **Meninos**/ * Fimose * Criptorquidia (se os testículos não descerem até o 6° mês, é necessário operar antes de 1 ano de idade) * Hérnias inguinais (exigem que sejam operadas rapidamentes) **Meninas** * Sinéquia vulvar (aderência ou oclusão dos lábios da vagina) * Hérnias inguinais **REGIÃO PERIANAL** Analisar a presença de: * pregueamento de esfíncter * má formações * fissuras (comuns em crianças com constipação intestinal) * outras lesões
31
O que é a **Escala de Tanner**?
É uma escala que avalia o desenvolvimento puberal da criança. **Meninos** **G-** tamanho da genitália (varia de G1 a G5) **P -** presença de pelos (varia de P1 a P5) Primeiro sinal da puberdade masculina: aumento dos testículos para mais de 4ml. **Meninas** **M-** tamanho das mamas (M1 a M5) **P-** presença de pelos (P1 a P5) Primeiro sinal da puberdade feminina: presença de broto mamário.
32
Como avaliar a **cabeça** e a **face** da criança?
Isso é mais importante nos 2 primeiros anos de vida. **Cabeça:** obeservar conformação, posição, suturas e fontanelas. Sempre acompanhe o perímetro cefálico: se ele for normal, não há porque se preocupar com as fontanelas se fechando cedo. **Face:** observar conformação, paralisias e glândulas.
33
Como avaliar os **olhos** e os **ouvidos** da criança?
**Olhos:** * Verificar esclera, conjuntiva e córnea * Exoftalmia, estrabismo (a criança pode ser estrábica até o 6° mês; se não melhorar, ela deve ser encaminhada a um oftamologista) * Ptoses e infecções * Pupilas (fotorreagentes e ansiocórica) * Fundoscopia e acuidade visual **Ouvido/Orelhas** * Observar forma e posição das orelhas * Observar secreções e sensibilidade * **Implantação baixa:** orelhas abaixo do nível dos olhos podem indicar síndromes ou doenças genéticas. * **Octoscopia:** canal auditivo e tímpano. * **Mastoide:** atrás da orelha. Pode apresentar edemas ou hiperemias, sinalizando infecção de ouvido grave.
34
Como avaliar o **nariz** da criança?
Observar: • Forma • Batimento de asas do nariz (sina de esforço respiratório) • Aspecto da mucosa • Secreções • Epistaxe • Pólipos e tumores • Septo nasal e seios paranasais
35
Como ocorre a avaliação do **sistema nervoso** da criança?
Observar: * Estado de consciência * Comportamento (comunicativa, ativa ou passiva durante o exame, medo, agressividade, birra) * Postura, coluna, pares cranianos, reflexos e *sinais de meningismo* **SINAIS DE MENINGISMO** **Sinal de Brudzinski:** ao elevar a cabeça da criança, ela terá a tendência de dobrar os pés. **Sinal de Kernig:** ao tentar elevar a perna da criança, ela sente dor e não consegue completar o movimento. Ambos esses sinais, juntamete com **rigidez de nuca**, sinaliza meningite. Eles são mais perceptíveis após 9 meses de idade.
36
Descreva os tipos de reflexos dos recém-nascidos.
**Reflexo de Moro** ou do **abraço** Quando o bebê sofre uma descompressão súbita ou leva um susto, ela tenta fazer um movimento de abraço. **Reflexo tônico-cervical** Ao virar o rosto da criança, ela tende a fazer flexão dos membros de um lado e extensão dos membros do outro lado. **Reflexo de pressão plantar e palmar** Ao pressionar a planta do pé ou a mão do bebê, ele tem a tendência a fechar seus dedos. **Reflexo de sucção:** a criança tende a querer sugar tudo aquilo que encosta sua boca. **Reflexo de busca:** ao colocar algo próximo à boca da criança, ela tende a querer ir atrás daquele estímulo. **Reflexo de marcha:** ao colocar a criança em pé, ela tende a fazer movimentos com as pernas como se fosse caminhar.