Desenvolvimento Pessoal-Social Flashcards
Defina desenvolvimento pessoal-social.
Compreendenhabilidades e atitudes pessoais da criança em seu meio sociocultural, incluindo desenvolvimento de independência.
Refere-se não apenas às reações da criança frente a outras pessoas, mas também frente a situações da vida diária (alimentação, sono, higiene, vestimenta, controle esfincteriano, etc).
O ser humano nasce com a incrível e importante capacidade de desenvolver laços com outras pessoas, habilidade que está relacionada ao desenvolvimento pessoal-social.
Quais são os marcos desse desenvolvimento?
2 meses: Sorriso social ou recíproco (quando alguém estimula a criança a sorrir).
4 meses: Sorri espontaneamente (não necessita de estímulos).
6 meses: Estranha desconhecidos (relacionada ao melhor desenvolvimento da visão, que a faz reconhecer pessoas, temendo o que desconhece).
9 meses: Segue o que é apontado, começa a dar tchau e bate palmas.
12 meses: Aponta para objetos que deseja. Essa é a fase da “atenção compartilhada” (a criança passa a perceber que ela compartilha experiências com alguém). Essa é uma importante fase de independência da criança, pois, principalmente por ter aprendido a andar, ela explora muito o meio em que vive.
18 a 24 meses: “Come sozinho” (consegue segurar uma colher, um copo) e começa o controle esfincteriano.
2 anos: Brinca em paralelo, ou seja, ela gosta de brincar perto de outras crianças ou imitar o que a outra faz, mas as brincadeiras não têm objetivos em comum. A criança pode tomar os objetos da outra criança se quiser, não sabendo esperar a vez.
3 ou 4 anos: Brinca em cooperação, ou seja, brinca junto com outra criança, tendo um objetivo comum.
4 a 5 anos: Veste-se sozinha e é praticamente toda independente, tendo muitas características comuns aos adultos: já tem grupos de amigos, reage a elogios, pede desculpas quando sente-se culpada.
O que é a fase do desfralde?
É um marco importante do desenvolvimento físico e psicológico da criança em que ela começa a ter controle do esfíncter.
Para que ocorra o desfralde, ou seja, para que a criança passe a usar um penico ou um vaso sanitário, ela deve apresentar habilidades e maturidade para que ocorra o treinamento esfíncteriano, ou seja, para que ocorra o estímulo ao desfralde.
Essa fase costuma ocorrer entre 24 e 36 meses (2 ou 3 anos), mas não há uma idade certa. É importante não estimular a criança se ela não se mostrar preparada.
Quais os sinais de prontidão indicadores que a criança está pronta para ter o treinamento esfincteriano e desfraldar?
• Anda e está apta a sentar de forma estável e sem ajuda.
• Sabe puxar as roupas para cima e para baixo.
• Sabe expressar sua vontade de urinar ou evacuar, sejam por palavras, expressões faciais ou movimentos.
• Mostra interesse em outras pessoas que estejam usando o banheiro.
• Fica seca por duas horas ou mais durante o dia.
• Diz aos pais que acabou de urinae ou evacuar na fralda e se sente incomodada com a fralda úmida.
Quais as orientações aos pais que queiram realizar o desfralde da criança?
• Orientar os pais sobre os sinais de prontidão. Não existe idade certa para o desfralde.
• Explicar que deve ser um processo natural, estimulado com calma e paciência.
• Orientar a não iniciar o desfralde em momentos de estresse, como em casos de separação dos pais.
• Estimular o desfralde na creche também, para que a criança entenda que não precisa usar fralda em casa e na creche também.
Começar o desfralde pelo penico ou pelo vaso sanitário?
É preferível usar um penico, pois deixa a criança mais confortável e à vontade. É interessante deixar a criança mais tempo no penico, especialmente após as refeições, para que os reflexos gastrocólicos sejam aproveitados e a criança associe o penico à fazer xixi e cocô.
Porém, caso a criança se interesse pelo vaso sanitário, tudo bem, desde que seja usado um redutor de assento e um apoio para os pés.
Quais os cuidados que se devem ter com a criança durante a fase do desfralde e quais as consequências que isso pode trazer a longo prazo?
• Deve-se tratar a constipação intestinal da criança antes de iniciar o desfralde, pois isso forna o ato de evacuar doloroso.
• Tomar cuidado para o treinamento esfincteriano não ser estressante, com julgamentos dos pais, por exemplos. Devem ser feitos sempre estímulos positovos, caso contrário a criança pode crescer constipada ou fazer xixi na cama por maia tempo.
• Orientações sobre higienização adequada.
• Meninos: no início, orientá-los a urinar e evacuar sentados, urinando em pé apenas quando sentirem-se mais seguros.
• Meninas: limpar sempre de frente para trás e não usar duchas vaginais.
• Desfralde noturno: pode ser iniciado quando o desfralde diurno está bem estabelecido e a criança fica seca praticamente a noite inteira. Costuma ocorrer por volta dos 4 anos.
Caso a criança ainda faça xixi na cama após os 5 anos de idade, ela tem diurese noturna e as causas devem ser investigadas.
Quais fatores contribuem para a falha no treinamento esfincteriano?
• TE iniciado na ausência de sinais de prontidão.
• TE iniciado em apenas um ambiente (só em casa ou só na escola).
• Se uma criança expressar recusa ao TE, sugere-se uma pausa de 1 a 3 meses.
Caso após 36 meses a criança não apresente sinais de prontidão OU se após 48 meses ela ainda não conseguiu desfraldar, as causas para isso devem ser investigadas, desde problemas de relacionamento com os pais ou problemas de desenvolvimento neuro-psicomotor (DNPM).
Defina o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
• É um transtorno de desenvolvimento neurológico, caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos.
• A causa não é completamente esclarecida: fatores genéticos e ambientais.
• Em algumas crianças, os sinais podem ser identificados logo após o nascimento. Na maioria dos casos, porém, os sintomas do TEA são mais consistentemente identificadis entre os 12 e 24 meses de idade.
• Muitas vezes, o diagnóstico é tardio, o que prejudica o bom desenvolvimento da criança
Quais os sinais precoces do autismo?
• Baixo contato ocular
• Demonstra maior interesse por objetos do que por pessoas
• Não aceita toque ou se sente irritado no colo
• Dificuldade para imitar o adulto, atitude comum entre crianças de 1 a 2 anos
• Baixa frequência de sorrisos, tendo reciprocidade social muito ruim
• Tem interesses não usuais, como fixação em estímulos sensório-viso-motores
• Incômodos incomuns com sons altos
O autismo, portanto, consiste em um conjunto de problemas dentro de uma tríade: comunicação, socialização e imaginação.
Explique como a comunicação da criança com TEA é afetada.
• Há uma alteração global nessa área, tanto na expressão verbal quanto não verbal.
• Ritmos contantes na comunicação (ex: o tom ao falar uma notícia triste e uma feliz é o mesmo).
• Dificuldade de fazer e compreender gestos.
• Ecolalia precoce: repete-se a última palavra dita à criança. Ex: “Você está muito bonito hoje!” e a criança responde “bonito”.
• Ecolalia tardia: a criança fica repetindo o que foi dito a ela horas depois da conversa ter ocorrido. “Bonito, bonito, bonito…”
O autismo, portanto, consiste em um conjunto de problemas dentro de uma tríade: comunicação, socialização e imaginação.
Explique como a sociabilização da criança com TEA é afetada.
• Dificuldade se relacionae com os outros, relacionada à dificuldade de ter empatia.
• A criança pode aparentar ser muito carinhosa, pois vai no colo de todo mundo, passa a mão no rosto e no cabelo de todo mundo… Isso são características do autismo, pois a criança tem o mesmo carinho com as pessoas que ela conhece e com quem ela não conhece, pois ela não consegie fazer essa diferenciação no âmbito dos sentimentos.
O autismo, portanto, consiste em um conjunto de problemas dentro de uma tríade: comunicação, socialização e imaginação.
Explique como a imaginação da criança com TEA é afetada.
• Autistas têm, de certa forma, uma imaginação muito pobre: são muito rígidos e inflexíveis no pensamento, na linguagem e no comportamento.
• As crianças têm dificuldades em sair da rotina.
• Tem assuntos ou interesses pelos quais são aficionados.
• Tem comportamentos repetitivos.
Como é feito o diagnóstico do autismo?
• Clínico.
• Usam-se testes e escalas, principalmente o M-CHAT.
Suspeitando-se de autismo, a criança logo deve ser acompanhada por uma equipe multiprofissional, caso contrário pode se perder uma janela de estímulos para agravar o transtorno futuramente.
Por isso, O DIAGNÓSTICO PRECOCE É ESSENCIAL!
Como é feito o tratamento do autismo?
Ele é sempre individualizado, pois trata-se de um espectro, visando maximizar a funcionalidade do autista quando inserido na sociedade, sendo livre e independente.
Não existe tratamento farmacológico direcionado especificamente para o TEA. É comum, porém, que muitoa autistas usem medicamentos, mas para a correção de outras comorbidades, como TOC, dificuldade para dormir, hiperatividade, etc.