Desenvolvimento Motor Flashcards

1
Q

A definição de desenvolvimento envolve uma sequência fixa e invariável junto de uma variabilidade individual.

O que isso significa?

A

Sequência fixa e invariável: os marcos do desenvolvimento seguem uma ordem (ninguém senta sem antes sustentar a cabeça e ninguém anda sem antes sentar).

Variabilidade individual: apesar da sequência ser fixa, cada um realiza esses marcos em tempos diferentes.

É importante ressaltar, porém, que, sim, toda criança tem seu seu tempo, desde que dentro dos limites da normalidade.

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2
Q

Quais são os eixos de direcionamento do desenvolvimento do nosso corpo (ou seja, qual a ordem de desenvolvimento)?

A

Crânio-caudal
(ex: sustentamos a cabeça antes de sustentar o tronco)

Próximo-distal
(ex: conseguimos trazer o braço para a linha média antes de desenvolver habilidades manuais)

Ulnar-radial
(ex: a pegada ulnar começa primeiro do que a pegada radial, com os dedos em pinça)

Respostas em bloco ocorrem primeiro do que as respostas particulares: ao alfinetar o pé de um bebê, ele não vai movimentar apenas o pé, mas sim o corpo todo, diferente de uma criança mais velha, que vai conseguir retirar apenas o membro acometido.

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3
Q

O desenvolvimento motor fino e o desenvolvimento motor adaptativo são, muitas vezes, compreendidos como uma coisa só, pois ambos compreendem atividades que exigem movimentos precisos e complexos.

Para entender a associação desses dois desenvolvimento, defina cada um separadamente.

A

Desenvolvimento motor adaptativo: compreende ações de ajustamento de atividades aprendidas anteriormente para que tornem-se mais complexas.

Desenvolvimento motor fino: compreende o desenvolvimento de habilidades cada vez mais precisas e específicas, principalmente com o uso de mãos e dedos.

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4
Q

Quais os principais marcos do desenvolvimento motor fino/adaptativo?

A

1 mês: Segue com o olhar até a linha média.

3/4 meses: Segue o olgar até 180°

4 meses: Agarra objetos com pega palmar.

4 a 6 meses: Alcança objetos.

❗️6/7 meses: Tranfere objetos de uma mão para outra.
❗️9/10 meses: Pega em pinça.

18 meses: Rabisca.

2 anos: Constrói torres de 4 cubos ou mais.

3/4 anos: Copia um círculo.
4/5 anos: Desenha uma figura humana com 2 a 4 partes.

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5
Q

Defima desenvolvimento motor grosseiro.

A

Compreendem as habilidades motoras gerais, como sustentar a cabeça e o tronco, sentar, rolar, pular, etc.

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6
Q

Quais são os marcos do desenvolvimento motor grosseiro?

A

Até:
👶🏻 4 meses: Sustenta a cabeça.
6 meses: Senta com apoio.
7-9 meses: Fica sentada com suporte.
12 meses: Engatinha e anda com apoio.

15 meses: Anda sem apoio.
2 anos: Corre e sobe degraus.
3 anos: Equilibra-se em um pé.
4 anos: Pula com um pé só

Grave o 6, 9, 12 e 15:
6 meses: senta com apoio
9 meses: senta sem apoio
12 meses: anda com apoio e engatinha
15 meses: anda sem apoio

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7
Q

O que a SBP diz sobre os andadores?

A

A SBP não recomenda andadores para crianças, chegando até com pedidos para proibir sua venda.

Isso porque eles não trazem nenhum benefício à criança, não trazendo nenhum benefício para o desenvolviemnto do seu andar, mas sim riscos de provocar acidentes.

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8
Q

Defina geno varo e geno valgo.

A

Geno varo: pernas arqueadas, com joelhos para fora.

Geno valgo: pernas em tesoura, com joelho para dentro.

Para lembrar: quem é valgo, não calvaga, pois os joelhos para dentro dificultariam a montaria.

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9
Q

É fisiológico que a criança apresente joelhos valgo e varo ao longo da vida até que finalmente os joelhos fiquem normais.

Quais as fases da vida que temos esses tipos de joelho?

A

Ao nascer: ápice do varismo
Até 2 anos: normal
Até 4 anos: ápice do valgismo
6 a 8 anos normal

Portanto, quando a criança começa a andar, é normal que ela tenha os joelho um pouco para fora, chegando à normalidade por volta dos 2 anos.

A partir dos dois anos, a tendência é da deformidade se inverter, criando o geno valgo, o que também é fisiológico, chegando ao ápice por volta dos 4 anos, e corringindo-se de forma natural e progressiva por volta dos 6 a 8 anos.

Meninas têm a tendência de ficar mais tempo em valgismo.

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10
Q

Como identificar se o valgismo da criança é fisiológico.

A

Observa-se a distância intermaleolar (entre um maléolo e outro): quanto mais próximos estão os joelhos, maior a distância intermaleolar.

Até 10cm, considera-se normal a distância intermaleolar.

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11
Q

Quando se preocupar com a posição dos joelhos da criança?

A

Três sinais indicam se o geno varo ou valgo estão associados a outra patologia:
Assimetria: uma perna é diferente da outra.

Evolução diferente do esperado: varismo não desevoluir depois dos 2 anos ou valgismo não desevoluir depois dos 4 anos.

Sintomas: outros sintomas associados às pernas, como dores.

Esses indícios tornam necessária a consulta com um ortopedista, pois elas podem sinalizar uma doença associada a valgismo ou varismo patológicos.

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12
Q

O que é o arco plantar e quando ele é desenvolvido?

A

Crianças nascem sem arco plantar, ou seja, com um pé chato (“de batata”).

• O arco desenvolve-se a partir dos 2 anos, geralmemte bem observado por volta dos 4 anos.

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13
Q

Andar na ponta dos pés é normal para uma criança?

A

Algumas síndromes podem estar relacionados à andar na ponta do pé, como paralisias cerebrais e autismo, mas é claro que devem haver outros sinais.

• Andar na ponta dos pés é comum quando crianças aprendem a andar, especialmente por volta dos 2 anos.

• A tendência é que o costume desapareça por volta dos 3 anos, embora dure mais em algumas crianças.

• A caminhada na ponta dos pés, de forma ocasional, não deve ser motivo de preocupação.

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14
Q

O que a dor de crescimento?

A

É muito comum que crianças até os 10 ou 12 anos tenham dores locais de cabeça, barriga ou de membros, sendo esta última comumente chamada de “dor de crescimento”.

É importante reconhecê-la para diferenciá-la de patologias, pois a dor do crescimento é fisiológica.

• Etiologia desconhecida (não tem a ver com o processo de crescimento).

• Costuma ocorrer entre 2 a 12 anos.

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15
Q

Quais as caractéristicas da dor do crescimento?

A

• Dores moderadas a fortes.

• Predomínio noturno (fim da tarde ou durante a noite, podendo até acordar a criança de dor).

• Costumam ocorrer nos membros inferiores (quando acometem mmss, os mmii também estão doloridos)

• São difusas, não localizadas.
• Não ocorrem em pontos articulares.

• Geralmente são dores bilaterais nas pernas, que costumam ocorrer cerca de 2 ou 3 vezes por semana, por volta de 1 a 2 horas, e no dia seguinte a criança está ótima!

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16
Q

Qual a conduta médica quando pais chegam ao consultório preocupados com a dor do crescimento?

A

Caso não sejam encontradas alterações no exame físico e nos exames complementares (sendo que estes nem precisam ser pedidos), não há com o que se preocupar.

Conduta:
• Tranquilizar os pais.
• Compressas de calor, analgésicos e massagens para controlar a dor.

17
Q

O que é o pé torto congênito?

A

Mau alinhamento complexo do pé, que envolve partes moles e ósseas.

Ocorrem deformidades em equino e varo do retropé, cavo e aduçãi do médio e antepé. Pode ser uni ou bilateral.

Etiologia desconhecida: relação com medicamentos abortivos e fatores genéticos.

Tratamento: Método Ponseti
• Trocas gessadas seriadas.
• Secção percutânea do tendão calcâneo.
• Uso de órtese de abdução (impedem a tendência de retorno do problema, comum de ocorrer por volta dos 3 ou 4 anos)

Esse tratamento é muito eficiente, pois consiste na manipulação da elasticidade do pé da criança para que chegue à normalidade.

18
Q

O que é pé torto posicional?

A

É uma alteração decorrente do mal posicionamento do pé do bebê dentro do útero, mas sem alterações no alinhamento ósseo, sendo muito mais fácil de corrigir (basicamente observação e mobilidade do pé, sendo raro a necessidade de fisioterapia).

19
Q

Como diferenciar pé torto congênito de pé torto posicional?

A

Se for possível mover o pé do bebê com facilidade para sua posição normal, sem esforço, temos um pé torto posicional.

20
Q

O que é a Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)?

A

• O quadril encontra-se instável em decorrência da associação de displasia acetabular e frouxidão capsular.

• Essa associação de displasia e frouxidão gera instabilidade, pois a cabeça do fêmur fica parcialmente desencaixada do acetábulo, tendo movimentos anômalos.

• O grau mais intenso de DDQ é chamado de luxação congênita do quadril.

Normal - Displásico - Subluxado - Luxado

Subluxação: a cabeça do fêmur está descolada da posição anatômica, mas ainda tem contato com o acetábulo.

Luxação: a cabeça do fêmur não tem contato nenhum com o acetábulo.

21
Q

O que é a manobra de Ortolani?

A

Ela serve para diagnosticar o mais precocemente possível a DDQ no bebê, que costuma costuma sugir isoladamente (sem outras comorbidades) e sem manifestações externas no RN, ou seja, não provoca deformidade, é indolor e não limita movimentos.

É uma manobra de triagem realizada nos dois primeiros dias de idade, ainda na maternidade, e feita em todas as consultas de puericultura do bebê até os 6 meses de idade.

22
Q

Como tratar a DDQ?

A

Quando a manobra de Otorlani encontra um sinal de DDQ (de desencaixe do fêmur), a criança é encaminhada para um ortopedista pediátrico.

São feitos exames complementares (ultrassonografia) para confirmar o diagnóstico e inicia-se o tratamento o mais precocemente possível para evitar o agravamento da condição.

O tratamento consiste no uso de órteses, que usam da elasticidade do bebê para promover o encaixe, sendo muito eficiente.

Caso a DDQ não seja tratada, o adulto pode necessitar de muitas cirgurgias para corrigir o quadro.

23
Q

O que é sindactilia?

A

• Fusões de um ou mais dedos (pode ser apenas da pele ou também dos ossos), das mãos ou dos pés. Podem ser parciais ou completas.

• Diagnóstico: clínico.

• Tratamento: feito apenas se a deformidade é limitante ou se há comprometimento estético.

• Geralmente, a cirurgia é postergada para quando estiver maior.

24
Q

O que é polidactilia?

A

• É a ocorrência de um ou mais dedos extranuméricos, nas mãos ou nos pés.

• É a anomalia congênita mais frequente da mão e tem caráter familiar.

• O dedo pode ser apenas vestigial ou completamente formado.

• TTO (tratamento): é feito após 1 ano de idade e consiste na extirpação do dedo anômalo cirurgicamente.