Doenças Endócrinas Flashcards

1
Q

Doenças endócrinas - Hiperplasia Adrenal Congênita

Hiperplasia adrenal congênita (HAC) - Intro

A

 Grupo de doenças de herança autossômica recessiva;
 Mutações nos genes que codificam enzimas envolvidas na síntese de cortisol;
 Dependendo do tipo e gravidade:
 Múltiplos fenótipos clínicos e bioquímicos;
 Alteração da produção de glicocorticoide,
mineralocorticoide e esteroides sexuais.
 Forma mais comum (95%):
 Mutação no gene CYP21A2 que codifica
a enzima 21-hidroxilase (P450c21);
 Incidência: forma???

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2
Q

Doenças endócrinas - Hiperplasia Adrenal Congênita

Hiperplasia adrenal congênita - Qual enzima é deficiente e qual efeito?

A

Pelo bloqueio na CYP21A2, há acúmulo de precursores e desvio para produção de androgênios.

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3
Q

Doenças endócrinas - Hiperplasia Adrenal Congênita

Clínica da forma clássica

A

→ Perdedora de sal e virilizante simples.
 Perda de sal neonatal (75%);
 Genitália atípica (46, XX);
 Virilização < 4 anos (46, XY);
 Aceleração do crescimento (mas fechamento
precoce das epífises → baixa estatura).

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4
Q

Doenças endócrinas - Hiperplasia Adrenal Congênita

Clínica da forma não clássica

A

 Pubarca precoce;
 Hirsutismo; oligomenorreia/ amenorreia;
 Infertilidade feminina.

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5
Q

Doenças endócrinas - Hiperplasia Adrenal Congênita

Diagnóstico - Triagem neonatal

A

 Recomendada em todo RN;
 Doença comum e potencialmente fatal;

 Prevenção:
 Morbidade e mortalidade (diagnóstico e tratamento precoces);
 Meninos – morte súbita (perdedores de sal) e diagnóstico incorreto ou tardio;
 Meninas – designação incorreta do sexo;
 Hiponatremia grave.

 Papel de filtro (teste do pezinho): 1º - 5º dias de vida;
 Fluoroimunensaio (DELFIA).

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6
Q

Doenças endócrinas - Hiperplasia Adrenal Congênita

Diagnóstico após período neonatal

A

Diagnóstico após o período neonatal:

 17OH-progesterona basal pela manhã: > 10.000 ng/dL na forma clássica;
 17OH-progesterona pós-estímulo com ACTH: HAC não clássica.

 Genotipagem:
 + 200 mutações CYP21A2 descritas (mas
10 são mais frequentes;
 Indicações – casos duvidosos após teste de
estímulo e aconselhamento genético.

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7
Q

Doenças endócrinas - Hiperplasia Adrenal Congênita

Tratamento

A

Hidrocortisona para todos; fludrocortisona para alterações da produção de mineralocorticoides.

 Diminuição da secreção excessiva de androgênios com reposição dos hormônios deficientes;
 Prevenir crise adrenal e virilização;
 Permitir crescimento e desenvolvimento
normais.

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8
Q

Doenças endócrinas - Hiperplasia Adrenal Congênita

Quando indicar cirurgia?

A

 Meninas muito virilizadas (Prader ≥ 3);
 Reconstrução perineal e de clitóris;
 Entre 2-6 meses de vida;
 Com consentimento informado;
 Centros com experiência, equipe multidisciplinar.

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9
Q

Doenças endócrinas - Hiperplasia Adrenal Congênita

Grau de virilização de Prader pré-natal

A
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10
Q

Doenças endócrinas - Hiperplasia Adrenal Congênita

Tratamento pré-natal

A

Faz glicocorticoide pra mãe

 ↓ virilização genital do feto 46, XX;
 ↓ cirurgia reconstrutora;
 ↓ stress emocional (genitália ambígua).

Faz dexametasona!

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11
Q

Doenças Endócrinas - Hipotireoidismo Congênito

Hipotireoidismo Congênito - Características gerais

A

 Deficiência na produção dos hormônios tireoidianos:
 Diminuição generalizada dos processos metabólicos;
 Criança – repercussões graves no desenvolvimento neurocognitivo e
crescimento;
 Prognóstico – diagnóstico e tratamento no período neonatal.

 Incidência:
 1: 2.000 – 4.000 nascidos vivos;  2fem.:2masc.
 Doença esporádica (maioria).

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12
Q

Doenças Endócrinas - Hipotireoidismo Congênito

Função tireoidiana do feto à infância

A

Gestação:
 3-9 semanas – hipófise e tireoide desenvolvem;
 10-11 semanas – glândula fetal produz
hormônios tireoidianos;
 18-20 semanas – nível de T4 = RN a termo; eixo fetal começa a funcionar independente do eixo materno.

Nascimento: ↑ TSH e ↑ T4.

Infância: T4 e T3 ↓ progressiva/ até valores ~ adultos ao final da puberdade.

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13
Q

Doenças Endócrinas - Hipotireoidismo Congênito

Causas primárias?

A

 Disgenesia tireoidiana (75-80%);
 98% idiopáticas;
 Mutação fatores de transcrição PAX-8,
NKX2-1, FOXEI;

 Disormonogênese (10-15%);
 Uso de radio iodo durante a gestação;
 Uso materno de drogas antitireoidianas;
 Anticorpos bloqueadores maternos;
 Deficiência ou excesso de iodo.

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14
Q

Doenças Endócrinas - Hipotireoidismo Congênito

Causas secundárias?

A

Secundário (central) – 2%:
 Mutação de fatores de transcrição do desenvolvimento do hipotálamo/ hipófise;
 Mutações inativadoras do receptor de TRH e TSH;
 Exposição a hipertireoidismo durante a gestação. → Transitórias ou permanentes.

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15
Q

Doenças Endócrinas - Hipotireoidismo Congênito

Diagnóstico

A

 Clínica não é evidente na maioria dos casos;
 Rastreamento neonatal:

 Diagnóstico e tratamento precoces;
 (Teste do pezinho) Punção de calcanhar em papel de filtro
(3o-5o dia).

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16
Q

Doenças Endócrinas - Hipotireoidismo Congênito

Como funciona a triagem com TSH

A
17
Q

Doenças Endócrinas - Hipotireoidismo Congênito

Quais outros exames se pode fazer para hipotireoidismo?

A

 Tireoglobulina sérica;
 Anticorpos maternos;
 Ultrassonografia da tireoide;
 Cintilografia da tireoide.

18
Q

Doenças Endócrinas - Hipotireoidismo Congênito

Clínica?

A

Dificuldade de sucção, hipoativo, icterícia prolongada, constipação, hipotonia, doença tireoidiana materna e tratamento durante a gestação, face típica (“cretina”), macroglossia, fontanelas amplas, hérnia umbilical, mixedema, bradicardia, hipotermia, retardo do crescimento, atraso no desenvolvimento, bócio (defeitos de síntese), outros defeitos (3-7%, em geral, cardíacos).

19
Q

Doenças Endócrinas - Hipotireoidismo Congênito

Tratamento

A

Levotiroxina sódica (LT4):
*Doses decrescentes por kg/dia com crescimento.

 Iniciar antes dos 13 dias de vida;
 Normalizar os níveis de hormônios
tireoidianos até 3 semanas.

20
Q

Doenças Endócrinas - Hipotireoidismo Congênito

Prognóstico

A

 Diagnóstico precoce previne: déficits neurocognitivos graves e outras complicações neurológicas;

 Diagnóstico tardio ou demora em normalizar os valores de T4L: diminuição QI, problemas cognitivos (motor, visão espacial, linguagem, atenção, memória).