Doença Coronariana Flashcards
Definição de Doença Aterosclerótica Crônica (DAC):
É o comprometimento da circulação coronária com alterações da luz das artérias, podendo levar a alterações no fluxo sanguíneo coronário.
Geralmente é decorrente do processo de aterosclerose.
É precedida por um evento isquêmico agudo em 50% dos casos.
Após o evento agudo metade a 2/3 dos indivíduos sobrevivem com a doença de forma crônica.
Epidemiologia da DAC:
A doença coronária foi descrita pela primeira vez em 1772 por Herberden.
É uma doença atual com mortalidade elevada.
Em 2018 mais de 16 milhões de americanos apresentaram a doença.
Há predomínio em indivíduos do sexo biológico masculino, sendo que a incidência aumenta com a idade.
A DAC pode levar à morte podendo ser a principal causa em determinadas regiões.
Alguns pacientes têm sua capacidade funcional bastante reduzida o que implica em alteração da qualidade de vida.
Dados brasileiros: pelo menos 1,5 milhões de pacientes com angina do peito e 50000 casos novos/ano.
Definição de insuficiência coronária:
é a incapacidade da circulação coronária em manter o fluxo sanguíneo adequado em todas as condições de exigências de oxigênio.
Mecanismos de isquemia miocárdica
Relação entre oferta e consumo:
Insuficiência coronária: é a incapacidade da circulação coronária em manter o fluxo sanguíneo adequado em todas as condições de exigências de oxigênio.
O fenômeno resultante é a isquemia caracterizada por um desbalanço entre a oferta e o consumo de oxigênio.
Geralmente é desencadeada por aumento da atividade física, emoção ou estresse.
Em outras situações pode ser desencadeada por aumento das demandas metabólicas em vigência de febre, tireotoxicose, anemia grave, hemorragias, taquicardia de qualquer etiologia, hipoglicemia e dor.
A isquemia pode ser silenciosa.
quanto maior a fc - mais oxigênio o miocárdio precisa
O que é miocárdio hibernante?
A insuficiência coronária pode ser transitória.
Os miócitos podem sofrer adaptações à isquemia transitória de tal forma que o desequilíbrio entre a oferta e consumo de oxigênio não leva à morte celular.
Miocárdio hibernante: o músculo está vivo, porém sem função até que seja reestabelecido o fluxo coronário.
Qual é a causa mais comum de dac?
A aterosclerose é a causa mais comum da DAC e resulta em um processo imuno-inflamatório das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) na camada sub intimal das artérias.
O endotélio se torna disfuncionante e reduz a produção de substâncias protetoras como o óxido nítrico (vasodilatador).
Outras arterites também podem comprometer as coronárias.
O que são os espasmos coronarianos?
Em algumas pessoas pode ocorrer espasmo coronariano sem que ocorra um aumento da demanda de oxigênio pelo miocárdio.
A angina pode ser resultante do estreitamento da coronária já comprometida por um processo de aterosclerose.
Espasmos coronarianos = angina de Prinzmetal.
Isquemia silenciosa: mau prognóstico.
Se não forem placas obstruindo, o problema pode ser espasmos coronarianos - muito intensos - pode até mesmo levar a um infarto
Quais os fatores de risco para dac?
Qual o quadro clínico típico de DAC?
Uma grande parte dos indivíduos com doença coronária pode não apresentar sintomas.
A angina estável refere-se ao desconforto torácico que ocorre de forma previsível e reprodutível em um determinado nível de esforço e é aliviado com repouso ou nitroglicerina.
Algumas pessoas podem apresentar dor torácica atípica, sintomas não anginosos relacionados à redução do fluxo sanguíneo cardíaco, como dispneia aos esforços, ou isquemia silenciosa (diabetes mellitus).
Geralmente a dor do tipo constritiva é acompanhada de sensação de asfixia, mas pode haver dor em queimação, peso e aperto.
Por que dói?
- Após a isquemia são ativados quimiorreceptores e mecanorreceptores pela liberação de adenosina, e outros mediadores das terminações simpáticas e vagais.
Geralmente associada com angina estável - por isso, a dac na maioria das vezes pode não apresentar sintomas - dor com o esforço, no repouso melhora
Equivalente anginoso/equivalente isquêmico → dispneia aos esforços, mal estar, bloqueio de ramo esquerdo, edema pulmonar agudo - sempre que chegarem pacientes com esses sintomas, deve-se descartar também a DAC
Como se dá o diagnóstico de dac?
- Anamnese detalhada
- Exame físico
- Exames complementares
A duração da dor é curta.
Geralmente, após o início da dor, há um pico com melhora na sequência.
Deve-se suspeitar de IAM quando a dor tem duração superior a 15-20 minutos.
Quais os diagnósticos diferenciais importantes de se fazer?
Classificação clínica da dor torácica:
nitrato sublingual para emergências - na angina típica
Classificação da angina do peito pela Canadian Society of Cardiology:
lll - pessoa para
lV - dor até mesmo no repouso
Exame físico típico da DAC:
Nem sempre apresenta alterações importantes.
Sinais de disfunção ventricular esquerda são importantes:
* Presença de quarta bulha.
* Sopro de regurgitação mitral.
* Estertores crepitantes nos campos pulmonares.
Podem ser identificadas alterações em decorrência de comorbidades presentes.