Distúrbios respiratórios do RN Flashcards
Fisiopatologia da síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina).
A diminuição de surfactante leva ao colapso dos alvéolos e, consequente, ao desenvolvimento de microatelectasias.
Fatores de risco para a síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina).
- Prematuridade (a produção de surfactante começa com 24 semanas e só fica suficiente por volta de 34 semanas).
- Diabetes materno (a insulina é capaz de retardar a maturação pulmonar).
Fatores que reduzem o risco de síndrome do descoforto respiratório (doença da membrana hialina).
- Ruptura prolongada de bolsa
- Estresse fetal crônico (PIG)
Pois são situações que liberam cortisol, o qual acelera a maturação pulmonar.
Clínica da síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina).
- Início nas primeiras horas
- Desconforto respiratório clássico
- História natural: piora até o terceiro dia (com possível óbito) e melhora após esse tempo pelo aumento de surfactante.
Radiografia da síndrome do descoforto respiratório (doença da membrana hialina).
- Infiltrado reticulonodular difuso / vidro moído com broncograma aéreo
- Volume pulmonar reduzido (atelectasias)
Tratamento da síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina).
- CPAP nasal o mais precoce possível, IOT se necessário.
- Surfactante exógeno administrado pela traqueia).
- Antibióticos (difícil diferenciar de pneumonia neonatal).
Indicações de ventilação mecânica na síndrome do descoforto respiratório (doença da membrana hialina).
- Acidose respiratória importante
- Hipoxemia apesar do CPAP
- Apneia persistente
Prevenção da síndrome do descoforto respiratório (doença da membrana hialina).
• Evitar prematuridade
• Corticoide antenatal em gestantes com risco de parto prematuro
• CPAP precoce
* Surfactante profilático na sala de parto para crianças de alto risco (já foi mais usado).
Sepse precoce: mecanismo de infecção e principais agentes etiológicos.
Infecção por via ascendente ou intraparto (aspiração) pelo Streptococcus agalactiae (GBS) e enterobacteérias, principalmente Escherichia coli.
Infecção em até 48 horas.
Sepse tardia: mecanismo de infecção e principais agentes etiológicos.
Infecção nosocomial ou comunitária principalmente por estafilococos coagulase negativo ou S. aureus e outros Gram negativos da unidade hospitalar.
Infecção após 7 dias.
Fatores de risco para sepse neonatal.
- Bolsa rota > 18 horas
- Corioamnionite
- Colonização materna por GBS
- Prematuridade
Clínica da sepse neonatal.
- Pode haver período assintomático (até 48 horas)
- Desconforto respiratório
- Doença sistêmica (febre ou, mais tipicamente, hipotermia; alteração cardiocirculatória, alteração no nível de consciência, etc).
Radiografia da sepse neonatal.
Infiltrado reticulogranular difuso (GBS é indêntico à doença da membrana hialina).
Exames laboratoriais na sepse neonatal.
- Hemograma com neutropenia e relação I/T ≥ 0,2
- PCR (para seguimento)
- Identificação do agente: hemocultura, cultura do LCR, urinocultura se infecção tardia)
Tratamento da sepse neonatal.
- Precoce: Ampicilina + Aminoglicosídeo
* Tardia: depende da unidade hospitalar, mas tem que cobrir estafilo.