Cardiopatias congênitas Flashcards
Circulação fetal.
- As trocas gasosas acontecem na placenta
- A resistência vascular do leito pulmonar é muito aumentada
- Ocorrem “desvios” da direita para a esquerda (forame oval e canal arterial).
Circulação pós-natal.
Com o início das ventilações, ocorre a expansão dos pulmões e aumento do fluxo pulmonar de sangue, o que gera aumento de volume e pressão no AE. Isso leva ao fechamento do forame oval ainda nas primeiras horas de vida.
Com o clampeamento do cordão umbilical e perda da placenta, ocorre aumento da resistência vascular sistêmica e, consequentemente, uma inversão do fluxo através do canal arterial (shunt esquerda → direita), expondo o canal a maiores concentrações de oxigênio e menos prostaglandina, o que leva ao fechamento do canal arterial.
Definição de cardiopatia congênita.
Cardiopatia que se estabelece desde a vida uterina.
Cardiopatias congênitas acianóticas.
- Sobrecarga de volume: CIV, CIA, PCA, DSAV.
* Sobrecarga de pressão: CoA.
Cardiopatias congênitas cianóticas.
- Tetralogia de Fallot
- D-Transposição das grandes artérias
- Drenagem anômala total das veias pulmonares
- Tronco arterioso
- Atresia tricúspide
Relação Qp / Qs.
- Relação entre o volume na circulação pulmonar e o volume na circulação sistêmica.
- Em indivíduos saudáveis, essa relação é 1.
- Nas cardiopatias acianóticas, como existe um shunt da esquerda para a direita, a circulação pulmonar receber mais sangue que a circulação sistêmica e a relação fica > 1.
Cardiopatia congênita mais comum.
CIV.
Localização da CIV.
- Membranosa: defeito na região próxima às valvas cardíacas; mais comum.
- Muscular.
Clínica da CIV.
Criança assintomática logo após o nascimento, pois o shunt ainda é limitado.
• CIV pequena:
- assintomática; - pode haver sopro holossitólico em BEE inferior geralmente bem audível, porque o sangue turbilhona muito ao passar pelo pequeno defeito.
• CIV moderada / grande:
- insuficiência cardíaca (taquipneia, interrupção das mamadas, sudorese); - sopro holossitólico / ruflar diastólico mitral (estenose mitral relativa devido ao excesso de sangue que chega pelo AE); - hiperfonese de B2 no foco pulmonar (pela quantidade de sangue passando).
Diagnóstico da CIV.
- Rx tórax: normal (CIV pequena) ou trama vascular pulmonar aumentada.
- ECG: sobrecarga de AE, VE, sobrecarga biventricular
- ECO: diagnóstico definitivo.
Tratamento da CIV.
- Fechamento espontâneo (a maioria de localização pulmonar fecha espontaneamente e a membranosa também pode fechar)
- Correção cirúrgica:
- defeitos pequenos sem sintomas: questionável
- sintomáticos / CIV grande.
Síndrome de Eisenmenger.
Pode se desenvolver ao longo dos anos se houver hiperfluxo pulmonar prolongado → doença vascular pulmonar → aumento da resistência vascular pulmonar → inversão do shunt (direita p/ esquerda) → desenvolvimento de cianose.
Pode acontecer na CIV e DSAV (não sei se pode ocorrer em outras cardiopatias).
Tipos de comunicação interatrial.
- Ostium secundum (tipo fossa oval): mais comum. Óstio localizado na região do forame oval.
- Ostium primum: defeito localizado na região do septo adjacente às valvas atrioventriculares.
Clínica da CIA.
- Assintomática
- Desdobramento fixo (e amplo) de B2
- Sopro sistólico ejetivo em BEE média e alta (estenose pulmonar relativa → muito sangue)
- Sopro diastólico tricúspide (apenas de Qp/Qs muito aumentada).
Diagnóstico de CIA.
- Rx tórax: aumento de AD e VD, da artéria pulmonar e da trama vascular pulmonar.
- ECG: sobrecarga de VD, BRD.
- ECO: diangnóstico definitivo.
Tratamento da CIA.
- Acompanhamento: CIA pequena, assintomáticos.
* Cirurgia ou cateterismo.
Cardiopatia congênita associada à síndrome da rubéola congênita.
Persistência do canal arterial.
Clínica da PCA.
- Mais comum em prematuros
- Associação com síndrome da rubéola congênita
- Assintomática
- Insuficiência cardíaca
- Sopro contínuo (sisto-diastólico) em maquinária (2° EIE ou região infraclavicular E)
- Pulsos periféricos amplos (o sangue é “roubado” durante a diástole).