Diabetes Flashcards

1
Q

Definição

A

Hiperglicemia resultante de defeitos na secreção e/ou ação da insulina.

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2
Q

Classificação

A
DM1: 
- destruição célula beta-pancreática
- deficiência absoluta de insulina
- maior parte com auto Ac 
- pouca carga hereditária
- LADA = DM do adulto latente mediada por Ac. 
DM2:
- resistência insulínica/deficiência na secreção
- maior carga hereditária
- associada a Sd metabólica
Gravidez:
- primeira consulta - glicemia normal
- 24 - 28 semana TTOG: > ou igual 92
1h > ou igual 180
2h > ou igual 153
Outros:
- doenças pâncreas exócrino (fibrose cística), induzidas por fármacos (corticoide, HCTZ), endocrinopatias, glucagonoma, entre outros.
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3
Q

Diagnóstico

A

Glicemia de jejum > ou igual 126 *
TTOG 2h > ou igual a 200 *
HbA1c > ou igual a 6,5 *
Glicemia ao acaso > ou igual 200 com sintomas

  • necessário confirmação 2 testes da mesma amostra.

HbA1c - aprox. 90-120 dias de glicemia.
frutosamina - 21 a 30 dias.

Falso positivo: anemia ferropriva, DRC, idosos.
Falso negativo: anemia hemolítica, gestante, def B12.

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4
Q

Pré-diabetes

A

Glicemia de jejum: 100 a 125 - glicemia de jejum alterada
TTOG 2h: 140 a 199 - intolerância a glicose
HbA1c: 5,7 a 6,4%

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5
Q

Auto-Ac na DM1

A
  • anti-GAD
  • anti- insulina (IAA)
    entre outros.
  • peptídeo C - liberado no pâncreas quando a insulina é sintetizada. Ausente na DM1.
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6
Q

Doenças relacionadas DM1

A
  • tireoidite de Hashimoto
  • doença celíaca
  • doença Addison
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7
Q

Quadro clínico

A
  • poliúria
  • polidipsia
  • polifagia
  • emagrecimento
  • infecções de repetição (balanopostites, vulvovaginites, infecções cutâneas, dificuldade cicatrização)
  • turvação visual
  • acantose nigricans (DM2)
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8
Q

Quando investigar?

A
  1. Adultos + sobrepeso + 1 dos seguintes:
    - SOP
    - HAS
    - etnias de alto risco (negros, latinos, asiático-americano)
    - HDL < 35 ou TG > 250
    - sedentarismo
    - parente 1o grau
    - resistência insulínica
    - DCV
  2. Mulheres com DMG ou RN macrossômico (> 4 kg)
  3. Pré DM (anual)
  4. TODOS acima 45 anos

Repetir a cada 3 anos.

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9
Q

Complicações Agudas - Cetoacidose Diabética

A

insulina baixa -> (+) lipólise -> cetose + hiperglicemia
(+) glicogenólise + neoglicogênese = hiperglicemia
- poliúria, polidipsia, perda de peso (diurese osmótica)
- fraqueza, desidratação, hipotensão
- acidose metabólica, respiração Kussmaul (pH 7-7,2)
- turvação visual
- dor abdominal (crianças), náuseas, vômitos
- hipotermia (mau prognóstico)
- confusão mental, torpor, coma.

  • glicemia > 250
  • pH: 7,25-7,3 (leve), 7-7,24 (moderada) e < 7 (grave)
  • bic: 15-18 (leve), 10-15 (moderada), <10 (leve)
  • cetonúria
  • osmolalidade variável
  • pode haver leucocitose sem infecção
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10
Q

CAD - Conduta

A
  1. Reposição hídrica (SF 1L em menos de 1h e depois 0,5-1L solução salina em 1h).
  2. Insulinização EV se K normal ou aumentado
    Bolus 0,1 unidade/kg
    BIC 0,1 unidade/kg/h
    Quando glicemia = 200, iniciar SG5%
  3. Tratamento fator desencadeante (infecção, IAM, pancreatite, trauma, pós operatório, medicamentos)
  4. Solicitar ECG
  5. Reposição eletrólitos
    - hiponatremia
    - hipocalemia (perda renal K) ou hiperK
    - bic para pH < 7
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11
Q

Estado Hiperosmolar-Hiperglicêmico

A

secreção residual de insulina -> bloqueia a lipólise, mas muita hiperglicemia e desidratação.
glicemias > 600; osmolaridade > 320

QC: poliúria + sintomas neuro, gastroparesia, sintomas de desidratação.

T: mesmo da CAD.

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12
Q

Hipoglicemia

A
  • sintomas adrenérgicos (tremor, sudorese, palpitação, fome)
  • visão turva, incoordenação, alteração humor
  • convulsões, coma
  • tríade de Whipple: baixa glicemia, sintomas de hipoglicemia e reversibilidade com adm de glicose.

Causas: insulinoma, lesão hepatocelular severa, insuficiência adrenal, choque séptico, abuso de etanol.

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13
Q

Complicações crônicas - Microvasculares

A
  • neuropatia: sensitivo-motora crônica = mais comum.
    (“bota e luva,” exacerbação noturna), autonômica (gastroparesia, disfunção erétil, hipotensão postural)
  • nefropatia
    Dosar micro (30-299) e macroalbuminúria (> ou igual 300)
  • retinopatia (não proliferativa ou proliferativa)
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14
Q

Macrovasculares

A
  • cardiopatia isquêmica
    ECG - ondas Q patológicas.
  • doença cerebro-vascular
  • insuficiência arterial periférica

marcador precoce aterosclerose - impotência sexual.

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15
Q

Tratamento não medicamentoso

A
  • educação em diabetes
  • cessar tabagismo
  • perda de peso (5 a 10%)
  • dieta
  • atividade física aeróbica > 3x/semana, 150 min moderada. No DM1, repor carboidratos se > 60 min.
    Se tiver retinopatia proliferativa: não fazer atividade física de impacto (risco descolamento de retina).
  • vacinas: influenza anual, pneumococo 23 + reforço se > ou igual 65 anos e hep B (entre 19-59 anos)
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16
Q

Tratamento oral

A
  1. Secretagogos: sulfoniureias e glinidas
  2. Aumentam a sensibilidade: plioglitazonas (retenção hídrica= ganho peso, piora edema e aumenta risco ICC)
    Algum benefício em NASH
  3. Diminuem produção hepática de glicose e diminuem resistência insulínica (aumento captação periférica mm): metformina
  4. Inibidores da absorção intestinal glicose: acarbose (flatulência)
  5. Análogos GLP-1 (liraglutida* -> diminuem risco CV, perda de peso, mas é injetável e náuseas) e inibidores DPP-IV: aumentam secreção insulina glicose-dependente e suprimem glucagon
  6. Inibidores SGLT-2*: menor reabsorção glicose no proximal = perda peso, dim PA (cuidado com associação com diuréticos), infecção TGU
  • únicos que diminuem risco CV
17
Q

Metformina

A
  • 500 e 850 mg
    500 ou 1000 mg 12/12h XR
    850 mg -> começar 1xd até 3xd
  • dose efetiva até 2g/dia
  • reduz HbA1c 1 a 2%, iniciar se Hb1Ac > 7 ao dx
  • baixo risco hipoglicemia
  • contra-indicações: insuficiência renal, insuficiência hep, ICC descompensada, acidose, lactação, contrastes iodados.
  • efeitos colaterais: acidose lática em IR (rara), efeitos GI, deficiência B12.
  • metformina XR - menos efeitos colaterais
  • não usar em internações, doenças agudas- risco na associação com contraste, sepse

Se Cl< 45, dividir a dose por 2.
Se Hb glicada > 9, começar com 2 medicações.
Se > 10-12 ou glicemia > 300 com sintomas graves = insulina.

18
Q

Secretagogos

A
  • glibenclamida (2,5 mg perto das refeições até 20mg), glicazida (30-120 mg, liberação lenta), glimepirida
  • reduz HbA1c 1 a 2%
  • contra-indicações: IR, IH, gravidez, lactação.
  • efeitos colaterais: hipoglicemia, ganho de peso.
  • suspender glibenclamida e gliclazida 24h antes de cirurgias
19
Q

Insulina - indicações

A
  • DM1
  • DMG não controlado com dieta
  • DM2 com contra-indicação para VO
  • DM2 sem controle: muitos sintomas + HbA1c > 9% ou glicemia jejum > 250 + sintomas ou glicemia acaso > 300 ou cetonúria.
  • temporária em glicotoxicidade/lipotoxicidae ou cirurgias ou estresse.
20
Q

Insulina - uso pleno

A

Basal (40-60%): NPH (interm), glargina, levemir (lentas) e degludeca (ultra lenta). NPH (café, almoço e ao deitar)
Bolus (40-60%): regular (rápida), lispro e aspart (ultra-rápidas) - dose fixa ou contagem CHO. Dose total = dose correção + insulina para a refeição.

DTD: 0,4 a 0,8 unidade/kg/dia. Ajustar de acordo com a glicemia capilar a cada 3/5 dias.

NPH - vai agir no dextro pré-prandial da próxima refeição.

21
Q

Insulina bed time

A

Para evitar fenômeno do alvorecer.
NPH noturna 10U ou 0,1 UI/kg
se glicemia > 130: aumentar 2U a cada 3 dias.
se > 180: 4U a cada 3 dias.
se hipoglicemia (<70): reduzir 4U ou 10% dose (o que for maior)

22
Q

Controle glicêmico

A
  1. Jejum
  2. Pós café (2h)
  3. Antes almoço
  4. Pós almoço (2h)
  5. Antes jantar
  6. Pós jantar (2h)
  7. Ao deitar
  8. Às 3h.

Alvo glicêmico: 130 pré-prandial
até 180 pós prandial
Hb1Ac 7%, mas depende de vários fatores. Idosos até 8%

Repetir de 3/3 meses ou 6/6 meses se controlado.
HbA1c não é confiável para negros, anemias/Hbpatias e crianças.

23
Q

Insulina no DM2

A
  1. Iniciar pela bed time
  2. NPH pré-refeições (antes almoço ou jantar)
  3. Pós-prandial (regular)
    Se a glicemia > 180 após refeição.
    Quando iniciar insulina R, suspender hipoglicemiantes orais tipo sulfoniureia
24
Q

Rastreio anual

A
  • fundo de olho
    Se o 1o nl, pode ser a cada 1-2a
  • microalbuminúria/creatininúria
  • exame dos pés
  • dislipidemia
    metas para DM2: LDL<70 e TG<150.
  • pesquisa de hipotensão postural
  • TSH em DM1
  • palpar pulsos/ indice tornozelo-braquial com Doppler a cada 5 anos
    Se DM1, rastrear LOA após 5 anos do dx.
25
Q

O que fazer em caso de hipoglicemia?

A

4 sachês de açúcar em 100 mL água ou 1 coca normal ou 15g de carboidratos simples.

Depois, comer para não fazer hipoglicemia novamente.

Se inconsciente: 20g em 40 mL EV. Problema: flebite.
Se não for possível: glucagon IM.

26
Q

Exame dos pés

A
  • inspeção: atentar para artropatia Charcot, deformidades, úlceras, intertrigo, onicomicoses.
  • palpação dos pulsos - se ausente, ttmento é vascular.
  • teste de sensibilidade com monofilamento 10g. Pontos essenciais:
    1. base do 5° dedo
    2. hálux
    3. base do hálux

Se sensibilidade diminuída em um ponto -> neuropatia.
Também: sensibilidade vibratória em proeminências ósseas (maléolos e perto hálux) + reflexo aquileu.

27
Q

Orientações para o pé de risco

A
  • Sapatos adequados, evitar andar descalço
  • Meias brancas, trocar todos os dias
  • Enxugar os pés na frente do espelho
  • Cortar as unhas de forma reta
  • Hidratar os pés, exceto os dedos.
28
Q

Aplicação insulina

A
  • NPH leitosa e regular = transparente.
  • Se estiver aberta, deixar fora da geladeira. Consumir em no máximo 30 dias.
  • Homogeneizar fazendo movimentos de rolamento (20x)
  • Limpo com álcool as borrachas da insulina
  • Aspiro ar na quantidade da NPH e injeto no frasco sem aspirar insulina
  • Faço o mesmo na regular mas aspiro insulina
  • Aspiro NPH
  • Aplicação (esperar 5s após injeção)
  • Rodiziar áreas
29
Q

Efeito Somogyi

A

Se durante a madrugada o paciente faz hipoglicemia -> (+) catecolaminas, cortisol e glucagon -> hiperglicemia no jejum de manhã.

T: diminuir dose de insulina bed time

30
Q

Controle dislipidemia no DM

A
  • metas: LDL < 100 ou 70 se dça aterosclerótica estabelecida e HDL> 40
    TG < 150 (uso de citrato, fibrato em casos especiais)
  • uso de estatina no DM:
    < 40 anos + 1 fat risco CV = dose moderada
    40-75 anos = dose moderada/alta a depender de fat risco CV

FR CV: LDL > ou igual a 100, tabagismo, HAS, DRC, albuminúria e história familiar.

dose moderada: 10-20 mg/d atorvastatina ou 20-40 mg/dia sinvastatina
dose alta: 40-80 mg/d atorvastatina ou rosuvastatina 20 mg/dia.
Sempre começar com doses mais baixas (hepatotoxicidade é dose dependente)

estatina + fibrato -> alto risco rabdomiólise.

31
Q

Uso de AAS no DM

A
  • profilaxia 1ária (controverso):
    homens > 50 anos ou mulheres > 60 anos + 1 FR (HAS, tabagismo, DLP, albuminúria, HAS ou HF).
  • profilaxia 2ária: DCV estabelecida.
  • clopidogrel se alergia a AAS ou terapia dupla se DCV manifesta (por 1 ano após IAM).
32
Q

Controle de PA

A
  • meta: 130 x 80

- > 160 x 100: 2 anti-hipertensivos.