Crise Convulsiva e Epilepsia Flashcards
População mais afetada
Extremos de idade
- crianças com menos de 1 ano de idade
- idosos acima de 60 anos
*trata-se da doença
Critérios levados para cálculo da recorrência
São 3 critérios que levamos em conta:
1)EXAME DE IMAGEM
2)EEG
3)CARACTERÍSTICAS DA ANAMNESE
Classificação
1) FOCAIS
- redes neurais limitadas a um hemisfério
- podem se propagar para outros locais
2) GENERALIZDAS
- início cortical
3)DESCONHECIDO
Quais aspectos que devemos saber das crises focais
1) Perceptiva ou Não perceptiva
2) Motor ou Não motor
3) Evolução para tônico-clônico bilateral
Tipos de Crises Focais
1) Perceptivas
- motoras
- não motoras(auras)-sensoriais, autonômicas, cognitivas e comportamentais
2) Não perceptivas
- motoras x não motoras
- ausência x Não ausência
*todas as Focais podem se estender e virarem Bilaterais
Critérios diagnóstico
1) EEG ou vídeo-EEG
- de preferência paciente com privação de sono
- normalmente as crises convulsivas ocorrem logo após acordar
2) Imagem
- RM é a melhor opção
- deve ser sempre associado com a clínica para poder achar a lesão
3) LCR
- não muito utilizado
Quais causas das Sindromes epiléticas
Genética
Estrutural-escleroses, neoplasias, mal formações
Metabólica-hiperuremia
Imune-LES
Infecciosa-neurocisticercose, HIV, tuberculose
Crises focais mais comuns
1) Perceptivas
- motoras-região de face e de mãos
2)Não perceptivas
-crise de ausência-paciente “desliga” por alguns segundos
-tônico-clônicas-paciente-mais encontrada na prática
(contração isométrica +contração isotônica)
-atônicas-perda do tônus postural
-mioclônicas-paciente sente choques
Quais as características das Crises focais tônico-clônicas
1) Fase tônica
- contração muscular generalizada
- sinais clássicos:grito ictal+mordedura dos lábios+cianose+hiperatividade simpática
- duração de alguns segundos
2) Clônica
- período de relaxamento muscular
- relaxamento muscular+relaxamento de esfìncteres
3) Confusão mental pós-ictal+sintomas gerais
- cefaleia, mialgia e fadiga
- são as manifestações do corpo depois de um gasto energético intenso
*fase ictal-fase clônica+fase tônica
Síndromes Epiléticas mais comuns
1) Mioclônica Juvenil
- crises mioclônicas pela manhã
- desencadeadas por privação de sono, estresse, fadiga
- Medicação: Valproato ou Levetiracetam (para mulheres)
2) Epilepsia de ausência da infância
- epilepsia generalizada
- criança desliga por alguns segundos
- desencadeada por hiperventilação
- História: criança que é considerada distraída na sala de aula
Qual a conduta frente a uma história de epilepsia
1) Diagnóstico diferencial
2) Fatores precipitantes
3) Verificar se há risco de recorrência
-verificar a presença de sintomas pós-ictais Pedir exames 1)Inespecíficos -hemograma-verificar principalmente infecção -eletrólitos -glicose -função renal e hepática -EAS
2) Específicos
- EEG-apenas quando há suspeita de epilepsia
- RM
Quais diagnósticos diferenciais
1) Síncope
- antecedido por escurecimento visual progressivo
- perda da consciência gradual
- ausência de sintomas pós-ictais
2) Crises psicogênicas
- EEG normal
Classes medicamentosas
Diagnóstico de Epilepsia com causas que não podem ser corrigidas
Os medicamentos que podemos usar são:
1)Inibidores de canais de Na+
-fenitoína, carbamazepina, lamotrigina
2)Abertura de canais de K+
3) Inibidores de Canais de Ca2+
- topiramato e lamotrigina
4) Bloqueio de receptores de glutamato
- topiramato e lamotrigina
5) Aumento da atividade GABAergica
- Diazepam
6) Aumento da síntese de GABA
- ácido valpróico
7)Diminuição da transmissão sináptica
Tratamento medicamentoso
1)FOCAIS
-Carbamazepina
-Lamotrigina
-Lacosamina
-Levetiracetam
*os 3 últimos possuem menos efeitos colaterais
2)GENERALIZADAS
-Levetiracetam
-Ácido Valpróico
-Fenitoína
-Fenobarbital
*os dois últimos são evitados, porém são os únicos disponíveis no SUS
3)ESPECIAIS
-Etossuximida => crises de ausência
-Vigabartrina => Sd de West
=> DE FORMA GERAL => De preferência usar Ácido Valpróico e Lamotrigina e Levetiracetam
*Carbamazepina => se Epilepsia Temporal
Indicação de interrupção da medicação
Ausencia de crises por 1 a 5 anos
EEG normal
- normalmente paciente não costuma ter EEG normal
- síndromes epiléticas necessitam de medicação para vida toda
- Sucesso terapêutico:menos de 2 crises por semestre ou cessação de crises tônico-clônicas
Critérios Estado de Mal Epilético
2 possíveis critérios:
1)Duração > 5 min
2)> 2 crises sem recobrir a consciência completamente
- Condição que causa disfunção cardiovascular, rabdomiólise e hipertermia e morte neuronal
- relacionado principalmente à má adesão farmacológica ou a fatores desencadeantes
Conduta Estado de Mal Epilético
Tratamento step-by-step:
1) 1° LINHA => BZD IV dose de ataque + soro com glicose + MOV
Midazolam => IM ou EV
Diazepam => apenas EV
*podemos fazer até 2x
*NÃO REALIZAR DIAZEPAM IM
2)2° LINHA => Fenitoína IV => Hidantalização
-dose 20 mg/kg => veloc máx > 50 mg/min
*outra opção Valproato, Levetiracetam, Lacosamina (mas poucos disponíveis)
3)3° LINHA => Fenobarbital + IOT + UTI
-10 a 20 mg/kg
*outras opções: BZD em BIC; Propofol
- devemos nos atentar à concentração e à velocidade de infusão
- qualquer indivíduo que estiver em crise na realidade
Efeitos colaterais medicações
1) Ácido Valpróico-teratogênico, aumento de peso
2) Carbamazepina-hiponatremia e confusão mental
- não deve ser utilizado em idosos
3) Lamotrigina- farmacodermia (sd SJ e NET)
4)Fenitoína => Sd de DRESS, Hiperplasia gengival, COntração Dupuytren
Manifestações Motoras
1) Automatismo
- movimentos estereotipados
- ex:mastigação
2) Atônica
- paciente perde tônus
3) Tônica
- contração
4) Mioclônica
- choques ou susto
5) Clônica
- movimentação aleatória
6)Hipercinética
- as generalizadas possuem todas ao mesmo tempo
- as focais podem se generalizar
Manifestações não motoras das focais
1) Autonômico
- sudorese, palidez, salivação
2) Cognitivo
- Deja vu
3) Emocional
- medo extremo
4) Sensitiva
- parestesias, hipoestesias
5) Ausência
- generalizadas apenas
Indicação cirúrgica
Refratariedade do tratamento medicamentoso
- persistência da epilepsia após medicação(com dose máxima)ou efeitos indesejados
- a esclerose hipocampal é responsável pela maioria dos casos
Cirurgia mais comum
Cirurgia de lobo temporal
-local mais epilepsgênica
Sinais radiográficos da Esclerose Hipocampal
Atrofia+Hiperssinal em T2 e FLAIR+perda da arquitetura(hipocampo fica deformado)
- esclerose:atrofia+perda neuronal
- o Hiperssinal decorre do processo de gliose
- normalmente é assimétrico, por isso podemos compara
Qual exame padrão-ouro para determinar a área afetada
Estímulo cortical intra-operatório
Quais são os tipos de malformações do SNC
Podemos classificar em 3 tipos
1)Tipo I-alteração da citoarquitetura
2) Tipo II-anormalidade da proliferação
3) Tipo III-
Tumores causadores de epilepsia
Tumores de baixo grau e que crescem de forma lenta
- mais associados com tumores de região temporal
- gliomas e astrocitomas são os mais comuns
Quadro clínico Crise Febril
Crise tônico-clônico generalizada
1)Duração de 10-15 min
2)Após febre alta
-acima de 39°C
3)Período pós-ictal breve
-recuperação espontânea e completa
4)Não se repete em 24h
5)Sem qualquer alteração prévia ou presença de déficit focal
-Recorrência de 30% ==> quadro clínico benigno sem grandes repercussões
-ocorre em crianças 6m-5a
Diagnóstico diferencial da Crise Febril
Meningites ou Meningoencefalites
Condutas para Crise Febril
1)ABCD do ACLS
2)Punção lombar => apenas com indicação
-menor de 6m
- 6-12m não vacinadas contra pneumo e Haemophilus
- Uso de ATB
- Quadro clínico de Meningite
3)Sintomáticos
4)Orientar pais
*5)Quadros Atípicos => Internação + TC de Crânio
Conduta Estado de Mal epilético em neonatos
1)ABC + Soro glicosado + Fenobarbital
-primeira droga de escolha
2)Fenitoína
3)BZD
Indicação de Punção liquórica na crise febril
1) 6-12m não vacinadas contra pneumo e Haemophilus
2) Uso de ATB
3) Quadro clínico de Meningite ou evento tardio a febre
Fatores de risco Convulsão febril
1)Fatores genéticos
2)Vacinas => DTP e a Tríplice são as mais susceptíveis
Indicação de internação das crianças
1)Achados neurológicos residuais
2)Suspeita de infecção grave
3)Menor que 18 meses
Fatores de risco para recorrência
1)Idade precoce => menores de 1 ano
2)História familiar de 1° grau
3)Tempo curto entre início da febre e da convulsão
4)Baixa temperatura => limiar baixo
Critérios de Epilepsia
1)Duas ocorrências com intervalo > 24h
2)1 crise + 60% risco de chance de recorrência
3)Síndrome epiléptica típica
*Deve-se excluir fatores de confusão
*Qualquer um dos critérios já é suficiente
Conduta para 1° Episódio de Epilepsia
1)DESCARTAR CAUSAS SECUNDÁRIAS
-infecções
-distúrbios hidroeletrolíticos
-Síncope - importante
2)AVALIAR => ambiente ambulatorial
-EEG + Imagem (RNM de preferência)
Diferença Síncope Convulsiva e Epilepsia
Nas Síncopes temos:
-gatilhos: calor, ortostase prolongada, Valsalva
- < 20 seg
-Pródromos são comuns - visão turva, sudorese, palpitações
-Palidez cutânea
-Sem sinais pós-ictais e mordedura de língua
*Pode haver movimentos tônicos-clônicos mas em período rápido
Quadro clínico CNEP
Crises Epiléticas Não Psicogênicas
1)Crises prolongadas
2)Olhos fechados
3)Movimentos arritimicos e bruscos
-impulsos pélvicos
4)Choro durante crise
5)sem perda de memória
6)Suspeita ou Diagnóstico prévio de transtorno psiquiátrico
*o diagnóstico é feito com EEG
Estado de Mal Não Epilético
Rebaixamento de nível de consciência persistente sem alterações metabólicas
-comum em ambientes de UTI com pacientes que não despertam com desligamento de sedação
-CONDUTA: investigar com EEG
Conduta de Epilepsia na Gestação
1)Pré natal adequado
2)EVITAR ÁCIDO VALPRÓICO
-mais seguros: levetiracetam, lamotrigina e lacosamina
*se engravidou sem planejamento => otimizar com monoterapia e fracionada
Quadro clínico Epilepsia do Lobo Temporal
1)AURA PRÉ-CRISE
2)CRISE FOCAL
-Olhar fixo
-Movimento estereotipados => mastigação e deglutição
*alguns podem generalizar
-Epilepsia mais comum em adultos => associada a Esclerose Lobo Temporal
Quadro clínico EMJ
Epilepsia Mioclônica Juvenil
1)CHOQUES AO ACORDAR + CRISES
-as crises podem ser generalizadas ou de ausência
2)JOVENS 14-18 ANOS
3)GATILHOS => Privação de sono, uso de álcool
=> CONDUTA => Ácido Valpróico e Levetiracetam
Efeitos colaterais Fenobarbital
1)INFLAMAÇÃO CUTÂNEA
-Flebite
-Necrose
2)SD DRESS
3)ARRITMIA => se infusão rápida
4)DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
-Nistagmo
-Tremores ou agitação psicomotora
-Náuseas
-Ataxia
-Alteração do nível de consciência => rebaixamento ou confusão