CM - Endocrino: Tireoide II Flashcards

1
Q

Quais impactos o aumento de TSH causa na tireoide?

A
  • Aumento na produção de hormônios tireoidianos (T3 e T4)
  • Aumento no tamanho ta tireoide (hipertrofia)
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2
Q

O que diferencia os hipotireoidismos primário, secundário e terciário?

A
  • Primário: hipofuncionamento da tireoide
  • Secundário: hipofuncionamento da hipófise (TSH baixo)
  • Terciário: hipofuncionamento do hipotálamo (TRH baixo)
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3
Q

Qual a principal causa de hipotireoidismo no Brasil?

A

Tireoidite crônica de Hashimoto

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4
Q

Qual enzima converte o hormônio T4 em T3

A

Desiodase I (tira uma molécula de iodo do T4)

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5
Q

Como está o tamanho da tireoide no hipotireoidismo primário?

A

Geralmente aumentado (crônicamente)

A baixa quantidade de T4 e T3 estimula a hipófise a produzir TSH e este causa aumento na tireoide.

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6
Q

Qual a possível relação entre hipotireoidismo e hiperprolactinemia?

A

Nos hipotireoidismos primário (tireoide) e secundário (hipófise), há um feedback positivo para o hipotálamo produzir muito TRH. Este hormônio estimula muito a hipófise que pode começar a produzir de maneira anômala uma quantidade excessiva de prolactina.

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7
Q

Qual a clínica básica da hiperprolactinemia?

A

Galactorreia + amenorreia

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8
Q

As tireoidites geram aumento ou diminuição de hormônios tireoidianos? Explique.

A

Depende. A inflamação do folículo tireoidiano gera o extravasamento do coloide interno (rico em T3 e T4), podendo gerar inicialmente um quadro de tireotoxicose.

Quando o coloide acaba, se a tireoidite ainda estiver acontecendo, o folículo continua hipofuncionante e pode gerar um hipotireoidismo clínico ou subclínico.

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9
Q

O que acontece na evolução temporal de uma tireoidite subaguda?

A

TIREOTOXICOSE ÀS VEZES (extravasamento de coloide) > hipotireoidismo (por um tempo curtíssimo ou inexistente) > eutireoidismo.

O coloide extravasando dura tempo suficiente para coincidir com o fim da inflamação, recuperando a função normal da tireoide, mantendo o indivíduo com pouco ou nenhum tempo com hipotireoidismo.

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10
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da tireoidite subaguda?

A

Doença de Graves

Em ambas as situações há uma crise tireotóxica como principal clínica, já que a tireoidite subaguda dificilmente evolui com hipotireoidismo.

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11
Q

Como estão os seguintes aspectos na tireoidite subaguda e doença de Graves:
- Captação da cintilografia (aumentada ou diminuída)
- RAIU-24h (citar valores de referência)

A

PS: O RAIU-24h e a cintilografia trabalham com a captação de iodo. A diferença é que a cintilografia mostra uma imagem e o RAIU-24h uma porcentagem.

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12
Q

O que é usado como parâmetro para diferenciar uma tireoidite subaguda da doença de Graves?

A

Captação de iodo na cintilografia e RAIU-24h

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13
Q

Qual o quadro clássico da tireoidite subaguda dolorosa de Quervain?(3)

A
  • Início de 1 a 3 semanas após uma infecção viral (geralmente IVAS na prova)
  • DOR cervical
  • Tireotoxicose (50% dos casos, mas em prova sempre colocam)

PS: a explicação fisiopatológica é que a reação inflamatória à infecção viral acaba acometendo a tireoide.

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14
Q

Como tratar a tireoidite subaguda dolorosa de Quervain?

A
  • AINE’s
    +
  • SE refratariedade após 24-48h, iniciar corticoide.
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15
Q

O que acontece na evolução temporal da tireoidite de Hashimoto?

A

Tireotoxicose (APENAS 5% DOS CASOS) > HIPOTIREOIDISMO (principal clínica)

Após o esgotamento do coloide dos folículos tireoidianos, resta apenas a inflamação crônica da tireoide, gerando seu hipofuncionamento e o hipotireoidismo.

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16
Q

Qual porcentagem dos pacientes com tireoidite de Hashimoto apresentam tireotoxicose como manifestação inicial?

A

Apenas 5%

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17
Q

Na fisiopatologia da tireoidite de Hashimoto, qual via é mais comum: humoral ou celular?

A

Humoral

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18
Q

Quais autoanticorpos estão relacionados à tireoidite de Hashimoto? Qual o principal?

A
  • Anti-TPO (afeta a TPO / principal 95-100% dos casos)
  • Anti-Tg (afeta a tireoglobulina)
  • Antirreceptor de TSH (TRAb) BLOQUEADOR

Perceba que o TRAb, assim como em Graves, também pode estar presente em Hashimoto, no entanto, aqui, esse TRAb gera o bloqueio dos receptores de TSH, e não a estimulação.

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19
Q

Qual porcentagem dos pacientes com tireoidite crônica de Hashimoto apresenta bócio?

A

80%

O bócio não acontece naqueles pacientes que possuem TRAb bloqueador.

O TRAb ocupa o lugar que o TSH ocuparia para estimular a tireoide a crescer.

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20
Q

Quais células são responsáveis pela fisiopatologia via CELULAR na tireoidite de Hashimoto?

A

Linfócitos CD8 auto-reativos (atacam a tireoide e a deixam fibrótica)

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21
Q

O que esperamos encontrar em uma PAAF de uma tireoide fibrótica em um paciente com tireoidite de Hashimoto?

A

Células de Askanazy

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22
Q

Em qual distúrbio da tireoide costumamos ter a presença das células de Askanazy?

A

Tireoidite de Hashimoto quando a tireoide está fibrosada (pegamos as células através de uma PAAF)

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23
Q

Quais as manifestações clínicas da tireoidite de Hashimoto?

A

A hashitireotoxicose ocorre em apenas 5% dos pacientes e na fase inicial (não existe hashitireotoxicose e hipotireoidismo ao mesmo tempo!)

Mixedema só aparece em casos graves e de longa data sem tratamento adequado

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24
Q

Qual a manifestação clínica MÁXIMA do hipotireoidismo?

A

Mixedema (generalizado, duro e sem cacifo)

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25
Como diagnosticar a tireoidite crônica de Hashimoto?
- Clínica compatível (hipotireoidismo, bócio, etc...) + - TSH aumentado + - T4L diminuído + - Anti-TPO e/ou Anti-Tg aumentados
26
Quais manifestações clínicas uma baixa quantidade de T3 e T4 implicam?
- Bradipsiquismo - Depressão - Ganho de peso - Intolerância ao frio - Bradicardia - Constipação - Cabelos e unhas quebradiços - Dislipidemia
27
Qual o tratamento da tireoidite crônica de Hashimoto? (citar detalhes)
Levotiroxina (T4) 1,6 ug/kg/dia ug/kg/dia = mcg/kd/dia
28
Em qual momento do dia um paciente que faz uso de T4 deve tomar a medicação?
Pela manhã Se tomada pela noite, pode induzir efeitos de hipertireoidismo e atrapalhar o sono
29
Como fazer o diagnóstico de hipotireoidismo subclínico?
Paciente assintomático ou oligossintomático (não se confunda, pode haver sintomas!) + TSH MUITO ELEVADO + T4 livre normal + REPETIR AVALIAÇÃO Precisamos repetir a avaliação para fechar o diagnóstico porque em 50% dos casos o hipotireoidismo subclínico é transitório.
30
Quando tratar um paciente com hipotireoidismo subclínico?
- TSH ≥ 10 - Anti-TPO + - Gestante ou intenção (os hormônios tireoidianos são importantes para o bebê) - Sintomas inespecíficos (vale a pena o teste terapêutico) - < 65 anos + RCV alto + TSH ≥ 7 PS: Pacientes > 65 anos não devem ser tratados porque estudos comprovam que um TSH aumentado para eles é um fator de proteção cardiovascular.
31
Quais parâmetros devemos investigar na presença de um nódulo de tireoide?
Funcionalidade e Malignidade
32
Descreva com detalhes como investigar a funcionalidade de um nódulo na tireoide (exames e quando realizá-los).
1° passo: dosar TSH - Se normal ou alto: investigar malignidade - Se baixo: fazer cintilografia - Se cintilografia quente (nódulo hipercaptante produtor de T3 e T4), é um adenoma tóxico (benigno). - Se cintilografia fria: (a tireoide como um todo produzindo muito T3 e T4, mas o nódulo não), investigar malignidade. PS: o câncer de tireoide não é produtor de hormonônios tireoidianos!
33
Descreva como investigar a malignidade de um nódulo na tireoide (exames e quando realizá-los / não citar os detalhes que indicam malignidade).
1° passo: USG - < 1 cm: apenas seguimento - ≥ 1 cm: + características suspeitas = PAAF
34
Quais características são suspeitas para um nódulo de tireoide? (6)
- Hipoecoico - Vascularização central - Mais alto do que largo - Irregular - Microcalcificações - Extensão extra tireoidiana
35
Qual classificação é comumente utilizada para classificar um nódulo de tireoide?
Classificação de Bethesda Feita a partir do aspirado de células da PAAF.
36
Descreva a classificação de Bethesda e a conduta de acordo com o grau.
Nos níveis III e IV podemos utilizar o teste molecular após a PAAF. Se positivo para malignidade, fazer cirurgia com certeza. O IV indica aumento de células foliculares.
37
Determine em "bom" ou "mau" prognóstico os seguintes tipos de câncer de tireoide: - Bem diferenciados - Pouco diferenciados
- Bem diferenciados: bom prognóstico - Pouco diferenciados: mau prognóstico
38
Quais câncer de tireoide possuem bom prognóstico?
- Papilífero (excelente prognóstico) - Folicular São os que mais caem em prova e constituem aqueles bem diferenciados.
39
Quais câncer de tireoide possuem mau prognóstico?
- Medular - Anaplásico ou indiferenciado Caem pouco em prova e constituem aqueles pouco diferenciados.
40
Como se dá a disseminação do câncer de tireoide papilífero?
Disseminação linfática (baixo risco de metástase à distância)
41
Qual o principal fator de risco para o surgimento do câncer de tireoide papilífero?
Irradiação A tireoide é muito sensível a radiação
42
Qual mutação é mais comum para o surgimento de um câncer de tireoide papilífero?
BRAF
43
A qual câncer de tireoide a presença de corpos psamomatosos está relacionada?
Câncer de tireoide papilífero Os corpos psamomatosos são acumulados de cálcio deformam o folículo e os deixam apiculados, parecendo papilas.
44
Como fazer o diagnóstico de câncer de tireoide papilífero?
PAAF indicando presença de corpos psamomatosos / papilas
45
Como fazer o tratamento do câncer de tireoide papilífero?
46
Como se dá a disseminação do câncer de tireoide folicular?
Disseminação hematogênica (maior risco de metástase à distância)
47
Como fazer o diagnóstico do câncer de tireoide folicular?
A PAAF não faz o diagnóstico! Após a PAAF demonstrando nível IV de Bethesda (aumento folicular), deve-se proceder com o histopatológico (biópsia) Biópsia com invasão capsular ou vascular confirma o diagnóstico!
48
Como fazer o tratamento do câncer de tireoide folicular? (dar detalhes)
Se PAAF IV (diagnóstico ainda não dado) em nódulo < 2cm, faremos uma biópsia em formato de tireoidectomia parcial. - Se biópsia confirmando ser um adenoma: caso encerrado. - Se biópsia confirmando ser um câncer: reoperar e totalizar a tireoidectomia. Se PAAF IV em nódulo > 2cm, fazer biópsia + tireoidectomia total de uma vez.
49
O que é um carcinoma de células de Hurthle?
Variante do câncer de tireoide folicular, só que mais agressivo e menos diferenciado.
50
Como tratar um carcinoma de células de Hurthle?
Tireoidectomia total
51
Como fazer o seguimento pós-tireodectomia após um câncer de tireoide?
- Reposição de levotiroxina - Tireoglobulina (se câncer em células foliculares) OU calcitonina (se em células não foliculares) + USG a cada 6 meses - Se alteração nos exames acima, realizar cintilografia de CORPO INTEIRO - Se cintilografia positiva: radioablação com iodo radioativo PS: lembrando que os cânceres que afetam as células foliculares são o folicular e o papilífero.
52
Quais células o câncer de tireoide medular afeta?
Células parafoliculares (células C)
53
Como fazer o diagnóstico do câncer de tireoide medular?
PAAF alterada (células C / parafoliculares) + aumento de calcitonina
54
Qual porcentagem dos casos de câncer de tireoide medular apresenta componente familiar?
20% O restante é esporádico.
55
Paciente com diagnóstico de câncer de tireoide medular. O que fazer em relação aos parentes desse indivíduo?
Investigar a presença do oncogene RET nos parentes de 1° GRAU Se positivo, realizar tireoidectomia profilática, pois a chance do aparecimento de um câncer medular é alta. Lembrando que o câncer de tireoide medular possui um prognóstico ruim.
56
Como fazer o tratamento do câncer de tireoide medular?
Tireoidectomia total + linfadenectomia
57
Em qual sexo é mais prevalente o aparecimento de um nódulo ou câncer de tireoide?
Feminino
58
Qual câncer de tireoide apresenta rápida evolução e um prognóstico terrível?
Cãncer de tireoide anaplásico
59
Qual o tratamento para o câncer de tireoide anaplásico?
PALIATIVO Traqueostomia para evitar a asfixia Pode-se até fazer radioterapia/quimioterapia, mas geralmente sem sucesso.
60
A mutação BRAF está relacionada a qual câncer de tireoide?
Câncer papilífero
61
Qual dosagem fazer de levotiroxina para idosos e pacientes com doença cardiovascular?
25 - 50 mcg/dia A dosagem é mais baixa em idosos e pacientes com DCV porque os hormônios tireoidianos aumentam a demanda cardíaca por O2, podendo causar vários problemas.
62
No tratamento do hipotireoidismo, quais pacientes devem receber uma subdose?
Idosos e pacientes com doença cardiovascular. A dosagem é mais baixa em idosos e pacientes com DCV porque os hormônios tireoidianos aumentam a demanda cardíaca por O2, podendo causar vários problemas.
63
Qual exame solicitar após o início do tratamento com levotiroxina e com quanto tempo realizá-lo?
TSH 4-6 semanas após o início do tratamento com levotiroxina Importante para fazer ajustes
64
Quando rastrear uma gestante para hipotireoidismo?
- Em locais com condições financeiras e técnicas plenas, a dosagem de TSH deve ser feita para todas. - Em locais sem condições financeiras e técnicas plenas, a dosagem de TSH fica reservada à aquelas gestantes com maior risco (exposição prévia à radiação, bócio, DM, anti-TPO +, histórico de doenças da tireoide, etc). PS: o hipotireoidismo gestacional pode acarretar em diversas complicações obstétricas e fetais.
65
Qual a metástase mais comum ao carcinoma de tireoide papilífero?
Carcinoma de linfonodos regionais PS: a disseminação desse câncer é linfática
66
Qual a principal grave complicação do uso de estatinas?
Rabdomiólise PS: a mialgia é o efeito colateral mais comum.
67
Por que o hipotireoidismo pode cursar com anasarca?
1 - Retenção de sódio e água por baixa filtração glomerular 2 - Deficiência de T3 e T4 aumentam a permeabilidade capilar
68
A qual outra neoplasia o câncer de tireoide medular está relacionado?
Neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 Associa-se essa neoplasia ao oncogene RET (origem familiar)
69
Quais neoplasias a neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 engloba?
- Neoplasia medular da tireoide - Feocromocitoma - Neoplasia de paratireoide PS: pode não haver a neoplasia de paratireoide.