CM - Dermatologia I Flashcards

1
Q

Qual o agente causador da hanseníase?

A

Mycobacterium leprae

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual método de coloração identifica o agente causador da hanseníase?

A

Ziehl-Neelsen (detecta os famosos BAAR) como o mycobacterium leprae e tuberculosis.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual a forma de transmissão da hanseníase?

A

Transmissão aérea (lesões não transmitem)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Como são os seguintes aspectos da hanseníase:

  • Infectividade
  • Patogenicidade
A
  • Infectividade: alta (uma pessoa pode infectar várias outras)
  • Patogenicidade: baixa (a maioria das pessoas infectadas não desenvolve a doença)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual o período de incubação do Mycobacterium leprae?

A

2 - 7 anos

Por esse motivo, devemos sempre rastrear todas as pessoas que essa pessoa com hanseníase teve contato próximo nos últimos 5 anos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais os alvos da hanseníase no corpo e qual o mais frequente?

A

Pele (mais frequente) e nervos periféricos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual geralmente é a primeira manifestação clínica da hanseníase em um paciente?

A

Surgimento de uma lesão cutânea chamada de INDETERMINADA (mácula hipocrômica)

Nem sempre é a primeira manifestação, mas na maioria absoluta das vezes é!

PS: existe também a chamada hanseníase neural pura, mas é rara.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Paciente com hanseníase apresentando a chamada lesão indeterminada. Quais os possíveis caminhos de evolução da doença a partir disso? (não citar detalhes)

A

A maioria dos pacientes evolui com cura, mas especialmente aqueles com imunodepressão costumam desenvolver as formas ativas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais os tipos de imunidade presentes nas formas virchowiana e tuberculoide da hanseníase?

A

Virchowiana: imunidade humoral (TH2)

Tuberculoide: imunidade celular (TH1)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Descreva a fisiologia por trás da imunidade celular e humoral das formas tuberculoide e virchowiana da hanseníase.

A

Em pacientes com hanseníase, o bacilo está no meio intracelular. Dessa forma, os anticorpos gerados na periferia serão pouco eficazes. Em pacientes com imunidade celular adequada, os macrófagos vão combater diretamente as células infectadas, gerando a forma tuberculoide.

Como não há muito combate em pacientes com imunidade celular fraca, a defesa acaba ficando às custas de anticorpos (imunidade humoral), gerando a forma virchowiana (mais grave).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Explique de maneira simples o que é a forma dimorfa da hanseníase.

A

São todos aqueles pacientes que não se encaixam nem na forma tuberculoide, nem na forma virchowiana (são meio termo).

Esses pacientes são instáveis, podem migrar entre as duas formas definidas (algo que não acontece com aquele paciente que desde sempre foi tuberculoide ou virchowiano).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Descreva clinicamente como é a lesão indeterminada da hanseníase e como está a baciloscopia.

A

Mácula hipocrômica, sem pelo e com diminuição da sensibilidade.

Baciloscopia negativa (ainda não há muitos bacilos nessa fase).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual o nome da reação que indica se há ou não combate celular em uma lesão da hanseníase?

A

Reação de Mitsuda

PS: não é tão útil

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Descreva como estão os seguintes aspectos da forma tuberculoide da hanseníase:

Clínica das lesões cutâneas
Baciloscopia
Reação de Mitsuda

A

Clínica das lesões cutâneas: placas eritematosas/hipocrômicas bem delimitadas (como houve briga celular, surge a inflamação)

Baciloscopia: negativa (como houve combate, há pouco espaço para os bacilos proliferarem)

Reação de Mitsuda: positiva (haja vista que houve combate)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Descreva como estão os seguintes aspectos na forma Virchowiana da hanseníase:

Clínica das lesões cutâneas
Baciloscopia
Reação de Mitsuda

A

Clínica das lesões cutâneas: lesão infiltrativa difusa (eritema, nódulos, madarose, etc)

Baciloscopia: positiva (aqui o bacilo se profilera livre, leve e solto)

Reação de Mitsuda: negativa (não há combate contra o bacilo)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quantas lesões geralmente apresenta as formas tuberculoide, dimorfa e virchowiana da hanseníase?

A

Tuberculoide: GERALMENTE < 5

Dimorfa: GERALMENTE > 5

Virchowiana: GERALMENTE > 5

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Descreva como estão os seguintes aspectos da forma borderline/dimorfa da hanseníase:

Clínica das lesões cutâneas
Baciloscopia
Reação de Mitsuda

A

Clínica das lesões cutâneas: placas eritematosas variadas / foveolares (queijo suíço)

Baciloscopia: COSTUMA ser positiva (briga, mas ainda deixa bacilos proliferarem)

Reação de Mitsuda: COSTUMA ser negativa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual a sequência de perda de sensibilidade em um caso de hanseníase? (Coloque a primeira como a primeira a ser perdida)

A

Térmica > dolorosa > tátil

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

De quais locais coletar a baciloscopia de um paciente suspeito de hanseníase?

A

Lesões, lóbulos da orelha e cotovelos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Descreva, de maneira DETALHADA, como fazer o diagnóstico de hanseníase.

A

O diagnóstico é essencialmente CLÍNICO, basta haver 1 dos seguintes achados:

  • Lesão com alteração de sensibilidade
  • Lesão + acometimento de nervo periférico (espessamento, neuropatia)
  • Baciloscopia positiva
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

O que fazer quando houver dúvida diagnóstica para um possível caso de hanseníase?

A

Solicitar um histopatológico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quais alterações podem ser encontradas em um histopatolótico na hanseníase?

A
  • Granulomas NÃO caseosos
  • Infiltrado linfoplasmocitário perineural
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Descreva de forma DETALHADA o tratamento da hanseníase para cada forma da doença.

A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Em quais situações o esquema de tratamento da hanseníase é alterado?

A

Nenhuma. MESMO ESQUEMA SEMPRE! (gestantes, HIV, etc)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
V ou F: - Na hanseníase, a micobactéria apresenta baixa resistência relatada à rifampicina.
Verdadeiro
26
Paciente com hanseníase em tratamento apresenta piora das lesões cutâneas subitamente. Qual a provável causa?
Reação hansênica
27
Descreva o que são as reações hansênicas.
Reações de exacerbação autoimune do corpo durante o tratamento da hanseníase. Isso significa dizer que não se trata de um insucesso do tratamento, mas apenas uma reação adversa que pode ocorrer em qualquer momento da hanseníase. PS: lembrando que podem acontecer antes, durante ou após o início do tratamento.
28
Quais os tipos de reação hansênica?
Reação tipo 1 (reversa) e reação tipo 2 (eritema nodoso)
29
Descreva a clínica da reação hansênica tipo 1.
- Piora da lesão cutânea (mais exacerbada e delimitada) - Piora da lesão neural
30
A qual tipo de paciente a reação hansênica tipo 1 está mais relacionada?
Àqueles pacientes paucibacilares, geralmente com a forma tuberculoide, haja vista que é uma reação pela imunidade celular.
31
Como tratar a reação hansênica tipo 1?
Corticoide em dose imunossupresora (1-2 mg/kg/dia)
32
Descreva a clínica da reação hansênica tipo 2 e qual o outro nome dado para essa reação
Eritema nodoso hansênico - Nódulos subcutâneos que podem ulcerar e necrosar - Orquite - Glomerulonefrite - Artralgia
33
A qual tipo de paciente a reação hansênica tipo 2 está mais relacionada?
Àqueles pacientes multibacilares, geralmente com a forma virchowiana, haja vista que é uma reação pela imunidade humoral.
34
Como tratar a reação hansênica tipo 2?
- Talidomida 100-400 mg/dia + - Corticoide em dose imunossupressora (pode ser feito ou não) + - Profilaxia para estrongiloidíase
35
Quais as contraindicações absolutas ao uso da talidomida?
Gravidez e lactação
36
Paciente apresentando reação hansênica tipo 2 e contraindicações ao uso de talidomida. O que fazer?
Apenas o corticoide em dose imunossupresora (1-2 mg/kg/dia) + Profilaxia para estrongiloidíase
37
Paciente com hanseníase apresenta reação hansênica em determinado momento. O que fazer em relação ao tratamento (prolongar, modificar, etc)?
Nada, apenas tratar a reação hansênica.
38
O que significa dizer que um paciente com hanseníase é pauci ou multibacilar?
Paucibacilar: até 5 lesões cutâneas Multibacilar: mais de 5 lesões cutâneas
39
Como fazer o controle epidemiológico em relação aos contactantes de paciente com hanseníase?
Sintomáticos: tratamento de hanseníase normal Assintomáticos: vacina BCG (exceto de 2 cicatrizes - nesse caso não precisa)
40
Qual o agente etiológico da ptiríase versicolor?
Malassezia furfur (fungo)
41
Qual a clínica característica da ptiríase versicolor? (descrever também as áreas de acometimento)
Máculas hipo/hipercrômicas confluentes que NÃO inflamam (não coçam, não doem) e que causam uma descamação furfurácea em áreas sebáceas como couro cabeludo, face, pescoço, tronco superior, etc. PS: o fungo produz um ácido que impede a pele de produzir melanina. PS2: o malassezia furfur atinge a parte mais superficial possível da pele (não penetra nem a camada córnea) e faz parte da flora saprófita.
42
Quais os sinais clássicos de descamação da ptiríase versicolor? Descreva-os.
- Sinal de Zileri (descamação ao esticar a pele) - Sinal de Besnier (descamação ao raspar com a unha)
43
Quais áreas a ptiríase versicolor poupa?
Mucosas e região palmo-plantar
44
Como fazer o diagnóstico de ptiríase versicolor?
Exame micológico direto, mas pode ser feito de maneira clínica também.
45
Qual o tratamento da ptiríase versicolor?
Imidazólico tópico (ceto/tio/isoconazol)
46
Ptiríase versicolor em couro cabeludo. O que usar?
Shampoo de selênio
47
Qual o sinônimo de tinea?
Dermatofitose (são micoses superficiais)
48
Qual o agente etiológico mais prevalente causador da tinea?
Microsporum canis (fungo) PS: em menor escala o microsporum tricophyton e epidermophyton.
49
Fisiopatologicamente, como surgem as lesões das tineas?
São causadas por fungos queratinolíticos, dessa forma, a lise da queratina gera inflamação.
50
Qual o nome da tinea que acomete o couro cabeludo?
Capitis
51
Qual a clínica da tinea capitis?
Alopecia focal e descamativa (tonsura) e, quando inflamada, chamamos de QUÉRION.
52
Qual o tratamento da tinea capitis?
Griseofulvina VO PS: por ser muito difícil de tratar topicamente, ficamos com a via oral.
53
Qual o nome da tinea que afeta o corpo? e a que afeta as regiões genitais/coxa/nádegas?
1 - Tinea corporis 2 - Tinea cruris
54
O tratamento da tinea corporis e cruris é o mesmo?
Sim! a diferença de nome se dá apenas pela localização de cada uma.
55
Qual a clínica das tineas corporis e cruris?
Eritema CIRCINADO (valorizar bem isso),elevado, descamativo e costuma apresentar-se com CENTRO MAIS CLARO.
56
Qual o tratamento das tineas corporis e cruris?
O tratamento é tópico: Imidazólicos (cetoconazol, etc) OU terbinafina OU ciclopirox
57
Qual o nome da tinea que acomete os pés?
Pedis (também chamada de "pé de atleta")
58
Qual a clínica da tinea pedis?
Eritema macerado / fissuras
59
Qual o tratamento da tinea pedis?
O tratamento é tópico: Imidazólicos (cetoconazol, etc) OU terbinafina OU ciclopirox
60
Qual o nome da tinea que acomete as unhas?
Onicomicose
61
Qual a clínica da onicomicose?
- Amarelamento - Fragilidade - Irregularidade
62
Qual o tratamento da onicomicose?
Depende do estágio da lesão. - Casos iniciais e bem leves: amorolfina TÓPICA (no entanto a literatura tem mostrado que mesmo em casos iniciais o tratamento tópico isolado é ineficaz). - Demais casos: terbinafina ou itraconazol SISTÊMICOS + amorolfilina tópica.
63
Qual a primeira coisa a se pensar quando se trata de lesões ulceradas/vegetantes? (Descreva com detalhes).
PLECT Paracoccidioidomicose Leishmaniose tegumentar Esporotricose Cromomicose/carcinoma espinocelular (CEC) Tuberculose cutânea
64
Quais os agentes etiológicos da esporotricose?
- Sporothrix schenkii - Sporothrix brasiliensis
65
Qual a forma de transmissão da esporotricose?
- Manipulação em terra (classicamente jardins) - Contato com gatos contaminados
66
Qual a clínica da esporotricose?
O fungo da esporotricose adora o trajeto linfático, logo: - Nódulos (podem ulcerar) + linfangite em "rosário" Obs: os nódulos costumam ser indolores no começo.
67
Como fazer o diagnóstico da esporotricose?
Existem algumas opções: - Cultura - Aglutinação - Esporotriquina PS: o exame micológico direto geralmente é negativo.
68
Qual o tratamento da esporotricose?
Iodeto de potássio ou itraconazol por 3 - 6 meses (ambos sistêmicos).
69
Qual o risco da esporotricose em pacientes imunodeprimidos? Qual a clínica dessa condição?
Desenvolvimento da forma disseminada/extracutânea (forma que atinge ossos e mucosas, sem afetar a pele).
70
Qual o tratamento para a esporotricose disseminada?
Começar com itraconazol sistêmico. Se não resolver, partir para a anfotericina B.
71
O que fazer com um gato falecido por esporotricose?
Cremá-lo. Não enterrá-lo, pois facilita a disseminação pelo solo.
72
Qual o quadro clínico da cromomicose?
Lesão pigmentada com típico aspecto verrucoso (muito verrucoso!).
73
Qual o tratamento da cromomicose ou cromoblastomicose?
Itraconazol oral podendo haver ou não necessidade de cirurgia.
74
Qual a forma de transmissão característica da paracoccidioidomicose?
A forma de transmissão clássica é via inalatória advinda do solo de área RURAL (a prova vai sempre falar de um trabalhador rural).
75
Qual a clínica da paracoccidioidomicose?
- Lesões orais dolorosas - Tosse seca e persistente - Perda de peso - Lesões cutâneas ulceradas ou verrucosas - Comprometimento neurológico (casos graves) PS: é apelida de de tuberculose rural!.
76
Qual o tratamento da paracoccidioidomicose?
Itraconazol sistêmico na maioria dos casos, exceto se acometimento neurológico (anfotericina B).
77
Quais os possíveis agentes etiológicos da leishmaniose tegumentar e qual o mais comum? É um fungo?
- Leishmania brasiliensis (mais comum) - Leishmania amazonensis - Leishmania guyanensis São protozoários!
78
Qual a forma de transmissão da leishmaniose tegumentar? (dar detalhes e nomes)
Através da picada do flebotomíneo Lutzomyia (famoso mosquito palha) e o reservatório são animais, principalmente cachorros em áreas urbanas.
79
Qual a clínica característica da leishmaniose tegumentar? (detalhar bem as lesões e a evolução)
Pápula > úlcera > vegetação As lesões possuem uma característica única de possuírem bordos elevados e regulares (LESÃO EM MOLDURA DE QUADRO) e por serem INDOLORES (apesar de muito feias).
80
Qual o risco da leishmaniose tegumentar em pacientes imunodeprimidos?
Desenvolvimento da forma disseminada!
81
O que marca a clínica da leishmaniose tegumentar DISSEMINADA?
As lesões cutâneas são disseminadas e mais infiltrativas e deformantes, podendo até mesmo se assemelhar à hanseníase Virchowiana!
82
Como fazer o diagnóstico de leishmaniose tegumentar?
Existem algumas formas: - Exame micológico direto com a verificação das formas amastigotas em macrófagos - Cultura no meio NNN
83
Qual teste na leishmaniose indica combate celular nas lesões?
Reação de Montenegro Teste feito diretamente na lesão! A reação de Montenegro, assim como a reação de Mitsuda, indica que houve combate ao agente infeccioso.
84
Como se encontra o resultado da reação de Montenegro na leishmaniose tegumentar?
Costuma ser positiva (exceto na forma disseminada, que costuma ser negativa).
85
Qual o tratamento da leishmaniose tegumentar? (Dar detalhes de dose e por quanto tempo)
A droga de escolha é o antimonial pentavalente GLUCANTIME (N-metilglucamina) 15-20 mg/kg/dia de forma sistêmica por 10 a 30 dias. PS: alguns casos muito específicos e muito leves da doença podem ser tratados com glucantime intralesional.
86
Em quais casos não posso utilizar o glucantime na leishmaniose tegumentar e qual medicação usar?
- Casos graves, cardiopatas e gestantes: Anfotericina B LIPOSSOMAL.
87
Qual o agente etiológico da escabiose?
Sarcoptes Scabiei (ácaro)
88
A lesão feita pelo ácaro da escabiose é proveniente do macho ou fêmea? E de que forma esse ácaro provoca essa lesão?
1 - Fêmea 2 - A fêmea penetra a córnea da pele e "escava" uma espécie de túnel na epiderme, colocando seus ovos ao longo do trajeto. Essa deposição de ovos gera uma resposta inflamatória.
89
Qual a clínica da escabiose e quais as áreas mais acometidas?
Lesão em aspecto de túnel, vesiculocrostosa e com prurido principalmente NOTURNO. O sarcoptes scabiei prefere áreas "quentinhas", logo, os principais sítios de acometimento são: abdome / nádegas / axila / mama / interdigital / punhos.
90
Qual a particularidade da escabiose em relação aos lactentes?
As áreas mais acometidas nos lactentes são: cabeça, palma e planta (POUPA FRALDAS!).
91
Quais os possíveis tratamentos para escabiose?
- Maioria dos casos: tópico com permetrina do pescoço para baixo após o banho noturno e retirado pela manhã por 3 noites seguidas e repetido após 1 semana. - Gestantes e lactentes: enxofre. - Imunossuprimidos e atópicos: Ivermectina VO dose única e repetir após 1 semana (evitar em pacientes < 5 anos e < 15kg). - LEMBRAR SEMPRE DE TRATAR OS FAMILIARES!
92
O que é a sarna norueguesa?
É a mesma escabiose, só que em uma forma mais disseminada e crostosa, acometendo mais os pacientes imunodeprimidos.
93
Qual o tratamento da sarna norueguesa?
Por ser a mesma escabiose: - Maioria dos casos: tópico com permetrina do pescoço para baixo após o banho noturno e retirado pela manhã por 3 noites seguidas e repetido após 1 semana. - Gestantes e lactentes: enxofre. - Imunossuprimidos e atópicos: Ivermectina VO dose única e repetir após 1 semana (evitar em pacientes < 5 anos e < 15kg). - LEMBRAR SEMPRE DE TRATAR OS FAMILIARES!
94
Qual o agente etiológico do molusco contagioso?
Poxvírus
95
Qual a forma de transmissão do molusco contagioso?
Contato próximo (pele com pele)
96
Qual a clínica e locais de acometimento do molusco contagioso?
Pápulas (0,5cm) agrupadas com UMBILICAÇÃO central INDOLORES e que acometem principalmente face, tronco, membros inferiores e genitais (essa última somente em adultos). PS: o aparecimento de molusco contagioso em regiões genitais nas crianças pode estar relacionado ao abuso.
97
A qual condição o molusco contagioso está associado?
Dermatite atópica
98
Qual o tratamento para o molusco contagioso?
Se casos muito leves: expectante Demais casos: curetagem
99
Pelo MS, a partir de qual idade a permetrina pode ser usada para o tratamento de escabiose?
2 anos (em várias outras referências, pode-se utilizar a partir dos 2 meses)
100
Qual o primeiro teste de sensibilidade a ser realizado em um paciente suspeito de hanseníase?
Teste com tubos de água a 20°C e a 45°C
101
Cite 4 possíveis testes de sensibilidade conhecidos a serem executados em um paciente com suspeita de hanseníase.
- Teste com tubos de água a 20°C e a 45°C - Histamina - Monofilamentos de 10g - Prova de pilocarpina (teste do suor)
102
Descreva como funciona o teste da histamina e como está seu resultado em um paciente com hanseníase.
No teste da histamina, coloca-se uma gota milesimal na área da lesão e na área de pele normal. Perfura-se com uma agulha por cima de cada gota. Na pele normal, são esperadas as seguintes reações: - Após 20 segundos: eritema no "furo" (1° fase) - 20 a 40 segundos: halo de hiperemia (2° fase) - 1 a 3 minutos: pápula urticada (3° fase) O resultado normal indica a chamada tríplice reação de Lewis. Pacientes com hanseníase não apresentam segunda fase (consequentemente a terceira também não) e podem não apresentar a primeira.
103
Descreva o teste da pilocarpina e como está seu resultado em um paciente com hanseníase.
Também chamado de teste do suor, pincela-se a área afetada com tinta de iodo. Realiza-se uma aplicação intradérmica de pilocarpina e polvilha-se a área com amido. Em peles normais, é esperado que haja a produção de suor e o amido fique azul, algo que não acontece em pacientes com hanseníase na área de lesão.
104
Além da pele, quais outros sítios do corpo podem ser acometidos pela Larva Migrans e quando isso pode acontecer?
Fígado, pulmão, olhos e SNC. Isso pode acontecer quando a larva é ingerida. Quando penetra na pele e faz o famoso "bicho geográfico", não há esse risco.
105
Qual o tratamento para larva migrans?
Poucas lesões: tiabendazol tópica Demais casos: tiabendazol, albendazol ou ivermectina SISTÊMICOS
106
Qual a clínica da tungíase?
- Lesões papulares/nodulares amareladas ou brancacentas cuja porção central é negra (são apelidadas de batatas). - Podem ser únicas ou múltiplas. - Paciente pode se queixar de dor e prurido PS: a tungíase é causada por uma pulga e é popularmente chamada de "bicho de pé".
107
Qual o tratamento da tungíase?
- Poucas lesões: retirada com agulha - Múltiplas lesões: tiabendazol sistêmico
108
Qual coloração identifica a criptococose?
Tinta da China
109
Criança apresentando essa lesão da imagem há 2 semanas. Qual o provável diagnóstico?
Intertrigo complicado por cândida
110
O que é um intertrigo?
Inflamação em área de dobras que pode se complicar com infecção por cândida.
111
Qual o gênero na taxonomia dos vermes causadores de larva migrans?
Ancylostoma
112
Qual a forma mais contagiosa da hanseníase?
Virchowiana (por ser multibacilar)
113
Quais áreas do corpo a hanseníase tende a poupar?
Áreas quentes (o bacilo gosta do frio): axila, couro cabeludo, meio da coluna lombar, etc.
114
Além da teratogenicidade da talidomida em gestantes, qual outro efeito adverso é importante?
Neuropatia periférica ao uso prolongado da medicação.
115
Quais condições a mulher em idade fértil necessita apresentar para o uso da talidomida?
Beta HCG negativo e estar usando 2 métodos contraceptivos, sendo um deles de barreira.
116
Como se dá a transmissão da leishmaniose tegumentar entre seres humanos?
Não existe (somente a picada do mosquito)
117
Qual a complicação mais comum da leishmaniose tegumentar?
Disseminação hematogênica com acometimento de mucosas.
118
Por que o glucantime não é utilizado para as formas disseminadas da leishmaniose tegumentar?
Pela alta resistência
119
Qual o agente etiológico da larva migrans visceral?
Toxocara canis (nematódeo) PS: lembre-se que a larva migrans cutânea é causada por um ancilostoma.
120
Como estão a sensibilidade e especificidade da reação de Montenegro para leishmaniose tegumentar (defina entre alta ou baixa)?
Sensibilidade: alta Especificidade: baixa
121
Qual a localização mais comum das dermatofitoses na infância?
Couro cabeludo
122
O termo "linfangite em rosário" está associado a qual doença?
Esporotricose
123
A qual forma da hanseníase a presença de lesões foveolares / queijo suíço está relacionada?
Forma borderline / dimorfa
124
Em quais pacientes deve-se evitar a administração de ivermectina para escabiose?
< 5 anos e < 15kg
125
Qual teste na leishmaniose tegumentar feito na lesão indica que há uma resposta imunológica contra o protozoário?
Reação de Montenegro PS: lembrando que a presença de resultado positivo não diz se é uma infecção prévia ou atual.
126
A qual doença exantemática o surgimento de edema palpebral está mais associado? Qual o nome desse sinal?
1 - Mononucleose infecciosa 2 - Sinal de Hoagland