CIRURGIAS MINIMAMENTE INVASIVAS Flashcards
Quais os benefícios de uma cirurgia minimamente invasiva/ videolaparoscopia? (4)
- Mais estética
- Menos internações
- Menor trauma cirúrgico
- Recuperação mais rápida
Quais os materiais necessários? (4)
- Fibra óptica
- Grampeadores
- Microcâmeras
- Pinças e materiais de sutura
Qual a desvantagem de uma cirurgia tradicional? (3)
- Grandes incisões
- Grande manipulação
- Grande dissecação de tecidos
Para a videolaparoscopia é necessário criarmos um PNEUMOPERITÔNIO. Por que? Quais instrumentos utilizamos para criá-lo? Quais as possíveis complicações (4)?
Precisamos criar um pneumoperitônio (injetando CO2 na cavidade abdominal) para haver a DISTENÇÃO ABDOMINAL E O AFASTAMENTO DAS ALÇAS INTESTINAIS, para manipulação adequada.
Utilizamos:
- AGULHA DE VERRESS (adentramento do peritônio) - FASE CEGA (é a primeira fase, antes de inserir câmeras)
- INSUFLADOR ELETRÔNICO DE CO2 (insere o CO2 com velocidade fluxo baixa)
Complicações do pneumoperitônio:
- Colapso de grandes vasos
- Quadro pulmonar restritivo (restringi-se o espaço de expansão pulmonar)
- Acidose respiratória (devido ao quadro restritivo - hipoventilação)
- Parada cardíaca
Vantagens da videolaparoscopia:
- Técnica cirúrgica é a mesma do método convencional
- Imagem ampliada em cerca de 20x
- Espaço cirúrgico amplo
- Vantagem estética
- Menor perda sanguínea
- Menor risco de formação de aderências entre os orgãos da cavidade abdominal
- Rápida recuperação
- Menor dor no pós-operatório
- Menor risco de infecção
DIFICULDADES da videolaparoscopia:
Sobre a distenção abdominal:
- menor espaço de manipulação ( redução do campo operatório) - está se operando em um paciente FECHADO, mesmo que distendito, isso diminui a área de manipulação, se considerarmos em um paciente aberto.
- risco de perfuração de vísceras no momento da punção com a agulha de VERRSSES (fase cega)
Sobre pacientes que já possuem aderências firmes ou de cirurgias prévias:
- dificuldade do afastamento das alças -> dificuldade de “liberar” o campo cirúrgico.
Sobre pacientes com peritonite
- Possuem aderências por conta do processo inflamatório (dificuldade de liberar o campo cirúrgico)
- Dificuldade de limpeza da cavidade
1o ETAPA da videolaparoscopia
Punção com a agulha de VERRESS + insuflador de CO2 - cria-se o pneumoperitônio
Inserção do primeiro TROCARTE - permite a perfuração (por conta do mandril) e mantêm uma abertura segura (no meio dele, após a retirada do mandril) para a inserção de outros instrumentos.
Inserção da fibra óptica (pelo trocarte) -> VISUALIZAÇÃO DA CAVIDADE
- inspeção para ver se a insuflação pela agulha de verrsses e a inserção do primeiro trocarte causaram algum dano
- exclusão de afecções (alterações) abdominais não diagnosticadas previamente.
Complicações da 1o etapa:
- Enfisema subcutâneo
- Lesão gástrica
- Lesão intestinal
- Lesões vasculares menores
- Lesões vasculares maiores
Diagnóstico, solução e prevenção do enfisema subcutâneo.
ENFISEMA SUBCUTÂNEO
Diagnóstico: palpação e testes de segurança
Solução:
- Diminuir o CO2 intra-abdominaL
- Nova inserção da agulha de Verress
- Conversão para técnica aberta
Prevenção:
- Técnica
- Testes de segurança
Diagnóstico, solução e prevenção da lesão gástrica.
LESÃO GÁSTRICA
Diagnóstico: aspiração de suco gástrico ou visualização da mucosa
Solução:
- sutura
Prevenção (caso paciente tenha histórico de cirurgias prévias, tenha tido dificuldade anestésica e ou apresente aerofagia)
- Sonda naso ou orogástrica antes da punção
- Elevação da parede abdominal com pneumoperitônio adequado
Diagnóstico, solução e prevenção da lesão intestinal.
LESÃO INTESTINAL
Diagnóstico:
-Hematoma de serosa
- Material fecal na cavidade: odor, visualização de material fecal
- Visualização de lesão na mucosa
Solução:
- Sutura + Antibióticos
- Casos tardios: nova laparoscopia - cirurgia aberta
Prevenção (por ter ocorrido em cirurgias anteriores com esse paciente)
- Optar por cirurgia aberta
- Realizar testes de segurança
- Utilizar trocartes novos
Diagnóstico, solução e prevenção de lesão vasculares menores.
LESÕES VASCULARES MENORES
Diagnóstico: sangue na cavidade (vasos de epiplon- omento- ou pré-sacrais)
Solução:
- coagulação bipolar
- sutura laparoscópica
Prevenção:
- conhecimento anatômico
- realização dos testes de segurança
- elevação da parede abdominal (pneumoperitônio)
- laparoscopia aberta e trocarter novos
Diagnóstico, solução e prevenção de lesões vasculares maiores.
LESÕES VASCULARES MAIORES
Diagnóstico:
- aspiração de sangue pela agulha de Verress
- queda abrupta da PA
- volume de sangue na cavidade abdominal
Solução:
- manter a agulha/ trocarte no local
- laparotomia imediata e compressão do vaso
- se houver sintomas tardios: realizar tomografia
Prevenção:
- conhecimento anatômico prévio
- experiência com a técnica - testes de segurança
- elevação da parede abdominal - pneumoperitonio
- Laparoscopia aberta e troca de Trocartes
A laparoscopia aberta (também chamada de técnica de Hasson) é uma variação do procedimento de laparoscopia em que o acesso inicial à cavidade abdominal é feito de forma controlada, através de uma pequena incisão cirúrgica. Diferentemente da técnica fechada (com o uso de uma agulha de Veress), a laparoscopia aberta minimiza o risco de lesões inadvertidas nos órgãos internos ou vasos sanguíneos durante a criação do pneumoperitônio.
Como funciona a laparoscopia aberta?
Incisão inicial:
O cirurgião faz uma pequena incisão (cerca de 1 a 2 cm) na região periumbilical.
Dissecção controlada:
O tecido subcutâneo e a aponeurose (camada fibrosa do músculo) são cuidadosamente dissecados até chegar ao peritônio (membrana que reveste a cavidade abdominal).
Abertura do peritônio:
O peritônio é aberto sob visão direta, garantindo que não haja lesão a órgãos internos.
Inserção do trocarte de Hasson:
Um trocarte especial (com sistema de vedação para manter o pneumoperitônio) é introduzido manualmente no local da incisão.
A cânula do trocarte é fixada com suturas para evitar deslocamento.
Insuflação de gás:
O dióxido de carbono (CO₂) é insuflado pela cânula do trocarte para criar o pneumoperitônio, permitindo a visualização e o espaço necessário para a laparoscopia.
Por que utilizar a laparoscopia aberta?
A técnica aberta é preferida em algumas situações, pois reduz os riscos associados à inserção da agulha de Veress, que é feita “às cegas” na técnica fechada. As principais indicações incluem:
Pacientes com cirurgia abdominal prévia: Maior risco de aderências que podem dificultar ou tornar perigosa a introdução da agulha de Veress.
Obesidade: Camadas espessas de tecido dificultam o acesso seguro com a técnica fechada.
Gestantes: Evita o risco de lesão uterina.
Pacientes com suspeita de hérnias abdominais: Permite evitar complicações relacionadas a alças intestinais presas.
Vantagens da laparoscopia aberta
Reduz o risco de lesões inadvertidas em vasos ou órgãos internos.
Fornece controle direto sobre a abertura da cavidade abdominal.
Melhor em casos de anatomia alterada por aderências ou cirurgias prévias.
Desvantagens
Pode levar um pouco mais de tempo para ser realizado.
Requer mais habilidade cirúrgica para a dissecção inicial e suturas.
A laparoscopia aberta é uma técnica segura e amplamente utilizada quando há necessidade de maior controle no acesso inicial. Ela faz parte das boas práticas em cirurgias laparoscópicas, especialmente em casos mais complexos.
Qual a 2o etapa e quais as suas possíveis complicações?
a 2o eta da videolaparoscopia é a inserção dos demais trocartes (sob visão)
Suas complicações podem ser:
- Lesão vasculares (vasos epigástricos)
- Lesões gastrointestinais
- Lesão da de via urinária, principalmente a bexiga urinária