Cirurgia Cardíaca - Coronariopatia Flashcards

1
Q

Quais são alguns dos componentes de uma avaliação cardíaca pré-operatória de rotina? Quais são alguns dos métodos mais especializados de avaliação cardíaca?

A

História e exame físico, avaliação do ECG e revisão ou pedido de exames mais especializados, como o Holter, ECG de esforço, Ecocardiograma, exame de imagem com radioisótopos, cateterismo cardíaco e angiografia.

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2
Q

Qual o objetivo final de uma avaliação cardíaca pré-operatória?

A

Avaliar o risco do paciente sofrer um evento cardíaco perioperatório adverso. Determinar se está em condições médicas ideais e reduzir risco cirúrgico. Há pouca ou nenhuma evidência de que exames invasivos reduzam risco, otimização da terapia medicamentosa reduz risco.

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3
Q

Quais são alguns dos aspectos importantes da história pré-operatória obtida de pacientes com doença arterial coronariana em relação a seu estado cardíaco?

A

Tolerância ao exercicio, característica da angina e a presença de um infarto prévio. Também é importante saber quais medicamentos está tomando, incluindo antiplaquetários e anticoagulantes, e quais posíveis interações deles com anestésicos.

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4
Q

Quais são algumas das doenças não-cardíacas coexistentes que costimam está presentes em pacientes com doença arterial coronariana?

A

Doença vascular periférica, DPOC, DRC, HAS e DM.

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5
Q

Qual o percentual de estenose pode ter uma artéria coronária principal em um paciente assintomático?

A

50% a 70%

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6
Q

Qual é o melhor indicador de reserva cardíaca em um paciente?

A

Tolerância ao exercício. Uma tolerância limitada ao exercício na ausência de doença pulmonar evidencia uma diminuição da reserva cardíaca do paciente. Em um paciente que é capaz de subir 2 ou 3 lances de escada sem parar é provavelmente adequada. Andar em terreno plano é um indicador ruim.

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7
Q

Quando a angina pectoris é considerada estável?

A

Quando não houve alterações nos sintomas de angina nos últimos 60 dias. Deve ser considerado fatores precipitantes, frequência e duração

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8
Q

Quando a angina pectoris é considerada instável? Qual a implicação clínica?

A

Quando houve alteração recente nos sintomas. O que inclui a piora do grau de atividade física que o paciente consegue fazer e a duração de cada episodio de angina. Outro sinal de angina instável é a dor precordial em repouso. A implicação clinica é que o paciente pode estar em risco de IAM iminente.

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9
Q

Qual o significado clínico da dispneia que ocorre após o início da angina pectoris?

A

É provavelmente uma indicação de disfunção ventricular esquerda aguda devido a isquemia miocárdica e insuficiencia cardíaca transitória. A falta de ar pode ser secundária a regurgitação mitral aguda devido isquemia de parede lateral e disfunção do músculo papilar.

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10
Q

De que forma a angina pectoris devido a espasmo das arterias coronárias, difere da angina pectoris clássica?

A

Nesse caso a dor pode ocorrer em repouso mas pode não ocorrer em períodos de esforço. A angina deste tipo está associada a alterações no segmento ST no ECG. É denominada angina de Prinzmetal ou angina variante.

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11
Q

O que é isquemia miocárdica silenciosa?

A

É a isquemia miocárdica que ocorre na ausência de dor. Esse tipo de angina é mais comum em pacientes com diebetes mellitus e traz o mesmo prognóstico de uma isquemia miocárdica com angina.

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12
Q

Qual é sintoma mais comum de angina em homens e mulheres?

A

O sintoma mais comum em homens é a dispneia de esforço. Despertar do sono com angina é um sintoma grave. As mulheres se queixam, mais comumente, de fadiga inespecífica, fazendo com que a identificação da angina seja mais dificil.

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13
Q

Qual percentual dos episódios isquêmicos não estão associados a angina? Qual percentual dos infartos não está associado a angina?

A

Aproximadamente 70% dos episódios de isquemia não estão associados a angina. No infarto esse percentual é de 15%.

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14
Q

Há mais probabilidade de que a hipertensão e a taquicardia resulte em isquemia miocárdica em pacientes com doença coronariana? Qual a fisiologia?

A

É mais provavel que a taquicardia, mas não a hipertensão, provoque isquemia no paciente com DAC. Devido ao aumento do consumo de O2 com uma diminuição da duração do fluxo sanguíneo indo para o ventrículo esquerdo pois a perfusão miocárdica acontece durante a diástole. A hipertensão, por outro lado, aumenta o consumo de O2 mas também aumenta a perfusão miocárdica simultaneamente.

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15
Q

Qual é a base da recomendação comum de que a cirurgia eletiva seja adiada até 6 meses após um infarto do miocárdio prévio?

A

Se fundamenta em numerosos estudos epidemiológicos. Esses estudos mostraram que existe uma taxa de reinfarto de 5% até 86% no perioperatório, se o infarto tiver ocorrido há menos de 6 meses. É uma taxa até 10 vezes maior do que quando o procedimento é realizado após 6 meses.

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16
Q

Qual incidencia perioperatória de infarto 6 meses após um infarto? E qual a incidencia em pacientes que nunca sofreram um infarto?

A

A incidencia 6 meses após um infarto é de 5 a 6%. No caso de pacientes que nunca tiveram infarto essa incidência é de 0.13%.

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17
Q

Em que periodo pós-operatório ocorre a maioria dos infartos perioperatórios?

A

A maioria dos infartos perioperatórios ocorrem de 48 a 72hrs após cirurgia.

18
Q

Quais os medicamentos que um paciente com DAC provavelmente toma? Quais são as orientações pre-operatórias com relação a essas medicações?

A

Beta-bloqueadores, nitratos, bloqueadores de canal de cálcio, anti-hipertensivos, agentes antiplaquetários e anticoagulantes e diuréticos. Estudos recentes sugerem uma redução no risco se os IECAs forem suspensos no dia da cirurgia e iniciados logo após. A recomendação geral é que os pacientes continuem tomando suas medicações durante o período peri-operatório.

19
Q

Quais pacientes podem se beneficiar de beta-bloqueadores no pré-operatório? Quando devem ser iniciados e por quanto tempo devem ser mantidos?

A

Pacientes com DAC ou DVP ou que tem dois fatores de risco para DAC( >60 anos, tabagista, diabético, hipertensão, colesterol > 240mg/dl). Deve-se ter cuidado com pacientes com ICC ou com estenose aórtica, nesse caso deve ser feita a titulação lenta com orientação de um cardiologista. Pacientes com história de BAV sem marca-passo, asma reativa, ou intolerância aos beta-bloqueadores devem ser excluídos. O momento ideal é quando o risco for identificado. Caso não tenha sido prescrito antes, o atenolol ou metoprolol pode ser iniciado no dia da cirurgia( desde que FC > 55bpm e PA sistólica > 100mmHg), com baixas doses. Devem ser mantidos por no mínimo 30 dias em pacientes com DAC ou DVP. Para pacientes apenas com fatores de risco, 7 dias podem ser suficientes.

20
Q

Que informações podem ser obtidas de um ECG pré-operatório?

A

Podem fornecer evidências de isquemia miocárdica, IAM prévio, hipertrofia cardíaca, ritmo cardíaco anormal ou disturbios de condução e anormalidades eletrolíticas.

21
Q

Como a isquemia miocárdica pode aparecer no ECG?

A

Alterações no segmento ST ou alterações na onda T.

22
Q

Descreva qual artéria miocárdica pode estar comprometida de acordo com a alteração das seguintes derivações:
II, III, aVF
V3-V5
I, aVL

A

II, III, aVF = artéria coronária direita ( átrio direito, nó Av, ventrículo direito)

V3-V5 = artéria coronária descente anterior esquerda(porção anterolateral do ventrículo esquerdo)

I, aVL = Artéria circunflexa (área lateral do ventrículo esquerdo)

23
Q

Quais pacientes devem ser encaminhados para consulta com um cardiologista antes da cirurgia?

A

Angina de início recente, mudança no padrão da Angina, angina instável, angina sem tratamento medicamentoso, estenose aórtica, pacientes com ICC ou stent intracoronário que estejam recebendo inibidor plaquetário.

24
Q

Cite alguns determinantes da oferta e dos requisitos de oxigênio pelo miocárdio.

A

O fornecimento do O2 para o miocárdio é diminuído pela taquicardia, hipotensão, aumento da pré-carga, hipocapnia, espasmo da artéria coronária, anemia e hipoxemia. A demanda é aumentada por taquicardia, aumento da tensão na parede e aumento da contratilidade miocárdica. Um dos objetivos do manejo anestésico do paciente com DAC é a manutensão do equilíbrio entre a demanda e o fornecimento de O2 ao miocárdio para minimizar risco de isquemia.

25
Q

Quais são os riscos de uma angioplastia percutânea recente em pacientes cirúrgicos e como esse risco muda com relação a stents de metal e stents farmacológicos?

A

Esses pacientes tem risco aumentado de IAM e morte se os inibidores plaquetários forem retirados. Pacientes com stents de metal precisam de 1 a 3 meses de terapia antiplaquetária e aqueles com stents farmacológicos podem precisar de um ano ou mais antes que o risco de se retirar os antiplaquetários seja aceitável. Muitos pacientes devem ser operados durante a terapia antiplaquetária dupla (aspirina e clopidogrel) se as condições cirúrgicas permitirem.

26
Q

Quais são os dois benefícios potenciais de administração de pré-medicação pré-operatória a pacientes com DAC?

A

Diminuição da secreção de catecolaminas potencialmentes nocivas e o potencial para prevenir o aumento dos requisitos de oxigênio pelo miocárdio que podem ocorrer com taquicardia e hipertensão relacionadas a ansiedade.

27
Q

Como a anestesia deve ser induzida em pacientes com risco de isquemia cardíaca?

A

Uma linha arterial pré-indução pode ser necessária para reconhecer pertubações hemodinâmicas e diminuir o risco. A iniciação profilática de fenilefrina é útil para reduzir a hipotensão durante a indução. É essencial a administração cuidadosa de agentes de indução endovenosa, narcóticos e agentes inalatórios, combinada com monitoramento e uso cauteloso de vasoconstritores. É importante evitar a taquicardia com aumentos associados no requisito de O2 pelo miocárdio.

28
Q

Por que existe um risco aumento de isquemia durante uma laringoscopia direta? Quais são algumas ações que podem ser tomadas para minimizar esse risco?

A

Porque ela pode induzir uma estimulação intensa do sistema simpático, levando a taquicardia e hipertensão. Para diminuir esse risco é necessário garantir um nível de anestesia adequado para suprimir esse estímulo. Anestésicos voláteis, anestésicos venosos que não a cetamina, opioides e lidocaina podem ser usados para reduzir essa resposta. Beta-bloqueadores podem ser usados antes da indução para atenuar o aumento da frequencia cardíaca e da pressão arterial.

29
Q

Quais são alguns dos métodos para manutenção da anestesia que podem ser empregados em um paciente com DAC?

A

Pode ser realizada atraveés de anestésicos voláteis, propofol, dexmedetomidina e opióides, com ou sem óxido nitroso. O objetivo é evitar taquicardia e hipotensão.

30
Q

Quais são alguma das metas intraoperatórias para o anestesiologista na tentativa de diminuir o risco de isquemia em pacientes de risco?

A

A hemodinâmica desejada para diminuir o risco de isquemia intraoperatória inclui frenquencias cardíacas mais lentas, pressões de enchimentos mais baixas e PA sistêmica normal. Uma recomendação comum é manter valores de frequencia e pressão dentro de 20% de variação do que era acordado. Mesmo assim até 50% dos episódios de isquemia não estão associados a alteração da frequencia e da PA. Frequencias maiores de 100bpm podem aumentar risco de morbidade cardíaca. PA sistólica abaica de 60mmHg ou média abaixo de 65mmHg aumenta o risco. Diastólica abaixo de 30mmHg também aumenta. A duração da taquicardia e hipotensão aumenta o risco de uma forma relacionada a dose-resposta.

31
Q

O que é a síndrome do roubo coronário? Qual é o seu significado clínico?

A

É um risco teórico em que a administração de um vasodilatador artéria coronária a um paciente com DAC pode causar desvio do fluxo sanguíneo das áreas isquêmicas, nas quais as artérias coronárias estenóticas já estão dilatadas ao máximo, para áreas onde as artérias coronárias estejam patentes e são capazes de se vasodilatar . O isoflurano é um potente vaso dilatador e acreditava-se que poderia levar a roubo coronário. Porém não foi demonstrado que o teste clínico da administração do isofluranoem pacientes com DAC aumenta risco de isquemia através do roubo coronariano.

32
Q

Qual a preocupação relativa a administração de umanestésico regional(espinhal ou epdural) a pacientes com DAC?

A

Pode levar a hipotensão, o que pode, por sua vez, levar a diminuição do fluxo sanguíneo nas artérias estenosadas. Por isso é importante que o anestesista esteja preparado para tratar episódios de hipotensão que possam resultar da indução de qualquer anestesia. Uma vantagem da anestesia regional é que é possível continuar acompanhando os sintomas de angina e tratá-los de forma apropriada.

33
Q

Quais são algumas das consideração que um anestesista deve ter ao selecionar um fármaco blouqeador neuromuscular em pacientes com DAC?

A

Deve-se levar em conta o efeito desse bloqueador no sistema cardiovascular. Farmacos que podem baixar a PA por meio da liberação de histamina devem ser administrados lentamente. Pancurônio pode causar aumentos leves na frequencia e na PA que podem ou não ser benéficos, a depender do estado do paciente.

34
Q

Como o bloqueio neuromuscular deve ser revertido em um paciente com DAC?

A

Da maneira usual, com combinação de medicamentos anticlinérgicos-anticolinesterásicos. Com cuidado para se evitar a taquicardia. O glicopirrolato tem menos efeitos cronotrópicos, mas a atropina também é aceitável. Por outro lado, evitar a reversão por meio do controle do tempo de cirurgia e escolha de bloqueadores despolarizantes pode evitar esses efeitos. O sugamadex pode permitir a reversão de bloqueadores sem o risco desses efeitos.

35
Q

Quais são alguns dos fatores que influencia a intensidade do monitoramento intraoperatório pelo anestesista?

A

Vai ser determinada pelo tipo de procedimento, a gravidade da doença, a escolha da técnica anestésica e uma análise do risco benefício de cada monitoramento. É preciso lembrar que a indução de anestesia geral para um caso “simples” pode levar a colapso hemodinâmico.

36
Q

Quando um cateter de artéria pulmonar pode ser útil no intraoperatório? Que informações ele fornece?

A

Não há benefício comprovado do uso de ceteter de artéria pulmonar(AP). os catéteres podem ser úteis em acientes com insuficiencia ventricular esquerda, valulopatia, infarto do miocárdio recente, doença vascular pulmonar, em situações de trauma violente e cirurgias vasculares de grande porte. O AP fornece informações mais precisas sobre as pressões de enchimento cardíaco do que um monitor venoso central nessas situações. ode ser usado para medir débito cardíaco e resistencia vascular sistêmica. No caso do uso do AP, o paciente deve ser submetido a avaliação do eco transesofágico contínuo simultâneo para fornecer um contexto.

37
Q

Qual informação pode ser fornecida por um ecococardiograma transesofágico no intraoperatório?

A

Detecção precoce de isquemia do miocárdio por meio de alterações na movimentação da parede regional. Avaliação do estado de volume do fluido intravascular do paciente. Estimativa do débito cardíaco. Estimativa da pós-carga do ventrículo esquerdo e avaliação de válvulas cardíacas.

38
Q

Quais são as opções de tratamento quando a isquemia miocárdica é identificada no intraoperatório?

A

Deve ser feito o tratamento de quaisquer alterações hemodinâmicas na tentativa de aumentar o suprimento de oxigênio para o miocárdio enquanto diminui a demanda de oxigênio. Controle da frequência e da PA são essenciais. A taquicardia pode ser tratada com um beta-bloqueador, diminuindo a demanda de O2 pelo miocárdio atraves da diminuição da Fc e da contratilidade. A administração de qualquer medicação deve ser criteriosa em pacientes com disfunção ventricular esquerda. Hipertensão pode ser tratda com nitrato. Pode-se usar nitroglicerina, também, em uma situação em que há alterações isquêmicas no ECG, mas que a PA permanece de normal a alta. Nitroglicerina pode levar a taquicardia reflexa. Hipotensão pode ser tratada com uma medicação simpatomimética e fluidos. A anticoagulação com bólus e infusão de heparina, combinada com administração de aspirina pode ser adequada.

39
Q

Qual o problema da diminuição da temperatura corporal em pacientes com DAc no intraoperatório?

A

Podem resultar em tremores ao despertar. Os tremores podem aumentar significativamente a demanda de oxigênio do miocárdio e sistêmico. E pode ser especialmente prejudicial em pacientes com DAc pois pode ser acompanhada de taquicardia.

40
Q

Por que é importante acompanhar a FC no pós-operatório de pacientes com DAC?

A

Para evitar isquemia. O controle da dor, do stress, do status de volume e a administração de agentes anti-isquemicos é essencial no pós-operatório de pacientes com DAC. Caso contrário, esses estimulos podem levar a aumento da demanda de O2 pelo miocárdio.