CIRURGIA 8 - CIRURGIA BARIÁTRICA Flashcards

1
Q

DEFINIÇÃO DE OBESIDADE

A

Obesidade severa é definida como IMC maior ou igual a 40, ou maior ou igual a 35 associado a comorbidades.

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2
Q

SELEÇÃO DE PACIENTES EM RELAÇÃO ÃO IMC:

A
  • IMC > 50 - faz.
  • IMC > 40 FAZ independentemente da presença de comorbidades.
  • IMC entre 35 e 40 na presença de comorbidade.
  • IMC entre 30 e 35 na presença de comorbidez que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.

DEVE-SE FAZER O registro de “indicação especial por comorbidez grave” nestes casos, anexando documento emitido por especialista na área respectiva da doença (cópia no prontuário médico e com o cirurgião).

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3
Q

SELEÇÃO DE PACIENTES QUANTO A IDADE

A

NA LEGISLAÇÃO: 18 A 65 ANOS

  • ENTRE 16 E 18 ANOS: PODEM SER OPERADOS, PORÉM COM PREOCUPAÇÕES ESPECIAIS (AVAL DO PEDIATRA) TEM QUE VER A CARTILAGEM DO PUNHO. AINDA É EXPERIMENTAL
  • ACIMA DE 65: AVALIAR RISCO / BENEFÍCIO
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4
Q

LISTA DE COMORBIDADES (AVALIADAS PARA PACIENTES COM IMC ENTRE 30 E 35)

A
RESUMO DAS COMRBIDADES:
• DM
• HAS
• DOENÇA CEREBROVASCULAR
• DISLIPIDEMIA
• DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA
• APNÉIA DO SONO
• OSTEOARTRITES
• CÂNCER ( 13 )
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5
Q

SEGUNDO A CMF QUANDO DEVE SER INDICADA CIRURGIA METABOLICA PARA PACIENTES COM IMC ENTRE 30 E 35

A

só deve ser recomendada por dois profissionais de endocrinologista mediante atestado da refratariedade ao tratamento com antidiabéticos orais e/ou injetáveis por no mínimo dois anos. Dentre os critérios, convém salientar o limite etário (30 a 70 anos), o tempo da doença (histórico com menos de dez anos) e a contraindicação para paciente que é abusador de álcool, dependente químico, depressivo grave ou portador de doença mental avaliada como grave pelo psiquiatra

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6
Q

5 CONTRA INDICAÇÕES CIRURGIA BARIÁTRICA

A
  1. Limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar adequado;
  2. Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso de álcool ou drogas ilícitas; no entanto, quadros psiquiátricos graves sob controle não são contraindicativos obrigatórios à cirurgia;
  3. Doença cardiopulmonar grave e descompensada que influenciem a relação riscobenefício;
  4. Hipertensão portal, com varizes esofagogástricas; doenças imunológicas ou inflamatórias do trato digestivo superior que venham a predispor o indivíduo a sangramento digestivo ou outras condições de risco;
  5. Síndrome de Cushing decorrente de hiperplasia na suprarrenal não tratada e tumores endócrinos.
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7
Q

O QUE É FEITO NO PRÉ-OPERATÓRIO?

A
  • História Clínica/ Comportamental (tempo de obesidade, tipo de alimentação – influi muito no tipo de cirurgia que vai ser feita)
    o Hábito alimentar: se come em grande volume, se fica beliscando o dia todo…
  • Exame físico (outras cirurgias, se já teve peritonite…);
  • Testes Laboratoriais (dosagens hormonais, hepatite, HIV…) – estuda um pouco mais a parte metabólica
  • Avaliações com especialistas (ex: cardiologista…);
  • Equipe multidisciplinar (clinico, endócrino, fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo).
  • Deve fazer EDA antes da cirurgia (h.pylori > tem que tratar antes da cirurgia e alguma coisa gástrica).
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8
Q

Tipos de Cirurgia Bariátrica

1. Procedimentos Restritivos:

A
  • Diminuem a capacidade do estômago – quantidade de alimento no estômago
    o Gastrectomia Vertical (Sleeve) – remove a grande curvatura do estomago
    o Banda gástrica Ajustável (resultados muito ruins, gera muito refluxo, tem muitas complicações)
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9
Q

Tipos de Cirurgia Bariátrica

2. Procedimentos Disabsortivos:

A
  • Induz perda de peso por by pass excluindo alças intestinais do trânsito alimentar
    o By Pass gástrico em Y de Roux (mais comum depois do sleeve) – grau de desabsorção menor
    o Derivações biliopancreáticas
     Scorpinaro: puramente desabsortiva (não usa mais).
     Cirurgia mista: corta o estomago, mas não retira a outra parte do estomago, desvia duodeno e parte do jejuno – não utiliza ilio para fazer anastomose.
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10
Q

By Pass em Y de Roux *Mais utilizado atualmente.

 Componente restritivo:

A

-Pouch 15-20 Ml (tamanho que fica o “estomago”);
o Calibre da anastomose (1,2 a 1,5 cm de diametro – para que acomida não passe com muito facilidade, pois o doente comeria mais rapido, a comida passaria mais rapido e ele comeria mais).
- Reduz camera gastrica e desvia intestino

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11
Q

By Pass em Y de Roux

Componente Disabsortivo

A

o By pass intestinal (comida não digerida chega em partes mais distais no jejuno
– não passa pelo duodeno – estimula os hormônios incretinicos (GLP1 e o PYY) que ajudam no controle da diabetes, alguns tem remissão total da diabetes.)

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12
Q

By Pass em Y de Roux

Componente Disabsortivo

A
  • Tem alça comum longa, por isso é menos desabsortiva
  • Melhora o metabolismo pelo by-pass – alimentos poucos digeridos na porção distal do intestino que estimula a produção de hormônios
  • Quanto mais calibrada a anastomose proximal mais emagrece e mais mantem o emagrecimento
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13
Q

MECANISMO DE FUNCIONAMENTO

A

By Pass e Sleeve assim como Switch Duodenal estão associados a redução da Grelina e aumento do GLP1 e PYY (hormônio incretinicos, melhora o metabolismo da glicose, aumenta sensação de saciedade…).
o Grelina: fundo gástrico – orexigeno – aumenta a fome
o GLP1 e PYY: pró insulínicos / incretinoicos: estimulam o pâncreas a produzir insulina
- Com a cirurgia a grelina deixa de ser estimulada. A restrição alimentar também leva a saciedade.

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14
Q

PERDA DE EXCESSO DE PESO NO BYPASS POR Y DE ROUX: 1 ANO, 5 ANO, 8-10 ANOS

A
  • Perda do excesso de peso:
    o 1º Ano 70%;
    o 5 Anos 60%;
    o 8-10 Anos 50%;
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15
Q

MORTALIDADE E COMPLICAÇÕES SÉRIAS DO Y DO ROUX

A

Mortalidade 0,5 %

- Complicação mais séria: fístula (mais comum é a do puch gástrico) - 2-5%

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16
Q

Derivação Bilio-Pancreática (DS) - Efeito incretinico muito grande.

A
  • Disabsortiva principalmente – alimento cai bem no final intestino
  • IMC > 60 – super obesos
17
Q

PERDA DE PESO E EFEITOS COLATERAIS DA DERIVAÇÃO BILIO-PANCREATICA?

A

Perda do excesso de peso 68-78% em 5-15 anos porém efeitos colaterais (flatulência bem desagradável, desnutrição proteica)
o Gases bem mal cheirosos

18
Q

MORTALIDADE DERIVAÇÃO BILIO-PANCREATICA?

A
  • Mortalidade 1,1% > cirurgia bem complexa, com muitas anastomoses.
    o Anastomose é feito mais ou menos 1,5 da válvula íleocecal.
19
Q

Gastrectomia Vertical - Sleeve

A
  • Tem que ficar bem simétrico!!!
  • Grampear para não pegar no ângulo, pois gera fistula de difícil tratamento
  • Restritivo
    o Mas tem efeito metabólico também – sleeve bem feito faz com que o alimento passa rapidamente pelo estomago
  • Tubo gástrico com 100 ml
  • Não há consenso no diâmetro do tubo – procurar fazer em bem retinho e com
    diametro não muito grande
20
Q

PERDA DE PESO E MORTALIDADE DO SLEEVE

A
  • Perda do excesso de peso ligeiramente menos que no BP
  • Mortalidade <0,5%
    o Ocorre menos complicações só que são mais graves – fistula do resto do fundo do estomago – tecido morto de difícil reparação
21
Q

Banda Gástrica Ajustável - Esta cirurgia está diminuindo.

A
  • Restritivo
  • Pouch formado pela banda com 15-20 ml
  • Perda excesso peso 50% 1-2 anos – difícil conseguir isso
  • Complicações: migração, erosão, dilatação esofágica, complicações do potocath
  • Mortalidade <0,1%
22
Q

Escolha do Procedimento

A
  • Associação Americana de endocrinologia, SBCBM (brasileira), ASMBS (americana) recomendam (em ordem de recomendação): BP Y de Roux*> Sleeve > Banda > DS.
  • Não há evidência científica sobre cirurgia ideal
  • Levar em consideração: paciente, riscos e experiência
23
Q

FÍSTULAS BYPASS E SLEEVE

A
  • Fístula do sleeve: podem ter aparecimento tardio, pode ter fistula na cardia, fistula brônquica – pode ter que dilatar.
  • Fístula do bypass é mais fácil de tto e manusear.
24
Q

Cirurgia para DM - Recomendações

A
  • CIRURGIA PARA DIABETES É APROVADA NO BRASIL – A Cirurgia Metabólica poderá ser indicada para o tratamento de pacientes que possuem diabetes mellitus Tipo 2 (DM2), com Índice de Massa Corporal entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m2.
    • IDADE 30-70 ANOS
    • MENOS DE 10 ANOS DE DM
    • COMPROVAR RESISTÊNCIA AO TRATAMENTO CLÍNICO
25
Q

Stampede (estudo) - Conclusão

SOBRE CIRURGIA BARIÁTRICA NO TTO DO DIABETES 2

A
  • Após 5 anos de seguimento, a cirurgia metabólica (bypass ou sleeve) oferece controle mais efetivo para os pcts com DM2 e obesidade (imc 2743) do que o tto medico intensivo e deve ser considerado como opção no tto para esta população.
  • OBS: pcts orientais tem uma reposta melhor mesmo com imc menor.
26
Q

Complicações gerais cirurgia da obesidade:

A
  • LEAK(pct melhora sozinho, em fístula não melhora sozinho);
  • Estreitamento anastomótico;
  • Degradação da capacidade do pouch (quase não tem);
  • Úlcera;
  • Obstrução do intestino delgado (podem der tardias);
  • Hérnia interna;
  • Abcesso;
  • Complicações da ferida.
27
Q

Cirurgia x Tratamento Clínico

A
  • Cirurgia está associada a redução do risco de morte cardiovascular e não cardiovascular;
  • Cirurgia é mais efetiva para perda de peso;
  • By Pass induz melhora do DM2 em 6 anos em relação tto clínico.
28
Q

Acompanhamento Pós-Operatório

Precoce: (primeiras 48H)

A
  • Monitorização cardíaca em paciente de risco (enzimas) -> se tem risco cardiovascular.
  • Avaliação de fístula
    o Sinais precoces: Taquicardia sustentada >120 BPM >4 H, febre, taquipneia, hipóxia;
  • PCR (proteína C reativa), TAC Abdome, Laparoscopia precoce;
  • Profilaxia para TVP (pode estender no pós operatório, usar heparina).
29
Q

 Acompanhamento nutricional

AVALIAÇÃO A CADA QUANTO TEMPO

A

Acompanhamento com nutricionista:
o 1,5 L de líquido/dia
o Progressão evolutiva da dieta
o Eliminar doces concentrados > evitar o efeito desconfortável do dumping.
o Suplementos: multivitamínico, cálcio, vitamina D, vitamina B12, ferro.

  • Avaliação: a cada 3 meses no primeiro ano, 6 em 6 meses do segundo ano, anualmente a partir de então.
30
Q

Outros Procedimentos

 Balão intragástrico

A

reganho de peso; funciona bem para o pct com sobrepeso, não serve para tto de obesidade!

31
Q

 Gastroplastia vertical endoluminal > sleeve por endoscopia.
 Marcapasso gástrico implantável > estímulo elétrico para tentar manter a saciedade.
 Manga duodenal endoscópica > ajuda no controle do diabetes, pois a comida chega mais longe.

A

.

32
Q

COLECISTITE: se detectada no pré operatório

A

presença de cálculos na vesícula não se deve fazer a colecistectomia junto com a bariátrica – se faz depois –

comum surgir cálculos depois pela emagrecimento