CIRURGIA 2 - LESÕES CORROSIVAS ESÔFAGO Flashcards

1
Q

TRATAMENTO NÃO PADRONIZADO PARA ESSES TIPOS DE LESÕES

A

NÃO TEM GUIDELINE

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2
Q

PRODUTOS CÁUSTICOS E CORROSIVOS: DIFERENÇA PH

A

CÁUSTICOS: ALCALIS

CORROSIVOS: ÁCIDOS

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3
Q

PERFIL DE PACIENTES QUE APRESENTAM ESSAS LESÕES:

A

1- ABAIXO DE 5 ANOS: ACIDENTALMENTE
2- ADULTOS JOVENS
3- DOENTES PSIQUIATRICOS

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4
Q

É A CAUSA MAIS COMUM NÃO CONGÊNITA DE:

A

ESTENOSE ESOFÁGICA EM CRIANÇAS

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5
Q

A LESÃO ESOFÁGICA VAI DEPENDER DE QUE?

A

Se ácido ou álcalis
o Da quantidade ingerida
o Concentração da substância
o Da forma física (líquido ou sólido) -> sólido fica mais tempo, tende a ser mais grave.

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6
Q

COMPLICAÇÃO CRÔNICA MAIS FREQUENTE?

A

ESTENOSE

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7
Q

AUMENTA A CHANCES DE QUE? E O PACIENTE TEM QUE FAZER O QUE TODO ANO?

A

Aumenta em inúmeras vezes a chance de câncer de esôfago e estômago – esse paciente deve fazer
uma EDA todo o ano.

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8
Q

LESÕES POR ÁCIDOS

A

 Necrose por coagulação da proteínas

 Formando camada protetora limitante a penetração do agente

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9
Q

LESÕES POR ALCALIS

A

Formam proteinatos básicos
 Saponificação da gordura
 Necrose por liquefação do tecido
 Progressão rápida em extensão e profundidade

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10
Q

QUAIS LESÕES SÃO MAIS GRAVES, POR ACIDOS OU ALCALIS, E POR QUE?

A

LESÃO ALCALI É MAIS GRAVE POIS AS LESÕES ACIDAS SE FORMA UMA CAMADA PROTETORA.

AS LESÕES POR ALCALIS TEM PROGRESSÃO RÁPIDA EM EXTENSÃO E PROFUNDIDADE

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11
Q

QUAIS AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DAS LESÕES CORROSIVAS E QUE CAUSAM MORTE:

A

PERFURAÇÃO ESOFÁGICA

OBSTRUÇÃO DE VIA AÉREA SUPERIORES

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12
Q

QUAIS AS 3 FASES DA ESOFAGITE QUÍMICA?

A

1- AGUDA
2- TRAIÇOEIRA
3- RETRAÇÃO

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13
Q

4 CARACTERÍSTICAS DA FASE AGUDA

A

1- LEVA EM TORNO DE 10 DIAS PARA APARECER OS SINTOMAS INFLAMATÓRIOS
2- LESÕES EM CAVIDADE ORAL (EDEMA, EXSUDATO PURULENTO, ÚLCERAS, SALIVAÇÃO ABUNDANTE E HALITOSE)
3- ALTERAÇÃO DOS MECANISMOS DE DEGLUTIÇÃO - BRONCOASPIRAÇÃO - FACILITA PNEUMONIA ASPIRATIVA

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14
Q

A CHANCE DE PERFURAR O ESÔFAGO NUMA EDA É MAIOR NA FASE AGUDA. V OU F

A

F - É IGUAL A DE UM PACIENTE NORMAL

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15
Q

CARACTERÍSTICAS DA FASE TRAIÇOEIRA:

A

1- CURA APARENTE
2- MELHORA DA ODINOFAGIA, DISFAGIA E DA DOR
3- CERCA DE 4 A 8 SEMANAS
–> ERRONEAMENTE INTERPRETADA COM ESTABILIZAÇÃO E RESOLUÇÃO DO QUADRO
4- FASE DE REPARAÇÃO TECIDUAL - INTENSA FRIABILIDADE DO TECIDO ESOFÁGICO - CUIDADO AO FAZER EDA

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16
Q

EM QUAL FASE HÁ MAIOR RISCO DE PERFURAÇÃO AO FAZER UMA EDA?

A

FASE TRAIÇOEIRA

17
Q

CARACTERÍSTICAS DA FASE DE RETRAÇÃO

A

1- ESTENOSE CICATRICIAL
2- REAPARECIMENTO DA DISFAGIA (PROGRESSIVA)
3- REGURGITAÇÃO E PERDA DE PESO
4- MUSCULAR E MUCOSA SÃO SUBSTITUIDAS POR CAMADA DE TECIDO FIBROSO DENSO - ESÔFAGO PERDE A CAPACIDADE DE ELASTICIDADE
5- CICATRIZAÇÃO

18
Q

EDA É INDICADA EM QUAL FASE?

A

AGUDA

19
Q

Classificação de Zargar:

A

classificar lesão esofágica por agente ácido ou álcali

20
Q

RISCO DE ESTENOSE A PARTIR DA CLASSIFICAÇÃO DE ZAGAR

A

Até 2A baixo risco de desenvolver estenose, a partir disso, tende a ter, já 3A e 3B tem um risco muito
grande de perfuração.

grau 3 em diante é grande probabilidade de tratamento cirúrgico pela alta de chance de perfuração

21
Q

ZAGAR 0

A

exame normal

o Não progride para estenose

22
Q

ZAGAR 1

A

edema e eritema de mucosa

o Não progride para estenose

23
Q

ZAGAR 2A

A

ulcerações superficiais, erosões, friabilidade, bolhas, exsudato e hemorragia
o Geralmente não progride para estenose
o Presença de fibrina

24
Q

ZAGAR 2B

A

2a + ulcerações pouco profundas ou circunferenciais

o Probabilidade de evolução para estenose ou perfuração do órgão

25
Q

ZAGAR 3A

A

áreas de necrose com coloração acinzentada ou enegrecida, ulcerações profundas
o Alta probabilidade de evolução para estenose ou perfuração do órgão (indica-se fazer uma
TC de tórax)

26
Q

ZAGAR 3B

A

necrose extensa

o Possibilidade de perfuração iminente ou presente

27
Q

CONDUTAS NA FASE AGUDA

A

PRINCIPALMENTE SUPORTE

NÃO SE DEVE INDUZIR VÔMITOS
LESÕES LAVADAS
REMOVER TECIDOS DE GRANULAÇAO
NÃO DEVE SER TENTADA A NEUTRALIZAÇÃO DA SUBST INGERIDA

BUSCAR SINAIS DE SEPSE OU QUE INDIQUEM PERFURAÇÃO

28
Q

DEVE-SE INDUZIR VÔMITOS NA FASE AGUDA?

A

NÃO

29
Q

POR QUE NÃO DEVE SER TENTADA A NEUTRALIZAÇÃO DA SOLUÇÃO INGERIDA:

A

efeito tampão piora o quadro.
o Paciente teria que ingerir a outra substância, o que já machucaria mais, e a neutralização gera
calor e pode piorar o quadro

30
Q

EXAMES QUE DEVEM SER FEITO EM LESÕES CORROSIVAS NO ESÔFAGO

A
  • EDA deve ser realizada de urgência (situação de risco de vida - em até 24 horas).
  • Laboratório: hemograma (para ver se não tem leucocitose)
  • RX tórax e abdome agudo: verificar pneumoperitônio, pneumomediastino…
  • TC de tórax e abdome: normalmente em lesões mais graves, para avaliar grau de edema e perfuração.
31
Q

DEVE-SE SEMPRE FAZER TC?

A

Chance perfuração muito pequena (zagar 1) não precisa fazer TC

– Fazemos quando
suspeitamos de perfuração

32
Q

TRATAMENTO:

Lesões leves – Zargar 1 ou 2ª:

A

 Internação e hidratação
 Dieta líquida ou pastosa
 IBP EV em dose plena (omeprazol…): EEI pode sofrer lesão e predispor o refluxo.

33
Q

TRATAMENTO Lesões graves – Zargar 2b ou 3:

A

INTERNAÇÃO
PASSAR SNG ??
IBP DOSE PLENA E.V
ANALGESIA (NAO AINE POIS AUMENTA LESAO GASTRICA)
ANTIBIOTICOTERAPIA PROFILATICA
CORTICOIDE CASOS DE COMPROMETIMENTO DE VIAS AÉREAS

34
Q

TRATAMENTO DA ESTENOSE:

A

 Deve ser realizada de forma individual e considerando-se as variáveis
 Anel estenótico único e fino tem chances de 100% de melhora
 Segmentos estenóticos longos, em fundo cego, ou associados a RGE intenso respondem
insatisfatoriamente
 Neste grupo é necessário a correção da via de saída (gastrectomia ou derivação gastrojejunal) antes
de iniciar a terapia dilatadora esofágica
 Prótese intraluminal não tem bom resultado

35
Q

PRÓTESE INTRALUMINAL TEM BOM RESULTADO PARA TTO DE ESTENOSE?

A

NÃO

36
Q

TRATAMENTO DA ESTENOSE REFRATÁRIA:

A

Nas estenoses refratárias a terapia de dilatação (balão ou velas) esofágica com o uso de esteróides
(corticóide para diminuir a inflamação) intralesional melhora os resultados
 No acompanhamento é mandatório pesquisar lesões neoplásicas
 Quando ocorre o retorno da disfagia após período assintomático deve ser descartado câncer de
esôfago
 Serviço de Gastroenterologia do HC-FMUSP, acompanhou 37 pacientes em período pós ingestão de
soda cáustica de 15-40anos: 6 casos evoluíram a CEC de esôfago (16,2%)