Caso 4 Flashcards
o que é a rinite alérgica? é caracterizada por? 5
quanto tempo ocorre os sintomas
é definida como a inflamação e/ou disfunção da mucosa de revestimento nasal e é caracterizada pela presença de sintomas nasais isolados ou associados: obstrução nasal, rinorreia anterior e posterior, espirros, prurido nasal e hiposmia. Esses sintomas, em geral, ocorrem durante 2 ou mais dias consecutivos por mais de 1 hora na maioria dos dias
RINITE ALÉRGICA
As rinites podem ser classificadas, de acordo com o agente etiológico, em:
Infecciosas
alérgicas
não alérgicas e não infecciosas
mista
caracterize-as
- infecciosas: agudas, autolimitadas, causadas por vírus e menos frequentemente por bactérias, predominantes no início da vida.
- Alérgicas: forma mais comum, induzida por inalação de alérgeno em indivíduos sensibilizados.
- Não alérgicas e não infecciosas: grupo heterogêneo de pacientes sem sinais de infecção e sem sinais sistêmicos de inflamação alérgica (por exemplos, rinite induzida por fármacos, por irritantes, ocupacional não alérgica, rinite hormonal, entre outras).
- Mista: expressão significativa em pacientes com rinite crônica, com mais de um agente etiológico, conhecido ou não
RINITE ALÉRGICA
porque ocrre a inflamação da mucosa nasal?
Na rinite alérgica (RA), a inflamação da mucosa nasal decorre da ação de mediadores inflamatórios liberados durante a reação de hipersensibilidade tipo I entre alérgenos e anticorpos IgE a eles específicos e se acompanha por sintomas característicos: espirros, prurido nasal, rinorreia e obstrução nasal
RINITE ALÉRGICA
EPIDEMIOLOGIA
Estudo epidemiológico realizado em escolas de diferentes municípios no Brasil documentou prevalência média de 12,8% em crianças de 6 a 7 anos e 18% entre adolescentes (13 a 14 anos)
RESUMO: mais em adolescentes 13 e 14 anos e em crianças de 6 a 7
lactentes mais rinite infecciosa por contato com crianças em creche e irmão mais velhos
RINITE
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é basicamente clínico e implica presença de sintomas cardinais: espirros em salva, prurido nasal intenso, coriza clara e abundante e obstrução nasal, além da identificação do possível alérgeno desencadeante por meio de teste cutâneo de hipersensibilidade imediata ou dosagem sérica de IgE específica
RINITE - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
o que é a saudação alérgica?
prurido nasal pode induzir ao hábito de fricção frequente do nariz com a palma da mão, gesto conhecido como “saudação alérgica
RINITE - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
cite algumas manifestações
A maior friabilidade da mucosa nasal, episódios de espirros e o ato de assoar o nariz vigorosamente predispõem a criança a apresentar epistaxe recorrente.
Alguns pacientes têm sintomas oculares (prurido ocular, hiperemia conjuntival, lacrimejamento, fotofobia e dor local) como predominantes, caracterizando possível rinoconjuntivite alérgica. Prurido no conduto auditivo externo, no palato e na faringe também podem ocorrer
A obstrução nasal, queixa frequente, pode ser intermitente ou persistente, bilateral ou unilateral, alternando com o ciclo nasal e, em geral, é mais acentuada à noite
A congestão nasal grave pode interferir com a aeração e a drenagem dos seios paranasais e da tuba auditiva, resultando em cefaleia ou otalgia, além de queixas de diminuição da acuidade auditiva.
Respiração oral, roncos, voz anasalada e alterações no olfato também podem estar presentes. Astenia, irritabilidade, diminuição da concentração, anorexia, náuseas e desconforto abdominal podem ocorrer, assim como tosse
RINITE - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
quais as características faciais típicas?
como olheiras, dupla linha de Dennie-Morgan e prega nasal horizontal (causada pelo frequente hábito de coçar o nariz com movimento para cima).
RINITE - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O exame das cavidades nasais é essencial, mostrando uma mucosa 3
conchas:
geralmente pálida, edemaciada e com abundante secreção clara ou mucoide. Em casos crônicos, observa-se hipertrofia importante das conchas inferiores
RA
Segundo a frequência de sintomas, a RA pode ser classificada em:
- Intermitente: (os sintomas ocorrem menos de 4 dias/semana ou até 4 semanas/ano)
- Persistente: (os sintomas duram mais de 4 dias/semana ou mais de 4 semanas/ano)
RA
De acordo com a intensidade:
- Leve: (sono normal, atividades normais em esporte, lazer, trabalho e escola e os sintomas não incomodam)
- Moderada/grave: (pelo menos um dos seguintes: sono comprometido, atividades comprometidas em esporte, lazer, trabalho e escola e os sintomas incomodam)
Assim, são caracterizados quatro fenótipos de RA: intermitente leve, intermitente moderada/grave, persistente leve e persistente moderada/grave
RA- FISIOPATOLOGIA
qual importância do nariz
quem faz a purificação do ar
quem faz o aquecimento do ar
o que é o ciclo nasal
O nariz e os pulmões estão anatômica e fisiologicamente
envolvidos no processo da respiração. O nariz retém as partí-culas sólidas, filtra, aquece e umidifica o ar inspirado através do contato do ar inalado com a mucosa nasal. Trata-se de uma importante barreira imunológica, por ser o primeiro órgão encontrado por microrganismos que penetram as vias aéreas. O ar inspirado pode conter uma série de impurezas que
podem ser danosas ao trato respiratório inferior. A purifica-ção do ar é realizada pelas vibrissas, pelo transporte muco-ciliar e pelo processo de respiração Quando o ar passa por umidificação e aquecimento, esse processo de aquecimento e umidificação ocorre por meio da ampla superfície de conta-to ar-mucosa, permitindo a rápida transferência de umidade da mucosa ao fluxo aéreo. O aquecimento do ar inspirado é realizado pela ampla rede de vascularização da mucosa nasal, que conduz calor ao fluxo aéreo nasal, possibilitando que o ar inspirado adquira a temperatura corporal ao atingir o trato respiratório inferior.
O turbilhonamento do fluxo aéreo nasal aumenta o contato entre o ar inspirado e a mucosa nasal, en-quanto o ciclo nasal é definido como congestão e descongestão que ocorrem por meio de predominância do sistema simpá-tico ou parassimpático nas fossas nasais de maneira alterna-da.
Na fossa nasal, com predomínio do simpático, ocorrem vasoconstrição local e, consequentemente, menor resistência nasal. Já na fossa nasal contralateral há o predomínio do sis-tema parassimpático, com vasodilatação local, aumentando a secreção mucosa, e maior congestão nasal, realizando uma função de “limpeza” desse lado. A duração média do ciclo é de 4 horas, variando de 2 a 7 horas. Condições patológicas no nariz, como a rinite alérgica, que
consiste na inflamação da mucosa de revestimento nasal, me-diada por IgE, após exposição a alérgenos, podem compro-meter essas funções, aumentando a exposição das vias aéreas inferiores aos alérgenos
Essas mudanças inflamatórias nasais podem determinar hiper-reatividade brônquica. O sistema mucociliar é um importante mecanismo capaz de regular as condições das vias aéreas, removendo partículas inaladas pre-sentes no nariz, na tuba de Eustáquio, nos seios paranasais, na árvore traqueobrônquica e na faringe
Na rinite alérgica e na sinusite, as secreções nasais contendo células e mediadores inflamatórios podem ser aspiradas, sendo responsáveis pelo envolvimento inflamatório das vias aéreas inferiores
RA- DIAGNÓSTICO
VER FLUXOGRAMA SBP
Como é feito?
Quando necessário, exames complementares auxiliam no esclarecimento de dois pontos principais:
Conforme citado anteriormente, a suspeita clínica para o diagnóstico da RA é frequentemente realizada apenas por anamnese e exame físico. Quando necessário, exames complementares auxiliam no esclarecimento de dois pontos principais: etiologia e anatomia nasal.
RA- DIAGNÓSTICO
como é feito a avaliação etiológica? 2
etiologia da RA pode ser identificada pelos testes cutâneos de hipersensibilidade imediata (in vivo) ou pela dosagem de IgE sérica específica (in vitro). → Ambos, quando positivos, indicam apenas a presença de sensibilização sistêmica, não sendo possível predeterminar a gravidade da doença nem mesmo afirmar se o paciente é, de fato, alérgico às substâncias testadas
importante ressaltar também que os fatores irritativos e não alérgicos, como exposição a poluentes, fumaça de cigarro, medicamentos, emoções e outros desencadeantes químicos e físicos, até o momento, não podem ser mensurados por exames laboratoriais
RA- DIAGNÓSTICO - avaliação etiológica
o que é o teste de provocação nasal? quando é realizado?
O teste de provocação nasal específico (TPNe) é o único teste que permite estabelecer relação direta entre a exposição aos alérgenos suspeitos e os sintomas clínicos do paciente (definição de alergia, e não apenas sensibilização).
É realizado para confirmação diagnóstica da RA quando há alguma discrepância entre a história clínica apresentada pelo paciente e os resultados obtidos pelos testes de sensibilização sistêmica in vivo ou in vitro
RA- DIAGNÓSTICO - avaliação etiológica - teste de provocação nasal
Nos últimos anos, os TPNe receberam maior aplicabilidade clínica, principalmente após a descrição da rinite alérgica local (RAL).
o que é?
Esta modalidade de rinite é clinicamente muito semelhante à RA tradicional, mas sem apresentar evidências de sensibilização alérgica pelos métodos tradicionalmente utilizados, sendo sua identificação feita pelo monitoramento das respostas locais após a realização do TPNe
RA- DIAGNÓSTICO - avaliação etiológica
quais outros exames podem ser utilizados?
Concentrações séricas de IgE total mais elevadas e presença de eosinófilos em maior número são indicadores inespecíficos de atopia e têm pouca sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de RA
Exames para avaliação de citologia nasal, biópsia nasal, exames bacteriológico/bacterioscópico e testes de avaliação do olfato também não têm relevância no diagnóstico da rinite
RA- DIAGNÓSTICO - avaliação da anatomia nasal
deve ser feita durante o exame físico, por rinoscopia anterior com espéculo nasal e luz frontal.
É parte importante da avaliação do paciente, uma vez que ajuda no diagnóstico diferencial de alguns distúrbios obstrutivos nasais já citados anteriormente.
Nos pacientes que não apresentam melhora ou que têm suspeita de outros diagnósticos associados à falta de resposta ao tratamento da rinite, como quadros tumorais benignos ou malignos e processos infecciosos ou inflamatórios, sugere-se prosseguir com a investigação ou referenciá-los aos especialistas para que o façam.
RA- DIAGNÓSTICO - avaliação da anatomia nasal
qual recomendação acerca de exames de imagem?
Assim, exames de imagem como radiografia simples de rinofaringe, tomografia computadorizada e ressonância magnética, e outros testes que auxiliam na avaliação da patência nasal e da porção posterior da cavidade nasal, como endoscopia nasal, rinomanometria, rinometria acústica e pico de fluxo inspiratório nasal, podem ser realizados para a exclusão de outros diagnósticos, mas não para a confirmação da RA
RA- TRATAMENTO- VER FLUXOGRAMA SBP
qual objetivo?
O tratamento da RA tem por objetivos controlar os sintomas e evitar as complicações decorrentes deles.
Assim, medidas não farmacológicas e farmacológicas são importantes para alcançá-los.