Cardio-Arritmias Flashcards
Descreva o percurso normal do estímulo elétrico cardíaco.
Nó sinusal → nó atrioventricular → feixe de HIS e ramos → fibras de Purkinje.
Nomeie.
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- Nó sinoatrial;
- Nó atrioventricular;
- Feixe de His;
- Ramo esquerdo;
- Fascículo posterior esquerdo;
- Fascículo anterior esquerdo;
- Ventrículo esquerdo;
- Septo ventricular;
- Ventrículo direito;
Nomeie.
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- Nó sinusal;
- Feixe de Bachmann;
- Feixe internodal anterior;
- Feixe internodal médio;
- Feixe internodal posterior;
- Nó atrioventricular;
- Feixe de His;
- Ramo direito (His);
- Ramo esquerdo (His);
- Fascículo anterior esquerdo;
- Fascículo posterior esquerdo;
- Fibras de Purkinje.
A estrutura responsável por iniciar o estímulo elétrico cardíaco é o…
nó sinusal.
Qual o “marcapasso natural do coração”?
Nodo sinusal.
Nó sinusal
Localização?
Ápice do átrio direito, entre a veia cava superior e a aurícula direita. (1)
Onde a passagem do estímulo elétrico cardíaco é lentificada? Porque essa lentificação é importante?
- Nó atrioventricular.
- É importante para evitar a contração simultânea dos átrios e ventrículos.
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Se a passagem do estímulo é excessivamente lentificada no nó atrioventricular, dá-se origem ao…
Bloqueio atrioventricular (BAV).
(gif: BAV de 3º grau)
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Qual a última estrutura do sistema de condução cardíaca, responsável pela despolarização dos ventrículos?
Fibras de Purkinje.
V ou F?
Todas as regiões do coração são capazes de gerar estímulos elétricos automaticamente.
Verdadeiro.
(predomina a região funcionante com maior frequência de disparos)
V ou F?
Quando o NSA perde a função de marcapasso do coração, surgem os ritmos juncionais/”idio”.
Verdadeiro.
Quais as ondas geradas pelo estímulo elétrico cardíaco?
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O que define ritmo sinusal?
Onda P positiva em DII antes de cada QRS.
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Síndrome do QT longo
Causas? (4)
- Congênito;
- Fármacos (macrolídeos, cloroquina, antipsicóticos, antiarrítmicos);
- Inseticida;
- “Hipos” (K, Mg, Ca).
Os _____ (hipos/hipers) K, Mg, Ca são causas de alargamento do intervalo QT.
Hipos.
(↓eletrólitos → ↑intervalo QT)
Síndrome do QT longo
Aumenta o risco de qual arritmia?
Torsades de pointes.
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Tratamento do torsades de pointes?
Sulfato de Mg + desfibrilação.
Tratamento do QT longo + BAVT?
Marca-passo.
Algoritmo diagnóstico para as taquiarritmias? (5)
Fui Comprar Prato Feito Largo e RI
- FC: Frequência Cardíaca → existe taquicardia?
- P: Existe onda P?
- F: Existe onda F de Flutter?
- Largo: QRS alargado ou estreito?
- RI: RR Regular ou Irregular?
Taquiarritmias
Ritmos de parada chocáveis?
Fui Ver TV e levei choque
- Fibrilação Ventricular (FV);
- Taquicardia Ventricular sem pulso (TV).
V ou F?
A Taquicardia Ventricular Sustentada (TVS) é mais grave que a não-sustentada, normalmente ocorrendo em portadores de cardiopatias estruturais.
Verdadeiro.
Taquicardia Ventricular Sustentada (TVS)
Duração > 30 segundos
OU
Com instabilidade hemodinâmica.
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Taquicardia Ventricular não sustentada (TVNS)
Duração < 30 s
E
Sem instabilidade hemodinâmica.
TV monomórfica x TSV com aberrância de condução
Como diferenciar?
Pelos critérios de Brugada. Que São:
DAMA
Dissociação AV?
Ausência RS nas precordiais?
Morfologia de TV em V1, V2 ou V6?
Alargado: RS > 0,1 s em uma precordial?
Holiday heart syndrome
Arritmia aguda reversível (normalmente FA) induzida por consumo alcoólico exagerado em indivídio não-cardiopata.
Fibrilação Atrial (FA)
Classificação cronológica? (4)
- Paroxística:
- Persistente: > 7 dias;
- Longa duração: > 1 ano;
- Permanente.
Fibrilação Atrial
Clínica? (3)
Assintomático ou…
- Palpitações;
- Dor precordial;
- Dispneia.
Fibrilação Atrial
Exame físico? (4)
- Variação da fonese de B1;
- Ausência da onda A no pulso jugular;
- Ausência de B4;
- Pulso irregular.
Fibrilação Atrial
Complicações?
- Hemodinâmica: ↑FC + perda da contração atrial;
- Tromboembólica: estase atrial.
Sinais de instabilidade nas arritmias? (4)
- Congestão pulmonar;
- Dor torácica;
- ↓PA;
- Síncope.
Fibrilação atrial
Conduta no paciente instável?
Cardioversão 120-200 J (choque sincronizado).
V ou F?
A reversão da FA não é obrigatória. Tende-se a reverter após o primeiro episódio, pacientes muito sintomáticos ou jovens.
Verdadeiro.
Diferença entre cardioversão e desfibrilação?
Cardioversão: choque sincronizado (C de “Cincronizado”) com o QRS, evitando complicações pelo “fenômeno R sobre T”;
Desfibrilação: choque Dessincronizado com o QRS, utilizado na PCR.
Fibrilação atrial
Conduta no paciente estável?
Controle da FC
↓
Anticoagulação
↓
Controle do ritmo (se necessário).
V ou F?
O controle de ritmo da FA é opcional pois não altera a mortalidade.
Verdadeiro.
Fibrilação atrial
Como controlar a frequência cardíaca? (3)
- Betabloqueador;
- BCC cardiosseletivos (verapamil/diltiazem);
- Digitais (somente se ICFER).
Fibrilação atrial
Como controlar o ritmo? (3)
- Choque;
- Amiodarona;
- Propafenona.
V ou F?
A amiodarona é pouco usada para controle de FC na FA pelo risco de reversão inadvertida do ritmo.
Verdadeiro.
(prejudicial na presença de trombo atrial)
Fibrilação atrial
Quando a reversão normalmente está indicada? (3)
- Idade < 65 anos;
- Primeiros episódios;
- Sintomáticos.
V ou F?
O ritmo cardíaco de um mesmo paciente pode oscilar entre FA e Flutter.
Verdadeiro.
“arritmias irmãs”
Fibrilação atrial
Prevenção de novos eventos após reversão? (4)
- Amiodarona (escolha na IC);
- Propafenona;
- Sotalol;
- Ablação por radiofrequência (se refratário).
Fibrilação atrial
Anticoagulantes de primeira linha?
“Novos anticoagulantes”
(ex.: rivaroxabana, apixabana)
Fibrilação atrial
Quem é alto risco para episódios tromboembólicos?
CHA2DS2VASc > 2 (♂ ) ou > 3 pontos (♀)
OU
“FA valvar” (EM moderada-grave ou prótese valvar)
Fibrilação atrial
Escore para risco embólico na FA não-valvar? (8)
CHA2DS2VASc
- Congestive (IC, IVE);
- HAS;
- A2ge (idade > 75) - 2 pontos;
- Diabetes;
- S2troke (AVE, AIT, embolia) - 2 pontos;
- Vascular disease;
- Age: 65-74 anos;
- Sexo feminino.
V ou F?
Mulheres nunca terão nota zero no escore CHA2DS2VASc.
Verdadeiro.
(sexo feminino pontua 1 ponto)
Fibrilação atrial
Conduta, se refratário?
Ablação por radiofrequência ou cirurgia:
- Ablação do nó AV + MP permanente;
- Ablação de foco extrassistólico;
- Cirurgia de Maze;
- Desfibrilador atrial implantável.
Qual a diferença entre ondas “f” e ondas “F”?
f (minúsculo): fibrilação atrial;
F (maiúsculo): flutter atrial.
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Flutter atrial
Mecanismo?
Foco único de macrorrentrada atrial.
(ablação mais fácil que na FA)
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V ou F?
O flutter atrial deve sempre ser revertido, diferentemente da FA que pode-se não reverter.
Verdadeiro.
(a reversão não reduz mortalidade na FA)
Flutter atrial
Conduta? (3)
Controlar FC
↓
Iniciar anticoagulação
↓
Reverter (sempre).
Flutter atrial
Como reverter o ritmo?
Cardioversão 50-100J (preferencial)
OU
Ibutilida (pouco disponível).
V ou F?
O flutter atrial é muito responsivo ao choque (cardioversão).
Verdadeiro.
(por isso é o método preferido para reversão, e feito com baixa voltagem - 50J)
Taquicardia supraventricular (TSV)
Tipos?
- Reentrada nodal (70%): mulher jovem;
- Reentrada por via acessória (30%): criança / Wolff-Parkinson-White.
TSV paroxística por reentrada nodal
ECG?
- Onda P retrógrada (P’) próxima ao QRS (RP’ < 70 ms);
- Pseudo-S (D2, D3, aVF) e pseudo-R’ (V1).
(reentrada: via alfa e beta)
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TSV paroxística por reentrada nodal
Conduta?
- Instável: cardioversão elétrica;
- Estável: manobra vagal / adenosina / verapamil;
- Terapia definitiva: ablação.
TSV paroxística por reentrada na via acessória
ECG?
P’ se afasta do QRS (RP’ ≥ 70 ms)…
- Ortodrômica: sentido anti-horário (QRS estreito);
- Antidrômica: sentido horário (QRS alargado).
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TSV paroxística por reentrada na via acessória
Epônimo? Como estará o ECG?
- Síndrome de Wolff-Parkinson-White.
- PR curto, onda delta, QRS largo.
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V ou F?
A presença da via acessória caracteriza a síndrome de Wolff-Parkinson-White.
Falso
A presença da via acessória associada a taquiarritmia caracteriza a síndrome de Wolff-Parkinson-White.
(via acessória isolada não caracteriza a síndrome)
TSV
Tratamento, se instável?
Cardioversão (50-100J).
TSV
Primeiro tratamento, se estável?
Manobra vagal.
(ex.: valsalva, compressão de seio carotídeo, bolsa gelada em face)
TSV
Conduta se não responder à manobra vagal?
Adenosina, IV, 6 mg em bolus.
(repetir uma vez com 12 mg, se necessário)
TV monomórfica sustentada (TVMS)
Causas? (3)
- Pós-IAM (fase tardia);
- Intoxicação por cocaína;
- Displasia do VD (onda épsilon).
TV monomórfica sustentada (TVMS)
Tratamento agudo?
- Instável: cardioversão elétrica com 100J;
- Estável: procainamida, amiodarona, sotalol. Se intoxicação por cocaína, usa-se bicarbonato de sódio.
TV monomórfica sustentada (TVMS)
Quando indicar CDI?
Instabilidade hemodinâmica
OU
FE < 30-40%.
O Torsades de Pointes ocorre somente em portadores de…
QT longo.
Torsades de Pointes (TV polimórfica)
Condições associadas? (6)
Congênitas ou adquiridas:
- ↓K+;
- ↓Mg2+;
- Tricíclicos;
- Cocaína;
- Farmacológica: haloperidol, sotalol, quinidina;
- Bradiarritmias malignas.
Torsades De Pointes (TV polimórfica)
Tratamento?
- Sulfato de Magnésio (estabilizar membrana. “arritmia diferente”);
- Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos;
- Marca-passo e isoproterenol (se bradicardia).
Síndrome de Brugada
Fisiopatologia? Epidemiologia?
- Alterações nos canais de sódio.
- Jovem asiático com PCR.
Principais causas de morte súbita em < 30 anos? Em > 30 anos?
< 30 anos: Cardiomiopatia hipertrófica.
> 30 anos: Doença arterial coronariana.
Principais causas de morte súbita em atletas? (3)
Cardiomiopatia hipertrófica;
Commotio cordis;
Síndromes arritmogênicas (QT longo, brugada, WPW, displasia de VD).
Arritmia típica do DPOC?
Taquicardia atrial multifocal.
A atropina é efetiva somente nas bradiarritmias _____ (supra/infra)hissianas.
Supra (benignas).
(somentes os átrios têm inervação parassimpática/vagal, permitindo a ação da atropina)
Bradiarritmias
Tipos de escape? (3)
- Atrial (ritmo idioatrial);
- Juncional (ritmo idiojuncional);
- Ventricular (ritmo idioventricular).
Bradiarritmias
ECG do ritmo idioatrial? (4)
- FC 40-60 bpm;
- Onda P com morfologia diferente da P sinusal;
- QRS estreito;
- Benigno.
Bradiarritmias
Tratamento dos ritmos idioatrial e idiojuncional?
Se sintomático → atropina.
(idioventricular não responde à atropina)
V ou F?
A bradicardia atrial multifocal (marca-passo migratório), geralmente apresenta um ECG com 3 ou mais morfologias de onda P e um QRS alargado.
Falso
A bradicardia atrial multifocal (marca-passo migratório), geralmente apresenta um ECG com 3 ou mais morfologias de onda P e um QRS estreito.