Bradiarritmias Flashcards
Qual a característica da bradicardia atrial?
Tem onda P, mas com orientação diferente (negativa em D2)
Qual a característica da bradicardia ou “escape” juncional?
Sem onda P precedendo o QRS
O que é a síndrome de Stoke Adams?
Síncope relacionada com arritmia, geralmente bradiarritmia por baixo DC
Súbito
Como diferenciar disf do nó sinusal x doença do nó sinusal?
Presença de sintomas!
Doença: Bradicardia + sintomas
Disf: apenas bradicardia
Quais as possíveis etiologias da doença do nó sinusal?
Fisiológica (atletas, mas não costuma ter sintomas) Degenerativo (idade, mais comum) Hipotireoidismo Drogas bradicardizantes Hipotermia DHE (K e Ca) HIC - Tríade de Cushing
Mulher, 73 anos de idade, com hipercolesterolemia, apresentou síncope de duração de 5 minutos em domicílio. Filha nega o uso de medicações, exceto sinvastatina e colírio para glaucoma. Esteve no cardiologista há 3 meses, que não recomendou novas medidas. Foi trazida ao PA onde se apresenta confusa, com pulso radial de 36 bpm, com pausas à inspiração. TA: 120 x 60 mmHg, FR: 20 ipm. Mucosas coradas, sem sinais neurológicos de localização ou de irritação meníngea. Pulmões limpos. Ausculta cardíaca mostra bulhas arrítmicas à custa de pausas, que duram até 30 segundos, além de sopro sistólico suave em foco aórtico. O ECG dessa paciente revela presença de onda P em D2, com intervalo PR de 0,13 segundos, períodos de pausa não precedidos de onda P, não múltiplos do intervalo RR, com duração de até 50 segundos e QRS com morfologia normal e eixo de 30 graus. Esses achados são compatíveis com:
Bradicardia sinusal com parada sinusal - ritmo sinusal (onda P em D2), intervalo PR normal (entre 0,12 e 0,20 seg), QRS de morfologia normal e sem desvio do eixo (normal entre -30 e +90 graus), além de períodos de pausas não precedidas de onda P (o que indica não se tratar de um bloqueio AV) e não múltiplas do intervalo RR (o que indica não se tratar de um bloqueio sinoatrial tipo 2)
Os sintomas mais comuns dos portadores de doença do nó sinusal são tonturas, vertigens, pré-síncope, síncope, palpitações, intolerância ao exercício e fadiga, geralmente intermitentes. V ou F?
Verdadeiro
Qual o achado do BAV de 1º grau?
Aumento do intervalo PR > 200ms
Mantém proporção 1:1 (tem uma onda P para cada QRS)
Qual a característica do BAV de 2º grau MOBITZ I?
Aumento progressivo do intervalo PR até não condução de um QRS (bloqueio) - fenômeno de Wenchebach
Tem PR longo e PR curto
Qual a característica do BAV de 2º grau MOBITZ II?
Intervalo PR fixo + onda P com não condução de um QRS
Infra-nodal
Qual a característica do BAVT?
Dissociação da frequência dos átrios e ventrículos
Intervalo PP e intervalo RR são REGULARES
*Estímulos supraventriculares são todos bloqueados
Quais as possíveis etiologias do bloqueio atrioventricular?
Drogas (beta-bloq, antiarrítmicos) DHE (K e Ca) Dça de Chagas Hipotireoidismo Doença de Lyme - lesão em alvo (carrapato)
Qual doença está relacionada com o BAVT congênito?
Lúpus neonatal (anti-Ro e anti-LA)
Os BAVTs podem ser assintomáticos. Com frequência, o BAVT congênito só causa repercussão clínica na adolescência ou no adulto jovem. V ou F?
Verdadeiro
Um estudante de 23 anos de férias é avaliado no pronto-socorro por quadro de tontura que teve início há 3 dias. Ele relata um rash na perna direita que parecia um alvo há dias atrás, sem outras comorbidades. O exame físico revela bradicardia com 40 bpm e pressão sanguínea de 88/42 mmHg; a saturação de oxigênio está normal. Não há outros comemorativos no exame, a não ser por uma lesão em alvo na sua coxa direita. O ECG apresenta um bloqueio AV de 3º grau. Qual exame tem maior chance de elucidar o diagnóstico?
Doença de Lyme - ELISA para a bactéria Borrelia burgdorferi.
Quais os principais diagnósticos diferenciais na síncope?
Arritmia
Epilepsia (pós ictal)
AVC (sinal focal)
Hipoglicemia
Qual a síncope mais comum?
Vasovagal
A síndrome do seio carotídeo é mais comum em qual grupo?
Homens idosos
Quais grupos tem maior chance de apresentar síncope por hipotensão ortostática?
Disautonomia: DM, amiloidose, Parkinson, hipovolemia
Qual a classificação da síncope?
1) REFLEXA - vasovagal; situacional; seio carotídeo
2) HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA
3) CARDÍACA
Qual a característica principal da síncope cardíaca?
“Desliga-liga” -> sem pródromos, paciente cai subitamente e se machuca
Quais são os achados de alto risco para síncope cardíaca?
Síncope em posição supina/sentado Dor ou palpitações No exercício Dça cardíaca prévia (DAC e IC) Morte súbita na família Exame alterado (sopros) ECG alterado
Qual o exame solicitado na investigação para o paciente classificado com síncope de baixo risco?
Tilt test - identificar síncope reflexa
Qual a conduta no pcte com síncope de alto risco?
Internar
Investigar com holter, eco, ECG
Todos os pacientes com síncope devem ser submetidos a qual exame?
ECG
Qual o tratamento da síncope reflexa?
MEDIDAS COMPORTAMENTAIS! -> evitar desencadeantes, manobras de contra-pressão (agachar, apertar as mãos), hidratação
Qual a droga usada no tratamento da síncope reflexa refratária?
Fludrocortisona - aumenta absorção de Na e H2O e a PA não cai tanto
Mulher, 17 anos de idade, sem antecedentes mórbidos, é trazida ao ambulatório com história de desmaios desde os 12 anos de idade. Já foram seis episódios nos últimos três meses; sempre desmaia em pé, em situação de estresse e ao doar sangue. Tem exame físico normal. Qual seria o exame de escolha para essa paciente?
Tilt test - jovem, síncope situacional
Quais são os critérios de instabilidade hemodinâmica (bradicardia instável)?
5 D's: Dispneia Dor torácica anginosa Desmaio Diminuição da PA (90x60) Diminuição do nível de consciência
Qual a conduta na bradicardia instável?
MOV + ECG
1º Atropina 0,5mg. Dose max 3mg
2º Cronotrópicos: Adrenalina 2-10mcg/min ou Dopamina 2-20 mcg/kg/min
2º MPTC
Qual a principal ação da atropina?
Inibe o parassimpático
Quais os cuidados relacionados ao MPTC?
Colocação das pás -> analgesia -> ajustar FC -> captura elétrica (espícula gerando QRS) -> captura mecânica (compara com pulso femoral) -> aumenta 20-30% para maior segurança -> MPTV depois
Qual a conduta na bradicardia estável?
Suspender droga cronotrópica negativa
Pensar em hipotireoidismo, hiperK, hipotermia
Paciente com bradicardia e visão amarelada (xantopsia). Qual a suspeita e conduta?
Intoxicação por digitálicos. Investigar hipocalemia (muito associada) e repor K
Qual o tto da bradicardia no IAM inferior e no IAM anterior?
IAM inferior = reflexo parassimpático = Atropina
IAM anterior = necrose = MPTC ou MPTV
Qual o tto definitivo nos BAV avançados estáveis (BAV 2º Mobitz II e BAVT)?
MP definitivo
Homem, 73a, procura atendimento médico referindo visão amarelada, anorexia e náuseas. Antecedentes pessoais: Insuficiência cardíaca, em uso de enalapril, carvedilol, furosemida e digoxina. A ALTERAÇÃO ELETROLÍTICA QUE CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO DESTE QUADRO É:
Hipocalemia
Nos pacientes com IAM de parede inferior, que apresentam supradesnível de ST nas primeiras horas e evolução após controle da dor torácica, que evoluam com bradicardia sinusal (47 bpm), discreta hipotensão (90 x 60 mmHg) e jugulares túrgidas, constam como medidas precoces na abordagem:
Expansão volêmica cuidadosa, atropina e ecocardiograma.
Bradicardia e hipotensão, que podem ser atribuidos provavelmente ao reflexo de Bezold Jarisch, o que nos dá a dica sobre provável envolvimento do VD
Quais as bradiarritmias que apresentam melhor resposta à atropina?
BAV de 1º grau e 2º grau Mobitz I
Qual droga pode ser utilizada nos casos de intoxicação por betabloqueadores?
Glucagon
Quais os achados mais comuns do ECG na hipotermia?
Bradicardia e onda O de Osborn (elevação do ponto J)
Homem, 18a, refere que percebe seu coração “bater mais rápido quando enche o peito de ar e quando solta o ar fica mais devagar. Qual a principal hipótese diagnóstica?
Arritmia sinusal respiratória