AVCh Flashcards
Conceitos gerais da hemorragia intraparenquimatosa:
- Subtipo mais frequente
- Letalidade - pode chegar a 50%
- 1/5 apenas recuperam independência funcional em 6 meses
Fisiopatologia da hemorragia intraparenquimatosa:
- Hipertensão crônica –> lesão endotelial
- Lesão: aneurisma de Charcot-Bouchard
- Rotura do aneurisma –> hemorragia intraparenquimatosa
- Outras causas: intoxicação por cocaína, sangramento tumoral
O que mata o paciente na hemorragia intraparenquimatosa?
- Não é o sangramento que mata
* Mortal: herniação por conta do aumento da PIC –> HIC
Quadro clínico da hemorragia intraparenquimatosa:
- Cefaleia intensa - tem uma progressão
- Rebaixamento do nível de consciência
- Déficit neurológico focal - depende da localização
Diagnóstico da hemorragia intraparenquimatosa:
- TC de crânio sem contraste - exame de escolha
- Buscar: região hiperdensa (sangue) circundado de uma área hipodenso (edema vasogênico)
- Edema vasogênico - polpa o córtex - permeia a célula e não entra na células como o citotóxico
- Observar desvio da linha média
Manejo inicial - hemorragia intraparenquimatosa e hemorragia subaracnoide
• MOV:
o Monitorização cardíaca e PA (preferência de monitorização invasiva)
o Acesso venoso periférico
o Oxigênio (se SatO2< 94%)
• Protocolo inicial
o Glicemia capilar
o Coleta de exames: hemograma, TP, TTPa, ureia e creatinina, eletrólitos, ECG
o TC de crânio sem contraste
Controle da HIC na hemorragia intraparenquimatosa
- Monitorização da HIC
- Hiperventilação (PaCO2 ente 25 a 30 mmHg)
• Manitol:
o Ataque: 1g/kg
o Mantem: 0,25-0,5g/kg de 6/6h
- Manitol e não deu certo –> induzir coma barbitúrico
- Cabeceira elevada
Objetivos primários do tratamento
- PIC < 20 cmH2O
- PPC > 60-70 mmHg
Para isso: • Controle da HIC • Controle da PA • Controle da hemostasia • Drenagem neurocirúrgica
Controle da PA na hemorragia intraparenquimatosa
- Tratar se: 180x105 mmHg
- Opções: nitroprussiato de sódio e labetalol
- Objetivo: leve hipertensão (160x100 com PAM de 130) - manter a PPC
Controle da glicemia na hemorragia intraparenquimatosa
- Hipoglicemia (< 60 mg/dL): deixar paciente euglicêmico - menos tolerável - por si só é deletéria
- Hiperglicemia (> 180 mg/dL): correção com insulina e manter ente 140-180 mg/dL
Controle da hemostasia na hemorragia intraparenquimatosa
- Warfarina –> vitamina K e plasma fresco
- Heparina –> sulfato de protamina
- NOACs –> esperar o efeito passar
- Plaquetopenia –> transfusão de plaquetas
Quando é feita a drenagem neurocirúrgica?
- Hematoma cerebelar > 3 cm
- Hematoma cerebelar ente 1-3 cm + repercussões neurológicas
- Hematoma lobar ou putaminal volumoso + extensão para periferia + repercussão clínica
Conceitos gerais da hemorragia subaracnoide:
- Rotura de aneurisma sacular congênito ou MAV
- Localização principal: polígono de Willis - sobretudo a. comunicante anterior
- Sangue em contato meníngeo –> meningite química
Quadro clínica da hemorragia subaracnoide:
Tríade inicial:
• Cefaleia holocraniana - inicia muito intensa
• Rigidez nucal
• Síncope
IMPORTANTE: déficit neurológico pode não estar presente no primeiro momento - costuma decorrer das complicações:
• Ressangramento
• Vasoespasmo - principal complicação responsável pelo déficit neurológico e sequelas - 3º ao 14º dia
• Hidrocefalia
• Hiponatremia
Diagnóstico da hemorragia subaracnoide:
- Exame principal: TC de crânio sem contraste
- Achados: sangue (hiperdenso) aparece nas fissuras e região de liquor
- Ajuda a avaliar o risco de vasoespasmos (escala de FISHER)
- Exame de liquor: suspeita clínica muito forte e TC normal