ABCDE Flashcards
Diferença entre múltiplas vítimas x vítimas em massa?
• Múltiplas vítimas:
o Nº de pacientes < capacidade da instalação de prestar atendimento
o Pacientes: ferido em múltiplos sistemas e risco de vida – tratados primeiros
• Vítimas em massa:
o Nº de pacientes > capacidade da instalação de prestar atendimento
o Pacientes: maior chance de sobreviver e que exige menor gasto de tempo e recursos – tratados primeiros
Cuidados iniciais do A:
- Inspeção de corpo estranho - usar pinça
- Identificar fraturas na face, traque e/ou laringe e outros danos que obstrua via aérea
- Aspiração - limpar sangue e secreções acumuladas
- Restringir movimento cervical
Cuidados iniciais do B:
- Principal sinal objetivo de má ventilação: baixa SatO2
- Exame físico do tórax
- Realizar técnicas de manutenção das vias aéreas (jaw thrust e chin lift)
- Avaliar necessidade de ofertar ventilação suplementar
Utilidade do mnemônico LEMON?
• Avaliar dificuldade de IOT em situações eletivas
L - Look Externally E - Evaluate 3-3-2 M - Mallampati O - Obstruction N - Neck Mobility
Dispositivos de via aérea básica e via aérea avançada?
- Básica: via aérea orofaríngea (Guedel); via aérea nasofaríngea
- Avançada: máscara laríngea, tubo laríngeo, tubo esofágico-traqueal (combitube), tubo orotraqueal (IOT)
Conceito de via aérea definitiva:
- Tubo colocado na traqueia que tenha o balonete insuflado abaixo das pregas vocais
- Tubo conectado à ventilação enriquecida de oxigênio
- Via aérea deve ser fixada – método de estabilização adequado
Representantes: tubo orotraqueal, tubo nasotraqueal e a via aérea cirúrgica
Indicação de via aérea definitiva:
- GSC ≤ 8
- Incapacidade de manter a via aérea por outros meios
- Comprometimento iminente ou potencial de via aérea (fratura facial, lesão por inalação)
- Proteção de via aérea inferior de aspiração
- Presença de apneia ou incapacidade de suplementar O2 com máscara facial
Passos da sequência rápida de intubação:
- Preparação
- Pré-oxigenação
- Otimização da pré-intubação
- Posicionamento
- Indução de hipnose e paralisia
- Passagem e posicionamento do tubo
- Pós-intubação
Características da via aérea cirúrgica:
- Indicação: incapacidade de IOT - edema de glote e fratura de laringe
- Tipos: cricotireoidostomia (punção e cirúrgica) e traqueostomia
- Cricotireoidotomia: preferível em relação à traqueostomia – mais fácil, requer menos tempo e associada a menos sangramento
Reconhecimento do choque:
- Manifestações iniciais: taquicardia e vasoconstrição cutânea (pele fria)
- Inicialmente não utilizar a PAS - alteração tardia - mecanismos compensatórios
- Outros parâmetros importantes: pulso, pressão de pulso, perfusão da pele e débito urinário
- Parâmetros laboratoriais: hemograma - baixo Ht e Hb
Características do choque hemorrágico:
- Choque mais comum
- Objetivo: identificar e conter a hemorragia
- Principais fontes: tórax, abdome, extremidades
Tipos de choque não hemorrágico
- Choque cardiogênico
- Choque neurogênico
- Choque séptico
- Tamponamento cardíaco
- Pneumotórax hipertensivo
Classificação da hemorragia
• Importância: estimar perda sanguíneas e estipular os cuidados necessários
• Hemorragia Classe I (<15%) - doou 1 bolsa de sangue
Achados: taquicardia mínima
Conduta: não requer reposição
• Hemorragia Classe II (15 a 30%) - hemorragia não complicada
Achados CV: taquicardia e menor PP
Outros achados: medo, ansiedade e hostilidade
Conduta: estabilização com cristaloide
• Hemorragia Classe III (31 a 40%) - estado hemorrágico complicado
Achados CV: taquicardia, taquipneia, sinais clássicos de hipoperfusão e queda da PAS
Outros achados: alteração do estado mental e menor débito urinário
Conduta: interromper hemorragia (operação de emergência ou embolização) + hemoderivados
Hemorragia Classe IV (>40%) - evento pré-terminal
Todos os achados falados - só que piorado
Débito urinário: insignificante
Conduta: rápida transfusão (hemoderivados) e intervenção cirúrgica imediata
Características do acesso vascular e fluidoterapia inicial:
Acesso vascular:
• 2 acessos venosos periféricos (antebraço e veias antecubitais) - calibroso
• Ao estabelecer acesso - coletar sangue para exames
• Utilizar: aquecedores de líquidos (prevenir hipotermia)
Fluidoterapia inicial:
• Bolus de 1L de cristaloide (adulto)
• Pediátrico (< 40 kg): 20 mL/kg
• Avaliar resposta: rápida, transitória, mínima/inexistente
• Cuidado - não administrar excesso de cristaloide - aumento demais da PA propicia sangramento
Avaliação de resposta à fluidoterapia inicial:
• Rápida:
Melhora sustentada dos sintomas de choque
Geralmente - classe I
Diminui a velocidade do fluido
Não necessita de hemoderivados
Consulta e avaliação cirúrgica é necessária
• Transitória:
Responde ao bolus inicial - piora ao reduzir a velocidade para taxas de manutenção
Indica: perda contínua de sangue e/ou ressuscitação inadequada
Geralmente: classe II e III
Hemoderivados + controle da cirúrgico da hemorragia
• Mínima ou ausente:
Sempre considerar: choque não hemorrágico
Geralmente: classe IV
Hemoderivados + intervenção cirúrgica imediata