AVALIAÇÃO E MEDICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA Flashcards
Qual é o objetivo da avaliação pré-operatória?
Reunir informações para a formulação do plano anestésico, avaliar o risco de complicações perioperatórias, implementar estratégias de redução de riscos e solicitar exames ou consultas indicados.
A avaliação pré-operatória é crucial para a segurança do paciente e a eficácia do procedimento cirúrgico.
Quais são os componentes essenciais de uma avaliação pré-operatória completa?
Histórico médico e anestésico, revisão dos medicamentos, determinação da capacidade funcional, exame físico e análise de exames de diagnóstico prévios.
O exame físico inclui avaliação das vias aéreas, sinais vitais e sistemas cardiovascular, pulmonar e neurológico.
Como o anestesiologista classifica o estado físico do paciente?
Classificação de Estado Físico da American Society of Anesthesiologists (ASA) varia de ASA 1 a ASA 6, onde ASA 1 é saudável e ASA 6 é para doadores de órgãos com morte cerebral.
A classificação ASA ajuda a prever riscos anestésicos e cirúrgicos.
Como se determina o estado funcional do paciente?
Pela avaliação da capacidade funcional medida em equivalentes metabólicos da tarefa (METs).
Um MET é equivalente ao consumo de 3,5 ml de O2/min por quilograma.
Por que é importante avaliar o estado funcional do paciente?
Prevê desfechos e complicações perioperatórias, orienta a necessidade de avaliação mais aprofundada.
A capacidade de atingir um nível de atividade moderado (MET ≥ 4) prevê baixo risco de complicações.
Quanto oxigênio é consumido na realização de uma atividade correspondente a um equivalente metabólico da tarefa (MET)?
3,5 ml de O2/min por quilograma de peso do paciente.
O consumo de oxigênio é uma medida importante de capacidade funcional durante a avaliação pré-operatória.
Por que a avaliação das vias aéreas é importante?
Permite a mobilização dos equipamentos e profissionais qualificados necessários para o manejo das vias aéreas.
Isso é crucial para evitar complicações durante a anestesia.
Quais são os componentes do exame das vias aéreas?
Condição dos dentes, capacidade de mover os incisivos, tamanho da língua, visibilidade da úvula, complacência do espaço mandibular, presença de pelos faciais, distância tireomentoniana, características do pescoço.
A classificação de Mallampati é utilizada para avaliar a visibilidade das estruturas orais.
Os exames de “triagem” pré-operatórios são indicados para todos os pacientes?
Nunca são indicados. Exames de triagem sem indicações clínicas raramente resultam em mudanças no manejo do paciente.
Isso pode levar a custos desnecessários e não melhorar a segurança do paciente.
Quando os exames pré-operatórios devem ser solicitados?
Para avaliar condições médicas existentes ou diagnosticar doenças com base em fatores de risco clínicos.
Devem afetar a decisão de prosseguir com o procedimento ou alterar os planos de cuidados.
Todos os pacientes de certa idade devem realizar um eletrocardiograma (ECG) pré-operatório?
Não. A idade não é uma indicação para um ECG pré-operatório.
Anormalidades no ECG não preveem eventos adversos em idosos.
Quais são as recomendações para a obtenção de um ECG pré-operatório?
Indicado para avaliação de anormalidades eletrolíticas, arritmias, condições cardíacas ativas, hipertensão pulmonar ou uso de digoxina.
O ECG não é indicado para cirurgias de baixo risco.
Qual a eficácia dos achados do ECG na antecipação de um evento cardíaco adverso maior (ECAM)?
Não demonstraram prever ECAM além dos fatores de risco clínicos.
Isso limita a utilidade do ECG na avaliação pré-operatória.
Todas as mulheres em idade fértil necessitam de um exame de β-gonadotrofina coriônica humana (β-hCG) antes da cirurgia?
Devem ser oferecidos testes de gravidez, mas algumas unidades permitem que as mulheres recusem.
A prática varia entre instituições.
Por que os exames pré-operatórios podem ser úteis na avaliação de pacientes com condições comórbidas graves?
Para estabelecer diagnóstico, prever riscos ou orientar terapia antes da cirurgia de risco alto ou intermediário.
Isso ajuda a melhorar a segurança do procedimento cirúrgico.
Quais condições comórbidas do paciente que será submetido a procedimentos de risco alto ou intermediário podem tornar útil um exame pré-operatório dos níveis de albumina?
Anasarca, doença hepática, desnutrição, má absorção.
A albumina é um marcador importante da saúde nutricional e hepática.
Quais condições comórbidas do paciente que será submetido a procedimentos de risco alto ou intermediário podem tornar útil um hemograma completo pré-operatório com contagem de plaquetas?
Histórico de abuso de álcool, anemia, dispneia, doença hepática ou renal, malignidade, desnutrição, histórico de hemorragia, baixa tolerância ao exercício.
O hemograma ajuda a avaliar a capacidade de coagulação e a saúde geral do paciente.
Quais condições comórbidas do paciente que será submetido a procedimentos de risco alto ou intermediário podem tornar útil um exame pré-operatório dos níveis de creatinina?
Doença renal ou fatores de risco para doença renal.
A creatinina é um indicador da função renal.
Quais condições comórbidas do paciente que será submetido a procedimentos de risco alto ou intermediário podem tornar útil a realização de uma radiografia pré-operatória de tórax?
Sintoma pulmonar ativo, achados físicos anormais, insuficiência cardíaca descompensada, malignidade no tórax.
A radiografia ajuda a avaliar a condição pulmonar antes da anestesia.
Quais condições comórbidas do paciente que será submetido a procedimentos de risco alto ou intermediário podem tornar útil um ECG pré-operatório?
Histórico de abuso de álcool, condição cardíaca ativa, arritmia, apneia obstrutiva do sono, hipertensão pulmonar, obesidade grave.
O ECG é fundamental para a avaliação do risco cardiovascular.
Quais condições comórbidas do paciente que será submetido a procedimentos de risco alto ou intermediário podem tornar útil um teste de eletrólitos pré-operatório?
Histórico de abuso de álcool, doenças cardiovasculares, hepáticas, renais, diabetes, desnutrição.
O equilíbrio eletrolítico é crucial para a função cardíaca e renal.
Quais condições comórbidas do paciente que será submetido a procedimentos de risco alto ou intermediário podem tornar útil um exame pré-operatório da glicemia?
Diabetes, severamente obeso, uso de esteroides.
O controle da glicemia é essencial para prevenir complicações perioperatórias.
Quais condições comórbidas do paciente que será submetido a procedimentos de risco alto ou intermediário podem tornar útil um teste de função hepática (TFH) pré-operatório?
Histórico de abuso de álcool, doença hepática, exposição à hepatite.
A função hepática deve ser avaliada para prevenir complicações relacionadas à anestesia.
Quais condições comórbidas do paciente que será submetido a procedimentos de risco alto ou intermediário podem tornar útil uma contagem pré-operatória de plaquetas?
Histórico de abuso de álcool, doença hepática, distúrbios hemorrágicos, quimioterapia recente.
A contagem de plaquetas é vital para avaliar o risco de sangramento durante a cirurgia.