Aula 8: Semiologia Neurológica : Tonturas Flashcards
Como o paciente pode interpretar tontura e quais são os tipos mais comuns?
O paciente pode interpretar tontura como vertigem (ilusão de movimento), lipotímia (pré-síncope) ou desequilíbrio. Os tipos mais comuns incluem vertigem, lipotímia e desequilíbrio.
Quais são as possíveis causas de vertigem e como elas podem ser classificadas?
As causas de vertigem podem ser central (no tronco cerebral) ou periférica (afetando estruturas labirínticas e nervo vestibulococlear).
O que é a vertigem paroxística posicional benigna (VPPB) e como ela é caracterizada?
A VPPB é uma causa periférica de vertigem caracterizada por episódios paroxísticos de vertigem rotatória, desencadeados por mudanças de posição da cabeça.
Qual é a patogênese da VPPB e como é realizado o diagnóstico?
A VPPB ocorre devido ao deslocamento das otocônias para o canal semicircular posterior, sendo diagnosticada pela manobra de Dix-Hallpike.
Quais são as manobras terapêuticas utilizadas no tratamento da VPPB?
As manobras de Epley e de Semont são utilizadas no tratamento da VPPB para reposicionar as otocônias.
Quais são as características da labirintite e neuronite vestibular?
Ambas causam tontura severa e são ocasionadas por desordem inflamatória do nervo vestibulococlear ou labirinto, com sintomas como nistágmo, náusea e instabilidade postural.
O que caracteriza a doença de Ménière e como é feito o diagnóstico diferencial com migrânea vestibular?
A doença de Ménière é caracterizada por ataques vertiginosos recorrentes, perda auditiva progressiva, vertigem episódica intensa e tinnitus. O diagnóstico diferencial com migrânea vestibular considera o comprometimento vascular e os sintomas vestibulares.
Quais são as características da vertigem central e como é realizado o diagnóstico diferencial?
A vertigem central é caracterizada por vertigem contínua, nistágmo espontâneo e pode estar associada a outros sintomas neurológicos. O diagnóstico diferencial é feito com base no teste HINTS.
Como é utilizado o teste HINTS no diagnóstico da vertigem central?
O teste HINTS envolve a avaliação do head impulse, nistágmo e teste do Skew para diferenciar lesões centrais de lesões periféricas.
Quais são as principais etiologias associadas à vertigem central?
As principais etiologias incluem doença arterial vertebrobasilar, esclerose múltipla, romboencefalite e tumores.
Quais são as características do teste de Head Impulse e como ele é interpretado?
O teste de Head Impulse envolve movimentos rápidos da cabeça do paciente enquanto ele olha para o nariz. Se os olhos permanecerem fixos no nariz após a movimentação, sugere uma lesão central; se os olhos acompanharem o movimento e depois retornarem ao nariz, sugere uma lesão periférica.
Como é interpretado o nistágmo no contexto do teste HINTS para diferenciação entre lesões central e periférica?
O nistágmo multidirecional sugere uma lesão central, enquanto o nistágmo unidirecional sugere uma lesão periférica.
O que é o teste do Skew e como ele é realizado na avaliação da vertigem?
O teste do Skew envolve a oclusão alternada dos olhos do paciente enquanto ele olha para o nariz. Um desvio vertical dos olhos pode sugerir uma lesão central, especialmente no tronco cerebral.
Quais são os principais sinais clínicos que sugerem uma vertigem periférica em contraste com a vertigem central?
Os principais sinais de vertigem periférica incluem a presença de nistágmo unidirecional, episódios curtos e autolimitados de vertigem rotatória, enquanto a vertigem central pode ser caracterizada por nistágmo multidirecional, vertigem contínua e outros sintomas neurológicos associados.
Como é a abordagem terapêutica para pacientes com vertigem periférica e central?
A vertigem periférica pode ser tratada com manobras de reposicionamento, medicamentos vestibulares e reabilitação vestibular, enquanto a vertigem central requer investigação e tratamento da causa subjacente, que pode incluir terapias específicas para doenças neurológicas.
Quais são as recomendações para pacientes com vertigem recorrente ou persistente?
Recomenda-se uma avaliação completa para identificar a causa subjacente da vertigem recorrente ou persistente e adotar um plano de tratamento adequado, que pode incluir terapias medicamentosas, reabilitação vestibular e acompanhamento regular com um especialista.
Como é feito o acompanhamento de pacientes com vertigem para monitorar a eficácia do tratamento?
O acompanhamento envolve avaliações periódicas dos sintomas de vertigem, realização de testes de equilíbrio e função vestibular, além de ajustes no plano terapêutico conforme necessário para garantir uma melhora adequada.
Quais são as complicações possíveis associadas à vertigem central e periférica?
As complicações podem incluir recorrência dos episódios de vertigem, comprometimento da qualidade de vida devido à instabilidade e risco aumentado de quedas e lesões.
Quais são os cuidados de enfermagem essenciais para pacientes com vertigem?
Os cuidados incluem orientações sobre medidas de segurança para evitar quedas, suporte emocional devido aos impactos na qualidade de vida, administração adequada de medicamentos prescritos e acompanhamento regular para monitorar a evolução dos sintomas.
Quais são as estratégias de prevenção recomendadas para pacientes com história de vertigem?
Estratégias de prevenção podem incluir o controle de fatores de risco modificáveis, como hipertensão arterial e diabetes, além de orientações sobre mudanças no estilo de vida para minimizar os gatilhos de vertigem, como evitar posições desencadeantes ou situações de estresse.
Quais são os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento de vertigem?
Os principais fatores de risco incluem idade avançada, história prévia de vertigem, doenças cardiovasculares, distúrbios metabólicos como diabetes, hipertensão arterial, distúrbios do colesterol, além de condições neurológicas e otológicas.
Quais são os exames complementares que podem ser solicitados para auxiliar no diagnóstico de vertigem?
Alguns dos exames complementares incluem audiometria, eletronistagmografia (ENG), videonistagmografia (VNG), tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do crânio, além de exames laboratoriais para avaliação metabólica.
Como é feita a avaliação do equilíbrio e da função vestibular em pacientes com vertigem?
A avaliação envolve testes específicos como o Romberg, o teste de Fukuda, o teste de Unterberger e o teste de Dix-Hallpike, além de exames como a eletronistagmografia para avaliação do nistágmo.
Quais são os sinais de alerta que indicam a necessidade de uma avaliação médica urgente em pacientes com vertigem?
Sinais de alerta incluem vertigem intensa e súbita, associada a outros sintomas neurológicos como dor de cabeça intensa, alterações visuais, dificuldade para falar ou movimentar-se, desmaios, perda de sensibilidade ou força em algum membro, além de quadros de vertigem em pacientes com histórico de câncer ou doenças vasculares.
Quais são as estratégias de manejo da vertigem em ambientes hospitalares?
As estratégias de manejo incluem a estabilização do paciente, avaliação neurológica completa, investigação da causa subjacente da vertigem, administração de medicamentos quando indicado, suporte de fisioterapia e reabilitação vestibular, além de monitoramento contínuo da evolução clínica.