Aula 7 P1 Flashcards

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA DOS SLIDES ENVIADOS

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA DOS SLIDES ENVIADOS

SLIDE 1 - Revisão: Anatomia e Função das Glândulas Adrenais (Supra-renais)

  1. Estrutura das Glândulas Adrenais (Supra-renais)

As glândulas adrenais são órgãos pares, localizados acima dos rins, responsáveis pela produção de diversos hormônios fundamentais para a homeostase do organismo.

  1. Camadas da Glândula Adrenal

As glândulas adrenais possuem duas regiões principais:

✅ Córtex – Região externa, responsável pela produção de hormônios esteroidais.
✅ Medula – Região interna, que secreta catecolaminas.

  1. Córtex Adrenal - Divisão e Funções

O córtex é dividido em três zonas, cada uma especializada na produção de hormônios específicos:

🔹 Zona Glomerulosa – Localizada na camada mais externa do córtex adrenal, é responsável principalmente pela produção de mineralocorticoides, especialmente a aldosterona, que regula o balanço de sódio e potássio e, consequentemente, a pressão arterial.
• Regulação da zona glomerulosa: A produção de aldosterona é controlada principalmente pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA) e pelo nível de potássio sérico. O ACTH tem pouca influência sobre essa camada.

🔹 Zona Fasciculada – Camada intermediária e mais espessa do córtex adrenal, é a principal responsável pela produção de glicocorticoides, especialmente o cortisol, que participa do metabolismo energético, modula a resposta imunológica e possui ação anti-inflamatória.
• Regulação da zona fasciculada: A produção de cortisol é controlada pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) por meio da ação do ACTH.

🔹 Zona Reticulada – Camada mais interna do córtex adrenal, é responsável pela produção de andrógenos, como a DHEA (deidroepiandrosterona), e pequenas quantidades de estrogênios e glicocorticoides.
• Regulação da zona reticulada: Assim como a zona fasciculada, é controlada pelo ACTH.

  1. Medula Adrenal - Função e Regulação

A medula adrenal é formada pelas células cromafins, que derivam da crista neural e têm função neuroendócrina. Essas células são responsáveis pela produção e secreção de catecolaminas, principalmente adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina).
• Regulação da medula adrenal: É ativada principalmente por estímulos do sistema nervoso simpático, em resposta a situações de estresse agudo.

SLIDE 2 - Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HPA Axis)

O eixo HPA é uma via hormonal essencial que controla a liberação de hormônios adrenocorticais, principalmente o cortisol, que exerce funções cruciais no metabolismo e na resposta ao estresse.

  1. Componentes do Eixo HPA

✅ Hipotálamo: Libera o CRH (hormônio liberador de corticotrofina), que estimula a hipófise.
✅ Hipófise Anterior (Adeno-hipófise): Em resposta ao CRH, secreta ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), que age sobre o córtex adrenal.
✅ Córtex Adrenal: Estimulado pelo ACTH, produz e libera cortisol, o principal glicocorticoide.

  1. Mecanismo de Feedback Negativo

O cortisol exerce um mecanismo de feedback negativo sobre o hipotálamo e a hipófise, inibindo a liberação de CRH e ACTH, promovendo a autorregulação desse eixo. Esse mecanismo é essencial para manter o equilíbrio hormonal e evitar a produção excessiva de cortisol.

  1. Funções do Cortisol

O cortisol é um hormônio crucial com diversas funções metabólicas e imunológicas:

🔹 Metabolismo energético: Estimula a gliconeogênese hepática e promove o catabolismo proteico e lipídico.
🔹 Regulação do sistema imunológico: Possui efeito imunossupressor e anti-inflamatório, inibindo citocinas e células de defesa.
🔹 Resistência ao estresse: Aumenta a capacidade do organismo de lidar com situações de estresse físico e emocional.
🔹 Regulação da pressão arterial: Atua potencializando a ação das catecolaminas.

  1. Alterações Patológicas do Eixo HPA

✔️ Hiperfunção do eixo HPA: Relacionada à síndrome de Cushing, caracterizada por excesso de cortisol, levando a manifestações como obesidade central, fraqueza muscular, hiperglicemia e osteoporose.
✔️ Hipofunção do eixo HPA: Observada na doença de Addison, caracterizada por insuficiência adrenal primária com sintomas como hiperpigmentação cutânea, fadiga, hipotensão e hipoglicemia.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES E DETALHADAS (IMPORTANTE PARA PROVAS DE PATOLOGIA)

✅ Síndrome de Cushing: A principal causa é o uso excessivo de corticosteroides exógenos, embora também possa ocorrer por tumores hipofisários produtores de ACTH (Doença de Cushing) ou tumores adrenais.
✅ Doença de Addison: É geralmente causada por destruição autoimune das glândulas adrenais ou por infecções crônicas como a tuberculose.
✅ Feocromocitoma: Tumor da medula adrenal que resulta na produção excessiva de catecolaminas, gerando sintomas como hipertensão paroxística, sudorese intensa e cefaleia.

PONTOS-CHAVE PARA A PROVA DE PATOLOGIA
• Decore a divisão anatômica da glândula adrenal e quais hormônios são produzidos em cada camada.
• Compreenda o mecanismo de feedback negativo do eixo HPA.
• Saiba diferenciar as síndromes relacionadas à disfunção da adrenal (Cushing, Addison, Feocromocitoma).
• Conheça os principais estímulos para liberação de cortisol e catecolaminas.

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA DOS SLIDES SOBRE HIPERCORTISOLISMO (SÍNDROME DE CUSHING)

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA DOS SLIDES SOBRE HIPERCORTISOLISMO (SÍNDROME DE CUSHING)

SLIDE 1 – HIPERCORTISOLISMO (SÍNDROME DE CUSHING)

Definição
• O hipercortisolismo, conhecido como Síndrome de Cushing, refere-se a um conjunto de manifestações clínicas e laboratoriais causadas por níveis elevados e crônicos de glicocorticoides, especialmente o cortisol.

Causas do Hipercortisolismo

O hipercortisolismo pode ser classificado em:

✅ Exógeno: A causa mais comum é o uso prolongado de corticosteroides (ex.: prednisona) para tratamento de doenças autoimunes, inflamatórias ou alérgicas.
✅ Endógeno: Pode ocorrer por produção excessiva de cortisol devido a condições patológicas internas.

Causas Endógenas

As causas endógenas são subdivididas em:

🔹 Dependentes de ACTH: Representam 70-80% dos casos endógenos. Essa forma resulta de um estímulo excessivo da glândula adrenal devido ao aumento da secreção de ACTH.
🔹 Independentes de ACTH: Representam 20-30% dos casos endógenos. Essas condições envolvem produção excessiva de cortisol de forma autônoma pela própria glândula adrenal.

SLIDE 2 – CAUSAS DEPENDENTES DE ACTH

Essas condições estão relacionadas ao excesso de ACTH, resultando em hiperestimulação do córtex adrenal e produção excessiva de cortisol.

Principais causas dependentes de ACTH
1. Doença de Cushing (60-70% dos casos de hipercortisolismo endógeno):
• É a principal causa endógena e ocorre devido a um adenoma corticotrófico hipofisário (tumor benigno na hipófise que secreta ACTH).
• Pode ocorrer também por hiperplasia corticotrófica da hipófise (muito rara).
2. Produção Ectópica de ACTH (5-10% dos casos):
• Ocorre quando tumores não hipofisários produzem ACTH de forma ectópica. Exemplos comuns incluem:
• Carcinoma de pulmão de pequenas células,
• Tumores pancreáticos,
• Tumores tímicos.
3. Produção ectópica de CRH (Hormônio liberador de corticotrofina) (muito rara):
• Pode ocorrer em tumores neuroendócrinos que produzem CRH, estimulando indiretamente a secreção de ACTH.

SLIDE 3 – CAUSAS INDEPENDENTES DE ACTH

Essas causas envolvem produção autônoma de cortisol pela própria glândula adrenal, independente de estímulo hipofisário.

Principais causas independentes de ACTH
1. Adenoma Adrenocortical Unilateral (10-22%):
• Tumor benigno que secreta cortisol de forma independente.
2. Carcinoma Adrenocortical Unilateral (5-7%):
• Neoplasia maligna agressiva que produz grandes quantidades de cortisol.
3. Neoplasias Adrenocorticais Bilaterais:
• São raras, mas podem levar a hipercortisolismo.
4. Hiperplasia Adrenal Bilateral Macronodular (menos de 2%):
• Caracteriza-se por múltiplos nódulos adrenais que secretam cortisol de forma autônoma.
5. Hiperplasia Adrenal Bilateral Micronodular (menos de 2%):
• Forma mais rara, associada a pequenos nódulos hiperfuncionantes.
6. Síndrome de McCune-Albright (rara):
• Distúrbio genético caracterizado por produção autônoma de hormônios adrenais.

SLIDE 4 – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SÍNDROME DE CUSHING

Os sintomas decorrem da ação excessiva do cortisol sobre diferentes sistemas orgânicos.

Principais manifestações clínicas:

🔹 Alterações metabólicas:
• Obesidade central com deposição de gordura no tronco e abdome.
• Face em lua cheia: Face arredondada e ruborizada.
• Giba dorsal: Acúmulo de gordura na região cervical posterior.
• Intolerância à glicose e resistência à insulina.
• Dislipidemia.

🔹 Alterações na pele:
• Face pletórica (rosto avermelhado).
• Pele adelgaçada e com tendência a hematomas.
• Estrias violáceas no abdome e regiões laterais do tronco.
• Ferimentos cutâneos frequentes devido à fragilidade da pele.

🔹 Alterações hormonais e reprodutivas:
• Redução da libido.
• Irregularidades menstruais nas mulheres.
• Hirsutismo (crescimento de pelos em padrão masculino nas mulheres).

🔹 Alterações psiquiátricas:
• Depressão, ansiedade e labilidade emocional.
• Pode haver insônia e até mesmo psicoses em casos graves.

🔹 Alterações musculoesqueléticas:
• Fraqueza muscular por atrofia muscular.
• Osteopenia e osteoporose com risco elevado de fraturas.
• Nefrolitíase devido ao aumento da excreção urinária de cálcio.

🔹 Alterações cardiovasculares:
• Hipertensão arterial sistêmica (HAS), que ocorre devido à ação vasoconstritora do cortisol e ao aumento da sensibilidade às catecolaminas.

PONTOS IMPORTANTES PARA PROVAS

✅ A causa mais comum de hipercortisolismo é exógena (uso excessivo de glicocorticoides).
✅ A principal causa endógena é a Doença de Cushing, que representa até 70% dos casos.
✅ Produção ectópica de ACTH deve sempre levantar suspeita de carcinoma pulmonar de pequenas células.
✅ Adenomas adrenais são as principais causas independentes de ACTH.
✅ Osteoporose, hipertensão e alterações psiquiátricas são manifestações frequentemente negligenciadas, mas muito relevantes para o diagnóstico.

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE HIPERALDOSTERONISMO

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE HIPERALDOSTERONISMO

SLIDE 1 – HIPERALDOSTERONISMO (Definição e Classificação)

Definição
• O hiperaldosteronismo é uma condição clínica caracterizada pela produção excessiva de aldosterona, um hormônio mineralocorticoide sintetizado na zona glomerulosa do córtex adrenal.
• A aldosterona atua principalmente nos túbulos renais, promovendo a retenção de sódio (Na+) e a excreção de potássio (K+), o que resulta em hipertensão arterial e hipocalemia.

Classificação
1. Hiperaldosteronismo Primário (mais comum) – Origina-se na própria glândula adrenal.
2. Hiperaldosteronismo Secundário – Causado por fatores extrínsecos que ativam o sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA).

SLIDE 2 – HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO

Definição
• O hiperaldosteronismo primário é causado pela produção excessiva e autônoma de aldosterona diretamente pela glândula adrenal, sem estímulo do sistema renina-angiotensina.
• Essa condição é caracterizada por níveis elevados de aldosterona e supressão da renina plasmática.

Causas do Hiperaldosteronismo Primário

✅ Hiperaldosteronismo Idiopático Primário
• Corresponde a cerca de 60% dos casos.
• Caracteriza-se por uma hiperplasia nodular bilateral das células da zona glomerulosa.

✅ Adenoma Adrenocortical (Síndrome de Conn)
• Corresponde a cerca de 35% dos casos.
• É um tumor benigno produtor de aldosterona, geralmente unilateral.

✅ Carcinoma Adrenocortical
• Menos frequente, porém mais agressivo.

✅ Hiperaldosteronismo Familiar
• Condição genética rara com quatro subtipos (I a IV), associada a mutações genéticas que levam à produção excessiva de aldosterona.

Características Clínicas
• Excesso de aldosterona → Aumenta a retenção de sódio, expandindo o volume plasmático e resultando em hipertensão arterial sistêmica (HAS).
• Supressão da renina plasmática → Pela ativação negativa do sistema renina-angiotensina.
• Hipocalemia → A aldosterona estimula a excreção de potássio pelos rins, podendo causar fraqueza muscular, cãibras e arritmias cardíacas.

Patogênese do Hiperaldosteronismo Primário (Imagem Explicativa)

A imagem descreve três principais causas do hiperaldosteronismo primário:

✅ Hiperaldosteronismo idiopático – Mais comum.
✅ Adenoma adrenocortical – Segunda causa mais comum.
✅ Células glomerulosas híbridas responsivas ao ACTH – Rara e ocorre em condições como a síndrome familiar de hiperaldosteronismo.

→ A aldosterona excessiva promove reabsorção de sódio nos túbulos renais, o que resulta em hipertensão arterial. Simultaneamente, ocorre perda excessiva de potássio, levando à hipocalemia.

SLIDE 3 – HIPERALDOSTERONISMO SECUNDÁRIO

Definição
• O hiperaldosteronismo secundário é causado por uma produção excessiva de aldosterona em resposta à ativação exagerada do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAA).
• Diferentemente do hiperaldosteronismo primário, aqui os níveis de renina plasmática estão elevados.

Causas do Hiperaldosteronismo Secundário
1. Redução da perfusão renal:
• Nefroesclerose vascular
• Estenose da artéria renal → Causa comum que gera diminuição da perfusão renal e ativa o sistema RAA.
2. Hipovolemia arterial e edema:
• Insuficiência cardíaca congestiva
• Cirrose hepática
• Síndrome nefrótica
3. Gestação:
• O aumento do estrogênio durante a gestação eleva o substrato da renina, estimulando a produção de aldosterona.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS COMUNS NO HIPERALDOSTERONISMO

🔹 Hipertensão arterial resistente: Principal característica clínica, geralmente difícil de controlar com fármacos convencionais.
🔹 Hipocalemia: Pode causar fraqueza muscular, cãibras, parestesias e até arritmias cardíacas.
🔹 Alcalose metabólica: Resultante da excreção excessiva de íons hidrogênio (H+).
🔹 Poliúria e polidipsia: Devido à ação do excesso de sódio nos rins, que interfere na capacidade de concentração urinária.
🔹 Fraqueza muscular e fadiga: Decorrentes da hipocalemia.

DIAGNÓSTICO DO HIPERALDOSTERONISMO

✅ Relação aldosterona/renina plasmática (RAR): Valor elevado indica hiperaldosteronismo primário.
✅ Teste de supressão com solução salina: Falha na supressão da aldosterona após infusão salina indica hiperaldosteronismo primário.
✅ Dosagem de potássio sérico: Baixos níveis sugerem hiperaldosteronismo.
✅ Exames de imagem (TC ou RM): Indicam a presença de adenomas ou hiperplasia adrenal.

TRATAMENTO

✅ Hiperaldosteronismo Primário:
• Adenoma adrenal: Tratamento cirúrgico (adrenalectomia).
• Hiperplasia bilateral: Tratamento com antagonistas da aldosterona, como espironolactona ou eplerenona.

✅ Hiperaldosteronismo Secundário:
• Controle da causa subjacente (ex.: angioplastia para estenose renal, controle da insuficiência cardíaca ou da cirrose).
• Uso de antagonistas da aldosterona pode ser indicado para controle dos sintomas.

PONTOS-CHAVE PARA A PROVA

✅ A principal causa de hiperaldosteronismo primário é a hiperplasia adrenal bilateral idiopática.
✅ O adenoma adrenal (Síndrome de Conn) é a principal causa cirurgicamente tratável.
✅ No hiperaldosteronismo primário, a renina plasmática estará sempre baixa, enquanto no secundário estará elevada.
✅ O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações cardiovasculares e renais graves.

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE SÍNDROMES ADRENOGENITAIS

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE SÍNDROMES ADRENOGENITAIS

SLIDE 1 – SÍNDROMES ADRENOGENITAIS (Definição e Causas)

Definição
• As síndromes adrenogenitais são distúrbios do córtex adrenal que resultam na produção excessiva de andrógenos. Essa hiperprodução ocorre, na maioria dos casos, devido a uma falha na síntese de cortisol que leva à estimulação excessiva do córtex adrenal pelo ACTH (hormônio adrenocorticotrófico).
• Essa produção exacerbada de andrógenos pode gerar:

✅ Masculinização em indivíduos do sexo feminino, com características como:
• Genitália ambígua ao nascimento.
• Oligomenorreia (ciclos menstruais irregulares).
• Hirsutismo (crescimento excessivo de pelos em áreas tipicamente masculinas).

✅ Puberdade precoce em indivíduos do sexo masculino, com características como:
• Desenvolvimento precoce de pelos pubianos.
• Crescimento acelerado, seguido de fechamento precoce das epífises ósseas.

✅ Perda de sódio e hipotensão: Quando há deficiência grave na síntese de mineralocorticoides.

Causas das Síndromes Adrenogenitais

As principais causas incluem:

✅ Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC):
• Trata-se de um conjunto de erros inatos do metabolismo de caráter autossômico recessivo.
• Resulta da deficiência de uma ou mais enzimas envolvidas na síntese do cortisol.
• A falha na produção de cortisol gera um aumento compensatório da secreção de ACTH, que estimula a glândula adrenal e provoca hiperplasia do córtex adrenal, levando ao acúmulo de precursores que desviam a via metabólica para a produção excessiva de andrógenos.

✅ Neoplasias Adrenocorticais:
• Adenoma adrenocortical: Tumor benigno produtor de andrógenos.
• Carcinoma adrenocortical: Neoplasia maligna agressiva que frequentemente secreta andrógenos em quantidades elevadas.

SLIDE 2 – MECANISMO DA HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA (HAC)

Mecanismo Fisiopatológico da HAC

A imagem descreve o impacto das deficiências enzimáticas na via biossintética do cortisol e aldosterona.
1. Ativação do ACTH:

•	A deficiência enzimática gera diminuição da produção de cortisol, o que reduz o feedback negativo sobre a hipófise.
•	Isso resulta em hiperestimulação da adrenal pelo ACTH, causando hiperplasia adrenal.

2.	Acúmulo de precursores metabólicos:

•	Os precursores que não podem ser convertidos em cortisol ou aldosterona acabam sendo desviados para a via de síntese de andrógenos, resultando em hiperandrogenismo.

3.	Consequências da produção excessiva de andrógenos:

•	Masculinização em fetos femininos.
•	Puberdade precoce em meninos.
•	Perda de sal e hipotensão se houver deficiência na produção de mineralocorticoides.

Principais Deficiências Enzimáticas Associadas à HAC

As enzimas mais frequentemente deficientes são:

✅ Deficiência da 21-hidroxilase (95% dos casos)
• Forma clássica: Gera perda de sal grave e virilização significativa.
• Forma não clássica: Cursa com sintomas leves, como hirsutismo e irregularidade menstrual.

✅ Deficiência da 11β-hidroxilase
• Gera produção excessiva de desoxicorticosterona, causando hipertensão e hipopotassemia associadas a virilização.

✅ Deficiência da 17α-hidroxilase
• Cursa com hipertensão, hipopotassemia e insuficiência na produção de esteroides sexuais, resultando em hipogonadismo.

✅ Deficiência da 3β-hidroxiesteroide desidrogenase
• Forma rara que leva à deficiência global de corticosteroides e produção excessiva de andrógenos.

Resumo da Fisiopatologia da HAC
• ↓ Cortisol → ↑ ACTH → Hiperplasia adrenal → ↑ Andrógenos → Virilização e puberdade precoce.
• ↓ Aldosterona (nas formas clássicas) → Perda de sal e hipotensão.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS SÍNDROMES ADRENOGENITAIS

🔹 Em meninas: Genitália ambígua ao nascimento e, posteriormente, hirsutismo e irregularidade menstrual.
🔹 Em meninos: Puberdade precoce com desenvolvimento exagerado de caracteres sexuais secundários.
🔹 Hipotensão arterial e hiponatremia podem ocorrer nas formas graves com deficiência de mineralocorticoides.
🔹 Risco aumentado de insuficiência adrenal aguda se houver deficiência significativa de cortisol.

DIAGNÓSTICO DAS SÍNDROMES ADRENOGENITAIS

✅ Dosagem de 17-hidroxiprogesterona (17-OHP): Principal marcador laboratorial para diagnóstico de deficiência da 21-hidroxilase.
✅ Exame genético: Pode identificar mutações específicas nos genes das enzimas afetadas.
✅ Imagem das adrenais: Pode revelar hiperplasia adrenal bilateral.

TRATAMENTO

✅ Reposição de glicocorticoides (ex.: hidrocortisona ou dexametasona) para suprimir a produção excessiva de ACTH.
✅ Mineralocorticoides (ex.: fludrocortisona) nos casos de perda salina.
✅ Cirurgia corretiva pode ser indicada para correção de genitália ambígua em meninas.

PONTOS-CHAVE PARA A PROVA

✅ A deficiência de 21-hidroxilase é a causa mais comum de HAC.
✅ O achado de níveis elevados de 17-hidroxiprogesterona é um marcador diagnóstico clássico.
✅ Em pacientes com virilização ou puberdade precoce, a hipótese de HAC deve sempre ser considerada.
✅ A presença de perda de sal com hipotensão e hiponatremia sugere deficiência grave de mineralocorticoides.
✅ No contexto de neoplasias adrenocorticais, o carcinoma adrenocortical deve ser considerado em casos de virilização intensa e rápido crescimento tumoral.

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE INSUFICIÊNCIA ADRENOCORTICAL

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE INSUFICIÊNCIA ADRENOCORTICAL

SLIDE 1 – INSUFICIÊNCIA ADRENOCORTICAL (Definição e Classificação)

Definição

A insuficiência adrenocortical é uma condição caracterizada pela produção hormonal insuficiente pelo córtex adrenal, levando à deficiência de glicocorticoides, mineralocorticoides e, em alguns casos, andrógenos.

Formas Clínicas da Insuficiência Adrenal
1. Insuficiência Adrenocortical Primária Aguda (Crise Adrenal)
2. Insuficiência Adrenocortical Primária Crônica (Doença de Addison)
3. Insuficiência Adrenocortical Secundária

SLIDE 2 – INSUFICIÊNCIA ADRENOCORTICAL PRIMÁRIA AGUDA (CRISE ADRENAL)

Definição

A crise adrenal é uma condição grave e potencialmente fatal, resultante da falência aguda da função adrenal, levando à deficiência crítica de glicocorticoides e mineralocorticoides.

Causas da Crise Adrenal

✅ Estresse fisiológico intenso:
• Pacientes com insuficiência adrenal crônica que enfrentam uma situação de alto estresse (ex.: infecção grave, cirurgia, trauma) podem desenvolver uma crise adrenal se não houver aumento adequado na dose de corticosteroides.

✅ Retirada abrupta de corticosteroides:
• Pacientes que fazem uso crônico de corticosteroides podem desenvolver uma crise adrenal grave caso interrompam bruscamente o tratamento.

✅ Falha na reposição de corticosteroides:
• Ocorre em situações em que há necessidade aumentada de corticosteroides (ex.: durante cirurgias ou infecções) sem ajuste adequado na dose.

✅ Hemorragia adrenal maciça:
• Condição grave associada à síndrome de Waterhouse-Friderichsen, caracterizada por infecção meningocócica severa com necrose hemorrágica bilateral das adrenais.

Manifestações Clínicas da Crise Adrenal
• Dor abdominal intensa
• Vômitos e diarreia
• Hipotensão grave e choque
• Hipoglicemia severa
• Letargia, confusão e coma

→ É uma emergência médica que exige tratamento imediato com reposição agressiva de hidrocortisona e correção de distúrbios hidroeletrolíticos.

SLIDE 3 – INSUFICIÊNCIA ADRENOCORTICAL PRIMÁRIA CRÔNICA (DOENÇA DE ADDISON)

Definição

A Doença de Addison é uma condição crônica causada pela destruição progressiva do córtex adrenal, resultando na deficiência de cortisol, aldosterona e, em menor grau, andrógenos.

Causas da Doença de Addison

✅ Adrenalite autoimune (80-90% dos casos nos países desenvolvidos)
• É a principal causa em países ricos. O sistema imune ataca o córtex adrenal, destruindo as células produtoras de hormônios.

✅ Infecções
• Em países em desenvolvimento, infecções como tuberculose, histoplasmose e coccidioidomicose são causas frequentes.

✅ Doenças relacionadas à AIDS
• Vírus e agentes oportunistas, como citomegalovírus, Mycobacterium avium-intracellulare e Sarcoma de Kaposi, podem levar à destruição das adrenais.

✅ Metástases
• Tumores metastáticos, especialmente de pulmão e mama, podem invadir as adrenais, comprometendo sua função.

✅ Causas hereditárias
• Condições como hipoplasia adrenal congênita e adrenoleucodistrofia (doença genética ligada ao cromossomo X que afeta o metabolismo dos ácidos graxos).

Patogênese da Doença de Addison
• A perda progressiva do tecido adrenal leva à redução dos hormônios adrenais.
• A diminuição do cortisol estimula a secreção compensatória de ACTH, resultando em hiperpigmentação cutânea.
• A falta de aldosterona resulta em hiponatremia, hipercalemia, hipotensão e desidratação.

SLIDE 4 – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA INSUFICIÊNCIA ADRENAL

Manifestações Gerais

🔹 Fraqueza progressiva e fadiga intensa
🔹 Anorexia, náuseas, vômitos e perda de peso
🔹 Dor abdominal difusa
🔹 Hipotensão postural e tendência ao choque

Alterações Bioquímicas

✅ Hipoglicemia – Decorrente da deficiência de cortisol.
✅ Hipercalemia, hiponatremia, hipovolemia e hipotensão – Resultantes da deficiência de aldosterona.

Achado Clínico Clássico: Hiperpigmentação Cutânea
• Decorrente do aumento compensatório do ACTH, que compartilha o mesmo precursor (POMC) da melanocortina, responsável pela pigmentação da pele.
• As áreas mais pigmentadas incluem: dobras cutâneas, cicatrizes e mucosas orais.

Crise Adrenal (Forma Grave)
• Quando há estresse metabólico, ocorre:
✅ Vômitos persistentes
✅ Dor abdominal severa
✅ Hipotensão grave, choque e potencial risco de morte

SLIDE 5 – INSUFICIÊNCIA ADRENOCORTICAL SECUNDÁRIA

Definição

A insuficiência adrenocortical secundária ocorre devido à redução na produção de ACTH pela hipófise ou falha na secreção de CRH pelo hipotálamo. Nessa condição, a glândula adrenal está funcional, mas não é adequadamente estimulada.

Causas da Insuficiência Adrenal Secundária

✅ Lesões hipotalâmicas ou hipofisárias
• Tumores, infartos, infecções ou radioterapia que afetam essas regiões.

✅ Administração prolongada de glicocorticoides
• O uso crônico de corticosteroides inibe a produção endógena de ACTH, resultando na atrofia das adrenais.

DIAGNÓSTICO DA INSUFICIÊNCIA ADRENAL

✅ Cortisol matinal reduzido (<3 µg/dL é altamente sugestivo de insuficiência adrenal).
✅ Teste de estímulo com ACTH: Falha na elevação do cortisol após administração de ACTH confirma insuficiência primária.
✅ ACTH plasmático elevado → Sugere insuficiência adrenal primária.
✅ ACTH plasmático reduzido → Sugere insuficiência adrenal secundária.

TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA ADRENAL

✅ Reposição de glicocorticoides: Hidrocortisona é a droga de escolha.
✅ Reposição de mineralocorticoides: Fludrocortisona é indicada na insuficiência primária.
✅ Crise adrenal: Administração imediata de hidrocortisona em altas doses, junto com hidratação e correção eletrolítica.

PONTOS-CHAVE PARA A PROVA

✅ A doença de Addison é mais frequentemente causada por adrenalite autoimune nos países ricos e por tuberculose nos países em desenvolvimento.
✅ A hiperpigmentação cutânea é uma característica clássica da insuficiência adrenal primária.
✅ A crise adrenal é uma emergência médica que exige tratamento imediato com hidrocortisona e reposição volêmica.
✅ A hipoglicemia, hipotensão e hipercalemia são achados laboratoriais típicos na insuficiência adrenal primária.

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE ADENOMA ADRENOCORTICAL

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE ADENOMA ADRENOCORTICAL

Definição

O adenoma adrenocortical é uma neoplasia benigna que se origina no córtex adrenal. Embora a maioria desses tumores seja silenciosa clinicamente, alguns podem secretar hormônios, resultando em síndromes endócrinas específicas.

Características Gerais

✅ Neoplasia benigna – Apesar de ser um tumor, não apresenta comportamento invasivo agressivo, embora possa causar efeitos hormonais importantes.
✅ Maioria silenciosa clinicamente – A maioria dos adenomas é descoberta incidentalmente durante exames de imagem solicitados por outros motivos (também chamados de “incidentalomas”).
✅ Adenomas funcionantes – Alguns adenomas são hormonologicamente ativos e produzem quantidades excessivas de hormônios adrenais, resultando em síndromes específicas:
• Síndrome de Cushing – Quando há produção excessiva de cortisol.
• Síndrome de Conn (Hiperaldosteronismo Primário) – Quando há produção excessiva de aldosterona.

Características Macroscópicas

🔹 Lesão circunscrita e pequena – Geralmente possuem entre 1 a 5 cm de diâmetro.
🔹 Bem delimitados – Sua morfologia facilita a distinção entre adenomas e carcinomas.
🔹 Coloração amarelada – Devido à presença de lipídeos, especialmente colesterol, que é precursor na síntese dos hormônios esteroidais. Essa coloração é uma característica típica e importante para o diagnóstico macroscópico.

Características Microscópicas

🔹 Células semelhantes às células do córtex adrenal normal – Essa semelhança indica sua origem na camada cortical.
🔹 Citoplasma eosinofílico ou vacuolado – A presença de vacúolos ocorre devido ao acúmulo de lipídeos.
🔹 Núcleos pequenos e regulares – Essa característica sugere uma neoplasia benigna.
🔹 Pleomorfismo nuclear (atipia endócrina) – Pode haver alguma variação no tamanho e forma nuclear, porém isso não indica malignidade isoladamente.

→ Importante: Apesar da presença de atipias nucleares, essa “atipia endócrina” é uma característica comum de adenomas e não deve ser confundida com displasia ou malignidade.

Aspectos Clínicos
• Assintomático: Adenomas não funcionantes não costumam provocar sintomas.
• Sintomático: Adenomas funcionantes podem causar síndromes endócrinas:
✅ Síndrome de Cushing: Apresenta manifestações como obesidade central, face em lua cheia, giba dorsal, fraqueza muscular, entre outros.
✅ Síndrome de Conn: Apresenta hipertensão arterial resistente, hipocalemia, fraqueza muscular e alcalose metabólica.

Diagnóstico

✅ Imagem:
• Os adenomas são frequentemente detectados como massas adrenais pequenas (<5 cm), homogêneas e bem delimitadas na tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM).
• A densidade reduzida na TC, devido ao acúmulo de lipídeos, é uma característica típica dos adenomas.

✅ Avaliação Hormonal:
• Cortisol plasmático após teste de supressão com dexametasona pode confirmar hiperprodução de cortisol.
• Aldosterona plasmática e atividade de renina plasmática ajudam a diagnosticar adenomas produtores de aldosterona.

✅ Biópsia:
• Não é recomendada de rotina, uma vez que exames de imagem e avaliação hormonal geralmente são suficientes para o diagnóstico.

Tratamento

✅ Adenomas não funcionantes e menores que 4 cm: Geralmente são apenas acompanhados com exames periódicos.
✅ Adenomas funcionantes ou maiores que 4-5 cm: Tratamento cirúrgico com adrenalectomia é indicado.
✅ Controle farmacológico pode ser necessário até a cirurgia, especialmente nos casos de hiperaldosteronismo (ex.: uso de antagonistas da aldosterona como espironolactona).

PONTOS-CHAVE PARA A PROVA

✅ A maioria dos adenomas é assintomática e descoberta incidentalmente.
✅ Adenomas funcionantes podem causar Síndrome de Cushing (excesso de cortisol) ou Síndrome de Conn (excesso de aldosterona).
✅ Macroscopia: Pequena lesão bem circunscrita e am

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE CARCINOMA ADRENOCORTICAL

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE CARCINOMA ADRENOCORTICAL

DEFINIÇÃO

O carcinoma adrenocortical é uma neoplasia maligna rara e agressiva que se origina no córtex adrenal. É uma condição grave que pode se apresentar com sintomas endócrinos (caso seja funcionante) ou como uma massa volumosa no abdome.

DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA

O carcinoma adrenocortical apresenta dois picos etários importantes:
✅ Primeira década de vida (em crianças).
✅ Quinta década de vida (em adultos de meia-idade).

→ Essa distribuição sugere que a doença pode estar associada tanto a síndromes genéticas na infância quanto a processos neoplásicos esporádicos no adulto.

CARCINOMAS FUNCIONANTES

Os carcinomas podem ser classificados como:

✅ Funcionantes: Secretam hormônios adrenais em excesso.
• O quadro clínico depende do tipo de hormônio produzido:
🔹 Cortisol em excesso → Síndrome de Cushing.
🔹 Aldosterona em excesso → Hiperaldosteronismo (Síndrome de Conn).
🔹 Andrógenos em excesso → Virilização, com crescimento de pelos em padrão masculino, engrossamento da voz e hipertrofia muscular, especialmente em mulheres.

✅ Não funcionantes: Apresentam-se como massas abdominais volumosas e silenciosas até atingirem estágios avançados.

→ A virilização é a manifestação mais comum nos carcinomas funcionantes, sendo um sinal de alerta importante.

INVASÃO LOCAL E METÁSTASES

🔹 Invasão local: O tumor pode infiltrar vasos sanguíneos próximos, como a veia cava inferior, aumentando o risco de trombose e embolia.
🔹 Metástases: O carcinoma adrenocortical metastatiza precocemente por duas vias principais:
• Via linfática: Para linfonodos regionais e peri-aórticos.
• Via hematogênica: Para pulmões, fígado e outras vísceras.

➡️ A presença de metástases geralmente indica prognóstico ruim, com sobrevida média de apenas dois anos após o diagnóstico.

CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS

O carcinoma adrenocortical apresenta características macroscópicas típicas que ajudam na sua identificação:

✅ Lesões volumosas: São tumores grandes, geralmente >5 cm, com bordas irregulares.
✅ Aspecto variegado: A superfície do corte exibe áreas amareladas (ricas em lipídeos), intercaladas com áreas avermelhadas ou acinzentadas, devido a:
• Necrose → Áreas de tecido morto.
• Hemorragia → Resultante da invasão vascular agressiva.

→ Esse aspecto heterogêneo e volumoso é uma pista macroscópica importante para diferenciar carcinomas de adenomas, que geralmente são menores e mais homogêneos.

CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS

A análise microscópica revela características típicas de malignidade:

✅ Áreas bem diferenciadas: Algumas regiões podem conter células que se assemelham ao córtex adrenal normal.
✅ Áreas pleomórficas: Regiões com células de tamanho e forma irregulares, indicando comportamento agressivo.
✅ Anaplasia: É o grau máximo de diferenciação celular, caracterizado por:
• Células de grandes dimensões com núcleos volumosos.
• Atividade mitótica elevada (mitoses atípicas).
• Necrose extensa.

➡️ Critérios de malignidade importantes: A presença de invasão vascular, necrose extensa e alto índice mitótico são fatores que favorecem o diagnóstico de carcinoma adrenocortical.

DIAGNÓSTICO

✅ Imagem:
• Tomografia Computadorizada (TC): O carcinoma adrenocortical é geralmente heterogêneo, com áreas de necrose e calcificação. Massas >5 cm são altamente sugestivas de malignidade.
• Ressonância Magnética (RM): Pode ajudar a avaliar a extensão da invasão vascular.

✅ Biópsia:
• Não é recomendada de rotina devido ao risco de disseminação tumoral. É geralmente realizada quando o diagnóstico não é claro ou quando há contraindicação cirúrgica.

✅ Avaliação Hormonal:
• Cortisol, aldosterona, DHEA (deidroepiandrosterona) e outros hormônios devem ser dosados para identificar tumores funcionantes.
• O aumento significativo de DHEA é altamente sugestivo de carcinoma.

✅ Exames Genéticos:
• Síndromes genéticas como Síndrome de Li-Fraumeni, Síndrome de Beckwith-Wiedemann e Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) estão associadas ao carcinoma adrenocortical.

TRATAMENTO

✅ Cirurgia:
• A adrenalectomia é o tratamento padrão para tumores ressecáveis. A remoção completa com margens livres é essencial para melhorar o prognóstico.

✅ Quimioterapia:
• O esquema com mitotano (fármaco específico para carcinoma adrenocortical) é frequentemente utilizado em casos avançados ou metastáticos.
• Mitotano é uma droga adrenolítica que destrói seletivamente as células adrenais.

✅ Radioterapia:
• Pode ser utilizada para controle local da doença após cirurgia ou em pacientes inoperáveis.

✅ Controle hormonal:
• Nos casos de tumores funcionantes, bloqueadores hormonais podem ser usados para controlar os sintomas.

PROGNÓSTICO

✅ O carcinoma adrenocortical é uma neoplasia agressiva com prognóstico reservado.
✅ A sobrevida mediana é de 2 anos para pacientes com doença avançada.
✅ A presença de metástases no momento do diagnóstico reduz significativamente a expectativa de vida.
✅ Tumores <5 cm e ressecados precocemente têm melhor prognóstico.

PONTOS-CHAVE PARA A PROVA

✅ O carcinoma adrenocortical é raro, mas deve ser sempre suspeitado diante de uma massa adrenal >5 cm.
✅ A presença de virilização é uma manifestação clássica e deve sempre levantar suspeita de malignidade.
✅ O carcinoma adrenocortical é altamente invasivo e metastatiza precocemente por vias linfática e hematogênica.
✅ A presença de necrose, invasão vascular e anaplasia são critérios histológicos importantes para o diagnóstico.
✅ O tratamento cirúrgico precoce é essencial para melhorar o prognóstico.

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE FEOCROMOCITOMA

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FEOCROMOCITOMA - DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

O feocromocitoma é uma neoplasia originada das células cromafins da medula adrenal, responsáveis pela produção de catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina). Essas catecolaminas são os principais mediadores da resposta ao estresse e têm potente ação vasopressora.

Regra dos 10% (Padrão clássico no Feocromocitoma)

Embora existam exceções, essa regra resume algumas características epidemiológicas comuns:

✅ 10% ocorrem fora da adrenal (paragangliomas) → Esses tumores extrarrenais surgem em locais onde há tecido cromafim, como o corpo carotídeo ou a cadeia simpática paravertebral.
✅ 10% são bilaterais → Principalmente em indivíduos com síndromes genéticas.
✅ 10% apresentam comportamento maligno → Caracterizado por metástases.
✅ 10% não apresentam hipertensão arterial sistêmica (HAS) → Apesar da produção de catecolaminas, nem todos os pacientes desenvolvem HAS.
✅ 25% apresentam alterações genéticas familiares → Feocromocitomas estão associados a síndromes hereditárias, como:
• Neoplasia Endócrina Múltipla tipo 2 (MEN2)
• Neurofibromatose tipo 1 (NF1)
• Síndrome de Von Hippel-Lindau (VHL)
• Paraganglioma familiar

MORFOLOGIA DO FEOCROMOCITOMA

Macroscopia

🔹 Tamanho variável – Pode variar de pequenas lesões a grandes massas volumosas.
🔹 Exposição ao dicromato de potássio – Essa substância colore as células tumorais de cor castanha, pois reage com as catecolaminas.

Microscopia

🔹 Células cromafins – As principais células tumorais são poligonais a fusiformes, semelhantes às células cromafins normais da medula adrenal.
🔹 Células sustentaculares – Células de suporte que formam uma estrutura semelhante à rede.
🔹 Arquitetura em “Zellballen” – É uma disposição característica em grupos ou ninhos celulares rodeados por finas redes de sustentação vascular. Essa disposição é uma importante pista diagnóstica ao microscópio.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO FEOCROMOCITOMA

Os sintomas resultam da produção excessiva e intermitente de catecolaminas.

  1. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

✅ Presente na maioria dos casos (geralmente severa e resistente ao tratamento convencional).
✅ Pode se apresentar como HAS sustentada ou com picos hipertensivos paroxísticos.

  1. Sintomas associados a crises de catecolaminas (presentes em cerca de 2/3 dos casos)

✅ Episódios paroxísticos (crises súbitas e intensas) com sintomas típicos:
• Taquicardia
• Palpitações
• Sudorese intensa
• Cefaleia
• Tremores
• Ansiedade e pânico
• Dor abdominal ou torácica
• Náuseas e vômitos

→ Esses episódios são provocados por situações de estresse, esforço físico ou uso de certos medicamentos (ex.: betabloqueadores não seletivos).

  1. Crises Paroxísticas Graves
    • Crises hipertensivas graves podem precipitar:
    ✅ Insuficiência cardíaca congestiva
    ✅ Edema pulmonar agudo
    ✅ Infarto agudo do miocárdio
    ✅ Acidente vascular encefálico (AVE)
    ✅ Fibrilação ventricular

  1. Cardiomiopatia Catecolamínica

✅ Resulta da toxicidade crônica das catecolaminas sobre o músculo cardíaco, levando a disfunção ventricular.

  1. Feocromocitoma Maligno

✅ Embora apenas 10% sejam malignos, esses casos são altamente agressivos e metastatizam frequentemente para:
• Linfonodos regionais
• Fígado
• Pulmão
• Ossos

DIAGNÓSTICO DO FEOCROMOCITOMA

  1. Exames Laboratoriais

✅ Metanefrinas plasmáticas e urinárias – Exame de escolha para confirmar a produção excessiva de catecolaminas.
✅ Catecolaminas urinárias (adrenalina, noradrenalina e dopamina) – Utilizado para avaliação complementar.

→ As metanefrinas são metabólitos estáveis das catecolaminas e apresentam maior sensibilidade diagnóstica.

  1. Exames de Imagem

✅ Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM) – Identificam a localização e extensão do tumor.
✅ Cintilografia com MIBG (metaiodobenzilguanidina) – Técnica radioisotópica usada para localizar feocromocitomas e suas metástases.

  1. Diagnóstico Genético

✅ Indicado especialmente para pacientes jovens, com tumores bilaterais ou com histórico familiar de neoplasias endócrinas.

TRATAMENTO DO FEOCROMOCITOMA

  1. Cirurgia (Tratamento de escolha)

✅ A adrenalectomia é indicada para remoção do tumor.
✅ Antes da cirurgia, é essencial o controle rigoroso da pressão arterial e da volemia com:

🔹 Alfabloqueadores (ex.: fenoxibenzamina ou doxazosina) – Primeira escolha para controle da crise hipertensiva.
🔹 Betabloqueadores – Utilizados após o bloqueio alfa para controlar taquicardia e arritmias.

➡️ Nunca iniciar com betabloqueador isoladamente, pois isso pode precipitar uma crise hipertensiva grave.

  1. Tratamento para Doença Maligna

✅ Em casos metastáticos ou inoperáveis, pode-se usar:
• Quimioterapia
• Terapia com MIBG radioativo
• Inibidores da síntese de catecolaminas (ex.: metirosina)

PONTOS-CHAVE PARA A PROVA

✅ O feocromocitoma é conhecido como o “tumor das crises” devido aos episódios paroxísticos típicos.
✅ A regra dos 10% é uma dica essencial para memorização das características epidemiológicas.
✅ A dosagem de metanefrinas é o exame mais sensível para diagnóstico.
✅ O uso de alfabloqueadores é essencial antes da cirurgia para prevenir crises hipertensivas intraoperatórias.
✅ Em pacientes com HAS grave e resistente, sempre considerar feocromocitoma como hipótese diagnóstica.

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE O NEUROBLASTOMA

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DEFINIÇÃO E ASPECTOS GERAIS

O neuroblastoma é uma neoplasia maligna derivada de células primitivas da crista neural, precursoras do sistema nervoso simpático. É o tumor sólido extracraniano mais comum na infância e representa cerca de 15% das mortes por câncer pediátrico.

EPIDEMIOLOGIA

✅ Mais comum neoplasia maligna sólida extracraniana na infância
✅ Incidência: 1 a cada 7.000 nascidos vivos
✅ Aproximadamente 700 casos/ano nos EUA
✅ Mediana de idade ao diagnóstico: 1 ano e meio
✅ Maioria dos casos é esporádica (90-98%)
✅ 1 a 2% dos casos são familiares – Associados a mutações germinativas no gene ALK (anaplastic lymphoma kinase).

MORFOLOGIA

Macroscopia

✅ Tamanho variável: Pode variar de pequenas massas localizadas a tumores volumosos que preenchem grandes partes do abdome ou tórax.
✅ Coloração acinzentada: Cor típica na superfície de corte.
✅ Consistência macia: Frequentemente com áreas de necrose e hemorragia.
✅ Calcificações: Comum e frequentemente visíveis nas radiografias e exames de imagem.

Microscopia

✅ Neoplasia de células pequenas, redondas e azuis: Células indiferenciadas características dos tumores neuroectodérmicos.
✅ Neuropilo: Matriz fibrilar composta por prolongamentos citoplasmáticos e axonais, típica do neuroblastoma.
✅ Pseudo-rosetas de Homer-Wright: Estruturas em que células tumorais se dispõem em círculos ao redor de um centro fibrilar de neuropilo — um achado clássico e altamente sugestivo de neuroblastoma.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

A apresentação clínica varia conforme a localização do tumor, extensão e presença de metástases.

Sintomas Locais

✅ Massa abdominal – O sinal mais comum. Tumores na glândula adrenal ou retroperitônio são comuns e se manifestam como uma massa palpável no abdome.
✅ Dor abdominal e desconforto.
✅ Sintomas gastrointestinais – Podem ocorrer devido à compressão de estruturas abdominais.

Sintomas Sistêmicos

✅ Febre
✅ Perda ponderal
✅ Hipertensão arterial (HAS) – Decorrente da compressão vascular ou secreção de catecolaminas.

Sintomas Metastáticos

🔹 Dor óssea – Indicativa de metástases ósseas.
🔹 Sintomas respiratórios – Quando o tumor se localiza no mediastino.
🔹 Proptose e equimose periorbitária – Achado característico quando há metástases orbitárias.
🔹 Síndrome de Pepper – Metástases hepáticas volumosas.
🔹 Síndrome de Hutchinson – Metástases ósseas difusas.
🔹 Síndrome de Kinsbourne (Opsoclonus-mioclonus) – Condição paraneoplásica rara associada a neuroblastoma, caracterizada por movimentos oculares rápidos e involuntários, mioclonia e ataxia.

DIAGNÓSTICO

Exames Laboratoriais

✅ Dosagem de catecolaminas urinárias – Metanefrinas e ácido vanilmandélico (VMA) são marcadores bioquímicos importantes e frequentemente elevados no neuroblastoma.
✅ Exames genéticos – Avaliação do gene MYCN (fator de mau prognóstico quando amplificado).

Exames de Imagem

✅ Ultrassonografia abdominal – Pode revelar massa sólida heterogênea.
✅ Tomografia Computadorizada (TC) / Ressonância Magnética (RM) – Avaliam extensão local e metástases.
✅ Cintilografia com MIBG (metaiodobenzilguanidina) – Excelente marcador para localizar o tumor e suas metástases.

Biópsia

✅ Essencial para confirmação histopatológica e avaliação do grau de diferenciação celular.

PROGNÓSTICO

O prognóstico do neuroblastoma depende de diversos fatores prognósticos:

Grupos de Risco

✅ Baixo risco – Tumores localizados em crianças menores de 1 ano têm melhor prognóstico.
✅ Risco intermediário – Tumores localmente avançados, mas sem metástases.
✅ Alto risco – Tumores metastáticos ou com amplificação do gene MYCN.

Fatores de Risco Prognóstico

✅ Estádio clínico – Classificação por estadiamento (ex.: sistema INSS).
✅ Idade ao diagnóstico – Crianças com <18 meses têm melhor prognóstico.
✅ Amplificação do gene MYCN – Forte marcador de pior prognóstico.
✅ Ploidia – Tumores com maior conteúdo de DNA (hiperdiploides) têm melhor prognóstico.
✅ Histopatologia – Tumores bem diferenciados apresentam melhor prognóstico.

TRATAMENTO

O tratamento é individualizado conforme o grau de risco e extensão da doença.

✅ Cirurgia – Indicação primária em tumores localizados e ressecáveis.
✅ Quimioterapia – Fundamental para tumores avançados ou com metástases.
✅ Radioterapia – Utilizada nos casos de doença residual ou em tumores inoperáveis.
✅ Terapia com MIBG radioativo – Utilizado para tratar metástases específicas que captam MIBG.
✅ Imunoterapia – Pode ser indicada nos casos de alto risco.

PONTOS-CHAVE PARA A PROVA

✅ O neuroblastoma é o tumor sólido extracraniano mais comum da infância.
✅ O achado clássico na histopatologia é a presença de pseudo-rosetas de Homer-Wright.
✅ A dosagem de catecolaminas urinárias (ex.: VMA e HVA) é um marcador diagnóstico essencial.
✅ A presença de amplificação do gene MYCN é um marcador de prognóstico ruim.
✅ O quadro clínico pode incluir HAS, proptose ocular e equimoses periorbitárias quando há metástases.

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EXPLICAÇÃO COMPLETA E APROFUNDADA SOBRE OUTRAS LESÕES ADRENAIS

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CISTOS ADRENAIS

Definição

Os cistos adrenais são lesões benignas, geralmente assintomáticas, que consistem em cavidades preenchidas por líquido dentro ou ao redor da glândula adrenal.

Classificação

Os cistos adrenais são classificados conforme sua origem:

✅ Cistos endoteliais – São os mais comuns (cerca de 45% dos casos). Derivam de vasos linfáticos ou sanguíneos.
✅ Cistos epiteliais – Derivam de remanescentes embrionários ou de estruturas glandulares.
✅ Cistos parasitários – Frequentemente causados por Echinococcus spp.
✅ Pseudocistos – Lesões hemorrágicas encapsuladas por tecido fibroso.

Manifestações Clínicas

✅ A maioria é assintomática e descoberta incidentalmente.
✅ Quando sintomáticos, podem causar:
• Dor abdominal
• Náuseas e vômitos
• Massa palpável
• Compressão de estruturas adjacentes

Diagnóstico

✅ Ultrassonografia (USG) e Tomografia Computadorizada (TC) identificam lesões císticas bem delimitadas.
✅ RM (Ressonância Magnética) pode ser necessária para caracterizar cistos complexos ou diferenciá-los de massas sólidas.

Tratamento

✅ A maioria não requer intervenção.
✅ Indicações de tratamento cirúrgico:
• Cistos sintomáticos
• Cistos > 5 cm
• Cistos com características suspeitas de malignidade

MIELOLIPOMA

Definição

O mielolipoma é uma neoplasia benigna rara composta por uma mistura de tecido adiposo maduro e elementos hematopoiéticos. Ele se origina no córtex adrenal e, em geral, é uma descoberta incidental.

Patogênese

A origem do mielolipoma ainda não é completamente compreendida, mas há uma associação com processos crônicos inflamatórios ou estímulo prolongado da glândula adrenal.

Características Macroscópicas

✅ Lesão bem delimitada e geralmente encapsulada.
✅ Pode variar de poucos centímetros até tumores volumosos.
✅ Coloração amarelada devido ao conteúdo adiposo e áreas avermelhadas decorrentes de elementos hematopoiéticos.

Características Microscópicas

✅ Presença de tecido adiposo maduro.
✅ Células hematopoiéticas das três linhagens principais:
• Eritroide (hemácias)
• Mieloide (granulócitos)
• Megacariocítica (plaquetas)

Manifestações Clínicas

✅ Geralmente assintomático.
✅ Quando volumoso, pode causar:
• Dor abdominal ou lombar.
• Sinais compressivos se houver invasão ou deslocamento de órgãos próximos.
✅ Em casos raros, pode haver hemorragia retroperitoneal espontânea.

Diagnóstico

✅ Tomografia Computadorizada (TC) – Revela uma massa heterogênea com áreas de gordura bem definidas, aspecto típico que facilita o diagnóstico.
✅ Ressonância Magnética (RM) – Pode ser necessária para avaliação detalhada de tumores maiores ou complexos.

Tratamento

✅ Pequenos mielolipomas assintomáticos geralmente não requerem intervenção.
✅ Indicações de cirurgia:
• Tumores volumosos (> 7 cm)
• Dor abdominal significativa
• Sinais de hemorragia

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