Aula 25- Livro VII e VIII Flashcards
Uma cidade não pode ser uma cidade pequena se não vai ser autossuficiente, mas depois a preocupação ficou no final da última, a cidade não pode ser excessivamente grande, se a cidade for excessivamente grande então, ela tem que ser governada tiranicamente.
Quais as condições que são necessárias reunir para termos um melhor regime?
A cidade tem de ser pequena mas, não pode ser demasiado pequena. Qual é o limite da grandeza da cidade?—» Aristóteles faz aqui uma menção importante, se a cidade for demasiado grande, quem é que vai ser o Estentor desta cidade?
Dimensão máxima:
Tem que ser a cidade em que a voz de um Estentor chega todos.
Dimensão mínima:
Ela tem de ser pequena até ao ponto de não poder reunir as condições de autossuficiência
Já vimos esta história do Estentor, nós agora vamos ver uma que seja mais concreta:
O critério governamental é este, os cidadãos têm que se conhecer e conhecer-se bem entre si, e porquê que é assim?
- Primeiro, vejamos do ponto de vista dos governados:
- Segundo, do ponto de vista dos governantes:
1-
Uma Aristocracia ou uma Realeza depende em absoluto da qualidade dos governantes, se eles não forem excelentes por definição, não existe Aristocracia nem Basileia. Vejam que uma Basileia é o governo de um só, sem leis, portanto de modo absoluto, nós designamos por realeza, se esses basileu não for o homem superior, então qual é que é a diferença entre uma Basileia e uma Tirania?
Então, é absolutamente indispensável que os governantes sejam superiores, sejam excelentes. Com é que nós identificamos se esse excelente ou não?—» Do ponto de vista dos governados nós temos que saber quem ele é.
2-
Porque é que eu requisito fundamental, no limite da grandeza da cidade, a cidade ser tão pequena ao ponto de nós todos conhecemos uns aos outros? —-» Porque os governantes, os Aristoi, lembrem-se que eles são excelentes porque decidem melhor que ninguém. Então o que é que significa decidir melhor que ninguém?—-» Em cada caso particular, lembrem-se que nós já falamos disso várias vezes até a propósito da questão da supremacia da lei ou do governo pessoal, neste caso são governos pessoais é vontade da decisão pessoal que manda; aqui o governante quando decide num caso particular, e tenho que estar completamente ciente de quem sou as pessoas concretas que estão envolvidas no caso particular e quais são essas circunstâncias dessas pessoas.
O melhor regime, é regime sei lei, porquê?—» Porque é o discernimento pessoal do governante que decide da melhor maneira possível, cada caso particular é julgado da melhor maneira possível de acordo com o Aristos. A lei o que é que é?—» Ela é a inferior a esta solução, porque ela é cega, e portanto, ela vai ser cega perante as circunstâncias específicas de cada caso popular.
Mas ao mesmo tempo, o seu governo pessoal do Aristos depende de nós conhecermos uns aos outros e da cidade ser minúscula, porque de outra maneira nós não nos conhecemos uns aos outros, a supremacia da lei permite que a cidade seja maior do que seria neste contexto pessoal, claro que para Aristóteles se a cidade for muito grande, então a lei também não é suficiente, terá de ser um regime tirânico, e isso é mau.
-nobres:Agricultores;Artesãos;Comerciantes} Membros adj.
+nobres: Militares;Governates; Sacerdotes}Membros plenos
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Juventude Meia-Idade Velhos
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Vigor físico Phonesis Não tem virtudes
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Virtude do corpo Virtude da alma
Explica:
a)Cada uma das funções
b)Os + e - nobres
c)Os Membros adjuntos e plenos
a)
-Precisamos de alimentação, então a função de produção da alimentação é necessária, logo, uma das partes da cidade será a parte que formará os agricultores.
-Depois precisamos dos outros artefactos, que são necessários para a nossa vida, precisamos de vestir, calçar, etc, então nós precisamos de artes produtivas. Então vejam, se essa função produtiva é indispensável haverá uma parte da cidade constituída por pessoas que são os artesãos
-Temos militares, guerreiros, guardiões, soldados; estas funções existem, porque nós precisamos de proteger os nossos inimigos (questão do isolamento da cidade). Função da defesa, da defesa externa e depois também pessoas que manuseiam o armamento, que dominem os meios de violência para impor a ordem interna, a segurança interna.
-Os comerciantes: falamos de autossuficiência da polis do melhor regime, não significa que nós produzimos toda alimentação, temos que ir buscar coisas e temos que exportar coisas.
b)
Há partes da cidade que são mais nobres e partes da cidade que são menos nobres.
- Nobres:
Os agricultores, artesãos e comerciantes são as partes menos nobres, porque estes são os que vão dedicar a vida a produzir coisas portanto, aquela condição básica para viver a vida boa, que é a condição do lazer, não vai estar presente na vida destas pessoas é por isso que estas partes são menos nobres, não se esqueçam que elas são indispensáveis.
+Nobres:
São as mais dignas.
Continuação do a)
- Os sacerdotes são aqueles que tomam conta do culto dos deuses.
Parece que ele está a colocar a classe dos sacerdotes, acima de todas as outras. Nós já vamos ver, aqui Aristóteles diz isto em primeira importância, mas depois começa a desvalorizar o que disse.
c)
Membros adjuntos.
Aristóteles diz, que a cidade para ser boa, tem de ser constituída por pessoas boas, a cidade excelente tem de ser constituída por pessoas excelentes.
Só que há aqui um problema é aqui nas partes das cidades que nós vimos, há pessoas que constituem essas partes que não podem viver a vida boa então não podem ser felizes nesse sentido, não podem praticar a excelências humanas são os banasoi, são as partes menos nobres da cidade.
Aristóteles de e, que esses não podem ser cidadãos, mas então eles não são partes da cidade? ———-» Eles são partes da cidade, como uma parte que coopera, as partes que formam o todo. Então nós temos de dizer que eles são membros adjuntos.
Membros plenos:
Os militares, os governantes e os seus dotes são os membros plenos da cidade, só os mais nobres, estes sim são cidadãos.
Continuação do a):
Para exercer a função de militares precisamos de vigor físico, então Aristóteles diz que quando nós somos mais novos começamos por ser militares. A juventude é a fase da vida que é associada ao vigor físico, portanto há uma excelência do corpo que só ocorre na juventude.
Primeiro nós fomos militares depois somos governantes, porque nos governantes, nós precisamos das virtudes da alma, do espírito em pleno; as logo centralidade na phonesis (sabedoria prática), a meia-idade é idade centrada na phonesis, então as virtudes da alma estão na sua plenitude aqui. Nós já sabemos, que a parte militar é menos nobre do que a parte governante, porque nos militares nós precisamos da virtude do corpo, dos governantes everto da alma; e nós já sabíamos que a alma é superior ao corpo.
Se nós vamos crescendo em virtude, o que é que acontece a seguir à meia-idade?—» Nós vamos descer. É isso que Aristóteles vai descrever dos sacerdotes.
Nota:
Para nós termos o melhor regime, nós já vimos que nós precisamos de uma reunião de várias condições e em simultâneo, se uma das condições está ausente logo o regime já não é possível. Quando vimos na última aula vimos a diferença entre impossível e improvável–» Não é impossível mas sabemos que é altamente improvável–» Porque é que é altamente improvável, pela razão que Aristóteles diz aqui: há coisas que estão debaixo do controlo da vontade política, portanto, a política pode ditar a reunião de determinadas condições que são imprescindíveis para a realização do melhor regime; mas há outras condições que são igualmente indispensáveis que Aristóteles diz que é produto da sorte, do acaso.
Aristóteles vai dizer que a educação depende da Phusis, ethos, logos (natureza, hábito e razão), mas quer dizer, nós só educamos a natureza que já tenha como potencialidade as virtudes humanas.
Vamos ver agora, uma cidade que é boa, é coletivamente boa mas ela não pode ser coletivamente boa se os indivíduos não forem bons—-» Isso faz parte da própria ideia do melhor regime. Lembrem-se, que só no melhor regime que o bom cidadão é exatamente idêntico ao homem moralmente bom, só no melhor regime é que os requisitos políticos de regime são idênticos, são simultâneos, são coincidentes com os requisitos da virtude moral.
Nós estamos a falar de educação política que é simultâneo com a educação moral, e ela depende de 3 fatores: Phusis, ethos, logos
O que são este 3 fatores?
Phusis (natureza):
Nós trabalhamos a natureza que já tenha como potencialidade as virtudes humanas.—-»Só podemos educar uma boa Phusis.
Ethos (hábito):
A educação é o desenvolvimento de hábitos virtuosos, e ao praticar a bondade do Homem, aprendemos a ser moralmente bons.
EX: Como é que aprendemos a ser corajosos?–»Por hábito de praticar atos corajosos–»Educação ética.
Logos (razão):
Nós precisamos de cultivar as faculdades da razão pelo estudo, pelo conhecimento, meditação, exercício da memória.—»Tudo isto faz parte da educação intelectual.
Ethos e Logos–» Aos pontos de partida e da humanidade, mas depois, com determinadas qualidades do corpo e da alma, já dadas essa natureza, só em cima dessa boa natureza, é que podemos fazer o trabalho educativo que dispensam dessa possibilidade de atualização dessas potencialidades
Qual é a virtude específica da vida de um filosófico?
Sophia.
Nós percebemos que os governantes solentes participam simultaneamente do lazer mas ao mesmo tempo igualmente de uma atividade que é muito absorvente, que é lazer mas não é lazer.
Portanto as virtudes que vão ser cultivadas para os governantes não só podem resumir a virtude da Sophia do filósofo, tende envolver outras virtudes intelectuais iguais, morais na justiça e na temperança, intelectuais na phonesis que é uma forma de sabedoria, que é direcionada para as questões práticas.
Há atividades é importante formas de vidas que são mais nobres e outras menos nobres, qual é o raciocínio de Aristóteles?
O exemplo da paz e da guerra (p. 14-15)
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Para chegar à conclusão do lazer e do trabalho.
Nota:
No livro VIII, nós regressamos ao início, vamos terminar voltando ao início:
O quê é que nós vimos que caracterizava uma comunidade política? —-» Não existe uma comunidade política sem que ela seja posto em comum pelas suas partes, portanto o que é que aqui neste caso também existe em comum?—» O Telos da cidade. Portanto, do melhor regime político nós sabemos que o Telos, o Telos político do regime, da forma coincidir com o Telos da cidade como substância natural, a realização da vida boa.
Então, Aristóteles está a dizer que o melhor regime esse exercício é comum, porque nós temos algo que é comum em toda a cidade.
Se sabemos também que a vida boa, só pode ser vivida quando ela é previamente preparada ou cultivada por uma educação, essa educação, é a educação política do regime. Mas se a educação política do regime, é mesma educação para todos, logo elas têm de estar em cargo da cidade e não de ser de iniciativa privada.
E assim educação, tem de ser uma educação pública e igual para toda a gente, porque o Telos é o mesmo, e este é luz sendo mesmo é o elemento comum mais precioso de qualquer polis, mas em particular da polis revestida da forma política que é o melhor regime.
Nota:
A educação é só para os cidadãos, esta educação completa é só para os cidadãos.
