Aula 2: Arboviroses, Leptospirose e Hantavirose Flashcards
Quais são as principais doenças virais que causam febres hemorrágicas?
As febres hemorrágicas são causadas por diversos vírus, incluindo membros das famílias Filoviridae, Arenaviridae, Flaviviridae e Bunyaviridae.
Exemplos dessas doenças incluem o vírus Ebola e Marburg (Filoviridae), febre de Lassa (Arenaviridae), vírus Junin (Arenaviridae), dengue e febre amarela (Flaviviridae), e hantavírus (Bunyaviridae).
Quais são as doenças bacterianas que podem causar febres hemorrágicas?
Exemplos incluem leptospirose, meningococcemia e casos graves de sepse com coagulação intravascular disseminada (CIVD).
Quais são algumas arboviroses causadas por Flaviviridae?
As arboviroses são doenças transmitidas por artrópodes, como mosquitos e carrapatos. Dentro da família Flaviviridae, algumas arboviroses importantes incluem a dengue (causada por quatro sorotipos diferentes), a febre amarela, o vírus Zika, a encefalite japonesa e o vírus West Nile, entre outros.
Qual é o vetor principal da dengue, chikungunya, zika e febre amarela?
O vetor principal para a transmissão da dengue, chikungunya, zika e febre amarela é o mosquito Aedes aegypti. Esse mosquito é comum em regiões tropicais e subtropicais e é responsável por transmitir essas doenças ao picar humanos infectados.
Qual é o vetor da febre amarela no Brasil?
No Brasil, o vetor principal da febre amarela é o mosquito Haemagogus. Embora o Aedes aegypti também possa transmitir o vírus da febre amarela, especialmente em áreas urbanas, o Haemagogus é o vetor mais comum em regiões de mata e silvestres.
O que é a prova do laço e como é realizada?
A prova do laço é um teste utilizado para avaliar a integridade dos vasos sanguíneos e a fragilidade capilar. Ela é realizada inflando um manguito de pressão arterial no braço do paciente e mantendo-o inflado por um determinado período de tempo. Após a liberação do manguito, observa-se a presença de petéquias (pequenas manchas vermelhas) na área comprimida, o que indica uma fragilidade aumentada dos vasos.
Quais são os sinais de alarme da dengue?
Os sinais de alarme da dengue incluem sintomas como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), hipotensão postural, hepatomegalia, sangramento de mucosas, letargia e irritabilidade, além de um aumento progressivo do hematócrito e plaquetopenia. Esses sinais indicam agravamento da doença e a necessidade de monitoramento cuidadoso.
Como é feito o diagnóstico da dengue?
O diagnóstico da dengue envolve uma combinação de sinais e sintomas clínicos, exames laboratoriais e testes específicos. Entre os métodos diagnósticos utilizados estão a sorologia (que pode ser positiva após o 6º dia da doença), o teste de detecção do antígeno NS1 (positivo até o 5º dia), o isolamento viral, a PCR (reação em cadeia da polimerase) e a imunohistoquímica. Além disso, a prova do laço e os hemogramas seriados também podem auxiliar no diagnóstico.
O que é dengue hemorrágica e como se diferencia da dengue clássica?
A dengue hemorrágica é uma forma grave da doença que cursa com manifestações hemorrágicas, hemoconcentração, acidose metabólica, derrames cavitários e choque hipovolêmico. Ela se diferencia da dengue clássica pela presença dessas complicações graves, que não estão presentes na forma clássica da doença.
Quais são os diagnósticos diferenciais da dengue?
Os diagnósticos diferenciais da dengue incluem outras doenças febris agudas e infecções virais ou bacterianas que apresentam sintomas semelhantes. Isso pode incluir síndromes febris, exantemáticas, hemorrágicas, dores abdominais, choque, meníngeas e outras condições que compartilham sinais e sintomas comuns com a dengue.
Como é realizada a sorologia para a dengue?
A sorologia para a dengue é realizada através da coleta de uma amostra de sangue do paciente. Existem diferentes métodos sorológicos disponíveis para detectar a presença de anticorpos específicos produzidos pelo organismo em resposta à infecção pelo vírus da dengue.
Quais são os métodos sorológicos utilizados na detecção da dengue?
Os métodos sorológicos incluem a Imunofluorescência Indireta (IFI), o Ensaio Imunoenzimático (ELISA) e o Teste Rápido (Teste de Lateral Flow).
Como funciona o teste de Imunofluorescência Indireta (IFI)?
No teste de IFI, a amostra de sangue é misturada com uma solução contendo antígenos do vírus da dengue. Se o paciente estiver infectado, os anticorpos presentes no sangue irão se ligar aos antígenos, formando complexos que podem ser visualizados sob um microscópio de fluorescência
Qual é o princípio do Ensaio Imunoenzimático (ELISA)?
O ELISA utiliza anticorpos ou antígenos marcados com enzimas para detectar a presença de anticorpos específicos no sangue do paciente. Se os anticorpos contra o vírus da dengue estiverem presentes na amostra, eles irão se ligar aos antígenos presentes no teste, resultando em uma reação enzimática que pode ser quantificada e analisada.
Como funciona o Teste Rápido para dengue?
O Teste Rápido utiliza uma tira reativa que contém antígenos do vírus da dengue. Quando a amostra de sangue do paciente é aplicada na tira, os anticorpos específicos contra o vírus, se presentes, irão se ligar aos antígenos, resultando em uma mudança de cor que indica um resultado positivo.
Qual é a técnica do laço e qual o seu propósito?
A técnica do laço, também conhecida como prova do torniquete, é um método utilizado para avaliar a permeabilidade capilar e pode ser útil no diagnóstico da dengue.
Como a técnica do laço é realizada?
Para realizar a técnica do laço, um manguito de pressão arterial é inflado em torno do braço do paciente até atingir uma pressão média específica. O manguito é mantido inflado por um período de tempo determinado, geralmente entre 3 a 5 minutos.
Qual o procedimento após a inflação do manguito?
Após o período de inflação, o manguito é desinflado e o braço é examinado quanto à presença de petéquias, que são pequenas manchas vermelhas na pele causadas pelo extravasamento de sangue dos capilares.
Qual é o critério para considerar o teste do laço como positivo?
O teste do laço é considerado positivo se um certo número de petéquias estiver presente no braço do paciente. Geralmente, são consideradas positivas as situações em que há 20 ou mais petéquias em adultos e 10 ou mais petéquias em crianças
Qual é a interpretação de um teste do laço positivo?
Um teste do laço positivo pode indicar uma alteração na permeabilidade vascular, o que é comum em casos de infecção por dengue e outras doenças virais que causam febre hemorrágica. No entanto, é importante ressaltar que um teste do laço positivo não é diagnóstico por si só e deve ser interpretado em conjunto com outros sinais e sintomas clínicos.
Quais são os principais sintomas e características da febre amarela?
A febre amarela é uma doença multissistêmica caracterizada por uma variedade de sintomas que afetam diversos órgãos do corpo. Os sintomas incluem febre alta, calafrios, dores musculares generalizadas, dor nas costas, prostração, icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), insuficiência hepática e renal, diarreia, cefaleia intensa, sangramento nasal e gengival, entre outros. A doença pode se apresentar em diferentes formas, desde casos assintomáticos até formas graves que podem levar à morte.
Como é feita a classificação da febre amarela por risco?
A febre amarela pode ser classificada em febre amarela silvestre e febre amarela urbana. Ambas são causadas pelo mesmo vírus, porém são transmitidas por diferentes mosquitos vetores. A forma silvestre é transmitida pelo Haemagogus ou Sabethes, enquanto a forma urbana é transmitida pelo Aedes aegypti. Ambas as formas são consideradas doenças de notificação compulsória.
Quais são as fases da febre amarela e suas características?
A febre amarela possui várias formas clínicas, incluindo a assintomática, leve, moderada e grave. A maioria dos casos é assintomática, seguida pelas formas leve e moderada, que apresentam febre e outros sintomas como cefaleia. A forma grave é caracterizada por febre e icterícia, enquanto a forma maligna pode levar a complicações graves e até mesmo à morte.
Como é feito o diagnóstico da febre amarela?
O diagnóstico da febre amarela pode ser feito por meio de exames laboratoriais, como hemograma, que mostra leucopenia com neutropenia e trombocitopenia, além de alterações hepáticas e renais. São realizados testes sorológicos para detecção de anticorpos específicos contra o vírus da febre amarela, além de outros métodos como isolamento viral e detecção de antígeno em tecido.