ASMA AGUDA Flashcards
definiçao de asma
Doença crônica das vias aéreas caraterizada por:
• Obstrução ao fluxo aéreo reversível (embora não completamente em alguns pacientes) espontaneamente ou com tratamento;
• Inflamação em que muitas células têm um papel importante, em particular mastócitos e eosinófilos;
• Aumento da reatividade das vias aéreas a uma variedade de estímulos (hiperresponsividade brônquica = HRB);
• Manifestando como episódios recidivantes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao acordar.
fisiopatologia
EDEMA + CONTRAÇAO DA MUSCULATURA LISA BRONQUICA + HIPERSECREÇAO DE MUCO -> OBSTRUÇAO
sinais e sintomas na anamnese e exame fisico que sugere asma
Anamnese completa
Sintomas que sugerem o diagnóstico:
• Episódios frequentes de sibilancia
• Tosse induzida por exercício, choro ou riso
• Tosse induzida por alergenos e não apenas em episódios virais (dd com rinite)
• Tosse noturna sem resfriado (dd com sinusite - gotejamento posterior ao deitar)
• Duração dos sintomas mais que 10 dias
• Sintomas que se repetem após os 3 anos
• Melhora de episódios anteriores com uso de B2 agonistas e coritcosteroides
• Realizar exame físico cuidadoso
- Sibilancia
- Classificação da gravidade do episódio avaliado
- tempo expiratorio prolongado
criterios para risco de asma aos 6 anos
Lactente com idade ≤ 3 anos tem SR (sibilancia recorrente 3 a 4 episódios no ultimo ano) + 1 critério > ou 2 <s tem 9,8 vezes mais chance de asma aos 6 anos
obs: quando um lactente < 3 anos com sibilancia de repetiçao, nao necessariamente
criterios de prediçao de asma futura
IPA modificado
criterios maiores
- pai ou mae com asma
- dermatite atopica
- sensibilizaçao a um ou mais aeroalergenos
criterios menores
- sensibilizaçao alergico a leite, ovo ou amendoim
- sibilancia nao associada a infecçoes virais
- eosinofilia maior que 4%
IPA original
criterios maiores
- pai ou mae com asma
- dermatite atopica
criterios menores
- rinite alergica
- sibilancia nao associada a infecçoes virais
- eosinofilia maior que 4%
diagnostico de asma
antes dos 8 anos: quadro clinico sugestivo, bronquiolite de repetiçao
depois dos 8 anos: espirometria
Lactentes (0 a 2 anos): deve-se avaliar a persistência dos sintomas, que é um indicador de gravidade.
Avaliar se o lactente apresentou sibilância na maioria dos dias nos últimos 3 meses:
- Se sim, este lactente deve ser diagnosticado como SIBILANTE PERSISTENTE, após exclusão cuidadosa de outras causas.
- Se não, ou seja os sintomas são intermitentes (recorrentes), deve-se avaliar a histórico de uso prévio de corticóide sistêmico e hospitalização para caracterizar a gravidade.
Pré-escolares (3 a 5 anos): a chave para diferenciar o fenótipo é a persistência de sintomas no último ano:
- Se sintomas desaparecem completamente entre os episódios e, normalmente, seguem-se a um
resfriado, o diagnóstico mais apropriado é ASMA INDUZIDA POR VIRUS.
- ASMA INDUZIDA PELO EXERCÍCIO também pode ser um fenótipo.
Pesquisa de sensibilização a alérgenos específicos (teste cutâneo ou IgE específica) podem ser solicitados (quando disponíveis), e deve-se observar se há associação entre a exposição a alérgenos e o aparecimento de sintomas.
Se positivos, os testes ou a associação, o fenótipo é ASMA ATÓPICA OU ALÉRGICA.
Se ausentes, pode-se dizer que é ASMA NÃO-ATÓPICA; mas a interpretação deve ser cautelosa, pois a sensibilização poderá ocorrer posteriormente.
epidemiologia da evoluçao da asma
Estudos epidemiológicos têm empregado a persistência da sibilância ou a sua recorrência (três ou mais episódios) no lactente como sinônimo de asma.
• A Sibilancia Recorrente (SR) representa problema significativo de saúde pública, sobretudo em países em desenvolvimento.
• A prevalência de sibilância nos primeiros 3 anos de vida pode chegar a 50% (pelo menos um episódio por lactente).
• 60 a 70% dos lactentes que sibilam nos primeiros anos de vida, não sibilam mais após os 3 anos.
• Metade dos casos de asma persistente se iniciam antes dos 3 anos e 80% antes dos 6 anos.
• Entre 1 e 6 anos, já pode haver perda de função pulmonar. • A gravidade da asma no adulto tem correlação com a gravidade da asma na infância.
anamnese em caso de crise asmatica
historia clinica
Anamnese dirigida enquanto providencia o tratamento; • Crise atual: duração dos sintomas; fatores desencadeantes; sintomas infecciosos; uso de medicações para crise e últimas doses.
• Melhor Pico de Fluxo Expiratório (PFE) ; • Medicações de manutenção; • Crises anteriores: data da última crise; frequência das crises; última internação por asma e necessidade de intubação e internação em CTI.
investigar o que desencadeia a asma
Resposta à exposição a um agente externo :
• Infecções respiratórias virais • Exposição a alérgenos, por exemplo pólen , pó de soja, esporos de fungos • Alergia alimentar • Poluição do ar • Mudanças sazonais e / ou retorno à escola • Má adesão
• um subconjunto de pacientes apresenta exacerbação sem exposição a fatores de risco conhecidos .
• Podem ocorrer exacerbações graves em pacientes com sintomas leves ou bem controlados de asma
conduta de acompanhamento de criança asmatica e objetivo do acompanhamento
- Rx de tórax - para excluir mal formações, fibrose cística, tuberculose, hiperinsuflação.
• Pesquisa de sensibilização a alergenos
• PFE < 80% - sugere obstrução de vias aéreas
• Espirometria
O Objetivo do acompanhamento é o controle das exacerbações
exame fisico em caso de crise de asma
• Vias aéreas superiores e inferiores: • Impressão clínica geral; • Estado mental; • Frequência respiratória (FR); • Frequência cardíaca (FC); • Dispnéia; • Fala;
• Uso de musculatura acessória; • Ausculta pulmonar; • PFE; • Saturação de oxigênio (Sat O2), • Pressão parcial de oxigênio (PaO2) e • Pressão parcial de gás carbônico (PaCO2).
manejo em caso de crise asmatica
Decúbito elevado • Hidratação conforme situação hídrica do paciente • Dieta conforme avaliação do desconforto respiratório • Ambiente: calmo, organizado, manuseio mínimo, presença dos pais é importante se possível.
• Monitorização • Oxigênio
tratamento em caso de crise asmatica
❖ PRIMEIRO PASSO -> Oxigenioterapia:
• SatO2 ≥ 95%.
• FiO2 entre 50 e 60% em geral é suficiente para obter uma PAO2 >70mmHg. – MAS IDEAL É MANTER ENTRE 80 E 100 MMHG
• Ação broncodilatadora por efeito direto.
• Cateteres nasais, máscaras faciais, campânulas ou tendas, VNI, VM
❖Broncodilatadores de curta ação:
• Β2 - agonistas de curta ação são o sustentáculo do AAA;
• Agentes mais utilizados na Brasil são salbutamol, fenoterol e terbutalina.
• Nebulímetros a jato (com droga veiculada em 3-4 ml de solução salina, com fluxos de 6-8 litros de oxigênio)
• Inaladores pressurizados dosimetrados (sprays) com espaçadores.
- fenoterol faz diminuição do potassio
❖Corticóides (moderado ou grave ou caso leve com uso previo se corticoide (pelo menos 1 dose)):
Os corticóides sistêmicos (CS) devem ser usados precocemente.
• Os mesmos reduzem a inflamação, aceleram a recuperação, reduzem recidivas e hospitalizações e diminuem o risco de asma fatal.
• Via oral ou intravenosa tem efeito clínico equivalente. • Não existem evidencias que suportem a utilização dos corticosteroides inalatórios (CI), em substituição aos corticosteroides orais e ou parenterais, no tratamento de crises de asma na população pediátrica.
Drogas alternativas:
❖Brometo de ipratrópio:
• O brometo de ipratrópio (BI) é um agente anticolinérgico que produz broncodilatação dentro de 20 - 30 minutos
• Nas exacerbações mais graves, pode ser empregado em doses repetidas, administrado conjuntamente com um β2-agonista de curta ação;
• Pode ser utilizado de forma intermitente frequente (a cada 20 minutos) em associação às drogas β2-agonistas, por 1-2 horas( 3-6 nebulizações), na tentativa de diminuir a necessidade de admissão hospitalar.
- grave: B2 + brometo de ipratropio
- muscarinico
- apos estabilizar, retirar e ficar ao com o B2
❖Sulfato de magnésio:
• Indicado nas exacerbações muito graves, sem resposta ao tratamento usual.
• Quando favorável, a resposta terapêutica ocorre em 1-2 h após a infusão de dose única de sulfato de magnésio intravenosa
- mantem o calcio fora da celula -> aumenta o periodo de relaxamento do musculo
- em bomba de infusao em 30-40 min
- risco de PCR