Artrite Psoriásica Flashcards
Qual a porcentagem de pessoas com psoríase que desenvolvem a artrite psoriásica (AP)?
Até 30%.
Quando surge a AP no curso da psoríase?
80% surge após as lesões cutâneas da psoríase, mas 20% podem surgir antes ou de forma concomitante.
Qual a epidemiologia da AP?
Acometimento igual de ambos os sexos, idade 30-55 anos.
Qual a etiopatogenia da AP?
Provável envolvimento de LyT CD8+ (assim como na psoríase). HLA-B27 positivo se associa com pior prognóstico e acometimento de esqueleto axial.
Como a AP se manifesta clinicamente?
Através de várias formas distintas, sendo que podem ocorrer em concomitância e uma forma evoluir para outra.
Quais os principais padrões da AP?
Poliartrite periférica simétrica (40% - principal), oligoartrite periférica assimétrica (30%), acometimento de IFD, artrite mutilante e acometimento do esqueleto axial. TODAS as formas podem evoluir para a artrite mutilante.
Como é o quadro da poliartrite periférica simétrica?
Quadro extremamente semelhante à AR (poliartrite periférica simétrica com acometimento principal de mãos e punhos e poupando IFD), sendo distinguível apenas pela ausência do fator reumatoide. Acomete menos articulações que na AR.
Se um paciente com artrite reumatoide soronegativa também apresentar psoríase, qual deve ser o diagnóstico?
Por definição: paciente com psoríase e poliartrite periférica simétrica e com FR NEGATIVO = artrite psoriásica. Paciente com psoríase e poliartrite periférica simétrica e com FR POSITIVO = AR.
Como é o quadro da oligoartrite periférica assimétrica?
Quando extremamente semelhante à ARe (oligoartrite periférica assimétrica com acometimento principalmente do joelho), costumando estar presente a dactilite.
Como é o quadro do envolvimento das IFD?
É o padrão clássico da AP, havendo uma artrite predominante em IFD, sendo frequentemente acompanhada de lesões nas unhas adjacentes.
Como é o quadro da artrite mutilante?
Raramente é o padrão inicial, sendo que todas podem evoluir para essa forma. É uma poliartrite periférica destrutiva com intensa osteólise. Ao RX, observa-se o “dedo em ponta de lápis”, em que as extremidades das IFD se tornam pontiagudas. O avanço da doença cursa com destruição quase que completa das falange e consequente encurtamento dos dedos = dobras na pele periarticular (deformidade em telescópio ou binóculo de teatro ou engavetamento dos dedos - o examinador consegue “esticar” o dedo) o pcte até sua posição original).
Como é o quadro do envolvimento do esqueleto axial?
Semelhante à EA, mas o acometimento, assim como na ARe, é assimétrico e aleatório, não sendo progressivo e ascendente como na EA. Os sindesmófitos aparecem apenas em um dos lados das vértebras.
Quais os achados laboratorias na AP?
Aumento de VHS, hiperuricemia (alto turnover das células da epiderme).
Quais os achados radiográficos na AP?
Erosões ósseas marginais e neoproliferação óssea.
Como é feito o Dx de AP?
Através da exclusão de patologias que podem se apresentar de forma semelhante.