Apostila - Português Flashcards

1
Q

1º) Examinador: Sr(a) candidata, a gramática tradicional divide-se em quantas partes?

A

Excelência, a divisão da gramática ainda não é um assunto pacificado entre os autores e aceita, por isso, mais de uma abordagem. É indiscutível, porém, a identificação de 4 partes essenciais que não podem se ausentar jamais:
1 - Fonética (som);
2 - Morfologia (palavra);
3- Sintaxe (funcionamento) e
4 - Semântica (significado).

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2
Q

2º) Examinador: Sra candidata, como se classifica a sílaba tônica nas palavras? Exemplifique cada uma das classificações.

A

Excelência, a sílaba tônica permite 3 posições: quando a tônica ocorre na última sílaba, temos uma oxítona, como na palavra sofá; quando a tônica ocorre na penúltima sílaba, temos uma paroxítona, como na palavra revólver; quando a tônica ocorre na antepenúltima sílaba, temos uma proparoxítona, como na palavra médico.

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3
Q

3º) Examinador: Sra candidata, a palavra “item” é acentuada? Se for, qual a regra que justifica a acentuação?

A

Excelência, a palavra “item” não recebe acentuação, pois não se acentua palavras paroxítonas terminadas em “em”, tal como “ontem” e “nuvem”.
ATENÇÃO:
Há acentuação nas paroxítonas terminadas em EN (hífen, pólen, abdômen, hímen), porém, não há nas paroxítonas terminadas em EM (item, jovem, nuvem, ontem) ou ENS (itens, jovens, nuvens, hifens, himens, polens, abdomens). Parece estranho, mas a regra produz isto: hífen com acento, mas hifens sem acento.

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4
Q

4º) Examinador: Sra candidata, a formação “reparti-lo” recebe acentuação? Se sim, qual a regra?

A

Excelência, a formação “reparti-lo” não recebe acentuação, pois não há regra em nosso idioma que permita acentuá-la, nem a regra das oxítonas, nem a regra do I e do U formando hiato.

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5
Q

5º) Examinador: Sra candidata, qual a diferença entre os prefixos “ante” e “anti”? Exemplifique

A

Excelência, o prefixo “ante” significa anterior, como ocorre em “anteontem; antevéspera; antebraço”, já o prefixo “anti” significa contrário, como ocorre em “antiético; antiesportivo; anti-horário”.

Palavras que apresentam som parecido são classificadas como parônimas.

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6
Q

6º) Examinador: Sra candidata, qual o significado da expressão “ao encontro de”?

A

Excelência, a expressão “ao encontro de” significa “em favor de; no sentido de”, como se observa em “ele me pagou na data combinada e isso veio ao encontro das minhas expectativas”.

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7
Q

7º) Examinador: Sr(a). candidato(a), a flexão verbal “estudava” está conjugado em que tempo e modo? O verbo “estabelecer” recebe qual forma neste mesmo tempo e modo?

A

➢ Resposta: Excelência, A forma verbal “estudava” está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo. O verbo “estabelecer”, nesse mesmo tempo e
modo, traz a seguinte forma: “estabelecia”.

*Dica de ouro: Cuidado no pretérito imperfeito do indicativo, pois os verbos
terminados em –AR formam estudava, amava, cantava, mas os verbos terminados em –ER e –IR formam aprendia, estabelecia, abolia, partia. Apesar de ser o mesmo tempo e modo, as desinências são distintas.

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8
Q

8º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Todos já sabiam ………. ele tinha agido daquela forma”, qual seria a grafia correta em relação ao uso dos porquês?

A

➢ Resposta: Excelência, na frase “Todos já sabiam por que ele tinha agido daquela forma”, a grafia correta é separada e sem acento.
*Dica de ouro: É muito importante memorizar os sinônimos dos porquês, pois
é dessa forma que teremos uma verificação segura. Observe:
1- porque = pois / conjunção explicativa ou causal;
2- porquê = substantivo, geralmente acompanhado de determinante (artigos e
pronomes) e equivale a “motivo” (Não se sabia o porquê da briga/ o motivo da
briga);
3- por que = pelo qual (e variações) / pronome relativo;
4- por que = por qual razão / pronome interrogativo;
5- por quê = por qual razão, em fim de frase.

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9
Q

9º) Examinador: Sr(a). candidato(a), conjugue o verbo “mediar” na terceira
pessoa do singular do presente do indicativo.

A

➢ Resposta: Excelência, a flexão verbal é “ele medeia”.
*Dica de ouro: Há cinco verbos que formam uma exceção: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar. A letra inicial desses verbos cria esta forma mnemônica: MARIO (Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar). Para
simplificar, conjugue-os da mesma forma que o verbo odiar (que é de uso mais
comum e em geral não temos dúvidas). Assim, se o verbo odiar ficar eu odeio,
ele odeia, os outros verbos o seguem fielmente: eu medeio, ele medeia; eu
remedeio, ele remedeia… Isso também vale para o verbo derivado intermediar
(eu intermedeio, ele intermedeia).

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10
Q

10º) Examinador: Sr(a). candidato(a), o que são formas arrizotônicas?

A

➢ Resposta: Excelência, as formas arrizotônicas nas conjugações verbais
ocorrem quando a flexão verbal traz a vogal tônica fora do radical.

*Dica de ouro: Formas rizotônicas: a vogal tônica está dentro do radical;
formas arrizotônicas: a vogal tônica está fora do radical.

Exemplos: cant am = forma rizotônica, pois a tônica está no radical “cant-“; cant
avam = forma arrizotônica, pois a tônica está fora do radical “cant-“

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11
Q

11º) Examinador: Sr(a). candidato(a), conjugue o verbo entreter na terceira
pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo.

A

Resposta: Excelência, a flexão verbal é “ele entreteve”.

*Dica de ouro: Muito importante observar que o verbo entreter é derivado de
ter e, em razão disso, deve-se observar a transmissão da forma verbal: tive =>
entretive, teve => entreteve, tiveram => entretiveram, quando tiver => quando
entretiver, se tivesse => se entretivesse. O verbo ter tem outros derivados e o
raciocínio é o mesmo: abster, ater, conter, deter, entreter, manter, obter, reter…

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12
Q

12º) Examinador: Sr(a). candidato(a), conjugue o verbo precaver na primeira
pessoa do singular do presente do indicativo.

A

➢ Resposta: Excelência, a flexão não é possível, pois temos nesse caso
um verbo defectivo, ou seja, há algumas pessoas em que a conjugação falha,
deixa de ser usada.

*Dica de ouro: O verbo precaver tem formas defectivas, ou seja, formas que
não podem ser conjugadas. Isso ocorre principalmente no presente do indicativo e presente do subjuntivo.

Conclua que não há no Português formas como “precavenho”, “precavejo”,
que, apesar de uso frequente, na norma culta estão erradas. Nas lacunas,
usam-se formas sinônimas, como o verbo prevenir.

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13
Q

13º) Examinador: Sr(a). candidato(a), conjugue o verbo reaver na primeira
pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo.

A

➢ Resposta: Excelência, a flexão é “eu reouve”.

*Dica de ouro: O verbo reaver (re + haver) segue a conjugação do verbo haver, porém com um detalhe: só se conjuga reaver quando na conjugação de haver permanecer a letra v. Por isso, no presente do indicativo, por exemplo, só há duas pessoas que possuem a conjugação do verbo reaver (nós e vós). Já no presente do subjuntivo não haverá conjugação.

ATENÇÃO: a forma “eu reavi” é uma conjugação muito usada, porém incorreta; o certo é “eu reouve”.

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14
Q

14º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Tal fato implicará pena”, as
normas gramaticais de regência foram respeitadas? .

A

➢ Resposta: Excelência, na frase não há falha de regência. O verbo implicar, com o sentido de gerar, acarretar, produzir, é transitivo direto e, portanto, não exige preposição.

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15
Q

15º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “O juiz julgou culpada a ré”,
qual a função sintática do termo “culpada”?

A

➢ Resposta: Excelência, a função sintática do termo “culpada” é predicativo do objeto.

*Dica de ouro: O predicativo do objeto é um termo que qualifica o núcleo do objeto direto (ou mais raramente o objeto indireto). Vejamos:

Ex: o juiz o julgou inocente. Chamei os alunos de sábios. Nomearam este homem
presidente.
Para entender melhor a função de predicativo do objeto, deve-se observar que
a regência do verbo contém a necessidade desse qualificador, ou seja, o
sentido exige não apenas o complemento verbal, mas também um qualificador
para este. Por isso, eleger não é apenas eleger alguém; aguarda-se o cargo e
este termo será o predicativo do objeto. Isso é uma característica própria do
verbo eleger: O povo elegeu José vereador.
Confira alguns verbos com tais características
- julgar: Eles o julgaram inocente.
- condenar: Eles o condenaram culpado.
- considerar: Consideramos os alunos mais preparados agora.
- nomear: A prefeitura os nomeou representantes oficiais.
- chamar (sentido de nomear): A gramática chama tal termo de irregular.
- tornar: Ele tornou a atividade mais prazerosa.
- supor: Ele supôs encerrada a corrida.

A voz passiva é uma boa forma de testar se o termo em análise é efetivamente
predicativo do objeto. Na transformação do objeto direto em sujeito da passiva,
o predicativo do objeto continua no predicado, porém agora como predicativo
do sujeito.
- Voz ativa: Ele considerou a prova difícil. (predicativo do objeto)
- Voz passiva: A prova foi considerada por ele difícil. (predicativo do sujeito).

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16
Q

16º) Examinador: Sr(a). candidato(a), o que é um predicado nominal? Cite dois exemplos.

A

➢ Resposta: Excelência, predicado nominal é aquele em que o núcleo do predicado se compõe de predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.
São exemplos: Ele está feliz. Ele é trabalhador.

*Dica de ouro: Observe como se dá a distinção entre os predicados:

a) predicado verbal – seu núcleo é um verbo intransitivo ou um transitivo:
Ela nasceu bem. Eu sempre lhe dizia isso.

b) predicado nominal – seu núcleo é um predicativo (do sujeito ou do objeto):
Ela estava doente.

c) predicado verbo-nominal – traz um núcleo verbal (verbo intransitivo ou um
transitivo) e um núcleo nominal (predicativo do sujeito ou do objeto):
Aquele homem já nasceu rico. Consideramos correta a resposta. O juiz julgou-a culpada.

Como se nota, quando formamos uma frase com predicativo do objeto, teremos
um verbo transitivo, o que sempre acarreta uma soma de núcleos e a classificação predicado verbo-nominal.

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17
Q

17º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o gênero dos seguintes substantivos: alface, dó, champanha e cal.

A

A alface;
O dó;
O champanha;
A cal.

ATENÇÃO:
- são masculinos: o alvará / o aneurisma / o apêndice / o axioma / o champanha / o clarinete / o dó / o eclipse / o eczema / o edema / o estigma / o estratagema / o formicida / o gengibre / o grama (peso) / o guaraná / o hematoma / o herpes / o matiz / o pernoite / o proclama / o púbis / o sósia.

  • são femininos: a aguardente / a alcunha / a alface / a apendicite / a cal / a comichão / a couve / a derme / a entorse / a faringe / a gênese / a libido / a mascote / a matinê / a omoplata / a pane / a sentinela.

Há algumas palavras que aceitam ambos os gêneros: o diabetes ou a diabetes
/ o hélice ou a hélice / o íris ou a íris / o laringe ou a laringe / o personagem ou
a personagem / o tapa ou a tapa / o usucapião ou a usucapião.

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18
Q

18º) Examinador: Sr(a). candidato(a), defina e exemplifique o que é substantivo sobrecomum e substantivo epiceno.

A

➢ Resposta: Excelência, em ambas as classificações temos substantivos
uniformes, ou seja, de apenas uma forma, mas com usos diferentes.
O substantivo sobrecomum é aquele em que a palavra tem um único gênero, mas
serve tanto para o masculino, quanto para o feminino, como em o cônjuge, a criança, o gênio, o ídolo, a pessoa, a testemunha, a vítima.
Já o substantivo epiceno é usado para animais, uma única forma que designa tanto o masculino, quanto o feminino; para ajudar na distinção, convencionou-se usar
as palavras macho e fêmea: andorinha (macho ou fêmea), baleia (macho ou
fêmea), cobra (macho ou fêmea).

Em síntese, nos substantivos uniformes, temos:
- comum de dois gêneros (ou comum-de-dois): uma única forma, mas aceita
distinção de gênero por meio de determinantes ou adjetivos (o / a estudante);
- sobrecomum: uma única forma e um único gênero que servem ao masculino
e ao feminino (a criança);
- epiceno: usado apenas para animais e faz-se uso das palavras macho e
fêmea para marcar distinção (o jacaré macho / o jacaré fêmea).

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19
Q

19º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Conforme constatou-se, o acidente poderia ser evitado”, a colocação pronominal está correta? Por quê?

A

➢ Resposta: Excelência, na frase há falha de colocação pronominal, pois a conjunção subordinativa “conforme” é palavra atrativa e isso gera a obrigatoriedade da próclise.

*Dica de ouro: Entre as regras de colocação pronominal, a que envolve as palavras atrativas é a mais exigente pela lista que produz. As palavras e expressões atrativas são as seguintes:
- palavras com sentido negativo: não, nunca, jamais, ninguém, nada, nem…
- advérbios (sem vírgula): aqui, ali, só, também, além, longe, hoje, já…
- pronomes indefinidos: tudo, alguém, ninguém…
- pronomes ou advérbios interrogativos: O quê…?, Quem…?, Por que…?, Quando…?, Onde…?, Como…?, Quanto…?
- pronomes relativos: que, o qual, quem, cujo, onde…
- conjunções subordinativas: uma vez que, embora, contanto que, conforme,
depois que, para que, à proporção que…
- em + gerúndio: em se tratando, em se analisando…
- orações optativas (são as que exprimem desejo): Deus nos abençoe!, Raios o
partam!

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20
Q

20º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Eles foram ao cinema, sentaram lá no fundo e assistiram o filme”, a construção com o verbo assistir está correta? Qual o sentido do verbo assistir?

A

➢ Resposta: Excelência, a frase apresenta falha. O correto é “assistiram
ao filme”, pois, com o sentido de “ver, ser o espectador de algo”, o verbo
assistir é transitivo indireto, exigindo a preposição “a”.

*Dica de ouro: O verbo assistir tem quatro sentidos distintos e possui construções também diferentes para cada um dos sentidos:
1. Assistir com o sentido de ver, ser o espectador de algo, transitivo indireto:
“Assistimos ao teatro”.
“Eles assistiram à novela”

  1. Assistir com o sentido de ajudar, auxiliar, prestar assistência, transitivo direto:
    “No local, o policial assistiu o acidentado”.
  2. Assistir com o sentido de caber, pertencer, ser de direito, gozar de um direito, transitivo indireto:
    “Este direito assiste aos filhos menores”.
  3. Assistir com o sentido de morar, habitar, permanecer, intransitivo (aparece
    com adjunto adverbial de lugar):
    “De 2010 a 2015, assistiu em São Paulo”.
  4. Assistir com o sentido de ajudar, auxiliar, assistir também pode ser usado como VTI:
    “Assistir ao doente”. Trata-se de uso arcaico, mas com presença nas provas.
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21
Q

21º) Examinador: Sr(a). candidato(a), passe para o plural os seguintes substantivos: guarda-florestal e guarda-pó.

A

➢ Resposta: Excelência, são estes os plurais: guardas-florestais (variando
as duas palavras) e guarda-pós (variando apenas a última).

*Dica de ouro: Nos substantivos compostos formados com a palavra guarda, há um detalhe que faz toda a diferença:

  1. Quando guarda for um substantivo (portanto variável), haverá um adjetivo à
    sua frente:
    o guarda-noturno (adjetivo) = os guardas-noturnos
    o guarda-florestal (adjetivo) = os guardas-florestais
  2. Quando guarda for um verbo (portanto invariável), haverá um substantivo à
    sua frente:
    o guarda-roupa (substantivo) = os guarda-roupas
    o guarda-chuva (substantivo) = os guarda-chuvas
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22
Q

22º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o plural da construção “camisa rosa”? Justifique.

A

➢ Resposta: Excelência, nesse caso, o plural assim se forma: camisas rosa.
A justificativa para tal construção é o empréstimo de um substantivo para
designar a cor, fato que torna tal substantivo invariável.

*Dica de ouro: Para os adjetivos que indicam cores, devemos ter particular
atenção quando os substantivos são usados para criar a referência da cor.
Perceba que são construções em que há a expressão “cor de…” de forma
explícita ou implícita: paredes cinza (ou seja, paredes cor de cinza), blusas
violeta, sapatos vinho… A regra nessa formação em que há “cor de” (de forma
implícita ou explícita) é que não há variação, não há concordância. Isso
também vale para raios ultravioleta.

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23
Q

23º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o numeral ordinal de 88?

A

➢ Resposta: Excelência, o numeral ordinal é octogésimo oitavo.

*Dica de ouro: Vale a pena ler e reler os numerais ordinais menos usuais. A
frequência no olhar ajudará na manutenção.

40: quadragésimo 300: tricentésimo
50: quinquagésimo 400: quadringentésimo
60: sexagésimo 500: quingentésimo
70: septuagésimo 600: seiscentésimo
80: octogésimo 700: septingentésimo
90: nonagésimo 800: octingentésimo
100: centésimo 900: nongentésimo
200: ducentésimo 1.000: milésimo

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24
Q

24º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Ele fará o trabalho a todo
custo”, como se classifica a palavra “a”?

A

➢ Resposta: Excelência, na expressão “a todo custo”, a palavra “a” é uma preposição.

*Dica de ouro: Nos estudos da crase, há um conjunto em que se deve dominar sem atraso: é a área proibida. Trata-se de formações em que o artigo não é usado, o que nos leva à conclusão de que o “a” em análise é apenas preposição “a”. Observe a área proibida:
a) palavra masculina: a bordo, a respeito de, a critério de, a olho nu, a pé;
b) infinitivo: a partir de, a contar de, a começar por, ficou a discutir;
c) expressões com palavras repetidas: face a face, cara a cara, folha a folha;
d) pronome pessoal: falei a ela, disse a nós, mandaram a mim e a ti;
e) demonstrativos essa(s) e esta(s): falei a essa mulher, refiro-me a esta
pessoa;
f) pronomes de tratamento (iniciados por Vossa ou Sua): requer-se a Vossa
Senhoria, falei a Vossa Excelência, o respeito a Sua Santidade;
g) “a” no singular mais palavra no plural: a piscadelas, a marretadas, a
pauladas, refiro-me a civilizações antigas, falei a várias pessoas;
h) pronomes indefinidos: enviei a cada pessoa, enviei a toda pessoa, falei a
qualquer pessoa, referi-me a alguém;
i) você, quem e cujo: falei a você, sei a quem você se refere, conheço a pessoa
a cujo trabalho você se refere;
i) artigo indefinido uma: referi-me a uma ideia antiga.
Em todos esses exemplos, o “a” é apenas preposição “a”.

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25
Q

25º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Eles voltaram a Curitiba”, deve-se usar o acento grave? Justifique.

A

➢ Resposta: Excelência, na frase “Eles voltaram a Curitiba” não se deve usar o acento grave, pois não há crase na construção. No trecho, há apenas a
preposição “a” exigida pelo verbo voltar e “Curitiba” não se usa com artigo.

*Dica de ouro: Uma forma simples de verificação de crase com o nome próprio de lugar é a seguinte:

  • Fui À => Voltei DA, crase há!!
    Fui à Holanda (Voltei da Holanda). Fui à Bahia (Voltei da Bahia).
  • Fui A => Voltei DE, crase para quê??
    Fui a Portugal (Voltei de Portugal). Fui a Brasília (Voltei de Brasília).
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26
Q

26º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Eles virão aqui somente daqui
a três horas”, deve-se usar o acento grave? Justifique

A

➢ Resposta: Excelência, na frase o acento grave é proibido, pois só há a preposição “a” na construção.

*Dica de ouro: No termo “três horas”, deve-se perceber que não há o uso do
artigo “as”; só se usa a preposição “a”. Veja a grande diferença que há entre as
duas frases a seguir:
- “Eles virão aqui somente às três horas” => designa o horário
- “Eles virão aqui somente daqui a três horas” => designa uma quantidade de
horas (180 minutos).

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27
Q

27º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Aquele ato foi contra a vida de
todos os presentes”, deve-se usar o acento grave em “contra a vida”? Justifique.

A

➢ Resposta: Excelência, trata-se de uma construção em que o acento
grave não deve ser usado. A palavra “contra” não exige preposição “a”. No
trecho “contra a vida”, só se usa o artigo.

*Dica de ouro: As palavras ante, perante, mediante e contra já são classificadas como preposição, o que impede o uso da preposição “a”. Por isso, não há razão para pensar em crase com elas.

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28
Q

28º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Referi-me a mesma pessoa”,
deve-se usar o acento grave?

A

➢ Resposta: Excelência, sim, na formação “Referi-me à mesma pessoa”, o acento grave é obrigatório.

*Dica de ouro: Uma forma simples de verificação de crase é a troca por um
sinônimo masculino, em que a formação masculina AO corresponde à formação feminina À: Referi-me à mesma pessoa = Referi-me ao mesmo indivíduo.

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29
Q

29º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Analisaremos a sua ideia”, o
acento grave é facultativo?

A

➢ Resposta: Excelência, o acento grave na frase “Analisaremos a sua ideia” é proibido, pois o verbo “analisar” é transitivo direto, não exige a preposição “a”.

*Dica de ouro: Essa questão tenta induzir a erro ao entregar ao candidato apenas uma parte do acento grave facultativo. Dessa forma, quando o tema é crase, antes de desenvolver qualquer raciocínio, deve-se ter certeza da exigência da preposição “a”.
O tema acento grave facultativo é tradicional em nossas gramáticas. Observe
as possibilidades:
- antes do pronome possessivo feminino singular (pois o uso do artigo é
facultativo): Referi-me à/a sua ideia. Eles foram fiéis à/a nossa proposta.
- após a preposição até (pois a preposição “a” é facultativa): “Dirigiram-se até
a/à praia. Foram até às/as aulas”.

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30
Q

30º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o coletivo de porcos e de mapas?
Girândola é o coletivo para qual termo?

A

➢ Resposta: Excelência, o substantivo coletivo de porcos é vara e o de
mapas é atlas. Já o substantivo coletivo girândola tem como referência os
fogos de artifício.

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31
Q

31º) Examinador: Sr(a). candidato(a), o que é uma palavra homônima homógrafa? Exemplifique.

A

➢ Resposta: Excelência, palavras homônimas são aquelas que trazem
igualdade. Quando são homônimas homógrafas, isso significa que a igualdade
está na escrita, como em eu gosto (verbo) e o gosto da fruta (substantivo).

*Dica de ouro: As palavras homônimas assim se classificam:
- homônimas homógrafas: a igualdade está só na escrita, como em eu começo (verbo) e o começo (substantivo);
- homônimas homófonas: a igualdade está só no som, como em cessão, sessão e cessão;
- homônimas perfeitas: a igualdade está na escrita e no som, como em eu trabalho (verbo) e o trabalho (substantivo).

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32
Q

32º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o superlativo erudito da palavra magro?

A

➢ Resposta: Excelência, O superlativo erudito de magro é macérrimo.

*Dica de ouro: A palavra magro também aceita a formação magríssimo e magérrimo (palavra dicionarizada e abonada).

Há alguns superlativos que são emprestados do latim e, por isso, chamados de eruditos.

Observe algumas formações importantes:

acre: acérrimo / agudo: acutíssimo / amargo: amaríssimo / amável:
amabilíssimo / amigo: amicíssimo / bom: boníssimo / célebre: celebérrimo /
cruel: crudelíssimo / doce: dulcíssimo / feroz: ferocíssimo / fiel: fidelíssimo /
geral: generalíssimo / jovem: juvenilíssimo / livre: libérrimo / magnífico:
magnificentíssimo / magro: macérrimo / miserável: miserabilíssimo / negro:
nigérrimo / nobre: nobilíssimo / notável: notabilíssimo / pessoal: personalíssimo / pobre: paupérrimo / pródigo: prodigalíssimo / provável: probabilíssimo / sábio: sapientíssimo / sagrado: sacratíssimo / visível: visibilíssimo / voraz: voracíssimo

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33
Q

33º) Examinador: Sr(a). candidato(a),as palavras até e fé são acentuadas pela
mesma regra?

A

➢ Resposta: Excelência, não, são regras distintas.
A palavra “até” segue a regra das oxítonas (acentuam-se as terminadas em A, AS, E, ES, O, OS, EM e ENS) e “fé” segue a regra das monossílabas tônicas (acentuam-se as
terminadas em A, AS, E, ES, O, OS).

Perceba que uma palavra, para ser
oxítona, precisa ter mais de uma sílaba e a última ser a tônica.
Em “a-té”, apesar de ser uma palavra pequena, há mais de uma sílaba e a última é a tônica.

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34
Q

34º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Conseguimos acertar o
exercício”, qual o tipo de sujeito?

A

➢ Resposta: Excelência, trata-se do sujeito oculto.

*Dica de ouro: Observe uma descrição dos tipos de sujeito:
- sujeito determinado simples – traz apenas um núcleo do sujeito. Os meninos
chegaram cedo.
- sujeito determinado composto – traz mais de um núcleo do sujeito. Os
meninos e os professores chegaram cedo.
- sujeito oculto – pelo contexto ou pela desinência verbal, infere-se o sujeito.
Acertei a questão. Estudaste o livro?
- sujeito indeterminado – verbo na terceira pessoa do plural (sem a
possibilidade de haver sujeito oculto). Roubaram a loja.
- sujeito indeterminado – usando o pronome se (índice de indeterminação do
sujeito) e os seguintes verbos na 3ª pessoa do singular
. verbo transitivo indireto: Trata-se de oportunas ideias.
. verbo intransitivo: Aqui se nasce e se morre.
. verbo de ligação: Aqui se está feliz.
- sujeito inexistente – forma-se com os verbos impessoais: Choverá ainda esta
semana. Haverá novas reformas econômicas.

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35
Q

35º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Intelectuais e jornalistas ligados às classes dominantes tentaram mistificar o candidato”, a inserção de uma vírgula após a palavra “dominantes” infringe regra gramatical?

A

➢ Resposta: Excelência, sim, a inserção da vírgula gera falha, pois ela separaria sujeito e verbo, o que é gramaticalmente proibido.

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36
Q

36º) Examinador: Sr(a). candidato(a), como se classifica a palavra “cujo”? Exemplifique seu uso.

A

➢ Resposta: Excelência, A palavra “cujo” é classificada como pronome relativo.

Um exemplo de seu uso é o seguinte: “Li todos os livros cujos autores são brasileiros”.

*Dica de ouro: O pronome relativo cujo (e variações) é um pronome relativo
muito especial. Ele sempre estabelece uma relação de posse entre dois substantivos (artista cuja obra / pensamento cujo autor / pessoa cuja cidade).

Há frases em que, a depender da sintaxe, poderá vir preposicionado:

Li o livro a cujo autor todos querem bem.
É uma pequena cidade por cuja população alguns de nós lutarão.

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37
Q

37º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Ele se atrasou graças à chuva”, o termo “graças à chuva” tem qual função sintática? Qual seu sentido?

A

➢ Resposta: Excelência, O termo “graças à chuva” tem a função de adjunto adverbial e o sentido é de causa.

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38
Q

38º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Os livros são essenciais aquilo
que denominamos processo simbólico”, deve haver acento grave em “aquilo”?
Justifique.

A

➢ Resposta: Excelência, o acento grave em “Os livros são essenciais àquilo que denominamos processo simbólico” é obrigatório. Isso se deve ao uso da preposição “a” exigida pelo adjetivo “essenciais” (essenciais A algo), somada ao “a” inicial em “aquilo”: “essenciais A algo + Aquilo” = “essenciais àquilo”.

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39
Q

39º) Examinador: Sr(a). candidato(a), cite três conjunções causais.

A

➢ Resposta: Excelência, são conjunções causais: porque, porquanto e dado que.

*Dica de ouro: Sempre é válido conservar o grupo das conjunções na memória: porque, porquanto, como (= porque), já que, uma vez que, visto que, dado que, tendo em vista que, na medida em que.

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40
Q

40º) Examinador: Sr(a). candidato(a), corrija a frase: “Vem aqui, pois preciso falar consigo”.

A

➢ Resposta: Excelência, a frase correta é “Vem aqui, pois preciso falar contigo”.

*Dica de ouro: O pronome “consigo” só deve ser usado como pronome reflexivo da terceira pessoa:
Ele trouxe consigo a sacola.
Assim, em frases como a da questão, em que não se aplica o reflexivo, podemos usar “falar contigo” ou “falar com você” a depender da forma de tratamento direcionado ao interlocutor.

E aí entra uma informação relevantíssima: na frase, há uma ordem (“vem”), que
é a forma verbal do imperativo para o “tu”. É em razão disso que corretamente
se usou “falar contigo” a fim de manter a uniformidade de tratamento.

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41
Q

41º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Visitei o bairro onde ele trabalha”, há correção? Explique o uso da palavra “onde”. A palavra “onde” pode ser substituída? Demonstre.

A

➢ Resposta: Excelência, a frase está correta. A palavra “onde”, nessa frase, funciona como pronome relativo, retoma uma ideia de lugar e na oração por ele introduzida há a exigência da preposição “em” (que trabalha, trabalha EM algum lugar). A palavra “onde” pode ser substituída por outros pronomes relativos:
“Visitei o bairro em que ele trabalha”
“Visitei o bairro no qual ele trabalha”

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42
Q

42º) Examinador: Sr(a). candidato(a), crie uma frase em que haja a voz recíproca.

A

➢ Resposta: Excelência, a frase é “Os jogadores, após o gol, abraçaram-se”.

*Dica de ouro: A voz reflexiva é aquela em que o sujeito pratica em si mesmo:
Eu me feri.
O funcionário se cortou.
As crianças lavaram a si mesmas.

Já na voz recíproca, temos o sentido de que um sujeito pratica a ação no outro, ou
seja, existe a necessidade de ser sempre plural e de haver ações mútuas:
Os jogadores, após o gol, abraçaram-se (= Os jogadores abraçaram um ao outro).
As pessoas se cumprimentaram (= As pessoas cumprimentaram um ao outro).

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43
Q

43º) Examinador: Sr(a). candidato(a), Na frase “Sentimos saudades”, caso se
troque o termo “saudades” por um pronome, qual será o resultado da
alteração?

A

➢ Resposta: Excelência, a frase é “Sentimo-las”.

*Dica de ouro: Na frase “Sentimos saudades”, temos um VTD e um OD. Ao
transformar o objeto direto em pronome pessoal, a forma correspondente é
“as”. O segundo passo está relacionado à colocação, o que nos leva ao uso da
ênclise como única forma correta, pois, por estar no início do período, não cabe
a próclise.
Por fim, na formação “Sentimos + as” há a necessidade de adaptação: corta-se o –s do verbo e acrescenta-se o “l” ao pronome “as”:
“Sentimo-las”.

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44
Q

44º) Examinador: Sr(a). candidato(a), conjugue o verbo “provir” na terceira
pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo.

A

➢ Resposta: Excelência, a forma é “eles provieram”.

*Dica de ouro: Sempre é importante notar a relação entre primitivo e derivado:
eu vim => eu provim
tu vieste => tu provieste
ele veio => ele proveio
nós viemos => nós proviemos
vós viestes => vós proviestes
eles vieram => eles provieram

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45
Q

45º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Gastou-se uma enorme fortuna”, o termo “uma enorme fortuna” exerce a função de sujeito?

A

➢ Resposta: Excelência, sim, “uma enorme fortuna” é o sujeito da construção, que se encontra na voz passiva sintética. Trata-se, portanto, de um sujeito paciente.

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46
Q

46º) Examinador: Sr(a). candidato(a), as palavras dólar, canal e catequese
criam verbos com a formação em Z ou S (-IZAR ou -ISAR)?

A

➢ Resposta: Excelência, as três palavras formam verbos terminados em –
IZAR com Z: dolarizar, canalizar, catequizar.

*Dica de ouro: Só grafe –ISAR com S quando, na palavra primitiva, houver is
+ vogal. Observe:
análise - analisar
aviso – avisar
camisa – descamisar
catálise – catalisar
friso – frisar
improviso – improvisar
liso – alisar
paralisia – paralisar
pesquisa – pesquisar

Se, na palavra primitiva, não houver a formação is + vogal, grafe com z:
ameno – amenizar
baliza – balizar
batismo – batizar
canal – canalizar
catequese – catequizar
cicatriz – cicatrizar
deslize – deslizar
dólar – dolarizar
fanatismo – fanatizar
fértil – fertilizar
íons – ionizar
profeta – profetizar
símbolo – simbolizar

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47
Q

7º) Examinador: Sr(a). candidato(a), em “Há dois anos atrás”, há um vício de linguagem. Identifique-o e corrija a frase.

A

➢ Resposta: Excelência, o vício de linguagem é pleonasmo vicioso, pois o
verbo haver, por si só, já se refere ao tempo passado, dispensando a palavra
“atrás”. A correção vem pela exclusão de uma das palavras. Então, podemos
usar “Há dois anos” ou “Dois anos atrás”.

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48
Q

48º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual a função sintática do termo “por todos” na seguinte frase:
“A falha foi notada por todos”?

A

➢ Resposta: Excelência, a função sintática do termo “por todos” é agente da passiva.

*Dica de ouro: Perceba que o agente da passiva é o sujeito da voz ativa.

Assim, observe a transformação:
Voz passiva: A falha foi notada por todos
Voz ativa: Todos notaram a falha.
Essa noção ajuda a classificar o agente da passiva.

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49
Q

49º) Examinador: Sr(a). candidato(a), o que é plural metafônico?
Exemplifique?

A

➢ Resposta: Excelência, plural metafônico ocorre na situação em que uma palavra singular traz som fechado e, ao ser passada para o plural, acaba alterando o timbre para aberto, como em: posto e postos, fogo e fogos, osso e ossos.

50
Q

50º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “A maioria do eleitorado brasileiro não tem candidato ainda”, o uso do acento circunflexo no verbo ter mantém o trecho correto? Justifique.

A

➢ Resposta: Excelência, não se deve usar o acento circunflexo no verbo ter, pois isso geraria uma falha gramatical. A única forma possível na frase citada é o singular tem, sem acento. O sujeito – “A maioria do eleitorado brasileiro”– é especial e essa formação permite concordar com o núcleo “maioria” ou com o adjunto adnominal “eleitorado”, mas isso é irrelevante, visto
que ambos estão no singular, obrigando ao verbo ter ficar no singular.

*Dica de ouro: Como se notou, a lição invocada é a dos partitivos: maioria,
minoria, parte, parcela, quantidade, metade. Quando um dos partitivos forma o
núcleo do sujeito, deve-se estar atento ao seguinte:

  • só o partitivo: concordância obrigatoriamente com ele. A maioria votou em Fulano.
  • partitivo e adjunto adnominal no singular formam o sujeito: concordância no
    singular, pois ambos os termos que formam a referência para estabelecer a
    concordância estão no singular.
    A maioria do eleitorado votou em Fulano.
  • partitivo e adjunto adnominal no plural formam o sujeito: agora pode haver
    concordância com o partitivo (gerando o singular) ou pode haver concordância
    com o adjunto (gerando o plural).
    A maioria dos eleitores votou em Fulano. (ou)
    A maioria dos eleitores votaram em Fulano.
51
Q

51º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Eu tinha comunicado-lhe o fato”, há uma falha gramatical. Descreva o erro e a regra aplicada.

A

➢ Resposta: Excelência, o erro encontra-se na colocação pronominal, pois “comunicado” é classificado como particípio, o que proíbe o uso da ênclise.

*Dica de ouro:
Atenção a dois usos proibidos: após o futuro do indicativo e após o particípio, não se deve colocar o pronome átono.

Vale lembrar que há dois futuros no indicativo:
- futuro do presente do indicativo: estudarei, estudarás, estudará…
- futuro do pretérito do indicativo: estudaria, estudarias, estudaria…

52
Q

52º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o sentido do pretérito mais-que-perfeito
do indicativo? Quantas formas verbais correspondem a esse tempo?
Cite um exemplo em que se demonstre a definição dada.

A

➢ Resposta: Excelência, o pretérito mais-que-perfeito indica uma ação que ocorreu antes de outra ação, ambas ocorridas no passado.
Um exemplo:
Quando a polícia chegou, o suspeito já havia fugido.
Há três formas
equivalentes: havia fugido, tinha fugido e fugira.

53
Q

53º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o significado de coser com S?

A

➢ Resposta: Excelência, a palavra coser significa costurar.

*Dica de ouro: A palavra coser (= costurar) concorre com a palavra cozer
(cozinhar).

São palavras homônimas homófonas, ou seja, trazem igualdade no som. Para ajudar na distinção, ligue cozer a cozinhar, a letra Z ajudará na tarefa.

54
Q

54º) Examinador: Sr(a). candidato(a), flexione o verbo ter na terceira pessoa
do plural do pretérito imperfeito do indicativo.

A

➢ Resposta: Excelência, a forma verbal é “eles tinham”.

*Dica de ouro: O pretérito imperfeito do indicativo é o tempo que indica as
ações repetitivas feitas no passado: ele estudava, ele jogava, ele vendia…
Quando os regulares são conjugados, terminados em –AR ficam cantava e
terminados em –ER e –IR ficam vendia e partia. Quando irregulares, precisamos ter a forma na memória, pois não há um padrão: era, tinha, vinha, punha.

55
Q

55º) Examinador: Sr(a). candidato(a), o que significa “xenofobia”?

A

➢ Resposta: Excelência, a palavra “xenofobia” significa aversão a quem é
estrangeiro.

56
Q

56º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na construção “O fato veio a lume”, o
uso do acento grave é obrigatório? Justifique a sua reposta.

A

➢ Resposta: Excelência, na frase “O fato veio a lume”, o acento grave é proibido, pois o substantivo “lume” é masculino, o que proíbe a presença de artigo feminino. Na expressão só há a preposição “a”, usada para compor a locução “a lume”.

57
Q

57º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Vai ocorrer um campeonato”,
há sujeito?

A

➢ Resposta: Excelência, sim, é o termo “um campeonato”.

*Dica de ouro: Muitas vezes, por estar após o verbo, pode haver a impressão
de complemento verbal. Mas procure passar para o plural e logo perceberá que
o verbo com ele concordaria: “Vão ocorrer uns campeonatos”. Conclua que o
termo “uns campeonatos” é o sujeito. Acompanhe alguns exemplos (o sujeito
está sublinhado):
Devem existir mudanças importantes.
Podem surgir nesta região fortes tempestades.
Apareceram na hora certa as soluções.

58
Q

58º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o particípio do verbo vir?
Exemplifique.

A

➢ Resposta: Excelência, o particípio do verbo vir é igual à forma do gerúndio: vindo.
Exemplo: Eles tinham vindo.

59
Q

59º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual é a figura de linguagem em “asa da
xícara”?

A

➢ Resposta: Excelência, a figura de linguagem usada é a catacrese.

*Dica de ouro: A catacrese é um tipo de metáfora que, de tão usada, perdeu
seu valor de figura e tornou-se da linguagem cotidiana, não representando
mais um desvio: céu da boca; cabeça do prego; asa da xícara; dente de alho;
pé da cadeira.

Também se encontra no emprego impróprio por esquecimento ou ignorância de origem. Isso ocorre pela inexistência de palavras mais apropriadas e dá-se devido à semelhança da forma ou da função: ferradura de prata; embarcar no avião; fazer sabatina na sexta-feira; ficou de quarentena dois meses.

60
Q

60º) Examinador: Sr(a). candidato(a), as palavras cela e sela são homônimas
homógrafas? Justifique sua resposta e explique o significado das palavras.

A

➢ Resposta: Excelência, errado, elas são homônimas homófonas, ou seja,
só o som é igual. A palavra cela significa “quarto, aposento” e a palavra sela
significa “arreio de cavalo”.

61
Q

61º) Examinador: Sr(a). candidato(a), em “Curso a distância” ocorre crase?

A

➢ Resposta: Excelência, em uma análise mais conservadora, a locução feminina “a distância” só recebe acento grave quando vem determinada e forma a locução “à distância de”. Assim, “Curso a distância” não recebe acento grave. Em casos de ambiguidade, o acento pode ser usado a fim de evitar confusão, como no seguinte exemplo: Ele mede à distância (entende-se que ele está fazendo a medição de algo distante do local, ele não mede no local) /
Ele mede a distância (entende-se, agora, que ele está tirando a distância entre
dois pontos).

62
Q

62º) Examinador: Sr(a). candidato(a), quais são os tipos de pronomes?

A

➢ Resposta: Excelência, os tipos de pronomes são sete: pessoal, de
tratamento, possessivo, demonstrativo, indefinido, interrogativo e relativo.

63
Q

63º) Examinador: Sr(a). candidato(a), quantos erros gramaticais há no trecho
“A pretensão política poderia-nos trazer uma falsa ascenção. Mas faz cinco
anos que tudo isso acabou”? Identifique-os e corrija-os.

A

➢ Resposta: Excelência, há apenas dois. O correto é “ascensão” e não se usa o pronome átono após o futuro. No trecho são formas corretas de colocação pronominal: “A pretensão política nos poderia trazer”, “A pretensão política poderia nos trazer” e “A pretensão política poderia trazer-nos”.

64
Q

64º) Examinador: Sr(a). candidato(a), conjugue o verbo requerer na terceira
pessoa do singular do futuro do pretérito do indicativo.

A

➢ Resposta: Excelência, a forma verbal será “ele requereria”.

65
Q

65º) Examinador: Sr(a). candidato(a), cite o pronome pessoal do caso oblíquo
átono da segunda pessoa do plural.

A

➢ Resposta: Excelência, o pronome é o “vos”.

*Dica de ouro: Os pronomes do caso oblíquo átono (ou pronomes átonos) são
aqueles que se vinculam aos verbos e são muito importantes no tema
colocação pronominal.
São eles: me, te, se, o, a, os, as, lhe, lhes, nos, vos.

66
Q

66º) Examinador: Sr(a). candidato(a), conjugue os verbos caber e valer na
primeira pessoa do plural do presente do subjuntivo

A

➢ Resposta: Excelência, as flexões são as seguintes: “que nós caibamos”
e “que nós valhamos”.

*Dica de ouro: Para ajudar a trazer à memória os tempos do subjuntivo, use
conectivos:
- que para o presente do subjuntivo
- que eu faça, que eu possa…

  • se para o pretérito imperfeito do subjuntivo - se eu fizesse, se eu pudesse…
  • quando para o futuro do subjuntivo - quando eu fizer, quando eu puder…
67
Q

67º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Ele está bem, porque ficou em
casa dormindo.”, caso se troque o ponto final por um ponto de interrogação,
qual será a forma correta em relação ao uso do porquê?

A

➢ Resposta: Excelência, não haverá mudança caso se altere o sinal de pontuação:
“Ele está bem, porque ficou em casa dormindo?”.
A conjunção porque usada será a mesma nas duas frases e seu valor é equivalente à conjunção pois. Muda-se a entonação da frase, mas o sentido é o mesmo. O
raciocínio é este:
“Ele está bem, pois ficou em casa dormindo.”
“Ele está bem, pois ficou em casa dormindo?”

*Dica de ouro: Como se nota, o aluno que traz o sentido dos porquês aumenta
as chances de sobrevivência.
Aos que ainda se encontram naquela
aprendizagem de “por que” da pergunta e “porque” da resposta, tornam-se
presa fácil para a banca. Olhe para os porquês e procure formar sinônimos
(veja na questão nº 8), como outras palavras que temos dúvidas e aprendemos
a nos organizar (eminente e iminente; cessão, sessão e seção; aferir e auferir)
A diferença vem pelo sentido que cada uma das palavras contém. Depois
disso, você está livre para aprender os “truques” (e até os segredos que alguns
dizem saber) no uso dos porquês.

68
Q

68º) Examinador: Sr(a). candidato(a), cite um particípio abundante e a regra
que se aplica a seu uso.

A

➢ Resposta: Excelência, o verbo entregar tem particípio abundante: entregado e entregue. Diante da dupla forma, há uma regra que estabelece a seguinte distinção:
- a forma regular é usada com os verbos ter e haver: Eles têm entregado o
produto no prazo certo. Ela havia entregado o livro ao professor.
- a forma irregular é usada como adjetivo e com os verbos ser e estar: O documento foi entregue na secretaria.

69
Q

69º) Examinador: Sr(a). candidato(a), o que são verbos anômalos?
Exemplifique.

A

➢ Resposta: Excelência, verbos anômalos são aqueles em que o radical durante a conjugação sofre profunda transformação. Os dois verbos anômalos são ir e ser.

*Dica de ouro: Perceba que os irregulares sofrem alterações com base no
mesmo radical (caber => caibo, coube); já nos anômalos o radical recebe novas formas (ser: é, foram, era / ir: vou, fui).

70
Q

70º) Examinador: Sr(a). candidato(a), classifique os tipos de sujeitos do
seguinte período: “Os professores e os alunos vieram juntos e aproveitaram
bem o dia”.

A

➢ Resposta: Excelência, na primeira oração ocorre sujeito determinado composto e a segunda oração ocorre o sujeito oculto.

*Dica de ouro: Mais informações sobre o tema na questão 34.

71
Q

71º) Examinador: Sr(a). candidato(a), como se classificam as orações adjetivas e como se distinguem?

A

➢ Resposta: Excelência, as orações adjetivas são explicativas ou restritivas.
A distinção dá-se por meio da vírgula: nas explicativas há a incidência das vírgulas a isolá-las; nas restritivas não se usa vírgula.

72
Q

72º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o plural de “segunda-feira”? Justifique a regra aplicada.

A

➢ Resposta: Excelência, o plural é “segundas-feiras”. Os substantivos
compostos formados por numeral ordinal (segunda) mais substantivo (feira)
variam ambos.

73
Q

73º) Examinador: Sr(a). candidato(a), a frase “Mal disse duas palavras, já o mandaram sair”, a palavra “mal” recebe qual classificação?

A

➢ Resposta: Excelência, a palavra “mal” recebe nessa frase a classificação de conjunção temporal.

74
Q

74º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Aos homens convem o acordo”, deve-se usar acento agudo ou circunflexo em “convem”?

A

➢ Resposta: Excelência, a forma correta é o acento agudo “Aos homens convém o acordo”.

*Dica de ouro: O verbo convir traz as seguintes formas verbais: ele convém /
eles convêm. Na frase da questão, deve-se observar que “o acordo” funciona como sujeito e “aos homens” como objeto indireto (a preposição “a” ajuda a produzir a distinção entre sujeito e OI). Na ordem direta temos: “O acordo convém aos homens”.

75
Q

75º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Informei o aluno da prova”,
faça a classificação do sujeito e do predicado, bem como dos termos “o aluno”
e “da prova”.

A

➢ Resposta: Excelência, o sujeito é oculto (deduz-se pela desinência do
verbo) e o predicado é verbal. O termo “o aluno” é o objeto direto e “das
provas” é o objeto indireto.

ATENÇÃO: O verbo informar é transitivo direto e indireto. Você pode informar alguma coisa (OD) a alguém (OI) ou informar alguém (OD) de alguma coisa (OI). Construir a frase com dois objetos indiretos é considerado erro: “Venho informar aos senhores associados (OI) das novas alterações estatutárias (OI).”

*Dica de ouro: Sobre predicado, veja pergunta 16; sobre sujeito, veja pergunta
34.

76
Q

76º) Examinador: Sr(a). candidato(a), quais são os tipos de pronomes pessoais? Exemplifique em cada classificação.

A

➢ Resposta: Excelência, os pronomes pessoais são os seguintes:
- pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele…);
- pronomes pessoais do caso oblíquo átono (me, te, se…);
- pronomes pessoais do caso oblíquo tônico (mim, ti, si…).

77
Q

77º) Examinador: Sr(a). candidato(a), quantos modos verbais existem e quais
são eles?

A

➢ Resposta: Excelência, os modos verbais são três: indicativo, subjuntivo e imperativo.

78
Q

78º) Examinador: Sr(a). candidato(a), a frase “Propagou-se a notícia falsa” traz sujeito indeterminado e o pronome “se” é classificado como índice de indeterminação do sujeito?

A

➢ Resposta: Excelência, afirmativas erradas, pois a estrutura usada é a da voz passiva sintética e o pronome “se” é classificado como pronome apassivador ou partícula apassivadora.

*Dica de ouro: A formação da voz passiva (tanto a analítica, quanto a sintética) dá-se por meio do verbo transitivo direto. Pense que, quando afirmamos que “alugar” é VTD, imediatamente se deve imaginar que a
estrutura da voz passiva está liberada: A casa foi alugada / Alugou-se a casa.

Caso o verbo seja VTDI, não há problema, pois a parte VTD está ali e, assim, a
voz passiva também está garantida. O verbo “dar” é VTDI; observe a formação
de voz passiva: Um belo presente foi dado aos meninos. Deu-se um belo
presente aos meninos.

Sendo, porém, VTI, aí sim teremos indeterminação do sujeito:
Precisa-se de casas.
Optava-se por brasileiros.
Concordou-se com as retificações.
Não se acreditou naquelas promessas.

=> VTD ou VTDI = voz passiva / Encontrou-se o erro. Pagou-se a dívida.
=> VTI = sujeito indeterminado / Trata-se de leis antigas. Crê-se nas pessoas.

79
Q

79º) Examinador: Sr(a). candidato(a), conjugue a segunda pessoa do singular
do verbo estudar no pretérito perfeito do indicativo.

A

➢ Resposta: Excelência, a flexão é “tu estudaste”.

*Dica de ouro: Procure ficar atento à flexão de tu e vós no pretérito perfeito do indicativo, pois há uma particularidade: para o tu, a desinência é -STE e, para o vós, a desinência é –STES.
Então temos tu estudaste e vós estudastes; tu vieste e vós viestes, tu puseste e vós pusestes.

É muito comum nas formas do tu a presença do -S ao fim da flexão, fato que
não ocorre no pretérito perfeito do indicativo.

80
Q

80º) Examinador: Sr(a). candidato(a), cite um exemplo em que o verbo haver
é usado como verbo auxiliar.

A

➢ Resposta: Excelência, a frase “Eles haviam chegado antes de nós” traz a formação do tempo composto em que “haviam” é o verbo auxiliar e “chegado” é o verbo principal.

*Dica de ouro: O verbo haver traz uma riqueza de usos e sentidos e, por isso,
merece muita atenção. Destacam-se 4 possibilidades:

1- haver – forma simples – sinônimo de existir: haver é classificado como
impessoal e forma uma oração sem sujeito, ficando no singular (Houve mudanças.).

2- haver – forma simples – referindo-se ao tempo passado: haver é classificado como impessoal e forma uma oração sem sujeito, ficando no singular (Tal fato ocorreu há dez anos.); geralmente pode ser trocado por fazer (Tal fato ocorreu há / faz dez anos.).

3- haver – verbo auxiliar em uma locução verbal – Eles haviam estudado.

4- haver – verbo principal em uma locução verbal – neste uso, com o sentido de existir, o verbo haver forma uma oração sem sujeito e, em razão disso, a locução verbal fica no singular (Vai haver mudanças. Está havendo mudanças. Pode haver mudanças.).

81
Q

81º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual das duas frases apresenta correção: Eram necessárias ter as atitudes certas ou Era necessário ter as atitudes certas. Justifique a escolha.

A

➢ Resposta: Excelência, a frase correta é “Era necessário ter as atitudes
certas”, pois o sujeito não é o termo “as atitudes certas”, mas sim “ter as
atitudes certas”; por o núcleo do sujeito ser o infinitivo “ter”, forma-se o sujeito
oracional, o que, por regra, exige a concordância singular.

82
Q

82º) Examinador: Sr(a). candidato(a), dê um exemplo de formação de palavra
em que hipo signifique cavalo e outro em que hipo signifique posição inferior,
deficiência.

A

➢ Resposta: Excelência, com o valor de cavalo, hipopótamo (cavalo do
rio) e, com o valor de posição inferior, deficiência, hipoglicemia (nível baixo de
açúcar no sangue).

83
Q

83º) Examinador: Sr(a). candidato(a), quais são os três tipos de oração
subordinada?

A

➢ Resposta: Excelência, os três tipos de oração subordinada são:
adjetiva, adverbial e substantiva.

84
Q

84º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o substantivo coletivo usado para
jornais e revistas.

A

➢ Resposta: Excelência, o substantivo coletivo para jornais e revistas é
hemeroteca.

85
Q

85º) Examinador: Sr(a). candidato(a), a frase “Compre pães o mais frescos possível” está correta? Há outra forma de construí-la? Se sim, demonstre.

A

➢ Resposta: Excelência, a frase está correta e pode ser também construída da seguinte forma: “Compre pães os mais frescos possíveis”.

*Dica de ouro: Deve-se ter atenção ao adjetivo “possível” em tais construções.
Quando se usa “o mais…o menos…o pior…o melhor…possível”, não há variação.
Porém, ocorre concordância normal caso se use “os mais… os menos…os piores… os melhores…possíveis). Observe:
Escreva textos o mais corretos possível.
Escreva poesias as mais belas possíveis.

86
Q

86º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Embora estivessem atrasados,
conseguiram entrar no local”, qual é a conjunção usada e qual a sua classificação? Também indique uma substituição que conserva a correção e o sentido.

A

➢ Resposta: Excelência, a conjunção “embora” é classificada como
concessiva e pode ser substituída por “ainda que”.

87
Q

87º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Serão convocados os candidatos que tiraram nota acima de 50 pontos”, a inserção de vírgula após a palavra “candidatos” produz falha gramatical? Altera o sentido da frase?
Justifique.

A

➢ Resposta: Excelência, a inserção da vírgula após a palavra “candidatos”
não produz falha gramatical, mas altera o sentido da frase. Trata-se de oração
subordinada adjetiva: sem vírgula, há o valor de restrição, de diferenciação, ou
seja, entre os candidatos, nem todos serão convocados, só os que tiraram nota acima de 50 pontos; com a inserção da vírgula, perde-se o valor de diferenciação e passa-se a usar apenas uma informação que generaliza, fala do todo, sem a intenção de restrição.

88
Q

88º) Examinador: Sr(a). candidato(a), quais as regras que justificam a acentuação nas palavras: pôr, pôde e crê?

A

➢ Resposta: Excelência, as palavras pôr e pôde recebem acentuação pela
regra dos acentos diferenciais e a palavra crê pela regra das monossílabas
tônicas.

89
Q

89º) Examinador: Sr(a). candidato(a), defina e exemplifique o vício de linguagem pleonasmo.

A

➢ Resposta: Excelência, pleonasmo, como vício de linguagem, é uma
redundância, mas com valor negativo, presença de palavras desnecessárias
que acabam pejorativamente repetindo o sentido: entrar para dentro, exportar
para fora, dar ré para trás, subir para cima.

90
Q

90º) Examinador: Sr(a). candidato(a), qual o significado das palavras despercebido e desapercebido? Exemplifique.

A

➢ Resposta: Excelência, despercebido significa algo não notado, algo ignorado, imperceptível, é o contrário de percebido, notado (Tal fato passou despercebido do juiz). Já desapercebido refere-se a alguém que está desprovido, desguarnecido, desprevenido, desatento (Comeu demais e, na hora do pagamento, notou que estava desapercebido).

91
Q

91º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “uma camisa verde-mar”, caso
se passe para “duas camisas”, qual seria a concordância correta?

A

➢ Resposta: Excelência, a concordância correta é “duas camisas verde-mar”,
sem variação do adjetivo.

*Dica de ouro: Quando usamos um substantivo para designar cor, criamos
uma construção invariável.

Para facilitar, procure entender que se forma (de maneira explícita ou implícita) a expressão “cor de” (lenços mostarda [cor de
mostarda], lenços verde-esmeralda [cor de esmeralda]). Essa regra se aplica
tanto no adjetivo simples, quanto no adjetivo composto:

Camisas cinza Paredes verde-limão
Camisas violeta Paredes amarelo-ouro
Camisas rosa Paredes vermelho-sangue
Camisas vinho Paredes azul-petróleo
Camisas salmão Paredes verde-mar

92
Q

92º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Roubaram-lhe a bolsa”, o
pronome átono “lhe” tem qual função sintática?

A

➢ Resposta: Excelência, o pronome “lhe” nessa frase é classificado como adjunto adnominal de posse.

*Dica de ouro: Essa questão aborda um uso especial do lhe(s).
Geralmente o pronome átono lhe(s) é usado como objeto indireto, como em “Informei-lhe o total da compra” (=“Informei o total da compra A ALGUÉM”).

Já na frase da questão, “Roubaram-lhe a bolsa”, o pronome lhe é equivalente a um pronome possessivo: “Roubaram a sua bolsa”. É classificado como adjunto adnominal de posse.

93
Q

93º) Examinador: Sr(a). candidato(a), em “influir”, o prefixo “in” traz ideia de
negação?

A

➢ Resposta: Excelência, errada a informação, pois o prefixo “in” na
palavra influir traz o sentido de movimento para dentro.

94
Q

94º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Fernando Pessoa pertenceu a
uma importante geração”, a palavra “a” é classificada como? Justifique
gramaticalmente a classificação.

A

➢ Resposta: Excelência, a palavra “a” é classificada como preposição “a”.
Na frase, o verbo permitir é transitivo indireto e exige a preposição “a”.

95
Q

95º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase a seguir, cabe o uso de “há” ou
“hão”: Há (ou) Hão de nascer novos tempos nesta terra? Justifique sua
resposta.

A

➢ Resposta: Excelência, o correto é “Hão de nascer novos tempos nesta terra”.
Como a frase traz sujeito com núcleo plural (“tempos”), a locução “hão de nascer” obrigatoriamente deve ser usada no plural.

*Dica de ouro: O verbo haver foi usado corretamente no plural, pois ele
compõe uma locução verbal com nascer, em que haver é o verbo auxiliar e
nascer é o principal. Na frase, “novos tempos” funciona como sujeito. Hão de
nascer novos tempos equivale a Nascerão novos tempos.

Pense que em uma locução verbal se deve ter muita atenção quando haver for o verbo principal e estiver com o sentido de existir, situação em que se forma uma estrutura muito especial: oração sem sujeito. Não é o caso da questão acima.

96
Q

96º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “A pessoa porém precisa ser
responsável”, segundo as normas gramaticais, a palavra “porém” deve vir com vírgula ou sem? Se ela deve vir com vírgula, seria só uma antes, seria só uma
depois ou seria uma antes e outra depois?

A

➢ Resposta: Excelência, a conjunção “porém” aparece deslocada, deve,
por isso, vir com duas vírgulas: uma vírgula antes e outra depois (“A pessoa,
porém, precisa ser responsável”).

97
Q

97º) Examinador: Sr(a). candidato(a), em “século XI”, deve-se dizer “século
onze” ou “século décimo primeiro”?

A

➢ Resposta: Excelência, a forma gramaticalmente correta é “século onze”.

*Dica de ouro: Para as sucessões de reis, imperadores, papas, séculos, usam-se os ordinais de 1 a 10; do número 11 em diante, usam-se os cardinais.

Por isso, deve-se usar “século décimo”, mas “século onze”.

98
Q

98º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “O serviço foi finalizado,
podemos, pois, fazer o acerto”, a conjunção “pois” é classificada como?

A

➢ Resposta: Excelência, a conjunção “pois” é classificada nessa frase
como conclusiva.

*Dica de ouro: Quando a conjunção “pois” está abrindo uma das orações, ela
tem valor de explicação e pode ser substituída por “porque”:
Haverá enchentes novamente, pois chove há três dias.
Quando, porém, está deslocada (em geral
à frente do verbo), como é o caso da questão acima, indica conclusão e pode
ser substituída por “portanto”.

99
Q

99º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Nunca deve haver confusões
entre mim e você”, há alguma falha gramatical? Se houver, justifique sua
resposta.

A

➢ Resposta: Excelência, não há falha gramatical, a frase está completamente correta.

*Dica de ouro: O primeiro destaque é a locução verbal “deve haver”, corretamente no singular. Não deixe de notar que temos ali o verbo haver (com sentido de existir), uso impessoal em que se forma a oração sem sujeito.
No trecho seguinte, na construção “entre mim e você”, há plena correção, já que não há a função de sujeito, exigindo a forma “mim”.

100
Q

100º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Ele corria como um animal”,
qual figura de linguagem pode ser identificada?

A

➢ Resposta: Excelência, a figura de linguagem usada na frase é a
comparação.

*Dica de ouro: Vale lembrar que a comparação traz de forma explícita o
conectivo comparativo (como, tal qual, igual a), como ocorre na frase acima.

101
Q

101º) Examinador: Sr(a). candidato(a), em “O fato infelizmente ocorreu
______ cerca de 20 dias”, como se preenche corretamente a lacuna? Por quê?

A

➢ Resposta: Excelência, na lacuna deve-se fazer uso do verbo “haver”, “ocorreu há cerca de 20 dias”, pois o sentido está relacionado ao tempo passado, tempo decorrido. Cabe a troca por “faz” inclusive, o que ratifica o uso do verbo “haver”.

*Dica de ouro: Sempre devem estar bem diferenciados em nossa memória:

  • acerca de: significa sobre, em relação a. A reunião acerca das mudanças fiscais foi esclarecedora.
  • cerca de: expressão que traz ideia de imprecisão, significa “aproximadamente” e desdobra-se nas expressões a cerca de e há cerca de.
  • a cerca de: usa-se a preposição a seguida da expressão cerca de (= aproximadamente). Enviamos os pedidos a cerca de (aproximadamente) 20
    pessoas. Estavam a cerca de (aproximadamente) 200 metros da praia.
  • há cerca de: é o verbo haver – sinônimo de existir ou referindo-se a tempo passado – seguido da expressão cerca de (aproximadamente).
    Há cerca de (=
    há aproximadamente) 5 pessoas para atender.
    Há cerca de (= há
    aproximadamente) 10 dias eles vieram aqui.
102
Q

102º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na construção à frente o verbo pode
tanto ser usado no plural, quanto no singular: “Dois terços dos brasileiros
aceitou / aceitaram a mudança”?

A

➢ Resposta: Excelência, na frase só cabe o plural, pois ambos os elementos que são a referência para estabelecer a concordância estão no plural: dois terços e brasileiros.

*Dica de ouro: Pode-se concordar com o numeral fracionário ou com o adjunto
adnominal a ele vinculado, mas, estando ambos no plural, não há possibilidade
de outro uso que não seja o plural.

Também observe que, sendo o número 1 o
numerador (1/2, 1/3, 1/4…), temos o singular; a partir do número 2 no
numerador, ocorre o plural.

Compare:
Um terço das pessoas votou / votaram em Fulano.
Um terço do eleitorado votou em Fulano.
Dois terços do eleitorado votou / votaram em Fulano.
Dois terços das pessoas votaram em Fulano.

Conclusão: se o fracionário estiver no mesmo número que o adjunto adnominal
(ambos no singular, ambos no plural), só cabe uma concordância.

103
Q

103º) Examinador: Sr(a). candidato(a), Na frase “Assistimos a cada um dos
filmes”, qual a classe gramatical da palavra “cada”?

A

➢ Resposta: Excelência, a palavra “cada” é classificada como pronome indefinido.

*Dica de ouro: São pronomes indefinidos:
alguém ninguém
tudo nada
algo
outrem quem nenhum
outro
um
certo
qualquer
algum
cada
mais
menos
pouco
todo
algum
tanto
quanto
vários
diversos

104
Q

104º) Examinador: Sr(a). candidato(a), Na frase “Os alunos fizeram a prova confiantes”, qual a função do termo “confiantes”?

A

➢ Resposta: Excelência, o termo “confiantes” exerce a função de
predicativo do sujeito, já que está no predicado e qualifica o sujeito.

*Dica de ouro: Nesse tipo de construção, há uma segunda oração implícita, com verbo de ligação: “Os alunos fizeram a prova (e estavam) confiantes”. Observando assim, fica mais perceptível a função.

105
Q

105º) Examinador: Sr(a). candidato(a), deve-se usar acento grave na frase
“Ele fez uma visita _____ escola”? Justifique a razão.
E em “Ele visitou _____
escola” também ocorre crase?

A

➢ Resposta: Excelência, na primeira frase, usa-se o acento grave, pois o substantivo “visita” rege preposição “a” e o substantivo feminino “escola“ vem com artigo.
Podem ser confirmadas tais informações caso se troque por uma construção masculina, em que temos “Ele fez uma visita ao colégio”.
Na segunda frase não ocorre crase, uma vez que o verbo “visitar” não rege
preposição “a”.

*Dica de ouro: É importante observar a diferença entre o substantivo “visita”
(visita A algum lugar), que exige a preposição “a”, e o verbo “visitar” (visitar
algum lugar), que é VTD, não exige a preposição “a”.

106
Q

106º) Examinador: Sr(a). candidato(a), como se grafa a palavra “extrava___ar”, com S ou com Z?

A

➢ Resposta: Excelência, grafa-se com a letra S: extravasar. A razão disso
é a origem: ela é derivada de “vaso”.

*Dica de ouro: A parte ortográfica foi muito presente no último concurso,
portanto procure ser organizado com o estudo do tema. Há várias palavras que
temos dúvidas, não deixe de vigiá-las. Alguns exemplos: ascensão, pretensão,
reivindicar, beneficente, exceção, paralisia, catequizar…

107
Q

107º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase, “Ele estava muito atento”,
como se classifica a palavra “muito”?

A

➢ Resposta: Excelência, por estar vinculado a um adjetivo, a palavra “muito” funciona como advérbio de intensidade.

*Dica de ouro: “Muito” pode ter duas classificações no Português:

. pronome indefinido: vincula-se ao substantivo, varia em gênero em número
e dá o sentido de quantidade indefinida; exemplo: Li muitos livros, muitas
revistas.

. advérbio: vincula-se ao verbo, adjetivo e advérbio, não varia e traz o sentido
de intensidade;
Exemplos:
Estudei muito.
Convivi com pessoas muito alegres.
Estava muito tarde.

Para entender essa distinção, deve-se dar foco no vínculo.

108
Q

108º) Examinador: Sr(a). candidato(a), conjugue o verbo “pôr” e o verbo “ser”
na 3ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo.

A

➢ Resposta: Excelência, no pretérito imperfeito do indicativo, o verbo “pôr”
fica “ele punha” e o verbo ser “ele era”.

*Dica de ouro: Na conjugação de verbos irregulares, há a necessidade de estudo particular e em dobro, pois, devido à irregularidade, não há um padrão.
Pelo treino, acabamos guardando as formas.

109
Q

109º) Examinador: Sr(a). candidato(a), como se grafa o verbo ameni___ar,
com S ou com Z?

A

➢ Resposta: Excelência, o verbo deve ser grafado com a letra Z: amenizar.

*Dica de ouro: Verbos terminados em –ISAR dependem de haver na palavra
de origem a formação IS:
liso => alisar,
pesquisa => pesquisar,
análise => analisar.

Conclua que essa formação é numericamente pequena, pois são
poucas palavras que coincidem.

Não havendo IS na palavra primitiva, deve-se usar IZAR:
ameno => amenizar,
canal => canalizar,
dólar => dolarizar,
cristal => cristalizar,
humano => humanizar.

Fogem dessa noção: batismo => batizar, sífilis => sifilizar.

110
Q

110º) Examinador: Sr(a). candidato(a), deve-se usar “meio-dia e meia” ou “meio-dia e meio”?

A

➢ Resposta: Excelência, a concordância correta é “meio-dia e meia”, pois a referência é a palavra hora, meia hora.

*Dica de ouro: Não notamos, mas em nosso dia a dia há infinitas construções que trazem dúvidas ou cometemos falhas.

Procure criar uma lista com tais problemas, organizando aquilo que o surpreendeu.

Como estará atento a tudo isso, os fatos gramaticais ficarão mais perceptíveis e frequentes. Por exemplo:
- concordâncias relacionadas ao tempo:
São duas horas, mas é meio-dia, é uma hora, é meia-noite;
Faz duas semanas que eles partiram;
Bateram duas horas no relógio, mas o relógio bateu duas horas;
Isso ocorreu há duas semanas.

111
Q

111º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “eles interv____”, como fica o
verbo intervir no pretérito perfeito do indicativo?

A

➢ Resposta: Excelência, o verbo intervir recebe a seguinte flexão “eles intervieram”.

*Dica de ouro: Procure observar que o verbo vir gera inúmeros verbos derivados: advir, convir, intervir, provir, sobrevir, reconvir.
As formas do verbo primitivo são repassadas aos verbos derivados: vim / intervim; veio / interveio, vieram / intervieram.

112
Q

112º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase a seguir, deve-se usar “há” ou “hão”: “_______ de haver novas datas para o encontro?

A

➢ Resposta: Excelência, o correto é a forma singular: “Há de haver novas datas par o encontro”.

*Dica de ouro: Atente-se ao verbo principal na locução verbal: “há de haver”.

Encontramos haver, uso impessoal, formando uma oração sem sujeito, pois
tem o sentido de existir. Com essa acepção, a locução verbal deve ficar no singular.

O termo “novas datas” funciona como objeto direto na frase.

113
Q

113º) Examinador: Sr(a). candidato(a), diferencie infringir e infligir?
Exemplifique.

A

➢ Resposta: Excelência, infligir significa aplicar a lei, cominar. O juiz infligiu a pena prevista no código. Já infringir significa violar, transgredir. O grupo infringiu regra elementar naquele país.

114
Q

114º) Examinador: Sr(a). candidato(a), cite uma frase na voz passiva sintética.
Qual a classificação do pronome SE?

A

➢ Resposta: Excelência, em “Alugam-se casas” ocorre a formação da voz
passiva sintética e o pronome “se” é classificado como pronome apassivador
ou partícula apassivadora.

Neste caso a partícula “se” é apassivadora, isso quer dizer que o verbo é transitivo direto e a oração está na voz passiva sintética e, portanto, o sujeito aparece após “se”.

*Dica de ouro: Ter exemplos práticos e de fácil lembrança para as mais variadas classificações é uma preocupação durante o percurso de estudo. O exemplo acima “Alugam-se casas” talvez seja o mais desgastado, mas atende ao que se solicita. Dê atenção a isto: exemplos simples e de fácil memorização.

115
Q

115º) Examinador: Sr(a). candidato(a), soletre a palavra inter____e___ão,
sinônima de “intervir”?

A

➢ Resposta: Excelência, a palavra traz as seguintes letras: i-n-t-e-r-c-e-ss-ã-o.

*Dica de ouro: Esse tipo de pergunta exige bastante treino e concentração para não se perder na sequência. Primeiro pense na palavra em sua integridade e resolva sobre os pontos mais difíceis. Em seguida, comece a pronunciar cada letra, observando a sílaba, pois assim se passa a ter pequenos controles que facilitam.

116
Q

116º) Examinador: Sr(a). candidato(a), quais são as vozes verbais?

A

➢ Resposta: Excelência, são quatro: ativa, passiva (analítica e sintética), reflexiva e recíproca.

*Dica de ouro: É válido também sempre se municiar de exemplos, mesmo quando não questionados. É um ato de providência. Observe:

. Voz ativa: José comprou o livro.
. Voz passiva analítica: O livro foi comprado por José.
. Voz passiva sintética: Comprou-se o livro.
. Voz reflexiva: Ele se cortou com a faca.
. Voz recíproca: Eles se conheceram melhor no encontro de ontem.

117
Q

117º) Examinador: Sr(a). candidato(a), na frase “Os dias ficam curtos no
inverno”, qual a função sintática do termo “curtos”?

A

➢ Resposta: Excelência, O termo “curtos” exerce a função sintática de predicativo do sujeito.

*Dica de ouro: Não deixe de observar a presença do verbo de ligação “ficar”, o
que influi muito na identificação do predicativo do sujeito, termo localizado no
predicado e qualificador do sujeito.

118
Q

118º) Examinador: Sr(a). candidato(a), Em “Visitamos o ___minente professor”, grafa-se a palavra incompleta com E ou I?

A

➢ Resposta: Excelência, deve-se usar a letra E, grafando “eminente”, com
o sentido de ilustre, nobre, excelente.

*Dica de ouro: As palavras eminente e iminente são classificadas como parônimas, ou seja, são parecidas, o que amplia as confusões.
Foque no significado de cada uma para guardar a distinção:
- eminente: alto, elevado, principal, distinto, nobre;
- iminente: o que está prestes a acontecer.

119
Q

119º) Examinador: Sr(a). candidato(a), observe se a palavra em destaque se
grafa com J ou G: “Era necessário um caminho especial para se realizar aquela
via__em”?

A

➢ Resposta: Excelência, a palavra corretamente se grafa com a letra G:
viagem.

*Dica de ouro: Viagem com G é o substantivo, geralmente antecedido de
algum determinante; viajem com J é o verbo viajar conjugado no presente do
subjuntivo: que eu viaje, que ele viaje, que eles viajem. Sendo o verbo flexionado, atente-se ao sujeito que pode acompanhá-lo: Quando eles vierem aqui, pedirei que (eles) viajem até o litoral.

120
Q

120º) Examinador: Sr(a). candidato(a), O que é um ditongo? Exemplifique.

A

➢ Resposta: Excelência, ditongo é um dos encontros vocálicos, em que vogal e semivogal se encontram.
Ele pode ser crescente, quando se vai da
semivogal para a vogal, ou decrescente, quando se vai da vogal para a semivogal. Também pode ser oral, em que o som sai completamente pela boca, ou nasal, em que o som sai metade pela boca, metade pelo nariz.
Exemplos: pai, mãe, sei, foi, pão.

*Dica de ouro: Os encontros vocálicos são:
- ditongo (vogal + semivogal ou vice-versa): caule, roupa;
- tritongo (semivogal + vogal + semivogal): saguão, aguei;
- hiato (vogal + vogal): saúde, moinho.

Quanto à separação de sílabas, atente-se:

  • ditongo e tritongo não se separam: coi-sa, U-ru-guai;
  • hiato se separa obrigatoriamente: ra-i-nha, ju-iz, sa-í-da.