Angina Estável Flashcards

1
Q

Condição sine qua non para ter angina estável:

A

Ter placas de atherosclerosis em artérias coronarianas

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2
Q

O que é Doença Arterial Coronariana (DAC)?

A

A DAC é a situação clínica na qual o paciente possui placa de aterosclerose nas artérias coronárias

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3
Q

Qual a diferença entre ICO (Insuficiência Coronariana) e DAC?

A

Na DAC não há sintoma e na ICO há!!!

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4
Q

Definição de ICO:

A

A ICO é uma condição que surge sempre que há desproporção entre a oferta e o consumo de oxigênio.

ICO quando há obstrução >70% coronariana ou >50% do tronco coronário.

Ou seja, há sintomas.

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5
Q

A Angina pode ser PRIMÁRIA ou SECUNDÁRIA. Defina eses tipos de angina:

A
  • Primária (placa diminui a oferta de O2):
    • Desencadeada por diminuição da oferta de O2
  • Secundária (Placa pequena, mas há aumento do consumo de O2):
    • Desencadeada por aumento do consumo de O2
    • Exemplo: tireotoxicose
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6
Q

Fatores a ser questionados em pacientes com queixa de dor anginosa (5):

A
  • Localização
    • Precordial esquerda
  • Irradiação
    • MSE ou MMSS
  • Duração
    • Estável: diante de um esforço (subindo a escada)
  • Fator desencadeante
    • Frio, esforço, refeição copiosa
  • Fator de alívio
    • Melhora com nitrato

O conjunto desses fatores aumento o valor preditivo para IC: Uma dor torácica típica aumenta para 95% a chance de ser ICO.

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7
Q

Qual a classificação FUNCIONAL usada para graduar os tipos de Angina?

A

CLASSIFICAÇÃO CANADENSE:

CCS I: não há limitação às atividades habituais

CCS II: limitação moderada para atividades habituais

CCS III: Limitação importante para atividades habituais

CCS IV: Angina ocorre em qualquer atividade física ou repouso

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8
Q

Formas sindrômicas de apresentação da dor anginosa:

A
  • Angina estável
  • Angina instável
  • IAMSST (infarto miocárdio sem supraST)
  • IAMCST (infarto miocárdio com supraST)
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9
Q

Tipos de anginas (4):

A
  • Angina Típica
  • Angina Atípica
  • Equivalente isquêmico
    • Dispneia
    • Síncope ou pré-sincope
    • Arritmias graves
    • Descompensação da doença de base
  • Angina silenciosa
    • Detecção em exame complentar que verificar obstrução coronariana, sem o paciente ter sintomas.
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10
Q

Classificação de dor torácica conforme a probabilidade de ser por doença coronariana (classificação de CASS):

A
  • Tipo A: dor definitivamente anginosa (90% de chance)
  • Tipo B: dor provavelmente anginosa (Angina Atípica)
  • Tipo C: dor provavelmente não anginosa (Angina Atípica)
  • Tipo D: dor definitivamente não anginosa
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11
Q

Afecções não coronarianas que podem causar angina:

A
  • Cardiomiopatia hipertrófica
  • Estenose aórtica
    • dor torácica, síncope e dispneia (Tríade clássica)P
  • Prolapso de valva mitral
  • Hipertensão pulmonar
  • Insuficiência cardíaca
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12
Q

O que é a Classificação de CASS?

A

É uma classificação de avalia a probabilidade pré-teste de a dor apresentada pelo paciente ser anginosa ou não.

A baixa probabilidade pré-teste = <10%

A alta probabiidade pré-teste = >90%

Pacientes entre 10% e 90% são classificados como intermediários

Conforme a idade, e os sintomas apresentados elo paciente.

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13
Q

Pra quem deve-se solicitar teste ergométrico para investigar angina estável?

A

Em pacientes que apresentarem risco intermediário de dor anginosa conforme a classificação de CASS;

Em pacientes com alta probabilidade já presume-se que tem angina, então teste ergomértico não serve para fim diagóstico de angina.

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14
Q

Investigação complementar em pacientes com queixa de dor anginosa:

A
  • Análises Clínicas
  • ECG
    • para todos
  • Radiografia de tórax
    • Se suspeita de doença pulmonar ou IC
  • Teste ergométrico
    • Se paciente classificado como risco intermediário na escala de CASS
  • Ecocardiograma
    • Se suspeita de doença pulmonar ou IC
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15
Q

Exames de provas isquêmicas (4):

A
  • Teste ergométrico
  • Cintilografia perfusão miocárdica
  • Ecocardiograma com estresse
  • Cineangiocoronagrafia
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16
Q

O que verificar no teste ergométrico?

A
  • Resposta funcional
    • Tolerância ao esforço ou capacidade funcional
    • Sintomas e sinais
  • Respostas hemodinâmicas
  • Respostas eletrocardiográficas
17
Q

Quanto à resposta funcional do paciente ao teste ergométrico, quais são os SINAIS E SINTOMAS que devem chamar atenção?

A
  • Dor torácica (mais importante)
  • Cansaço / fadiga / Dispneia - subjetivos - relacionar com alterações de ECG;
  • Tonturas e vertigens
  • Dor nos MMII
  • Sinais na ectoscopia de má perfusão periférica, palidez, sudorese excessiva e cianose
18
Q

Quanto à resposta funcional do paciente ao teste ergométrico, quais são as RESPOSTAS HEMODINÂMICAS que devem chamar atenção?

A
  • Elevação gradual com a intensidade do esforço com o consumo de O2 dentro de limites denifidos:
    • FC máx: 220 - idade
    • FC submáx: 85% da FC máx.
      • Se o pacient enão chegar nem na FC submáxima o exame não tem relevância pois não houve estresse suficiente ao coração
  • Pressão arterial:
    • PAS = elevação gradual conforme aumenta o esforço
    • PAD = elevação discreta ou manutenção dos valores de repouco e queda discreta
    • Limite máximo da PAS = 220mmHg ou 15mmHg/1MET
  • ECG (derivações são diferentes - então é outra interpretação) normal no teste ergomético:
    • Aumento da amplitude das ondas
    • Encurtamento PR
    • Ponto J infradesnivelado
    • Segmento ST ascendente
    • Ponto Y nivelado
19
Q

Quais alterações em ECG é possível encontrar em teste ergométrico com paciente com ICO?

A
  • *Supra de ST com onda Q (de infarto antigo) não tem relevância clínica.
  • Teste positivo principalmente se houver infradesnivelamento de ponto Y ou supra de ST
20
Q

Quais medicamentos devem ser suspensão previamente à realização do teste ergométrico para não interferir nos resultados?

A
  • Amiodarona
  • Betabloqueadores
  • Bloqueadores de canal de cálcio
  • Digoxina
  • Antiarritmicos
  • Nitrato
  • Metildopa e clonidina
21
Q

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS À REALIZAÇÃO DE TESTE ERGOMÉTRICO (7):

A
  • IAM recente (<48h)
  • Pericardite
  • Endocardite
  • Miocardite aguda
  • Dissecção aguda de Aorta
  • TEP recente
  • Doença vascular periférica grave
22
Q

Quando solicitar Cintilografia de perfusão miocardica e ecocardiograma com estresse como provas isquêmica ao paciente?

A
  • Paciente que já angioplastou ou fez cirurgia cardíaca com dor torácica
    • Mesmo que faça teste ergométrico, e indicado a realização da cintilografia ou ecocardiograma com estresse
  • Quando paciente não consegue correr em esteira: pede-se cintilografia ou ecoestresse farmacológico
23
Q

Qual paciente deve ser submetido ao cateterismo cardíaco em cineangiocoronariografia:

A

Aquele paciente que eu preciso conhecer a anatomia coronariana:

  • Angina CCS III/IV a despeito do tratamento clínico
  • Paciente com resultados em testes não invasivos de alto risco:
    • Cíncope durante teste ergométrico
    • Queda de pressão duramte teste ergométrico
  • Angina + sintomas/sinais de IC ou
  • Sobreviventes de PCR ou arritmias ventriculares complexas
24
Q

Quais são as modalidades tomográficas usadas para avaliar a circulação coronariana?

A
  • Escore de Cálcio
  • Angiotomografia das artérias coronarianas
25
Q

Quando usar o Score de Cálcio para avaliar a circulação coronariana?

A

A lógica é a seguinte: se há placa de aterosclerose, há certo grau de calcificação; então alteração será visível em exame.

  • Paciente assintomático com risco intermediário por Framingham
  • Pacientes assintomáticos com AF de DAC precoce

ESCORE DE CÁLCIO = 0 = sem placas de aterosclerose visível em coronárias.

26
Q

Em quais pacientes tem indicação à realização de angiotomografia?

A
  • Paciente com coronária anômala
  • Paciente assintomático com risco intermediário por Framingham e exames não invasivos conflitantes
  • Pacientes de baixo risco por Framingham e exames não invasivos (+)
27
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

A angiotomografia das coronárias substitui a investigação invasiva com cateterismo cardíaco.

A

FALSO (cada exame tem suas indicações precisas)

28
Q

Tratamento medicamentoso aos pacientes com angina:

A
  • AAS / Clopidogrel (dupla antiagregação plaquetária)
  • Betabloqueadores
  • Bloqueadores de canal de cálcio
  • Estatinas
    • Em pacientes com ICO alvo de LDL <50
  • Nitrato (sublingual nas crises de angina)
  • IECA / BRA (DAC, DM ou disfunção de VE)
  • Outros medicamentos
29
Q

Modalidades dos tratamentos de angioplastia para pacientes com angina:

A
  • Balão (mais antigo)
  • Stent convencional
  • Stent farmacológico
30
Q

Quais são as indicações de angioplastia coronariana?

A
  • Angina limitante (CCS III/IV) / Arritmias a despeito do tratamento clínico em pacientes uni ou multiarteriais com anatomia favorável
  • Lesão de tronco da coronária esquerda em pacientes não elegíveis para cirurgia (risco cirurgico muito alto)
31
Q

Lesões de alto risco para o procedimento de angioplastica coronariana:

A
  • Comprimento da lesão > 20mm
  • Calcificação maciça
  • Tortuosidade do segmento proximal
  • Segmento alvo com angulação extrema > 90º
  • Oclusão crônica em ponta romba
  • Impossibilidade de proteção de ramo lateral significativo (>2,5mm) e estenótico (>50%)
  • Enxertos venosos degenerativos
32
Q

Qual a indicação PADRÃO OURO para angioplastia com stent farmacológico:

A
  • Paciente com indicação com angioplastia e com DM
  • Paciente com indicação com angioplastia e com estenose de stent não farmacológico
  • Paciente com indicação com angioplastia e com estenose em óstio de coronária
  • Paciente com indicação com angioplastia e que já fez enxerto de veia safena
33
Q

Indicação de tratamento cirurgico (resvacularização) para pacientes com angina:

A
  • Lesão de tronco de coronária esquerda
  • Lesão triarterial com FEVE < 50%
  • Lesão de 2 vasos (1 dendo lesão proximal da descendente anterior) + FEVE < 50%