Anatomia: Coração Flashcards
Pericárdio.
- É uma membrana fibrosserosa, de parede dupla, que envolve o coração e os grandes vasos: como se fosse um “saco”.
- Em geral, é necessário realizar drenagem de líquido da cavidade pericárdica, pericardiocentese, para aliviar o tamponamento cardíaco. Para remover o excesso de líquido, pode-se introduzir uma agulha de grande calibre através do 5° ou 6° espaço intercostal esquerdo, perto do esterno.
- Acesso ao saco pericárdico é possível porque a incisura cardíaca no pulmão esquerdo e a incisura mais superficial
no saco pleural esquerdo deixam parte do saco pericárdico exposto (a “área nua” do pericárdio). - A parede inferior (assoalho) do saco pericárdio fibroso encontra-se firmemente fixada e confluente centralmente com o tendão central do diafragma. O local de continuidade foi denominado ligameento pericárdiofrênico.
Camadas do pericárdio.
- Pericárdio fibroso: camada mais externa e resistente. Suas paredes são cobertas externamente pela parte mediastinal da pleura parietal.
- Pericárdio seroso: com lâmina parietal do pericárdio seroso (reveste a superfície interna do pericárdio fibroso) e lâmina visceral do pericárdio seroso (se adere ao coração, formando o epicárdio).
Irrigação do pericárdio.
- Suprimento arterial do pericárdio provém principalmente do ramo fino da A. Torácica Interna, a artéria pericardicofrênica, que frequentemente acompanha ou pelo menos segue paralela ao N. frênico até o diafragma.
- As artérias coronárias irrigam também, em menor contribuição, o pericárdio seroso, bem como o ramo terminal da artéria torácica interna, artéria brônquica, esofágica e frênica superior (ramos da aorta).
Inervação do pericárdio.
- Nervos frênicos (C3–C5), fonte primária das fibras sensitivas: sensações de dor conduzidas por esses nervos são comumente referidas na pele (dermátomos C3–C5) da região supraclavicular ipsolateral (parte superior do ombro do mesmo lado).
- Nervos vagos (NC X): função incerta.
- Troncos simpáticos: vasomotores.
Seio tranverso do pericardio.
- Região de pericardio por onde passam a artéria aorta e tronco pulmonar.
- O seio transverso do pericárdio é muito importante para os cirurgiões cardíacos. Após a abertura anterior do saco pericárdico, pode-se introduzir um dedo através do seio transverso do pericárdio posteriormente à parte ascendente da aorta e ao tronco pulmonar. O cirurgião usa um clampe cirúrgico ou posiciona uma ligadura ao redor desses grandes vasos, insere os tubos de um aparelho de circulação extracorpórea e, depois, fecha a ligadura, para interromper ou desviar a circulação de sangue nessas artérias durante cirurgia cardíaca, como a cirurgia de revascularização do miocárdio.
Espaço virtual do pericárdio.
- Espaço entre as duas lâminas do pericárdio.
- Há um líquido, o qual reduz o atrito entre elas e permite a expansão e contração do coração. Dessa forma, o movimento do coração se torna mais “suave” e os riscos de lesão por atrito são minimizados.
Sulco coronário.
Região posterior que divide o átrio do ventrículo.
Seio coronário.
Recebe a veia cardíaca magna em sua extremidade esquerda e a veia interventricular posterior e veia cardíaca parva em sua extremidade direita.
Veia cardíaca magna.
- Principal tributária do seio coronário.
- Sua primeira parte, a veia interventricular anterior, começa perto do ápice do coração e ascende com o ramo IV anterior da ACE. No sulco coronário, vira-se para a esquerda, e sua segunda parte segue ao redor do lado esquerdo do coração com o ramo circunflexo da ACE para chegar ao seio coronário.
- A veia cardíaca magna drena as áreas do coração supridas pela ACE.
Veia interventricular posterior.
- Acompanha o ramo interventricular posterior (geralmente originado da ACD); Veia cardíaca parva: acompanha o ramo marginal direito da AC.
- Assim, essas duas veias drenam a maioria das áreas comumente supridas pela ACD.
- Fica na base do coração, na região posterior do AD.
- Onde fica o óstio do seio coronário (região de entrada, no AD, do sangue venoso drenado do coração).
Átrio direito.
- Aurícula direita.
- Recebe sangue por meio das veias cavas (superior e inferior).
- O átrio primitivo é representado no adulto pela aurícula direita.
- Seio das veias cavas: Na qual as VCS e VCI e o seio coronário se abrem.
- Trígono de Koch: é uma área triangular da parede septal (local entre a parede septal, parede inferior e parede anterior do átrio direito do coração.
Trígono de Koch.
- Usualmente a parte septal do nodo atrioventricular se localiza nesta região, assim como a porção inicial do feixe de His.
- É uma região delimitada posteriormente pela fita sinusal (ou tendão de Todaro, um tendão de inserção comum das válvula do seio coronário e válvula da veia cava inferior), anteriormente o bordo aderente do folheto septal da valva tricúspide no orifício atrioventricular direito e o próprio óstio do seio coronário.
Átrio esquerdo.
- Aurícula esquerda.
- Recebe sangue por meio das veias pulmonares.
- Possui duas porções, uma muscular/áspera (antes era o átrio primitivo) formada pelos músculos pectíneos e outra lisa.
- Junto com a crista terminal, esses músculos parecem um pente, sendo a crista a base do pente à qual as cerdas (no caso, os músculos) estão presos: por isso o nome de músculos “pectíneos”.
- Na parte externa (sulco terminal) e na parte interna (crista terminal) marcam a divisão das partes lisas e ásperas da parede atrial.
- Aurícula: projeções do coração que protegem as bases da artéria aorta e artéria pulmonar.
- Os músculos pectíneos ficam limitados à face da aurícula.
- Forame oval: comunicação entre o átrio direito e o átrio esquerdo durante o período embrionário (na parede interatrial, no septo interatrial). Quando se fecha, passa a ser chamado de fossa oval.
Ventrículo direito.
- Saída para o tronco pulmonar (artérias pulmonares).
- A trabécula septomarginal (“banda moderadora”) é um feixe muscular curvo que atravessa o ventrículo direito da parte inferior do SIV até a base do músculo papilar anterior. É importante porque conduz parte do ramo direito do fascículo AV até o músculo papilar anterior, um “atalho” que através da câmara parece reduzir o tempo de condução, permitindo a contração coordenada do músculo papilar anterior.
- Crista supraventricular: direciona o fluxo de entrada para a cavidade principal do ventrículo e o fluxo de saída para o cone arterial em direção ao óstio do tronco pulmonar.
Ventrículo esquerdo.
- Saída para a aorta.
- A musculatura do VE é mais desenvolvida que a do VD.
- A divisão dos ventrículos é marcada pelo septo interventricular.
Cordas tendíneas.
Durante a sístole, o que impede que haja o refluxo sanguíneo são as cordas tendíneas, as quais estão ligadas aos músculos papilares (que, por conseguinte, estão ligados às trabéculas cárneas.