ALERGIA OCULAR Flashcards

1
Q

Conjuntivite alérgica

Fisiopatologia

A

Hipersensibilidade tipo I (mediada por IgE)

IgE se liga ao mastócito, que degranula e libera histamina

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2
Q

Conjuntivite alérgica

Formas clínicas

A

SAZONAL = relação com alérgenos sazonais, principalmente os pólens → primavera e outono → quadro HIPERAGUDO

PERENE = relação com antígenos que estão sempre presentes, como ácaros e poeira → > 4 semana

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3
Q

Conjuntivite alérgica

Sinais e sintomas
Acomete córnea?

A

Prurido, hiperemia conjuntival
Quemose – bem marcante na forma sazonal
Papilas < 1 mm – predominam na pálpebra superior
Raramente acomete córnea

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4
Q

Conjuntivite alérgica

Como o laboratório pode auxiliar? (diagnóstico e condução do tratamento)

A

↑ eosinófilos no raspado conjuntival (raramente necessário)

Patch test para identificar o alérgeno

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5
Q

Conjuntivite alérgica

Tratamento

A

Higiene ambiental

Compressas frias

Lubrificante – dilui os mediadores alérgicos

CRISES:
Anti-alérgicos tópicos +/- sistêmicos +/- AINE tópico
Corticoide raramente necessário – só se for caso grave, com comprometimento corneano

Manutenção:
Estabilizador de mastócitos

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6
Q

Ceratoconjuntivite Primaveril ou Vernal

  • Epidemiologia
  • Em que estações exacerba?
A

Meninos, 2-10 anos, atópicos

Exacerbações na primavera e verão

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7
Q

Ceratoconjuntivite Primaveril ou Vernal

Fisiopatologia

A

Mecanismo misto → Hipersensibilidade tipo I (IgE) + tipo IV (células T, mais tardia)

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8
Q

Ceratoconjuntivite Primaveril ou Vernal

Como a doença costuma evoluir com a idade?

A

MELHORA COM A IDADE!

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9
Q

Ceratoconjuntivite Primaveril ou Vernal

Formas clínicas

A

FORMA PALPEBRAL:
Papilas > 1 mm, principalmente em pálpebra superior
Sinal de Maxwell-Lyons = secreção no meio das papilas

FORMA LÍMBICA:
Limbo gelatinoso – por conta das papilas nessa região
Pseudofossetas
Nódulos de Horner-trantas
→ correspondem a agregados de eosinófilos junto com células epiteliais mortas
→ Mais comum limbo superior, mas pode ser outros locais da conjuntiva também
→ Típico mas não patognomônico

FORMA MISTA
Acometimento palpebral e limbar

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10
Q

Ceratoconjuntivite Primaveril ou Vernal

O acometimento corneano é exclusivo de alguma forma de apresentação? Quais são os achados possíveis?

A

Envolvimento corneando é frequente em todas as formas, podendo se apresentar como:
Ceratite puntata apenas

Úlcera em escudo – tipicamente na região superior, é secundário ao trauma mecânico das papilas na pálpebra superior

Pannus (mais comum superior)

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11
Q

Ceratoconjuntivite Primaveril ou Vernal

Tratamento

A

Higiene ambiental, compressas frias, lubrificante

LEVES:
anti-histamínicos

MODERADOS:
+ estabilizadores de mastócitos ou múltipla ação

GRAVES (envolvimento corneano - ceratite puntata/úlcera em escudo OU sintomas graves):
Corticoide tópico ou supra-tarsal
Altas doses, mas com regressão rápida
OBS: Se corticoide tópico → evitar suspensão porque pode se depositar nas papilas, preferir solução

Se úlcera em escudo → debridamento

Imunossupressores tópicos
Tacrolimus ou ciclosporina
Para poupar corticoide nos pacientes dependentes dele

Ressecção cirúrgica das papilas e transplante autólogo de conjuntiva em últimos casos (pacientes muito sintomáticos, úlceras em escudo de repetição…)

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12
Q

Qual a forma mais grave de alergia ocular?

A

Dermatoceratoconjuntivite atópica

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13
Q

Dermatoceratoconjuntivite atópica

Epidemiologia

A

Homens 20-50 anos

Ocorre em 1/3 dos pacientes com dermatite atópica

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14
Q

Dermatoceratoconjuntivite atópica

Fisiopatologia

A

Mecanismo misto – hipersensibilidade tipo I (IgE) + tipo IV (células T, mais tardia)
Predomina tipo IV

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15
Q

Dermatoceratoconjuntivite atópica

Sinais e sintomas

A

Prurido, hiperemia conjuntival, lacrimejamento, fotofobia
Papilas predominam na conjuntiva da pálpebra inferior – única!!!!
Pannus/opacidades corneanas
Cicatrização conjuntival
Olho seco secundário
Descamação palpebral
Pálpebra espessada
Madarose = queda de cílios
Entrópio/ectrópio
Maior risco de desenvolver catarata em escudo (subcapsular anterior → mais característica da doença) ou SCP

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16
Q

Dermatoceratoconjuntivite atópica

Seus portadores são predispostos e desenvolver quais outras doenças oculares?

A

Esses pacientes geralmente têm baixa imunidade celular → predispostos a ceratite herpética, fúngica, blefarite estafilocócica

17
Q

Dermatoceratoconjuntivite atópica

Tratamento

A

Higiene ambiental, compressas frias, lubrificante
Anti-histamínicas + estabilizadores de mastócitos ou múltipla ação
Corticoides – principalmente se envolvimento corneano
Se dependentes de corticoides → Tacrolimus pomada ou ciclosporina

Imunossupressores sistêmicos
Indicações:
- Refratários ao tratamento tópico
- Cicatrização progressiva
- Ceratite ulcerativa periférica

18
Q

Conjuntivite Papilar Gigante

Fatores de risco
Qual principal?

A

Principal → LCG – acumula antígenos proteicos mais comumente do que as rígidas

Outros = prótese ocular, bolha filtrante de trec, fio de sutura, faixa de silicone

19
Q

Conjuntivite Papilar Gigante

Fisiopatologia

A

Efeito mecânico + tipo I (IgE) + tipo IV (células)

20
Q

Conjuntivite Papilar Gigante

Clínica
Costuma acontecer córnea?

A

Intolerância à LC

Aumento da mobilidade da LC

Papilas > 1-3 mm→ pálpebra superior

Pode ter formato de paralelepípedo nas gigantes

Raramente acomete córnea, mesmo com papilas bem grandes

21
Q

Conjuntivite Papilar Gigante

Tratamento

A

Suspender LC por 30 dias, retirar fios de sutura… remover o fator mecânico!

Anti-alérgicos
Lubrificante
Corticoides se caso grave

22
Q

Conjuntivite Papilar Gigante

Quais cuidados devemos ter ao reintroduzir a LC?

A

Na reintrodução da LC:
Substituir por rígida ou gelatinosa de descarte diário
Trocar solução de limpeza → pode ser uma das causas da alergia
Realizar limpeza enzimática → remove as proteínas

23
Q

Dermatite de Contato

Fisiopatologia

A

Hipersensibilidade tipo I (IgE) minutos após exposição

Hipersensibilidade tipo IV tardia (linfócitos) 24h-72h após

24
Q

Dermatite de Contato

Possíveis causadores

A

Atropina
Antiglaucomatosos (brimonidina/betabloq)
Antivirais
Aminoglicosídeos
Conservantes (BAK/EDTA/TIMEROSAL)

25
Q

Dermatite de Contato

Clínica

A

Edema e hiperemia palpebral
Quemose
Hiperemia conjuntival
Prurido
Secreção

26
Q

Dermatite de Contato

Tratamento

A

Suspensão do agente causador

Anti-histamínicos tópicos +- sistêmicos

Corticoide tópico/ tacrolimus em casos graves