Acidentes com animais peçonhentos Flashcards

1
Q

O que fazer quando não é possível identificar o animal causador do ataque?

A

Procurar perfil epidemiológico da região e analisar quadro clínico do paciente, pois o tipo de lesão auxilia na suspeita.
Tratamento varia em função da gravidade do acidente-utiliza soros, então a identificação do animal é importante para o sucesso do tratamento

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2
Q

Jararaca - gênero Bothrops

A

Grupo de serpentes peçonhentas mais comum no Brasil. O veneno possui ação proteolítica, coagulante e hemorrágica.

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3
Q

Jararaca quadro clínico localizado

A

Dor e edema no local da picada - geralmente tem caráter progressivo.

Equimoses e sangramentos no ponto da picada são frequentes.

Enfartamento ganglionar e bolhas acompanhados ou não de necrose.

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4
Q

Jararaca quadro clínico sistêmico

A

Sangramentos em ferimentos pré existentes, hemorragias à distância (gengivorragia, epistaxe, hematêmese, hematúria), risco de hemorragia uterina em gestantes.

Náusea, vômito, sudorese, hipotensão, hipotermia, choque.

Quando o acidente é causado por filhotes, alterações de coagulação são predominantes - pode não ter dor edema.

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5
Q

Cascavel - gênero Crotalus

A

Encontrada principalmente em ambientes secos (cerrados, regiões do Nordeste).

Veneno possui ação neurotóxica, miotóxica e coagulante.

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6
Q

Cascavel quadro clínico localizado

A

Edema e eritema discretos .

Não tem dor ou é de pequena intensidade.

Parestesia local ou regional.

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7
Q

Cascavel quadro clínico sistêmico

A

Fácies miastênica nas primeiras horas - ptose palpebral, flacidez da musculatura da face, oftalmoplegia, visão turma, diplopia, midríase.

Mialgia, mioglobinúria.

Aumento no tempo de coagulação e queda de fibrinogênio plasmático.

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8
Q

Surucucu pico de jaca - gênero Lachesis

A

Matas densas.

Veneno com ação proteolítica, hemorrágica e coagulante.

Acidentes são classificados de moderados a graves.

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9
Q

Surucucu quadro clínico local

A

Predomina dor e edema - semelhante ao acidente brotópico.

Vesículas de conteúdo seroso nas primeiras horas.

Manifestações hemorrágicas.

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10
Q

Surucucu quadro clínico sistêmico

A

Hipotensão, tontura, escurecimento da visão, bradicardia, cólicas abdominais, diarreia - síndrome vagal .

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11
Q

Coral verdadeira - gênero Micrurus

A

Apresenta cores vivas, anéis ao longo de corpo, não apresenta fosseta.

Veneno tem ação neurotóxica.

Pré ganglionar - compete com acetilcolina por receptores colinérgicos.

Pós ganglionar - bloqueia liberação de acetilcolina

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12
Q

Coral verdadeira quadro clínico local

A

Dor local e discreta.

Parestesia de progressão proximal.

Pode ter aparecimento tardio dos sintomas.

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13
Q

Coral verdadeira quadro clínico sistêmico

A

Vômitos, fraqueza muscular progressiva, ptose palpebral, sonolência, perda de equilíbrio, sialorreia, oftalmoplegia, fácies miastênica.

Mialgia localizada ou generalizada.

Dificuldade de deglutir e afonia.

Paralisia flácida pode acometer musculatura respiratória → apneia e insuficiência respiratória aguda.

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13
Q

Quadro clínico local escorpião amarelo

A

Dor local pode ser acompanhada por parestesia e irradiar para raiz do membro acometido.

Na maioria dos casos há apenas eritema e edema.

Pode ter sudorese.

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13
Q

Escorpião amarelo - Tytius serrulatus

A

Perna e cauda amarelo claro.

Hábitos noturnos, encontrados em pilhas de madeira, cercas, sob pedras, em residências.

Veneno - dor local e efeitos complexos em canais de sódio, causando despolarização das terminações nervosas pré ganglionares, com liberação de catecolaminas e acetilcolina.

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13
Q

Aranha armadeira

A

Se apoia nas pernas traseiras e ergue as dianteiras quando se sente ameaçada.

Veneno - mais manifestações locais

Quadro clínico local :

Dor imediata
Edema, eritema, parestesia, sudorese

Quadro clínico sistêmico :

Mais raro - priapismo, choque e edema pulmonar

13
Q

Quadro clínico sistêmico esporpião amarelo

A

Hipo ou hipertermia e sudorese profusa.

Náusea, vômitos, sialorreia.

Dor abdominal e diarreia - mais raro.

Arritmias, hiper ou hipotensão, insuficiência cardíaca congestiva e choque.

Taquipneia, dispneia, edema pulmonar agudo.

Agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia, tremores.

13
Q

Escorpião marrom

A

Tronco escuro, pernas e palpos com manchas escuras e cauda marrom avermelhada.

Quadro clínico similar ao escorpião amarelo

13
Q

Aranha marrom

A

Coloração marrom ou avermelhada.

Veneno - atua sobre constituintes das membranas das células, principalmente endotélio vascular e hemácias → ativa sistema complemento, coagulação, plaquetas → intenso processo inflamatrório local - obstrução de pequenos vasos, edema, hemorragia, necrose focal.

13
Q

Viúva negra

A

Acidentes muito comuns no Sudeste e Nordeste.

Veneno - atua sobre terminações nervosas sensitivas.

Quadro clínico :

Quadro doloroso, tremores, contrações espasmódicas dos membros, sudorese local.

Ansiedade, excitabilidade, insônia, cefaleia.

Prurido, eritema de face pescoço, opressão precordial com sensação de morte eminente, taquicardia e hipertensão seguida de bradicardia.

14
Q

Primeiros cuidados gerais

A

Monitorização dos 5 sinais vitais

Temperatura
PA
FC
FR
Dor
Monitorar também glicemia e oxigenação

15
Q

Primeiros cuidados gerais em caso de ofídicos

A

Tranquilizar paciente.
Paciente deve ser removido para hospital.
Lavar local da picada com água e sabão
Evitar que a pessoa ande ou corra
Elevar membro picado
Não usar torniquete e não fazer incisões ou passar substâncias no local da picada

16
Q

Primeiros cuidados gerais em caso de aracnídeo e escorpião

A

Compressas mornas na região ajudam a aliviar o quadro até chegar no hospital.

No hospital será avaliado se precisa ou não de soro.

17
Q

Soros

A

Único tratamento eficaz para envenemento por serpentes - específico para cada gênero.

Antes de administrar, avaliar se há manifestações clínicas que indiquem que o indivíduo foi picado por serpente peçonhenta.

Produção é feita por imunização de cavalos com antígenos produzidos a partir de venenos, toxinas ou vírus.

Soros são frações de imunoglobulinas purificadas e específicas.

Geram imunidade passiva - não é permanente

Usa IgG inteira ou em fragmento

18
Q

Prevenção de acidentes serpentes

A

Calçados fechados
Luvas grossas para manipular folhas secas ou montes de lixo, palha, lenha..,
Não colocar as mãos em buracos
Tomar cuidado ao revirar cupinzeiros
Evitar acúmulo de lixo e entulho

19
Q

Prevenção de acidentes aranhas e escorpiões

A

Evitar folhagens densas junto a paredes
Não colocar as mãos em buracos
Manter jardins limpos
Usar calçados e luvas grossas
Vedar frestas e buracos
Afastar camas das paredes
Verificar roupas antes de usar