Acidentes com animais peçonhentos Flashcards
O que fazer quando não é possível identificar o animal causador do ataque?
Procurar perfil epidemiológico da região e analisar quadro clínico do paciente, pois o tipo de lesão auxilia na suspeita.
Tratamento varia em função da gravidade do acidente-utiliza soros, então a identificação do animal é importante para o sucesso do tratamento
Jararaca - gênero Bothrops
Grupo de serpentes peçonhentas mais comum no Brasil. O veneno possui ação proteolítica, coagulante e hemorrágica.
Jararaca quadro clínico localizado
Dor e edema no local da picada - geralmente tem caráter progressivo.
Equimoses e sangramentos no ponto da picada são frequentes.
Enfartamento ganglionar e bolhas acompanhados ou não de necrose.
Jararaca quadro clínico sistêmico
Sangramentos em ferimentos pré existentes, hemorragias à distância (gengivorragia, epistaxe, hematêmese, hematúria), risco de hemorragia uterina em gestantes.
Náusea, vômito, sudorese, hipotensão, hipotermia, choque.
Quando o acidente é causado por filhotes, alterações de coagulação são predominantes - pode não ter dor edema.
Cascavel - gênero Crotalus
Encontrada principalmente em ambientes secos (cerrados, regiões do Nordeste).
Veneno possui ação neurotóxica, miotóxica e coagulante.
Cascavel quadro clínico localizado
Edema e eritema discretos .
Não tem dor ou é de pequena intensidade.
Parestesia local ou regional.
Cascavel quadro clínico sistêmico
Fácies miastênica nas primeiras horas - ptose palpebral, flacidez da musculatura da face, oftalmoplegia, visão turma, diplopia, midríase.
Mialgia, mioglobinúria.
Aumento no tempo de coagulação e queda de fibrinogênio plasmático.
Surucucu pico de jaca - gênero Lachesis
Matas densas.
Veneno com ação proteolítica, hemorrágica e coagulante.
Acidentes são classificados de moderados a graves.
Surucucu quadro clínico local
Predomina dor e edema - semelhante ao acidente brotópico.
Vesículas de conteúdo seroso nas primeiras horas.
Manifestações hemorrágicas.
Surucucu quadro clínico sistêmico
Hipotensão, tontura, escurecimento da visão, bradicardia, cólicas abdominais, diarreia - síndrome vagal .
Coral verdadeira - gênero Micrurus
Apresenta cores vivas, anéis ao longo de corpo, não apresenta fosseta.
Veneno tem ação neurotóxica.
Pré ganglionar - compete com acetilcolina por receptores colinérgicos.
Pós ganglionar - bloqueia liberação de acetilcolina
Coral verdadeira quadro clínico local
Dor local e discreta.
Parestesia de progressão proximal.
Pode ter aparecimento tardio dos sintomas.
Coral verdadeira quadro clínico sistêmico
Vômitos, fraqueza muscular progressiva, ptose palpebral, sonolência, perda de equilíbrio, sialorreia, oftalmoplegia, fácies miastênica.
Mialgia localizada ou generalizada.
Dificuldade de deglutir e afonia.
Paralisia flácida pode acometer musculatura respiratória → apneia e insuficiência respiratória aguda.
Quadro clínico local escorpião amarelo
Dor local pode ser acompanhada por parestesia e irradiar para raiz do membro acometido.
Na maioria dos casos há apenas eritema e edema.
Pode ter sudorese.
Escorpião amarelo - Tytius serrulatus
Perna e cauda amarelo claro.
Hábitos noturnos, encontrados em pilhas de madeira, cercas, sob pedras, em residências.
Veneno - dor local e efeitos complexos em canais de sódio, causando despolarização das terminações nervosas pré ganglionares, com liberação de catecolaminas e acetilcolina.