Abdomen Agudo Obstrutivo Flashcards

1
Q

Quais são as manifestações clínicas do abdomen agudo obstrutivo?

A
  • Dor e distensão abdominal
    • No intestino delgado há dor periumbilical em cólicas
    • Obstruções colônicas a dor é infraumbilical e contínua com paroxismos
  • Náuseas e Vômitos: Quanto mais alta a obstrução, mais precoces e frequentes são os vomitos
  • Parada da eliminação de fezes e flatos: Indicativo de uma obstrução completa.
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2
Q

A partir de quantos Cm do ceco distentido já é indicativo de cirurgia?

A

Ceco Distendio > 11-12cm.

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3
Q

Diagnóstico:

A

Volvo em ceco

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4
Q

Qual exame físico não pode faltar na avaliação do abdomen agudo obstrutivo?

A

Toque retal → fezes endurecidas, neoplasias, corpo estranho, sangue.

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5
Q

Qual o primeiro exame a ser solicitado diante de uma suspeita de abdome agudo obstrutivo?

A

Primeiro ⇒ Radiografia de Tórax em pé, radiografia de abdome em pé e deitado (Decúcbito dorsal)

Obstrução Intestinal Alta x Obstrução Baixa

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6
Q

Quando é indicada a realização da tomografia nos casos de Abdomen Agudo Obstrutivo?

A
  • Indicada para pacientes estáveis, Detecta a etiologia da obstrução. Preferencialmente feita com contraste oral e endovenoso
    • Isquemia Intesinal → Pneumatose intestinal e presença de gás

USG NÃO é um bom exame

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7
Q

Sinal da maça mordida vista no Enema baritado é indicativo de?

A

Neoplasia colorretal

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8
Q

O que é o sinal de Rigler?

A

Visualização de ar fora da alça intestinal, delimitando sua parede, devido a presença de gás na cavidade abdominal.

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9
Q

Principal alteração metabolica do Abdomen agudo obstrutivo?

A

Principal alteração ⇒ Alcalose metabólica hipocloremica hipocalemica

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9
Q

Abdomen Agudo Obstrutivo:

Gasometria arterial: Alcalose metabólica → Acidose metabólica. É indicativo de?

A

Isquemia

Lactato sérico: Isquemia intestinal

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10
Q

Quais são os pilares do tratamento para abdomen agudo obstrutivo?

A
  • Jejum
  • Sonda nasogástrica
  • Hidratação venoso
  • Correção dos distúrbios
  • Analgesia
  • ATB se necessidade
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11
Q

Qual a causa mias comum de Obstrução Intestinal Alta?

A

Bridas ou Aderência

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12
Q

Qual segunda causa mais comum de Obstrução Intestinal Alta?

A

Neoplasia Extrínseca (Metástases)

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13
Q

Qual a terceira causa mais comum de Obstrução Intestinal Alta?

A

Hérnia

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14
Q

Trtamento da obstrução por bridas?

A

Tratamento: clínico, com medidas de suporte.
* Sonda nasogástrica: auxilia na descompressão do trato gastrointestinal
* Hidratação endovenosa: pode ser feita tanto com cristaloide isotônico como o Ringer lactato ou soro fisiológico;
* Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos
* Analgesia

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15
Q

Quais são as principais neoplasias responsáveis por obstrução intenstinal alta?

A

São Tumores Malignos Metastáticos!!!

Neoplasias do cólon, ovário, pâncres e estômago.

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16
Q

O que é a manobra de Taxe e qual o tempo máximo para que ela seja realizada?

A
  • A manobra é a redução manual da hérnia
  • Desde que o tempo encarceramento seja inferior a 6 a 8horas.
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17
Q

Qual a Hérnia que mais estrangula?

A

Hérnia Femoral

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18
Q

Qual a diferença de uma hernia encarcerada para hérnia estrangulada?

A
  • Abaulamento da Hérnia com hiperemia
  • Maior tempo de evolução
  • Não pode nem sonhar em reduzir

CIRURGIA IMEDIATA!

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19
Q

Qual a técnica cirúrgica para hernias com isquemia ou perfuração?

A

Contraindicado o uso de telas sintéticas
* Técnicas: Bassini, McVay, Shouldice

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20
Q

Qual a via de acesso cirurgico para hernia estrangulada?

A

A via de acesso é por inguinotomia, através da qual pode ser feita a correção da hérnia e ressecção intestinal se necessária.

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21
Q

Qual a Tríade de Borchardt?

A

Pacinetes com volvo Gástrico:
* Dor súbita e intensa no abd superio ou toráx
* Vômitos severos
* Incapacidade de passar sonda nasogástrica

Pode haver hematêmese, distensão abdominal superior, sinais de peritonite.

22
Q

Distúrbio hidroeletrolítico do volvo gástrico?

A

Alcalose hipoclorêmica, hipocalemica.

23
Q

O que é a síndrome de Wilkie?

A

Síndrome da Artéria Mesentérica Superior:
* Compressão da terceira porção do duodeno devido ao estreitamento do espaço entre a a artéria mesentéria superior e a aorta.

Diagnóstico é de exclusão. A duodenografia hipotônica é o exame de imagem que mostra o afilamento da terceira porção duodenal.

24
Q

Tratamento da Síndrome da Artéria Mesentéria superior?

A
  • Descompressão gástrica e duodenal por sonda e terapia conservadora com nutrição enteral

tratamento pode ser cirúrgico quando a terapia nutricional não for eficaz.

25
Q

O que é o Íleo biliar e seu local mais acometido?

A
  • Complicação da litíase biliar, no qual ocorre uma fístula, gerando impactação de um calculo ectopico gerando obstrução intestinal alta.
  • Local mais acometido: Ileo Distal

Tratamento: cirúrgico de urgência por laparotomia

26
Q

O que é Obstrução por Bezoar e que tipo de obstrução ela causa?

A

Material ingerido que não é digerido
- Fitobezoar: material vegetal
- Tricobezoar: cabelos, mais comum em pacientes psiquiátricos
- Farmacobezoar: medicamentos
- Lactobezoar: compostos de leite

27
Q

Clínica da obstrução por bezoar e seu tratamento?

A
  • Clínica: Os pacientes ficam assintomáticos por muitos anos e o início dos sintomas é insidioso, caracterizando-se por dor abdominal, náuseas, vômitos, saciedade precoce, anorexia e perda de peso.
  • Tratamento → Dissolução Químca ou Remoção Endoscópica
28
Q

Principal causa de Obstrução Intestinal Baixa?

A

1) Neoplasia Colorretal

As neoplasias de cólon esquerdo têm maior probabilidade de obstruir pois seu lúmen é mais estreito

29
Q

Verdadeiro ou Falso:

A colonoscopia deve ser realizado para uma melhor elucidação diagnóstica em pacientes com CCR e obstrução completa.

A

Falso. Na obstrução completa não devemos fazer colonoscopia devido ao risco de perfuração.

30
Q

Tratamento cirurgico do cancer colorretal em pacientes:
* ínstaveis/Peritonite;
* Estáveis/ Colon em boas condições;
* Obstrução em alça fechada com perfuração ao ceco;

A
  • Paciente instável/peritonite = Ressecção e ostomia.
  • Paciente estável/ Colon em boas condições = Resscção e anastomose primária.
  • Obstrução em alça fechada com perfuração de ceco = Colectomia total e ileostomia.
31
Q

Principal Suspeita Diangóstica:

Paciente com > 50 anos e com mudança de hábito intestinal, sangramento nas fezes, fezes em fita.

A

CÂNCER COLORRETAL!

O câncer colorretal (CCR) é a causa mais comum de obstrução do intestino grosso e, em 75% dos casos, requer intervenção cirúrgica

32
Q

Diagnóstico:

Distensão abdominal de início súbito, náuseas, vômitos e constipação.

A

Volvo de Sigmoide.
* Radiografia de abdome revela o U invertido ou sinal do grão de café ou tubo interno dobrado

33
Q

Tratamento de Volvo de Sigmoide em paciente sem sinais de complicação?

A

Sem sinais de isquemia, perfuração ou peritonite:
* proctoscopia rígida, sigmoidoscopia flexível ou
colonoscopia descompressiva. Distorcer o volvo.

Tratamento cirúrgico com ressecção é realizado após 24-72 horas, se bem-sucedida a descompressão, devido ao alto risco de recorrência do volvo.

34
Q

Tratamento de Volvo de Sigmoide em paciente com sinais de complicação?

A

Com sinais de isquemia, perfuração e peritonite e falha na distorção endoscópica:
* Tratamento cirúrgico de emergência, com laparotomia com ressecção do segmento volvulado (Hartmann)

35
Q

Diagnóstico:

Sintomas obstrutivos, dor abdominal em cólica, náuseas e vômitos

A

Volvo de Ceco

36
Q

Qual a complicação mais frequente do megacólon chagásico?

A

Fecaloma:

  • Fezes endurecidas que impactam no trato intestinal
37
Q

O que é o sinal de Gersuny observado no exame físico do Abdomen agudo obstrutivo? Ele é sugestivo de?

A
  • Sinal de Gersuny: sensação de crepitação ao descomprimir o abdome após a palpação profunda de uma massa abdominal.
  • Ocorre devido à interposição de ar entre a mucosa intestinal aderida à superfície do fecaloma
38
Q

O que é o Fenômeno de Solling observado no fecaloma?

A

Diarreia paradoxal, apesar da obstrução parcial pelo fecaloma, há passagem de fezes líquidas ao redor do mesmo.

39
Q

Tratamento do Fecaloma:

A

É feito com a “quebra” ou “fratura” do fecaloma, seguida de enema com água morna e glicerina.

Se essas medidas falharem, a anestesia locorregional e sedação para relaxar os músculos do canal anal e do assoalho pélvico, juntamente com a massagem abdominal, podem ajudar na quebra do fecaloma.

40
Q

Conduta de tratamento imediato:

Paciente Estável.

A

Colonoscopia descompressiva - Distorcer o volvo

Proctoscopia rígida, sigmoidoscopia flexível

41
Q

Paciente masculino, 71 anos, vai ao pronto-socorro queixando-se dorabdominal, em cólica, difusa, associada a parada de eliminação de flatos efezes há 5 dias.
Abdome globoso, distendido, doloroso à palpaçãode epigástrio associado a abaulamento local, endurado, de cerca de 5x5cm, sem hiperemia.

A

Hérnia da parede abdominal encarcerada

42
Q

Principal Hipotese:

Parada de eliminação de gazes e fezes. Nega comorbidades. Relata antecedente cirúrgico de histerectomia subtotal por miomas uterinos há 5 anos

A

Aderências pós-operatórias

43
Q

Principal Hipótese:

Paciente 64 anos com história de perda de peso 10 kg, refere que os episódios de vômitosapresentam o alimento ingerido e acontecem 2 horasapós as refeições. Não há presença de bile. Referemelhora após os vômitos.

A
  • Compatível com o diagnóstico de neoplasia de antro gástrico. Os tumores gástricos distais avançados, tipicamente evoluem para síndrome de mau esvaziamento gástrico.

A cronicidade dos sintomas (superior a 3 meses) assim como a perda de peso de 10kg, devem nos direcionar para hipótese de neoplasia maligna, como principal causa da obstrução

A cárdia é a região de transição entre esôfago e estômago; levaria ao um mau esvaziamento esfoágico

44
Q

Conduta cirúrgica e Principal suspeita diagnóstica:

Paciente idoso com quadro clínico sugestivo de obstrução intestinal (dor e distensão abdominal, náuseas e vômitos). O histórico de perda de peso e alteração do hábito intestinal nos últimos meses.

A
  • Retossigmoidectomia com colostomia ou anastomose a depender da estabilidade do paciente.
  • Neoplasia Maligna de Cólon
45
Q

O que é a Síndrome de Ogilvie?

A
  • Pseudo obstrução colônica aguda
  • Acomete pacientes hospitalizados ou institucionalizados, em associação com uma doença grave ou após uma cirurgia, em conjunto com um desequilíbrio metabólico
46
Q

Cite 3 fatores predisponentes para síndrome de Ogilvie e como é realizado seu diangostico?

A
  • trauma não cirúrgico,
  • infecção (sepse),
  • ventilação mecânica
  • doença cardíaca (principalmente infarto agudo do miocárdio)
  • Aos procedimentos cirúrgicos, os mais comuns associados foram a cesariana e a cirurgia do quadril.
  • **DIAGNÓSTICO: **deve ser suspeitado em pacientes hospitalizados que apresentam distensão abdominal e confirmado por exame de imagem.

Tratamento: Varia de acordo com o ceco. Se a conduta conservador (Neostigmina), partir para descompressão endoscópica; colostomia em alçã e cecostomia em ultimo caso.

47
Q

Provável diagnóstico

Homem de 90 anos, com internação prolongada e imobilização por tratamento cirúrgico de fratura do colo do fêmur. Estava em antibioticoterapia para tratamento de pneumonia nosocomial e passou a apresentar parada de eliminação de flatos e fezes associada à distensão abdominal dolorosa. A radiografia simples de abdome mostrou importante distensão gasosa de todo o cólon.

A
  • Pseudo obstrução colônica aguda
48
Q

Principal Hipótese

Paciente submetido recententemente a cirurgia abdominal, evolui com parada de eliminação de flatos, distensão global das alças intenstinais. Radiografia com distensão das alças intestinais e sem distensão do cólon.

A

Íleo Metabólico.

Ileo paralítico, geralmente relacionada à cirurgia abdominal recente, e pseudo-obstrução colônica aguda, que geralmente acomete pacientes com algum fator de risco.

49
Q

Principal Hipótese:

Criança de 5 anos, queixa-se de vômitos 3 vezes ao dia há 3 dias, acompanhados de diarreia aquosa de médio volume, 5 vezes ao dia. Hoje a mãe notou que a criança está apática, com dor abdominal e diminuição das evacuações. Na: 135 mEq/L, K: 2,9 mEq/L, Ca iônico: 1/2 mg/dl. Escala de alvarado modificada: 3.

A

Íleo Paralítico.
Paciente com quadro de compatível com GECA; podem apresentar alterações metabólicas como a presença de Hipocalemia, devido aos episódios diarreicos e vomitos. Uma da conseuqncia desses distúrbios hidroeletrólitico é o íleo paralitico ou adinamico

50
Q

Diagnóstico:

Senhora de 78 anos de idade vai ao pronto-socorro com dor abdominal há 3 dias

A
51
Q

Tratamento Inicial da Obstrução Por bridas?

A

O tratamento inicial da obstrução por bridas é conservador com as medidas de suporte: Jejum, SNG, Hidratação endovenosa, correção dos distúrbios eletrolíoticos e acidobásicos

52
Q

Verdadeiro ou Falso?

Um paciente com 62 anos de idade apresenta alteração de hábito intestinal há um ano e perda ponderai de 15 kg em 2 meses. Nega ter realizado exames de rotina. No momento, apresenta diarreia intensa há 24 horas, com vários episódios de evacuações líquidas, associado a dor abdominal difusa. Por estar apresentando fezes isso no afasta da possiblidade de obstrução intestinal.

A

Falso!! Quadros de obstrução intestinal, principalmente em obstruções parciais, o paciente pode apresentar a chamada “diarreia paradoxal”, que se justifica por hiperproliferação bacteriana ocasionada por estase de bolo alimentar no intestino

Principal suspeita -neoplasia colorretal

53
Q

Diagnóstico:

Paciente clinicamente enfermo apresenta distensão abdominal súbita. No exame físico, o abdome é timpânico (principalmente no hemiabdome direito), no entanto, não costuma ser doloroso, e os ruídos hidroaéreos geralmente estão presentes. A presença de febre e sinais de irritação peritoneal são sugestivas de isquemia ou perfuração do cólon.

A

Pseudo-obstrução colônica

Radiológicas (distensão principalmente do cólon direito) são típicos de pseudo-obstrução colônica.