4 - Fisiopatologia da Dor Flashcards
A dor é um sintoma complexo de grande importância prática, que requer a compreensão de vários fatores:
Sensação da percepção dolorosa pelo paciente, componentes sociais, emocionais, culturais, sociais e religiosos
A dor é uma percepção individual.
É uma função complexa modulada por condições fisiológicas, emocionais, motivacionais e psicológicas, além de experiências prévias de vida.
Sobre o Limiar de Dor podemos dizer que trata-se de:
Nível mínimo de intensidade de estímulo percebido como dor
Tolerância: Maior nível de estimulação nociva que um sujeito pode tolerar
Sobre a dor nociceptiva:
Pode ser classificada em dor nociceptiva somática e visceral
As fibras aferentes fazem sinapse no corno posterior da medula espinhal
Tipos, subtipos e características da dor:
Em relação à fisiopatologia da dor:
Os principais sistemas responsáveis pela inibição da dor são os sistemas opioide, noradrenérgico e serotoninérgico.
O neurônio sensorial de segunda ordem ascende até o núcleo posterior ventral do tálamo, onde faz sinapse e se projeta como neurônio sensorial de terceira ordem
A dor pode ser provocada tanto por ativação das vias nociceptivas como pela lesão das vias modulatórias (supressoras)
As informações dolorosas são conduzidas até os centros superiores através do trato espinotalâmico.
Fatores psicológicos e emocionais possuem influencia na fisiopatologia da dor.
Transmissão da informação nociceptiva - fibras envolvidas:
Fibras A delta são relativamente mais rápidas do que as fibras C - pois a fibra A delta tem mielina
fibras A delta - mielinizadas
fibras C - desmielinizadas
Fibras A delta são mais calibrosas do que fibras C
Fibras A delta - dor, temperatura
Fibras C - temperatura, dor, prurido
Gráfico
um estímulo nocivo aparece (ex: faca) e estimula fibras A delta (+ rápidas) que transmitem e processam uma dor primária (intensidade alta de curta duração), se o tempo de estimulação for pequena, a intensidade cai drasticamente… Se persistir a estimulação, as fibras C (+ lentas) transmitem e processam a dor secundária (menos intensa e mais longa)
Ex: lesão cortante com arma branca - a lesão persiste mesmo após retirada do objeto - ela vai desencadear a dor secundária também… pois a lesão serve como um estímulo contínuo..
Sobre a teoria do portão ou das comportas:
Esse mecanismo explica por que uma leve fricção ou massageamento de uma área dolorosa proporciona alívio da dor
Dor somática superficial:
É a forma de dor nociceptiva provocada pela estimulação de nociceptores do sistema tegumentar. Tende a ser bem localizada e relatada como picada, pontada, queimor, sempre de acordo com o estímulo que a provocou.
Sua intensidade é variável e, de certo modo, proporcional ao estímulo.
Decorre, em geral, de trauma, queimadura e processo inflamatório.
Dor somática profunda:
É uma dor nociceptiva decorrente de ativação dos nociceptores de músculos, fáscias, tendões, ligamentos e articulações.
Suas principais causas são: estiramento muscular, contração muscular isquêmica, exercício exaustivo prolongado, contusão, ruptura tendinosa e ligamentar, síndrome miofascial, artrite e artrose.
prova
Dor neuropática:
Atividade anormal nociceptiva não relacionada com a presença de um estímulo nociceptivo
causas periféricas comuns: compressão nervosa (acompanhada por outras sensações somáticas, parestesias)
causas centrais:
- sensibilização sustentada das vias nociceptivas (wind-up)
- atividade anormal na eferência simpatica para as vísceras
- plasticidade mal adaptativa - dor fantasma
Aumenta percepção no CDME (corno dorsal da medula espinal), há inibição das vias inibitórias, então os opioides até atuam, mas não consegue sustentar a melhora da dor
Ainda não se conhecem exatamente os mecanismos fisiopatológicos da dor neuropática, mas a lesão do trato neoespinotalâmico ou neotrigeminotalâmico na dor facial parece ser condição essencial para seu aparecimento.
Este tipo de dor é gerado no sistema nervoso, independentemente de estímulo externo ou interno.
Pode ser originada em afecções traumáticas, inflamatórias, vasculares, infecciosas, neoplásicas, degenerativas, desmielinizantes e iatrogênicas.
Seu início pode coincidir com a atuação do fator causal, porém, mais comumente, ocorre após dias, semanas, meses ou até anos. Em geral, o fator causal não pode ser removido, por ter deixado de agir ou por ser impossível interrompê-lo.
A polineuropatia diabética é um exemplo de dor neuropática
Quetamina e metadona são antagonistas NMDA, por isso sua ação na dor neuropática.
Hipoestesia:
Diminuição da sensibilidade a estímulos sensoriais.
Hiperestesia:
Maior sensibilidade aos estímulos sensoriais, muitas vezes com qualidade desagradável.
Hiperalgesia:
Alodinia:
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Dor nociplástica:
Condições dolorosas crônicas que ocorrem na ausência de lesão ou injúria tecidual definível e sem que exista lesão das vias somatossensitivas, não preenchendo, portanto, critérios para o diagnóstico de dor nociceptiva ou neuropática.
Fibromialgia é a condição prototípica deste grupo, lombalgias crônicas de etiologia indeterminada, cefaleia primária, sindrome do intestino irritável, dores torácicas primárias, entre outras