2 - Ética e legislação em cuidados paliativos Flashcards
O que diz a resolução 1.805/2006 do CFM?
“É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal, de
enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal” (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2006), que equivale, portanto, à permissão de realização da ortotanásia.
O que é ortotanásia?
Situação em que a morte é evento certo, iminente e inevitável, está ligada a um movimento corrente na comunidade médica mundial denominado Medicina Paliativa, que representa uma possibilidade de dar conforto ao paciente terminal que, diante do inevitável, terá uma morte menos dolorosa e mais digna.
ortotanásia: morte natural;
O que é eutanásia?
A intenção de ortotanásia e eutanásia são similares. Isso mesmo: ambas as práticas buscam o alívio do sofrimento. A diferença não está na intenção, e sim no método — o “como fazer”.
Na ortotanásia, a doença de base é responsável pela morte e os métodos utilizados permitem que ela aconteça no tempo que deve ser, naturalmente. Já na eutanásia, o método consiste em procedimentos que provoquem a morte, encurtando a vida.
Em nenhum momento a abordagem de cuidados paliativos pode ser entendida como omissão de socorro ou facilitação para a eutanásia.
eutanásia: morte antecipada.
O que é distanásia?
A distanásia busca manter a vida a qualquer custo, mesmo através de procedimentos desnecessários, invasivos, e com sofrimento à pessoa. Em algumas literaturas, vamos ver até o termo “tortura” quando se fala de distanásia.
distanásia: morte postergada com sofrimento;
Sobre a legislação brasileira e CP:
Os cuidados paliativos podem estar em todos os níveis de atenção, como:
AB, EMAD, EMAP e SAD.
Consentimento informado:
O Conselho Federal de Medicina (CFM) brasileiro, através do novo Código de Ética Médica (CEM) (Resolução nº 2.217/2018 do CFM), norteia o assunto trazendo como Princípios Fundamentais, em seu Capítulo I:
XXI: “No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo comseus ditames de consciência e as previsões legais, o médico aceitará as escolhas de seus pacientes relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por eles expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente reconhecidas”;
XXII: “Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de
procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados”
Diretivas antecipadas do paciente:
As diretivas antecipadas de vontade são instruções escritas realizadas pelo paciente maior de idade (18 anos ou mais), com autonomia e capacidade de decisão preservadas, sobre como devem ser tomadas decisões de tratamento médico quando esta pessoa não tiver mais condições para tal (DADALTO; TUPINAMBÁS; GRECO, 2013).
Art. 1: Definir diretrizes antecipadas de vontade como “conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade.”
Art. 2: Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade.
Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) no 1995/2012
Como Iniciar a Abordagem sobre Diretivas Antecipadas?
- Ao contato com o paciente, de maneira empática, deve-se explorar pensamentos, valores e objetivos de cuidados médicos em caso de enfermidade grave
- Perguntar ao paciente se ele já pensou alguma vez sobre como gostaria de ser cuidado caso tivesse uma doença grave ou algum problema irreversível.
- Estimular sempre que possível o diálogo entre paciente e familiares.
- Focando em estabelecer relação emocional de segurança com o paciente, afirmar que existem formas seguras de registrar este desejo de como quer ser cuidado.
- Deve-se deixar claro que as diretivas antecipadas de vontade podem ser alteradas e realizados novos registros.
O que é o testamento vital?
Quais são os princípios da bioética?
ABNJ
Autonomia
Beneficência
Não maleficência
Justiça
Garantir o direito do paciente esclarecido a participar de decisões a respeito do seu plano de cuidados.
Qual é o princípio?
Autonomia
Maximizar o bem que se pode fazer ao paciente
Qual é o princípio?
Beneficência
Não causar danos, não fazer o mal.
Qual é o princípio?
Não maleficência
Tratar o outro de maneira justa utilizando os recursos de forma equitativa.
Qual é o princípio?
Justiça