27- PROCESSOS INFECCIOSOS DO ÂNUS Flashcards
Etiologia
- Criptoglandular (lugar onde tem mais processo infeccioso, produção de muco é liberado na cripta) em 80-90% dos casos; Linha pectínea → abertura das glândulas anais
- DII pp. Crohn – inflamação transmurral
- Traumas (pode ter entrada de componentes infecciosos);
- Doenças malignas;
- Radioterapia pélvica;
- Complicações pós op. de cirurgias orificiais;
Fisiopatologia: Origem Criptoglandular
- Trauma canal anal > Processo inflamatório/infeccioso ao nível da linha pectínea:
- Papilas -> Papilite
- Criptas -> Criptite
- Glândulas anais -> Abscessos e fístulas
Tipos:
- Criptite;
- Papilite;
- Abscesso anorretal (à medida que se propaga aumenta o edema e aumenta a dor);
- Fístula Anorretal
ABSCESSO ANORRETAL
Tipos
A: interesfincteriano (menos comum)
B: perianal: + comum; + superficial; dor precoce pois o espaço perianal é menor
C: espaço isquio retal → abscessos isqueo retais
Papilite - Ressecção Cirúrgica:
- Papila hipertrófica – papilite que foi crescendo
- Causa mais frequente – processo inflamatório mias infeccioso – traumatismo do canal anal (evacuatório – pouco comum;
- Podendo ser assintomático, ou dor anal 3, 4 dias e depois resolve espontaneamente.
- Ressecção cirúrgica: quando hipertrófica pode ressecar.
Etiologia Criptoglandular
- Na linha pectinea há abertura das glândulas anais (no espaço interesfincteriano)! Glândulas anais produzem muco que é liberado na linha pectínea nas papilas anais. Quando há formação de abcessos na maioria das vezes é por obstrução desse sistema, canalículos ficam tortuosos fazendo com que o muco vá acumulando e torne-se infectado.
- Ramificações se abrem a nível de linha pectínea.
- Processos obstrutivos a nível de cripta, por muco, vezes, canalículos longos ou tortuosos, causando acúmulo da secreção que se torna infectado.
- Músculo esfincter externo; esfincter interno; espaço interes-fincterinao]
Definição
• Processo inflamatório e infeccioso na região anorretal caracterizado pela formação de coleção purulenta
• Colunas de morgani – baixo anoderma, tendo abertura da linha pectínea > depois que ocorre acumulo
da secreção.
Propagação
- Na primeira já tem a glândula anal comprometida;
- Uma vez que essa coleção formada pode se propagar para vários lugares, o que depende de fatores, como volume, quantidade de muco, agressividade da bactéria, estado imunológico do paciente. Não da para saber em que espaço anorretal ele vai se propagar.
- Espaço mais comum de formar abcesso é o perianal
Tipos
A) Inter-esfinciteriano -> menos sintomatico
B) Perianal (fossa perianal é menor que a isquioretal)
C) Isquio-retal
D) Pelve-retal (menos comum) – está relacionado a uma diverticulite, abcesso tubo ovariano
E) Submucoso -> menos sintomático
- Intraperitonial: DIP, diverticulite, apendicite, pancreatite necrohemorrágica (qualquer doença que produza um acúmulo de coleção purulenta intracavitária).
- Pélvico é acima da reflexão peritoneal (não é um dos espaços!!!)
- Tamanho dos abcessos é decorrente do local em que se encontra, por exemplo nas fossas: mais profundos possuem uma sintomatologia mais tardia, crescem mais → isquiorretais, são mais graves e perigosos - Quando é mais superficial, crescem menos, percebe-se mais fácil → perianais, são mais fáceis de ter resolução
- Os dois mais frequentes são o perianal e o isquiorretal;
- Pelo fato da fossa perianal ser menor e mais superficial, esses abcessos crescem mais superficialmente, sendo mais sintomáticos, e não tendo muito espaço para crescer (já ocupa todo o espaço);
- Já a gordura do espaço isquiorretal é mais frouxa, assim a propagação da infecção é muito maior, além de ser maior em tamanho e mais profunda; sintomatologia demora acontecer, incialmente tem sintomas inespecíficos, e só depois vai ter dor. mais volume, mais gravidade; além de que os sintomas incidiosos retardam a busca e ele caba crescendo. É mais grave!!!
Manifestações Clínicas
- Dor anal progressiva, sem fator predisponente;
- 24h 72h;
- Constante e latejante.
- Febre e calafrios
- Eventualmente sintomas urinários e insidiosos quando mais profundos
- Dor latejante, pulsante, não importando se ele evacua ou não;
- Pode ser acompanhada ou não de febre;
- Quando são mais profundos (isquioretal) esses pacientes podem ter sintomas urinários, já que existe um espasmo do esfincter interno da bexiga (principalmente sexo masculino).
- Disúria, por irritação do nervo pudendo
Exame Físico
• Inspeção estática;
• Palpação (flutuação);
• Toque retal – em abcessos mais superficiais pode-se não fazer o toque, fazer toque em submucoso e se suspeitar de um intermuscular
• USG /TC pelve com contraste retal;
o USG muitas vezes não utilizada pela dor ao paciente ao introduzir o aparelho;
o Em alguns casos exame sob anestesia
• EF: tumoração com característica inflamatórias e sinal de flutuação;
• Tomo ajuda bastante, ela deve ser feita, se não for possivel faz USG transperineal;
Tratamento
- Sempre cirúrgico (drenagem);
- Drenagem ampla e adequada;
- Exploração delicadas de lojas/septos;
- Com ou sem fistulotomia;
- NÃO existe tratamento clínico.
- Antibioticoterapia → depende do paciente, usar nos mais debilitados
- Exploração delicada: dentro do abcesso podem te septos, mantendo o pus acima, pode fazer a exploração com o dedo, lembrar de tomar cuidado para não perfurar o musculo, o que poderia gerar uma fístula;
- Pode ser drenado em alguns casos (anestesia local).
- Abre bem a pele para que toda a secreção saia.
Drenagem de Abscesso
- Isiquiorretal -> incisão -> saída
- Faz a incisão em cruz, pois só vertical ela fecha muito rápido;
- Cicatrização por segundo intensão; 60% dos abcessos anorretais resolve assim; 40% foi feita a drenagem permanece um orifício; Permanece com saída de secreção purulenta, alguns meses depois o paciente volta e diz que continua saindo pus; caminho ate a cripta as vezes fecha espontaneamente e as vezes fica aberta, assim formou uma fistula anal (tem origem criptoglandular espontânea ou após a drenagem bem sucedida de um abcesso)
- O canalículo que produziu o abcesso pode involuir espontaneamente ou não, quando não involui/ainda persiste promovendo a formação de fístula anal
- Abcessos perianais com paciente hígido sem comorbidades > usa antibióticos
- Paciente com abcesso grave, de longa duração, alteração em sinais vitais, exames laboratoriais e comorbidades > drenagem adequada +atbc
Síndrome de Fournier
• É uma fasceíte necrotizante do períneo;
o Necrose da fáscia e do TCSC
• A principal etiologia são abscessos anorretais não diagnosticados ou maltratados;
• Alta morbi/mortalidade principalmente se houver fatores adversos;
• Na maioria das vezes é uma consequência de um abcesso maltratado ou não tratado;
• Pode estar associada a traumas no períneo, sondas, inflamação em sistema uro, flitienema….
o Paciente cria uma reação inflamatória celular intensa e isso gera a necrose, inflamação e a síndrome