22- CÂNCER COLORRETAL Flashcards

1
Q

Generalidades

A

• 3ª causa de câncer no mundo
• 2ª causa de câncer em países desenvolvidos
• 3ª causa de morte por câncer no mundo
o Relacionada a hábitos e condições de vida
• Tipo histológico mais frequente é o adenocarcinoma (98%)
• Maior incidência entre 60-75 anos (75%) – 5ª, 6ª e 7 ª década de vida

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2
Q

Localização

A

• 2/3 (70%) estão localizados em região retosigmoidiana
• Em homem é o terceiro mais comum e nas mulheres o segundo mais comum
• Países desenvolvidos tem maior incidência.
• No Brasil houve um grande aumento na incidência em região sul e sudeste – uso de alimentos industrializados, corantes, conservantes, alto teor de gordura, alta ingestão de carne e pouca ingestão de fibras
o Mesmo as regiões norte e nordeste, que tinham uma menor incidência, os casos de CCR estão aumentando
• 85-90% CCR é esporádico: mudança do gene ocorre esporadicamente.
• 10-15% CCR é hereditário:
o Polipose adenomatosa familiar (PAF/FAP)
▪ Polipose adenomatosa atenuada
o Câncer colorretal hereditário não polipose (HNPCC) – S. de Lynch
o Câncer familiar (casos que não consegue enquadrar em nenhum dos dois acima)

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3
Q

Etiologia

A

Fatores dietéticos + Fatores genéticos + Outros → CCR
• Fatores dietéticos:
o Promotores:
▪ Baixa ingesta de fibras;
▪ Consumo aumentado de: gordura, carnes, calorias, álcool, fumo;
o Protetores:
▪ Alta ingesta de fibras (Absorvem corantes, açúcar refinado, gordura, substancias redutoras dentro das células; aumentam o transito intestinal…);
▪ Consumo de Vit. A,D e B6, folato, aspirina (Efeito anti-mitótico – ainda não é usada como proteção/prevenção para pólipos intestinais ), selênio, inibidores da COX2 (podem ser utilizados em algumas situações em que o risco cardiovascular e gástrico compensam);
▪ Atividade física

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4
Q

• Fatores genéticos:

A

o Sequência adenomacarcinoma
o História pessoalfamiliar de pólipos – CCR
o Síndromes hereditárias

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5
Q

• Outros:

A
o Radioterapia pélvica (tanto trata como induz a alteração do meio intracelular que pode gerar Ca)
o DII principalmente a RCUI de longa duração (mais de 10 anos, entre 12 e 15 anos) /extensão (retitite, pancolite...) e pacientes que matem sua mucosa em
constante inflamação
o Ureterossigmoidostomia (anastomose do sigmoide com o ureter – principalmente quando tem neoplasia de bexiga)
o Colecistectomia (cólon direito – alteração de absorção de gordura – porem isso não muda o rastreamento)
o Diabete Mellitus/Obesidade: a insulina tem atividade indutora e estimuladora do crescimento celular
o Existem casos de pacientes transplantados com maior incidência de CCR – pelo uso de imunossupressores
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6
Q

Alguns genes/proteínas envolvidos em diferentes etapas da carcinogênese como proliferação celular, angiogênese, adesão celular ou invasão tecidual

A
  • APC, Kras (tem duas variantes – selvagem ou não selvagem, quando está mutado não responde a certas drogas quimioterápica, um exemplo é o cituximabe, que só é utilizado quando o kras é mutado – Kras alterado tem pior prognótico), p 53 (faz apoptose, quando está deletada responde menos a quimio), DCC:
  • Hcaderina; TGFbeta 1; Ciclooxigenase2; Timidilato sinetase; VEGF (aumenta o crescimento endotelial aumentando a nutrição do tumor – alguns tumores tem a capacidade de produzir essa substancia); Betacatenina; Óxido nítrico; Ki67; Molécula 1 de adesão intracelular; Timidina forforilase; Proteínas de matriz celular; Fator estimulante de granulócitos colônicos; Molécula estimuladora de células T

o É por esses genes que dois paciente s com o mesmo tumor podem ter prognósticos diferentes.
o Selvagem: NÃO mutado (melhor prognóstico – responde melhor ao Cetuximab).

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7
Q

• Qualquer alteração no estimulo de crescimento ou na indução da morte pode levar ao tumor. Os protooncogenes são responsáveis por induzir o estimulo ao crescimento da célula, quando mutados fazem, então, um crescimento desenfreado das células → principal via do CCR esporádico.
• Kras qnd mutado = estimula a replicação celular; quando mutado droga não
funciona bem.

A

Genes supressores tumorais – APC, DCC, p53: regulam esse crescimento. Um ex é a p53 que identifica o defeito celular e induz a célula a apoptose.

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8
Q

Genes do reparo do DNA – hMLH 1, hMSH 2 (lesões extraintestinais), hMLH 6, hPSM 1, hPMS 2

A

• Principal via do CCR hereditário

• O normal é as bases se ligarem com suas respectivas, em algum momento pode haver uma ligação errônea (ex: T se ligar com C), esses genes identificam essa ligação errônea e repara; se não houver esse reparo pode haver o surgimento de neoplasia, pois vi permanecer a
ligação errônea que passara para as células filhas
• cada conjunto de 6 a 10 pares de bases nitrogenada é chamada de microssatélite – com isso da para avaliar o câncer hereditário → identifica o indivíduo portador e rastreia a família.
o Alterações das bases nitrogenadas (mutações) geram comprimentos diferentes nos microssatélites, assim, quando temos comprimentos diferentes podemos dizer que a causa foi um erro no gene do reparo do DNA e isso nos faz pensar em uma síndrome familiar
o Rastreamento de familiar pela mensuração dos microssatélites
• Epitélio normal até adenomatoso demora 10 anos (colonoscopia).

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9
Q

Carcinogêneses (CCR)

A

Ep. Normal → alteração → Adenoma (APC) → A. Intermediário (Kras) → A. Tardio (DCC) → Carcinoma (p53)

o Principal via do CCR esporádico.
o Crescimento se dá de maneira mais rápida e agressiva de acordo com o acumulo de alterações genéticas; logo um indivíduo com poucas alterações genéticas e
bons hábitos pode não ter uma agressividade tão grande.
o Quando o indivíduo nasce como a alteração genética, já há esse acumulo, logo ele pode ter o ca mais jovem.
o Alguns indivíduos vão ter o adenocarcinoma mas não vão ter metástase, pois não tem a DCC que faz adesão celular.

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10
Q

• Principal via do HNPCC: (câncer hereditário)

A

o Ep. Normal → Mutação dos genes do reparo (hMLH1; hMSH2 – genes que deveriam corrigir o erro nas bases nitrogenadas) → Instabilidade de Microssatélites →
Carcinoma

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11
Q

1) CCR esporádico (85-90%):

A

a. História familiar negativa para CCR ou pólipos;

b. Mutações celulares presentes apenas no paciente e nas céls.colônicas

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12
Q

2) CCR hereditário (10-15%):

A

a. História familiar + para CCR ou pólipos;
b. Mutações herdadas de um parente e presente nas céls. colônicas e do organismo;
c. PAF E HNPCC

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13
Q

CCR HEREDITÁRIO – PAF (POLIPOSE ADENOMATOSE FAMILIAR)

A

• Início da Mutação do gene APC (gene supressor tumoral)
• Milhares de adenomas colônicos
o Polipose: mais que 100 pólipos
• Filhos de pais afetados com 50% de chance de adquirir – autossômica dominante
o Por isso que uma das formas de tratamento é o aconselhamento genético
• Início a formação dos pólipos por volta dos 20 anos e malignização aos 40
o Tem a doença – vai malignizar
o 100% de chance de malignizar

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14
Q

Alguns pacientes podem ter também:

A

o Cistos dérmicos: podem ser formados por variantes genéticas do tumor; grande causa de morte
o Pólipos duodenais: grande causa de morte
o Tumores desmóides: tumores benignos, porem agressivos, pois são invasores (invadem vasos, outros órgão…)! Levam a morte pelas múltiplas operações – extremamente raro em quem não tem polipose – habitualmente ocorre em áreas que foram manipuladas – cicatriz cirúrgica
o Dentes inclusos
o Osteomas (radio, ulna e tíbia) – tumores ósseos de ossos longos
▪ Síndrome de Gardner: variante da polipose que tem mais manifestações extra-intestinais
o Hiperplasia congênita do epitélio retiniano pigmentado (pode ser um achado acidental) – fundo de olho

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15
Q

CCR hereditário - PAF atenuada:

A
  • Subtipo da polipose
  • Apresenta menor quantidade de pólipos colônicos (entre 10 e 100 pólipos) – menos agressiva
  • Malignização mais tardia
  • Também tem inicio com mutação no APC e outras alterações
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16
Q

Diagnóstico do CCR hereditário (PAF):

A

• Dor abdominal, muco e sangue nas fezes;
o Pólipos geram secreção mucoide e de sangue
• Colonoscopia e testes genéticos nos pacientes com alto risco;
• 20-30% são mutação espontânea (é possível que não tenha outros na família com PAF, pois ele foi o primeiro a ter a mutação)
• Se herdou 100% de apresentar a doença.

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17
Q

Tratamento do CCR hereditário (PAF):

A

• Orientação familiar e genética
• Tratamentp é sempre Cirúrgico nos portadores (fenótipo e genótipo – paciente geneticamente positivo geralmente aqui é 100% de chance de ter a doença)
o Não existe tratamento clínico
o Pode ser tratada geneticamente – retirar o cólon de um individuo suscetível, mesmo ele não tendo desenvolvido a doença
• Quimioprofilaxia com AINH inibidores na COX (Celecoxib)
• TTO é cirurgia com a reconstituição do colon ;

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18
Q

PROCTOCOLECTOMIA TOTAL COM ILEOSTOMIA ABDOMINAL DEFINITIVA:

A

• Se for em reto inferior (final do reto inferior), não tem como fazer a reconstituição a então retira-se o reto totalmente e faz uma ileostomia definitiva.
• Se acometer reto médio, ou inicio do reto inferior ainda pode fazer a reconstrução
• No reto distal o paciente não tinha mais margem de segurança,
ele tinha neoplasia maligna que impedia a remoção da lesão com segurança. Houve a necessidade de remover todo o aparelho subpitelial.

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19
Q

PROCTOCOLECTOMIA TOTAL COM RESERVATÓRIO ILEAL (BOLSA ILEAL):

A

• Tira todo o colón, reto e canal anal
• Deixa 1cm de canal anal e faz uma anastomose com o íleo – antes da anastomose faz uma anastomose íleo-ileo, formando um reservatório com o íleo (maior continência – acumular fezes)
• Bolsa em J é a mais simples.
o Melhor e mais frequentemente realizado
• Fazer ileostomia de proteção da anastomose
• Anastomose íleo-ileal (dobrou o calibre do íleo), faz com que ali se torne um reservatório maior (da um pouco mais de continência ao paciente). Essa cirurgia é indicada quando não existe malignização do reto distal. Só não vai fazer essa se tiver neoplasia maligna.

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20
Q

CCR HEREDITÁRIO – HNPCC (CÂNCER COLORRETAL HEREDITÁRIO NÃO POLIPOSE) (SÍNDROME DE LYNCH)

A

• É uma deficiência hereditária dos genes do reparo do DNA → início precoce do CCR (45 anos)
• Pode formar pólipos, porém não forma polipose.
o O que mais mata esses pacientes com PAF é tu da papila duodenal e tumores desmoides

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21
Q

• Critérios de Amsterdam – para ser a HNPCC – tem que preencher todos!!!:

A

o 3 ou mais parentes com CCR ou relacionados (ex: Ca de endométrio – mais frequente dos Ca relacionados na síndrome de Lynch)
o 2 devem ser parentes em 1º grau
o 2 gerações afetadas
▪ Tio e sobrinho, Vô e neto
▪ Duas gerações - uma horizontal e uma vertical
o 1 parente com diagnóstico antes dos 50 anos
o PAF deve ser excluída – pois não tem polipose nessa doença

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22
Q

Características clínicas:

A
  • Localização preferentemente proximal – preferencialmente pelo colon direito
  • Aumento da frequência de células em anel de sinete e tipo mucinoso – no caso da Sd de linch não significam um pior prognostico (até porque os paciente s com sd de linch tem um prognostico melhor que a polipose), porem e outros canceres essas características indicam um tumor mais agressivo.
  • Alta incidência de lesões indiferenciadas
  • Intenso infiltrado inflamatório peritumoral (Crohnlike)
  • Alta incidência de lesões sincrônicas (no esporádico quando há uma lesão a possibilidade de encontrar outra lesão no mesmo local é muito pequena, outras lesões aparecem então em outros locais do intestino) e metacrônicas (há uma lesão e em 1 ano ou menos aparece outra);
  • Maior incidência de lesões extra-intestinais (endométrio, trato renal alto, estômago, trato hepatobiliar, ovário)
  • Apesar dessa histologia “bizarra” esse câncer tem um prognostico melhor que o outro. Talvez, pela via genética
  • Maior incidência de lesão sincrônica e metacrônica
23
Q

Implicações de linch:

A

risco de câncer: (pacientes geneticamente + / alteração dos genes dee supressão)
• 82% colorretal, 60% de endométrio, 13% gástrico e 12% de ovário
o Diferente dos pacientes com PAF que é 100% de chance de ter CCR

24
Q

Localizações associadas:

A
  • Cérebro; estomago e delgado;
  • Biliar e pancreático;
  • Endométrio e ovário;
  • Colorretal;
  • Trato urinário;
  • Estomago e delgado.
25
Q

Carcinogênese:

A
  • Alteração dos genes do reparo do DNA
  • Lynch 1 (somente CCR)
  • Lynch 2 (lesões extra-intestinai spp. endométrio, urotélio, intestino delgado)
26
Q

Diagnóstico:

A

• Identificação familiar – faz estudo genético com o geneticista.
• Pesquisa de instabilidade de microssatélites(MSI)
o 6 a 8 sequencias de bases nitrogenadas

27
Q

Tratamento:

A
  • Orientação e aconselhamento familiar
  • Screening
  • Colectomia subtotal
  • Colectomia preventiva nos genótipos + ?
  • Tto é cirúrgico!!!
28
Q

HNPCC – Resumo:

A
  1. CCR diagnosticado em pacientes abaixo 50 anos
  2. Presença de CCR sincrônico/metacrônicoou associados
  3. CCR com MSIH em pacientes abaixo 60 anos
  4. CCR em um ou + parentes de 1º grau com HNPCC câncer associados
    - CRITÉRIOS DE BETHESDA P/ PESQUISA DE MSI (revisado); INSTABILIDADE DE MICROSSATÉLITES
    - Quando o micorsatalite tem tamanhos diferentes (um fica maior que o ouro isso indica que houve uma alteração da sequência de bases, a partir disso há uma busca pelos genes causadores.
29
Q

CCR

TIPOS MACROSCÓPICOS:

A

ULCERATIVO – mais frequente.
ANELAR – mais agressivo – chance de perfuração e estenose
SÉSSIL/POLIPÓIDE
PLANO (FLAT) – agressivos e invasores

30
Q

TIPOS MICROSCÓPICOS (BRODERS):

A
  • Bem diferenciado;
  • Moderadamente diferenciado;
  • Pobremente diferenciado;
  • Indiferenciado.
31
Q

Vias de disseminação:

A
  • Linfática: linfonodos peritumorais, Vasos linfáticos intramurais (estão abaixo do epitélio, estando na muscular da mucosa e na lâmina própria) – há 4 cadeias linfáticas.
  • Hematogênica: principal órgão é o fígado, seguido para o suprarrenal, ossos e pulmão.
  • Por continuidade: importante para neoplasias localizadas no reto;
  • Por contiguidade: células que se destacam e aderem a órgão vizinhos de forma natural e não implantada – ovários (tumor de Krukenberg), peritônio pélvico…
  • Por implante: ocasionado pelo cirurgião, no manuseio.
32
Q

Apresentação clínica:

CÓLON:

A

• Alteração do hábito intestinal – mudanças no ritmo intestinal do paciente e que não retorne ao habitual;
o OBS: não é alternância, alternância o paciente tem períodos de alteração e períodos normais.
• Dor abdominal em cólicas (aumento da contratilidade para vencer a obstrução) /massa abdominal palpável (principalmente tumores do cólon direito, que tem o diâmetro maior - Tríade tumoral do cólon direito: sd da massa palpável, sintomas dispépticos, e síndrome anêmica – perda de sangue, além de diminui a alimentação pelos sintomas dispépticos)
• Sangramento retal (macro/micro) com ou sem muco
• Afilamento das fezes (Cólon E)
• Sintomas dispépticos (Cólon D) - Cólon direito é maior, por isso o tumor precisa crescer mais para dar sintomas
• Emagrecimento, icterícia, TVP, dor óssea

33
Q

RETO:

A

• Alteração do hábito intestinal
o Alteração que dura meses e não anos
• Tenesmo (diarreia matinal) – lesão cresce para dentro do reto, cérebro entende que tem que eliminar (pode ter diarreia associada, paciente tem vontade de ir ao banheiro várias vezes por dia mas sai somente muco e sangue;
o Aparece também em RCU e tu benignos.
• Sangramento retal (macro)
• Afilamento das fezes
• Urgência evacuatória – necessidade imperiosa de evacuação

34
Q

Situações de emergência:

A

• Obstrução intestinal
• Perfuração
• Hemorragia digestiva baixa (volumosa não é comum) – não é muito frequente, geralmente há mais hematoquesia
- Cólon normal, sem história de doença familiar pode-se usar colonoscopia de um tempo já, pois o CCR demora uns 10 anos para surgir e evoluir nesses pacientes

35
Q

Situações de emergência:

A

• Obstrução intestinal
• Perfuração
• Hemorragia digestiva baixa (volumosa não é comum) – não é muito frequente, geralmente há mais hematoquesia
- Cólon normal, sem história de doença familiar pode-se usar colonoscopia de um tempo já, pois o CCR demora uns 10 anos para surgir e evoluir nesses pacientes

36
Q

Diagnóstico diferencial:

A
  • Doença diverticular dos cólons: aqui é volumoso o sangramento
  • Síndrome do Intestino Irritável
  • Constipação de início recente
  • Doença inflamatória intestinal
  • Colite isquêmica
  • Doenças infecciosas intestinais
  • Tumores colorretais benignos
37
Q

Formas de investigação:

A

• Anamnese: alteração do ritmo intestinal, anorexia, perda de peso, muco sg, afilamento das fezes..
• Toque retal: 70% do ca está localizado em região retosigmoidiana, destes 10 a 20% tem lesões alcançáveis ao toque retal; ou seja, é muito importante; principalmente se o paciente tiver tenesmo
• Massa abdominal palpável
• Colonoscopia com biópsias: exame de escolha!!!!! Faz o
preparo de cólon; vai até o ílio terminal
• Enema opaco → se não tiver colono faz ele, lesões pequena NÃO pega (exame contrastado – produz imagens boas também – para rastreamento (lesões pré neoplásica) não é muito eficaz, já para diagnostico de lesão instalada á bem eficaz, porém não tanto como a colonoscopia – lesão de falha de enchimento)

38
Q

Estadiamento Pré operatório: (avaliar presença de MTX)

A

• Rx tórax PA/Perfil – metástase pulmonar
• TC abdome (cuidar com a radiação) ou USG → mais chance de ter metástase hepática do que pulmonar – avaliar fígado
• TC ou RM pelve para as lesões de reto (analise da invasão do tumor na parede retal e a relação com a gordura perirretal)
• CEA: não é de rotina e não serve para rastreamento;
o Só serve para o paciente que já saber que tem CCR
• Outros: Cintilografia óssea, PET CT (mostra pequenas lesões que não foram identificadas por métodos convencionais, importante para recidiva), TC tórax, USG transretal/endoscópica, colonografia

39
Q

• Marcados tumorais:

A

o CEA (descrito em 1965) – é uma glicoproteína presente na mucosa no cólon normal
▪ Não serve para rastreamento nem para diagnostico!!!! Não tem relação com agressividade do tu
• Todos nós expressamos e temos uma quantidade de CEA, por isso não serve como rastreio
• Aumenta em quem é fumante
▪ Aumenta em até 60% nos pacientes com CCR

CA 19.9 / citoqueratinas/ p 53 / VEGF / APC
• Importante no pré-operatório para mostrar o prognóstico, se vem de 20 a 30 significa um prognostico pior (maior chance de recidiva) ou já tem metástase a distância.
• Importante no pós-operatório, pois mostra o controle da doença (valores normais indicam controle, se tem aumento pode significar recidiva, repete o exame em 30 dias, se ainda estiver aumentado tem que reestadiar o paciente).

40
Q

Tratamento cirúrgico:

A

• Estadiamento pré-operatório
• Preparo de cólon (ou não) e acesso a cavidade abdominal
• Com ou sem anastomose primária (ostomias)
• Cirurgias curativas, paliativas ou alargadas
• Em todos se retiram os vasos sanguíneos, pois junto correm os linfáticos → esvaziamento ganglionar.
- Hemicolectomia direita (faz anastomose do íleo com o transverso)
o Neoplasias do ceco, cólon direito e transverso proximal
- Hemicolectomia esquerda
o Neoplasia do transverso distal, flexura esplênica e cólon esquerdo
- Colectomia do transverso ou transversectomia
o Neoplasias do cólon transverso
- Sigmoidectomia
o Neoplasias do sigmoide
- Retossigmoidectomia anterior (com anastomose ou sem hartmann)
o Neoplasias da junção retossigmoideana e reto
- Amputação abdomino perineal do reto (miles – não tem a margem de segurança – retira a lesão e amputa o reto, faz então uma ostomia definitiva)
o Neoplasias do reto distal
- Colectomia total
o Neoplasias sincrônicas ou síndromes familiares
- Proctocolectomia total com ou sem bolsa ileal
o Poliposeadenomatosa com ou sem degeneração maligna retal

41
Q

Ressecção local de tumores retais – Indicações (tumorectomia sem ressecção de linfonodos):

A
  • Tumores de 1/3 distal;
  • Lesão móvel/vegetante;
  • Lesões T1 (somente em mucosa);
  • Sem gânglios;
  • Bem diferenciado;
  • Não circunferencial.
42
Q

Prognóstico:

A

Sobrevida:

  • Pacientes jovens com MSI (instabilidade negativa);
  • CEA elevado no préop;
  • Lesões obstrutivas ou perfuradas;
  • Indiferenciadas/aneuploidia;
  • Invasão perineural;
  • TNM elevado → menor sobrevida
43
Q

Adjuvância:

A

• Faço tratamento adjuvante quando temos gânglios positivos (linfonodos acometidos)
• Neoadjuvancia: tto radioquimioterapico antes da cirurgia → exclusivo de reto médio e distal.
• Patologista tem que dissecar pelo menos 12 gânglios. Quando tem menos de 12 gânglios dissecados faz quimio dependendo do paciente
• Paciente jovem sem gânglio acometido e sem instabilidade (mutação) faz tto adjuvante, pois,
pode ser esporádico e o prognóstico é pior

44
Q

NEOPLASIAS MALIGNAS DO CANAL ANAL E MARGEM ANAL (abaixo da linha pectínea)

A
  • Principalmente o Carcinoma epidermóide (CEC) –90%
  • Outros: Adenocarcinoma, CEC de margem anal e canal anal (HPV), Linfomas, Melanoma, doença de Bowen (carcinoma escamoso intraepitelial), doença de Paget parianal (adenocarcinomaintraepitelial), sarcoma de Kaposi (tumor vascular que ocorre na maioria das vezes na aids)
  • Pode ter metástases linfáticas (inguinais).
  • Tto: radio e quimio (oferece a cura).
  • Se assemelham a lesões de fissura anal.
  • Relação com HPV.
45
Q

CCR

Seguimento oncológico:

A
  • Avaliações pós-operatórios periódicas por tempo determinado que envolvem:
  • Consulta clínica (multidisciplinar) → Avaliação laboratorial → Avaliação endoscópica e de imagens → Reavaliação cirúrgica
46
Q

CCR

Objetivos:

A

• Diagnóstico precoce das lesões sincrônicas e metacrônicas;
• Diagnóstico precoce da recorrência;
• Tratamento suportivo ao paciente e familiares (nutricional, psicológicos, de ostomias…).
- Até dois anos depois da cirurgia é um período crítico.
- Anamnese/ Exame físico geral e proctológico:
o 3/3 meses nos dois 1ºs anos;
o 6/6 meses do 2º ao 5º ano
- CEA:
o 3/3 meses nos dois 1ºs anos;
o 6/6 meses do 2º ao 5º ano
▪ CEA pode aumentar 9 meses antes de detectar a metástase em imagem.

47
Q
  • Exames de imagem (TC /USG abdominais):
A

o 3/3 meses nos dois 1ºs anos;
o 6/6 meses do 2º ao 5º ano
- Exames de Imagem – RX de tórax:
o Anualmente até o 5º ano
- Exames endoscópicos – Colonoscopia:
o Anualmente até o 5º ano – reavaliar anastomose, pólipos…
- Situações especiais – Casos selecionados:
o Cintilografia óssea
o PET CT (ajuda a excluir recidiva; diferencia fibrose de tecido viável)
o RM – Secondlook (se reoperava qnd não sabia onde era a recidiva = antigamente)
- Metástase inguinal: só lesões de reto distal e canal anal/margem anal – adenocarcinoma e epidermóide.

48
Q

Prevenção – Screnning:

A
  • Objetivos: Elaborar modelos práticos de conduta para o rastreamento e vigilância do CCR na população, para a detecção precoce do câncer e dos seus precursores
49
Q

Prevenção – Screnning:

A
  • Objetivos: Elaborar modelos práticos de conduta para o rastreamento e vigilância do CCR na população, para a detecção precoce do câncer e dos seus precursores
50
Q

Prevenção – Métodos:

A
  • PSOF – pesquisa de sangue oculto
  • Toque retal;
  • RSC flexível;
  • Colonoscopia – seria o ideal;
  • Outros: enemaopaco, testes genéticos.
51
Q
  1. Toque retal
    • Desconfortável
    • Inefetivo > 90%
    • Inadequado para o rastreamento do CCR (só avalia reto distal)
  2. Retossigmoidoscopia flexível
    • Desconfortável
    • Necessita preparo e mão de obra especializada
    • Equipamento de alto custo e indisponível em larga escala
    • Não é acessível a todos (bom para prevenção individual)
A
  1. Colonoscopia - Método padrão ouro
    • Desconfortável, necessita preparo e sedação
    • Equipamento de alto custo e mão de obra especializada
    • Indisponível em larga escala; reduz risco de mortalidade em 30%
52
Q
  1. Pesquisa de sangue oculto fecal
    • Guaiaco (muito falso positivo) e Imunoquímico (melhor, não tem tanto falso positivo e parece é adequado para prevenção de CCR em países com IDH alto, pois uma vez que ele dá positivo tem que fazer a colonoscopia depois)
    • Barato e fácil acesso
    • Mostrou benefícios em países com alta incidência e elevado IDH (se dá exame + tem condições de fazer uma colono depois, em países pobres isso não é feito e não adianta nada) na redução da mortalidade por CCR
    • Poucos estudos em países com baixa incidência e IDH baixo
    • Único recurso viável para rastreamento em escala – fazer na população geral
    o Faz continuidade de rastreio em paciente com exame de sangue oculto positivo
A
  1. Enema opaco – não é mais aceito pela sociedade americana, mas serve para diagnostico de lesões avançadas
    • Exame barato e mais acessível que a colonoscopia;
    • Sensibilidade de 80-90% nas lesões avançadas;
    • Inadequado para avaliar a mucosa;
    • Inadequado para avaliar lesões menores que 2 cm e pp. se forem lesões planas
  2. Testes Genéticos
    • Somente como rastreamento nas síndromes familiares pp. PAF e HNPCC a partir da identificação do defeito genético em um dos portadores.
53
Q

Screnning – Público alvo:

RISCO:

A

RISCO:
• Elevado: PAF, HNPCC, DII de longa duração/extensão
• Aumentado: paciente com pólipos adenomatosos, ressecção prévia de CCR ou na família
• Médio: paciente acima dos 50 anos
(único risco é a idade aqui)
DII: Doença inflamatória intestinal (ex: retocolite ulcerativa).
CCR na família*: casos esporádicos ou que não tem certeza
- Se tiver condições faz só colono, se não tiver condições de fazer, faz PSOF e RSC (retossigmoidoscopia)
Pólipo villous é “pior” do que tubuLar.
HNPCC: maior chance de ter lesão em colon D, por isso RSC não funciona