21- ESTOMAS INTESTINAIS Flashcards

1
Q

o Estoma/ostoma de nutrição

A

gastrostomia, jejunostomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

o Estoma/ostoma de eliminação*:

A

ileostomia, colostomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Indicações:

 Desvio do trânsito devido a uma obstrução distal

A

o Neoplasia obstrutiva ou irressecável
o Colostomia de transverso
o Sigmóide é o local mais comum, 70% do câncer de intestino está localizado no retossigmóide
o Ceco de 12cm  risco iminente de perfuração. Tem que operar!
o Descobriu tumor com invasão no transoperatório de laparotomia exploratória por abdome agudo obstrutivo, faz ostomia a montante para desobstruir, tumor ficou lá.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

o Habitualmente as ostomias para desviar trânsito nessa situação são feitas mais frequentemente:

A

 Ângulo hepático (direito): mais superficial.
 Íleo terminal: bem solto.
o No cólon transverso e esquerdo, por se dirigir posteriormente à cavidade abdominal, muitas vezes não chega na parede abdominal. Muitas vezes a lesão está nessa região.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

 Desvio do trânsito para proteção anastomótica

A

o Anastomose colorretal baixa
o Divide o reto em 3 terços: cada um com 5cm aproximadamente.
 Superior
 Médio
 Inferior (distal)  As anastomoses com o reto inferior ou distal tem uma chance estatisticamente maior de ter deiscência, principalmente se for homem e se tiver feito radioterapia pélvica pré-operatória.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

o Anastomose é melhor de fazer no transoperatório do que depois fazer a reconstrução, pois o coto retal curto não é fácil encontrar. Procura-se fazer a anastomose e fazer uma ostomia de proteção dessa anastomose.
o Ex. diverticulite aguda de sigmóide, retira sigmóide na cx de emergência, peritonite localizada, secreção purulenta, cólon não estava preparado, faz anastomose e colostomia de proteção.

A

 Desvio de trânsito para tratamento de fístulas anastomóticas
 Desvio do trânsito de segmentos distais comprometidos (ferimentos anorretais, fistulas reto-vaginais, S. Fournier, DII anorretal grave)
o Trauma perineal grave com comprometimento retal e esfincteriano
o CEC canal anal avançado
o Doença de Crohn anoretoperineal (foto)
o Radionecrose sacral e retal
o Síndrome de Fournier: fasceíte necrotizante do períneo, grave

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q
	Falta de condições de realizar uma anastomose
o	Peritonite fecal
o	Trauma colorretal
o	Isquemia de sigmóide
o	Amputação do reto
	Incontinência Fecal
	Má-formações congênitas 
o	Agenesia de ânus, fístulas complexas, megacólon congênito. Durante o tratamento da doença principal se faz uma ostomia nos neoanatos.
	Deiscência de anastomose prévia
A

o Anastomose colorretal e deiscência
o Deiscência de anastomose prévia com peritonite purulenta/fecal
o Anastomose baixa, mas pode ser mais alta também.
o Livre, sem tensão, bem vascularizada, sem comorbidades, não usuário de drogas que diminuam a imunidade, pcte que tinha tudo para dar certo, anastomose ficou adequada e mesmo assim teve deiscência. Esse pcte acaba reoperando e fazendo uma ostomia intestinal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Cuidados no Pré-operatório

A

 Orientações ao paciente
o Sempre que possível que o paciente saiba que será ostomisado. Algumas vezes não dá, pois é trans-operatório.
 Local do estoma-demarcação
o Tipo de estoma
o Biotipo
o Vestimenta do paciente: roupa não fique em cima, adaptação da roupa.
o Incisões abdominais
 Ostomias com posições inadequadas
o Bolsa coletora que cola se adapte bem não fique em regiões de dobras, pode extravasar e causar dermatite. Não se coloca na incisão, pois pode precisar reoperar e terá que mexer na ostomia.
 Demarcação de ileostomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Princípios básicos

A

 Sempre trans-retal
o Sempre no meio do reto abdominal para prevenir hérnia paracolostômica. Quando exterioriza fora do reto abdominal existe uma maior fraqueza da musculatura e maior possibilidade de esgaçamento dessa musculatura. Tem que fazer um defeito para fazer a ostomia, se tem uma estrutura de sustentação ao redor desse defeito tem menos chance de herniação.
 Longe de superfícies ósseas
o Não vai ter adesão da bolsa coletora se for perto de osso proeminente. Não é por contaminação do osso (osteomielite), ficou longe em relação ao periósteo.
 Longe de dobras
 Longe da incisão
 Visível ao paciente
o Difícil para manusear, limpar, coletar material, trocar a bolsa coletora.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Classificação das ostomias

A

 Quanto ao segmento exteriorizado: Ileostomia, Colostomia, Sigmoidostomia, Transversostomia
 Quanto à permanência
o Temporária: prazo pré-determinado (3-4 meses é o tempo habitual), mas pode demorar 3-4 anos.
o Definitiva

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

 Quanto à forma de exteriorização

A

o Terminal: traz um seguimento separado do outro seguimento, fixada na pele.
o Em alça: traz toda a alça e faz uma abertura no semicírculo na frente, não separa, não fica um colo dentro. Traz a alça e abre uma parte, fica com as duas bocas. É a para proteger a anastomose, derivar seguimentos bastante comprometidos.
o Em bocas separadas (justapostas ou distantes): separa as duas, traz as duas para fora. Ex. ressecção ampla do cólon esquerdo, fica com uma parte do cólon esquerdo e sigmóide. Facilita na hora de fechar, não precisa abrir sutura, não precisa abrir a cavidade na reanastomose.
 Fístula mucosa: boca sem eliminação de fezes, orificial exteriorizado que só sai muco.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Confecção das ostomias

A

 Abertura transretal em local demarcado
 Exteriorização da alça
 Alça exteriorizada
 Maturação precoce da ostomia: sutura da mucosa na pele.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Dispositivos utilizados

A

 Pastas protetoras
 Filtros de carvão ativado: permite saída de gases e absorve o odor, não estufa de gases.
 Bolsas de ostomia de 1 peça, bolsas de ostomia de 2 peças: recortáveis.
 Oclusores

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

 Sistema de irrigação

A

o É um método mecânico de esvaziamento intestinal para tentativa de controle não esfincteriano da exoneração fecal
o Oclusor após o sistema de irrigação
o A peristalse intestinal é que faz eliminar gases e fezes. Peristalse do íleo mais frequente, ileostomia tem 5-7 eliminações ao dia menos consistentes, colostomia do sigmóide tem 1-2 eliminações diárias mais consistentes.
o Método exclusivo para ostomias de sigmóide!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Cuidados no Pós-operatório

A

 Avaliação clínica diária
o Coloração
o Posição
 Características do efluente
o Quantidade
o Tipo: sangue, fezes, muco, nada (ileo paralítico, obstrução)
o Volume: ileostomias pode ter débito aumentado, grande eliminação, esfoliação de eletrólitos, aumentar reposição volêmica
 Aspectos gerais
o Higiene
o Nutrição: ostomia de maneira geral não tem restrição alimentar. Ileostomia pede-se para diminuir alimentos de ação naturalmente laxativa, para não aumentar as evacuações, reposição hídrica.
o Psico-social: não come par anão formar muitas fezes, não ter barulho dos gases.
 Limpeza

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

 Higiene periostômica: quando for trocar a placa que fica colada 3-5 dias. Enquanto colada só trocar a bolsa e lavar com chuveirinho. Após alguns anos pode lava rcom água morta a ostomia. Existem substâncias que fazem a secagem, mas SUS não fornece.
 Verificação da maturação: pontos corretos, sem deiscência, se não afundou.

A

 Verificação do efluente
o Íleo ou delgado é o primeiro órgão a se movimentar após cirurgia abdominal, 2-6 horas depois já funciona. Depois estômago e duodeno, por último o cólon, demora mais para recuperar sua peristalse.
 Recorte da placa: espaço mínimo possível para que o conteúdo fecal não caia na pele e cause dermatite.
 Adaptaçao da bolsa coletora

17
Q

Complicações Pós-operatória

 Imediatas  Até mais ou menos 1 mês.

A

o Obstrução: hérnia interna, trouxe torcido, na hora da ostomia torceu, diminuiu a luz, aponeurose muito estreita (calibra para 2 dedos normalmente). Desvirar o cólon ou soltar a poneurose, pode precisar reoperar.
o Hemorragia: digestiva alta, pode ter hematêmse, mas pode ser só baixa. Maioria é por trauma da mucosa, se virou na cama, bateu, na hora de trocar traumatizou a mucosa cessa espontaneamente ou fazer pequena sutura.
 Varizes periostômicas: podem ocorrer mais tardiamente por uma circulação colateral desenvolvida, podem sangrar.
 Doença diverticular: mair causa de hemorragia digestiva baixa.
o Necrose: vascularização insuficiente ou deixou a aponeurose muito apertada e comprimiu a vascularização, ou já trouxe um cólon isquêmico. Se é superficial pode acompanhar, se é mais profundo pode afundar ou evoluir para estenose.

18
Q

 Tardias  Após 1 e 2 mês

A
o	Obstrução 
o	Hemorragia
o	Estenose: quadro isquêmico e evoluiu para estenose, dor, dificuldade de eliminação de gases e fezes, passagem da fezes prejudicada porque está estreito, pode ter que passar sonda para conseguir eliminar o conteúdo estenosado. Precisa de reoperação para amplicar o espaço.
o	Dermatite
o	Enterorragia
o	Prolapso
o	Procidência
o	Hérnia para-estomal (paraostômica): herniação pelo defeito que criou em situações que não foram trans-retais. Abertura que forma um saco ao redor da ostomia, conteúdo de epiplo, intestino delgado, cólon. Se não causa nenhuma obstrução pode manusear clinicamente, dificuldade de manipulação da bolsa, não tem como colar pelo volume, não se adapta. Dor abdominal em colica pelo volume.
o	Recidiva tumoral
o	Fístulas
19
Q

Complicações relacionadas às ileostomias

A

 Sequelas metabólicas
 Sequelas hematológicas (anemia ferropriva)
 Distúrbios hidroeletrolíticos (diminuição crônica de Na e H2O e aumento de proteínas plasmáticas)
o Repor cloreto, potássio.
 Urolitíase: depressão e desidratação crônica.
 Colelitíase: por alteração de absorção do ciclo enterohepático dos sais biliares

20
Q

Colite por Desvio/bypass/Desuso/Bactérias

A

 Por desvio, desuso ou bactérias.
 Ostomia em alça do cólon esquerdo e a alteração ocorre no seguimento ajusante da ostomia.
 Inflamação e não infecção que ocorre no segmento excluso.
 Quadro clínico e histopatológico que ocorre no segmento excluso 3-36 meses após o desvio do trânsito fecal
 Histologicamente sempre ocorre! Clinicamente não.
 Sem brilho, friável.

21
Q

 Colonócito, diferente do enterócito, é nutrido principalmente pela degradação dos carboidratos pelas bactérias do intestino e produzem ácidos graxos de cadeia curta. Butirato é um substrato energético, para que mantenha seu eutrofismo.
 Em pacientes é menos intenso, outros mais.

A

 Fisiopatologia
o Ausência de produtos dos AGCC na luz intestinal
o Má nutrição da célula colônica
o Alteração metabólica
o Rotura da barreira epitelial e inflamação
 Entrada de produtos da luz intestinal

22
Q

 Tratamento: reconstrução do trânsito intestinal, a partir do momento que tem passagem das fezes por aquele segmento tem a recuperação.

A

 Quando tem sintomas (dor, tenesmo, muco, sangue) e descartou outras doenças e atribui á colite por desuso e não tem possibilidad ede reconstrução intestinal pode-se manipular ácidos graxos (butirado) e fazer instilação no segmento algumas vezes por semana. Raro precisar fazer isso