20- AVALIAÇÃO DE NÓDULO HEPÁTICO Flashcards
Introdução
Necessidade de diagnóstico diferencial devido às possíveis condutas a serem tomadas.
Origem dos nódulos: hepatócitos (adenoma, nódulos displásicos e CHC), ductos biliares (colangiocarcinoma) ou tecido mesenquimal (hemangioma).
Método de imagem
US e US com doppler: US deve ser o exame inicial para avaliação hepática;
o Não é invasivo e de baixo custo;
o Operador dependente.
TC: realizado em 4 fases pré contraste, arterial, portal e de equilíbrio.
Cintilografia com Tc 99. – pouco utilizada hoje em dia
RM (melhor exame):
informação sobre a composição (gordura, líquido, sangue) e arquitetura da lesão (sólida, cística, homogênea ou heterogênea);
o Importante nos pacientes com CI a contraste iodado.
o RM com contrastes hepato-específicos aumenta a acurácia da RM, diminuindo a necessidade de procedimentos diagnósticos invasivos com o objetivo de esclarecer lesões inespecíficas ao método.
RM: As principais indicações dos contrastes hepatobiliares
são a diferenciação entre hiperplasia nodular focal (HNF) e adenoma, a caracterização de carcinoma hepatocelular (CHC), a detecção de metástases hepáticas pequenas, a avaliação da anatomia biliar e a caracterização de fístulas biliares pós-operatórias.
Biópsia do nódulo
Guiada por US ou TC: define diagnóstico quando necessário.
CI: plaquetopenia (< 80.000) e TAP alargado (> 50%).
Características dos nódulos
Sólidos ou císticos.
Caracterização da vascularização.
Parênquima hepático subjacente.
o Nódulo hepático em fígado normal – pensar em doença benigna
o Nódulo hepático em fígado doente – pensar em hepatocarcinoma
LESÕES HEPÁTICAS BENIGNAS
Sólidos mais comuns: hemangioma, HNF, adenoma.
Maioria assintomático.
CISTOS HEPÁTICOS
As lesões císticas são geralmente benignas, podem ser congênitas ou decorrentes de parasitose (hidatidose = ovelha). Ocorrem em 30% dos pacientes com doença policística renal.
Cistos simples (não tem brida) assintomáticos não precisam de acompanhamentos periódicos.
Em cistos múltiplos ou fígado policístico com sintomas comprometendo órgãos adjacentes a melhor conduta é cirúrgica.
Suspeita de cistoadenoma ou cistoadenocarcinoma=retirada cirúrgica.
HEMANGIOMAS
Nódulos sólido | Sem risco de malignização.
São os tumores benignos hepáticos mais frequentes.
Compostos de múltiplos vasos revestidos por uma única camada de células endoteliais dentro de um estroma fibroso fino. São considerados malformações vasculares ou hamartomas de origem congênita, que se ampliam por ectasia e não por hiperplasia ou hipertrofia.
HEMANGIOMAS: SINTOMAS
A maioria dos pacientes é assintomática e tem o tumor identificado em exames de imagem na rotina ou durante investigação clínica para outras condições.
hemangiomas TAMANHO
Os hemangiomas podem apresentar-se em diferentes tamanhos, únicos ou múltiplos. Considerar gigantes os hemangiomas iguais ou maiores que 10 cm
o Maior de 10 cm: ressecção cirúrgica, risco de ruptura.
HEMANGIOMAS: US
Ao US, se apresenta como um nódulo hiperecogênico com reforço acústico posterior. Todavia, em casos de esteatose acentuada ele pode se apresentar hipoecoico. Outras lesões sólidas do fígado podem se apresentar de forma semelhante, sendo, portanto recomendável realizar um exame contrastado complementar, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética do abdome.
HEMANGIOMAS: TC
À TC, na fase sem contraste os hemangiomas se apresentam como massa hipodensa bem demarcada, eventualmente com calcificações (10%). O contraste propicia na fase inicial um aumento do realce na periferia, seguido por um padrão centrípeto de “preenchimento” durante a fase tardia. Um padrão nodular periférico ou globuliforme representando lagos venosos pode ser visualizado em até 94% dos hemangiomas acima de 4 cm de tamanho enquanto hemangiomas muito pequenos podem não apresentar este padrão de captação típico.
HEMANGIOMAS: RM
A aparência típica na RM é uma massa homogênea lisa, bem demarcada que tem baixa intensidade de sinal nas imagens ponderadas em T1, sendo hiperintensas em T2. –não precisa decorar
HEMANGIOMAS: ACOMPANHAMENTO
Após confirmação diagnóstica não existe necessidade de acompanhamento sistemático para nódulos pequenos e assintomáticos.
É sugerido o acompanhamento semestral ou anual com ultrassonografia para os hemangiomas > 5 cm.
Pacientes com hemangioma devem ser esclarecidos sobre o caráter benigno do tumor, que muito raramente pode aumentar de tamanho ou apresentar complicações, porém sem evolução para malignidade.
HEMANGIOMAS CIRURGIA
Na presença de raras complicações como ruptura espontânea ou pós-traumática ou ainda coagulopatia de consumo, a intervenção cirúrgica torna-se necessária.
Hemangiomas gigantes sintomáticos ou comprimindo órgãos vizinhos devem ser encaminhados a centros de referência para avaliação de intervenção terapêutica cirúrgica ou não, tais como enucleação, ressecção hepática, embolização arterial ou radio-ablação, cuja eficácia não está confirmada.